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30.7.07

Segunda, 30 de julho (9ª Conferência Nacional 2007, Bancos Públicos)


Na parte da tarde estarei no Congresso dos bancários do BB. Abaixo, reproduzo uma matéria informando sobre a entrega das reivindicações da categoria ao patronato. Desse ato adiante, começam as negociações em mesa.

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Post Scriptum:

(Reprodução de matéria da Contraf-CUT)


10/8/07

Bancários entregam a minuta de reivindicações para a Fenaban

(São Paulo) Os bancários entregaram para a Fenaban nesta sexta-feira, dia 10, a minuta com as reivindicações da categoria para a Campanha Nacional 2007. 


A pauta foi recebida pelo presidente da Fenaban, Fábio Barbosa. Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT, destacou para os representantes dos bancos que as reivindicações contidas na minuta são importantes para a categoria e totalmente plausíveis. "Com os lucros que os bancos têm conseguido, batendo recordes ano após ano, o mínimo que podem fazer é valorizar seus trabalhadores", analisou. 

Fábio Barbosa declarou que a minuta será analisada e valorizou o papel do processo de negociação para chegar a um resultado positivo para todas as partes envolvidas. 

A pauta dos trabalhadores foi definida no final do mês passado, durante a 9ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro. 

Entre as principais reivindicações econômicas estão o reajuste de 10,3%, que prevê aumento real de salários de 5,5%, e criação de um piso salarial para todos os bancários de R$ 1.628,24 (salário mínimo definido pelo Dieese para que o trabalhador tenha atendidas suas necessidades básicas), além de Plano de Cargos e Salários em todos os bancos. 

Os bancários também querem uma Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de dois salários, mais uma parcela fixa de R$ 3.500, distribuída de forma linear para todos. 

Uma novidade na minuta de reivindicações é a proposta dos bancários de contratação de remuneração variável nos acordos coletivos da categoria. 

Além do reajuste salarial, os bancários também querem uma remuneração complementar de 10% do total das vendas de produtos feitas em cada unidade, distribuído de forma linear para todos os empregados da unidade, creditados mensalmente como verba salarial, incidindo sobre FGTS, 13º, férias e descontos previdenciários. 

Na mesma linha, outro item que consta na minuta é a remuneração complementar sobre receita de prestação de serviços para todos os bancários. O benefício reivindicado é de 5% da arrecadação com prestação de serviços distribuídos trimestralmente de forma linear a todos os bancários de cada instituição, inclusive aos afastados por licença-saúde. 

"Estamos começando a Campanha Nacional com força e, principalmente, unidade. Tanto que estamos trabalhando para que tenhamos uma mesa única, inclusive com os companheiros da UGT", frisou Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT. "Nosso lado precisa estar unido, porque os banqueiros com certeza estarão", conclui. 

Na mesma linha, o Comando foi ampliado para agregar mais forças representativas da categoria. 

Principais temas da Campanha 2007 

* Garantia de Emprego - Convenção 158 da OIT * Fim do assédio moral/organizacional * Fim das metas abusivas * PLR maior * Isonomia de Direitos entre novos e antigos bem como com afastados e licenciados * Plano de Cargos e Salários para todos os bancos * Piso do Dieese para a categoria * Igualdade de Oportunidades * Defesa e fortalecimento dos bancos públicos * Redução dos juros e tarifas e ampliação do crédito produtivo 

Fonte: Contraf-CUT

Domingo, 29 de julho (9ª Conferência Nacional 2007)


Em plenário foram definidas as reivindicações da categoria para 2007. Segue abaixo uma matéria que informa um pouco sobre os debates referentes à organização do ramo financeiro.

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Post Scriptum:

(reprodução de matéria do Sindicato dos Bancários de Brasília)



Conferência avança na construção do ramo financeiro

A 9ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro aprovou neste sábado, 29, uma série de propostas com vistas à inclusão na categoria de mais de um milhão de profissionais que trabalham com intermediação financeira nas holdings dos bancos, mas não têm os mesmos salários e direitos dos bancários.

As propostas aprovadas, que haviam sido formuladas no encontro temático da sexta-feira, são as seguintes:

1) Organização dos trabalhadores no Ramo em atividades de Cooperativas de Crédito, Terceirizadas e Financiários/Promotores de Vendas e também a discussão da nova tabela de categorias que está sendo organizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego.


Essa nova tabela de categorias irá atualizar o quadro de representação do Art. 577 da CLT, alterando assim a base de representação dos atuais sindicatos.

Os sindicatos deverão incluir todos esses trabalhadores em suas atividades: visitas, materiais publicitários, jornais da entidade, materiais específicos e assembleias

Sindicalização desses trabalhadores. A forma mais efetiva neste momento é por meio de boleto bancário, mesmo que seja com mensalidades de valor simbólico;

Socialização de todas as informações de atividades e encaminhamentos dados pelas Federações e Sindicatos em todo país;

Encampar todos os encaminhamentos do 1º Seminário Nacional sobre Cooperativas de Crédito, realizado pela Contraf-CUT nos dias 4/5 de junho de 2007, quais sejam: o combate à criação de sindicatos próprios de trabalhadores, fugindo da representação dos Seebs, a partir da Nota Técnica nº 75 do, Ministério do Trabalho e Emprego, que negou o registro sindical a pedido de entidade do Paraná, sustentando que o setor não se configura como sociedade de capital, e sim de pessoas, e a negociação coletiva deste segmento, com a proposta de definição de níveis de classificação das cooperativas de crédito (Micro/pequenas/médias e grandes) para estabelecer negociação coletiva junto à OCB-Organização das Cooperativas do Brasil e construção de uma CCT para este segmento;

