A greve nacional dos bancários completou o sexto dia nesta segunda-feira 4 de outubro e continua crescendo em todo o país: 312 novas agências não abriram suas portas, totalizando 6.527 agências fechadas nos 26 Estados e no Distrito Federal. Isso representa um crescimento de 68,9% em relação ao primeiro dia da greve, na última quarta-feira, 29 de setembro. Também foram paralisados centros administrativos de todos os bancos nas capitais.
"O final de semana não esfriou a mobilização dos bancários. Ao contrário, a categoria está demonstrando sua capacidade de resistência e enfrentamento à intransigência dos bancos, que continuam sem apresentar uma nova proposta com avanços econômicos e sociais", avalia Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.
Os bancários reivindicam 11% de reajuste, valorização dos pisos salariais, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), medidas de proteção da saúde que inclua o combate ao assédio moral e às metas abusivas, garantia de emprego, mais contratações, igualdade de oportunidades para todos e mais segurança. Os bancos propuseram apenas reajuste de 4,29% (a inflação do período) e rejeitaram as demais reivindicações.
A CUT Nacional divulgou nesta segunda-feira 4 nota de apoio à greve nacional dos bancários. Para a CUT, "trata-se de uma greve inevitável, forjada pela insensibilidade e inflexibilidade dos bancos, que a despeito de todo o lucro que vêm amealhando ao longo dos últimos anos e do ambiente estável e de crescimento econômico, construído pelos brasileiros e brasileiras, respondem à justa demanda dos bancários com uma proposta de reajuste que seria risível, não fosse ofensiva".
A nota, assinada pelo presidente da CUT, Artur Henrique, "reivindica uma mudança de postura por parte dos bancos e o início de negociações em patamar diferente do atual, buscando garantir dignidade para os bancários".
Fonte: Contraf-CUT
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