Formalização de denúncia por prática antissindical das Cooperativas que estão perseguindo e/ou demitindo funcionários, no sentido de impedirem a manutenção de filiação junto aos sindicatos de bancários por todo país. Os Sindicatos devem mandar essas informações para a Contraf-CUT para formalização da denúncia;

A Contraf-CUT deverá indicar calendário conjunto para atividades, bem como proposta de iniciativas articuladas para o conjunto de sindicatos do país;

Realização de Encontros de Formação Sindical e Jurídicos, voltados para a temática, para ampliar e qualificar a atuação dos dirigentes sindicais;

A Contraf-CUT deverá continuar acompanhando as discussões junto ao M.T.E. a respeito da nova tabela de categorias que será implantada em breve;

Desenvolver campanhas de mídia explorando o contrassenso das propagandas dos bancos versus o tema Responsabilidade Social Empresarial, uma vez que campeia a precarização e maximização em todos os processos da intermediação financeira nas Holdings;

Todos os sindicatos devem denunciar a tentativa de derrubada ao veto presidencial à Emenda 3;

Atentar para o início da tramitação do PL 1621, de autoria do deputado federal Vicentinho - PT/SP, sobre as limitações da terceirização no Brasil, cujas diretrizes foram construídas a partir de debates internos na CUT;

Revisão da regulamentação do correspondente bancário junto ao BC - Resoluções 3110/3156, que tem sido utilizada para terceirização de serviços bancários.

E o mais importante: os sindicatos devem encampar essa luta em todas as suas dimensões, políticas/jurídicas/organizativas.

Para tanto foi aprovado o dia 14 de Agosto como 1º Dia Nacional de Luta dos Financiários. Nesta data ocorrerá a primeira negociação junto à FENACREFI, para renovação da CCT/2007 dos trabalhadores em financeiras, cujo principal debate é a aplicação da CCT para todos os estados do país e, principalmente, a todos os financiários que atualmente são tratados pelas holdings como Promotores de Vendas.

Todos esses encaminhamentos organizativos devem ser efetivados de imediato, com vistas à inclusão de todos esses segmentos na Campanha Nacional do Ramo Financeiro de 2007.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Brasília

Sábado, 28 de julho (9ª Conferência Nacional 2007)


O dia de trabalho na Conferência foi todo em plenário conjunto. Reproduzo abaixo uma matéria informativa sobre a manhã de sábado na Conferência, com a mesa de abertura.

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Post Scriptum:

(reprodução de matéria da Fenae)

28 julho 2007 - 13:34

Ato solene marca abertura da Conferência Nacional da Contraf/CUT

Presidente da Fenae, José Carlos Alonso, participa da mesa de abertura da Conferência Nacional da Contraf/CUT, evento que acontece até terça-feira em São Paulo



Está aberta oficialmente a 9ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, que ocorre em São Paulo (SP) e segue até a próxima terça-feira (dia 31 de julho), quando serão encerrados os encontros específicos por banco. O ato solene de abertura aconteceu na manhã de hoje (sábado), dia 28 de julho, e foi coordenado pelo presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), Vagner Freitas, contando ainda com a participação do presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique da Silva, e de representantes de federações e sindicatos de bancários do país. Participou também da mesa de abertura o diretor-presidente da Fenae, José Carlos Alonso.

O ato foi marcado por discursos que ressaltaram a unidade de toda a categoria bancária do país. Na saudação dirigida aos 811 delegados da Conferência Nacional da Contraf/CUT, o presidente nacional da CUT desafiou os bancários a levarem adiante a tarefa de construir uma mesa unitária para negociar as reivindicações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Ele disse que a unidade dos trabalhadores é fundamental para que seja efetivada uma ação coordenada única na campanha salarial deste ano.

Em seguida o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino, anfitrião do evento, fez uso da palavra e reafirmou, na ocasião, que esta campanha salarial dos bancários deve ser a maior e a mais vitoriosa de todos os trabalhadores do país. Conclamou a categoria bancária, apesar de suas divergências, a construir a unidade para tocar a campanha salarial deste ano de ponta a ponta do Brasil, tendo claro de que “todas as atividades têm que colocar o bancário em primeiro lugar”.

Conjuntura

A análise de conjuntura da Conferência Nacional da Contraf/CUT coube ao presidente da CUT, Artur Henrique. Ele criticou o papel que a mídia joga hoje no país, especialmente em relação a atual crise aérea, e disse que a CUT não quer crescimento econômico à custa da sobrecarga de trabalho e sem distribuição de renda. Artur Henrique afirmou que a CUT luta para mudar a previdência, sobretudo devido à alta rotatividade no mercado de trabalho.

Neste ano, segundo ele, será dada prioridade para a luta pelo fim do interdito proibitório, mecanismo usado pelos patrões e banqueiros para cercear o direito constitucional à greve. Artur Henrique defendeu ainda a ampliação do Conselho Monetário Nacional (CMN), passando a contar com maior participação da sociedade, e a eleição direta de trabalhadores nos conselhos de administração das empresas controladas pelo governo.

Para conquistar essas reivindicações neste ano de 2007, a CUT se juntará a outras centrais sindicais na organização de uma grande manifestação no próximo dia 15 de agosto em Brasília (DF), para pressionar o governo federal a atender reivindicações de uma agenda de desenvolvimento para o país, como foco em pontos como salário mínimo mais digno, redução da jornada sem redução salarial e combate à precarização do trabalho.

Mais debates

Na sequência da Conferência Nacional da Contraf/CUT, estão previstas para hoje a apresentação de teses e a discussão de propostas aprovadas pelos encontros temáticos sobre saúde/condições de trabalho e ramo financeiro. No domingo, dia 29 de julho, serão definidos os pontos referentes a eixos de lutas como índice, piso salarial e PLR.

Fonte: Fenae