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10.4.25

Previ sob ataque político




Comentário do blog:

Opinião

Ao ler uma matéria do jornal O Globo, sobre o tal relatório, não me surpreendi com absolutamente nada. A matéria "TCU abre auditoria na Previ e aciona PF e MPF para apurar conflito de interesse, viagens e investimentos" demonstra que o relatório contém pouca técnica e muita politicagem.

Basta ver o texto de esclarecimento de nossa Caixa de Previdência (abaixo) para perceber a politicagem que estão fazendo com o nosso fundo de pensão, que está sob ataque assim como o nosso governo Lula, democrático e popular.

Os "técnicos" do órgão, que não é especializado em fundos de pensão - pra isso existe a Previc -, pediram e receberam mais de dois mil documentos e, depois de tudo isso, colocaram no parecer questionamentos sobre algo que não pediram esclarecimentos na Previ...

Ao ler a matéria, me deu a impressão que o parecer do TCU vai contestar o sistema capitalista que vigora no mundo. O que vale para todos os capitalistas e suas empresas e mercados de ações, não valeria para alguém que não seja do clube da Faria Lima.

Todo acionista pode indicar gestores em empresas investidas, todo acionista pode receber as remunerações definidas para gestores de empresas... menos se o ser humano for um de nós... um bancário em posição de gestor de fundo de pensão, um esquerdista blá blá blá...

Estive na apresentação dos resultados da Previ em São Paulo e fiquei satisfeito com as informações que recebi. Nosso fundo de pensão está sob boas mãos e os dados contábeis são bastante confiáveis.

Atenção: unidade do conjunto de associados da Previ é fundamental. Me parece que querem mexer em nosso fundo e em nosso patrimônio construído por nós mesmos em 120 anos de história.

William Mendes

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Previ se posiciona sobre parecer do TCU

Entidade reforça a conformidade de seus investimentos, a solidez dos planos de benefícios e o compromisso com a transparência e a governança

09/04/2025


Nesta quarta-feira, 9/4, em sessão plenária realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a Previ tomou conhecimento do parecer técnico que recomendou a realização de uma auditoria na Entidade. O processo tinha sido colocado em sigilo e, assim como as outras partes, a Previ ainda não teve acesso ao relatório completo. Ainda assim, reiteramos total disposição para contribuir com qualquer esclarecimento adicional que se faça necessário.

O parecer técnico foi realizado com base no levantamento de informações que auditores do TCU realizaram sobre a Previ, de 17 a 21 de fevereiro. Durante a visita na sede da Entidade, os auditores foram recebidos pela Diretoria Executiva, conversaram com diversos funcionários da equipe técnica e receberam todos as informações solicitadas, somando mais de dois mil documentos da Entidade para análise preliminar.

Sobre os tópicos abordados durante a sessão plenária nesta quarta-feira, 9/4, a Previ esclarece que as decisões de investimento sempre são realizadas em conformidade com a Política de Investimentos, com base em análises técnicas rigorosas e aprovadas em diversas instâncias de governança dentro da Entidade, em um sistema que garante a separação de funções e a transparência no processo decisório. Isso impede interferências entre as áreas e permite decisões criteriosas e seguras, buscando sempre a melhor relação entre risco, retorno e liquidez, de acordo com o perfil de cada plano de benefícios.

O resultado acumulado do Plano 1 em dezembro de 2024 foi deficitário em R$ 3,16 bilhões em consequência das oscilações de mercado. Ainda assim, a solidez da Previ proporcionou segurança para os associados, já que não houve necessidade de vender nenhum ativo por valor depreciado. Ou seja: não houve prejuízo. O déficit já está sendo revertido no primeiro trimestre de 2025, devido à conjuntura, à qualidade dos investimentos e à gestão diligente dos ativos. A Previ segue firme, forte e confiável, com sua credibilidade construída em mais de 120 anos de história e uma rentabilidade sólida, baseada em uma visão de longo prazo, como deve ser em um plano de previdência.

Outro tópico abordado na sessão plenária foram viagens do presidente da Previ, João Fukunaga. Esclarecemos que o item “viagens” não foi objeto do levantamento de informações inicial realizado pelo TCU, portanto não temos conhecimento acerca do que motivou a decisão, mas a Previ se coloca disponível para o fornecimento de dados e esclarecimento de informações, sempre que elas forem solicitadas.

A Previ reafirma seu compromisso com a transparência, a ética e a gestão técnica, assim como com a sua missão de garantir o pagamento de benefícios e prover soluções que proporcionem proteção aos associados e seus familiares, de forma integral, segura e sustentável. Inclusive, todas as decisões de investimento são guiadas pelo propósito de cuidar do futuro das pessoas.

A Previ respeita e colabora com toda e qualquer instância de fiscalização e controle, seja interna ou externa. Desde o início, tem prestado todas as informações solicitadas pelo TCU com total transparência e dentro dos prazos estabelecidos. Seguimos confiantes no trabalho técnico que orienta nossa atuação e certos de que todos os esclarecimentos levarão ao reconhecimento da lisura da gestão da Previ.

Fonte: site da Previ

5.4.25

Blog A Categoria Bancária - Retrospectiva 2008



RETROSPECTIVA

O primeiro semestre do ano de 2008 teve algumas agendas importantes para nós da categoria bancária, em especial os funcionários do Banco do Brasil, que nesse ano completava 200 anos de existência.

Em relação à base de São Paulo, Osasco e região, tivemos as eleições de renovação da diretoria de nosso Sindicato. Fiz parte da nossa chapa cutista “Chapa 1 – a Chapa do Sindicato CUT”. Fui eleito para o 3º mandato representando os colegas da base.

As condições de trabalho estavam ruins na categoria e no BB fizemos diversas paralisações nos primeiros meses do ano para tentar melhorar o dia a dia nos locais de trabalho. Desenvolvemos uma campanha nacional com o mote “Acorda BB – Banco para o Brasil”.

Em termos gerais, estávamos com campanha nacional pela ratificação das convenções 151 e 158 da OIT.

No Sindicato, elegemos delegadas e delegados sindicais, fizemos reunião organizativa e já estávamos acompanhando as notícias de provável venda do Banco Nossa Caixa por parte do governo tucano de São Paulo. Privatização é demissão em massa e o tema nos preocupava muito.

No início de junho, fui às posses das direções eleitas em nossas caixas de assistência e previdência, a Cassi e a Previ. Nós cutistas apoiamos as chapas vencedoras.

Fechando o primeiro semestre, participei do Congresso dos Bancários do Ceará, já no início da Campanha Nacional da categoria.

CAIXA FEDERAL – EMPREGADOS APROVAM NOVO PCS

Em junho, os empregados da Caixa aprovaram em assembleias a proposta de PCS negociada entre patrão e trabalhadores e seus sindicatos. 

Essa foi uma diferença importante entre negociações da Caixa Federal e governo em relação ao Plano de Cargos e Salários (PCS). Enquanto no BB a direção não abriu negociação alguma conosco, o processo avançou na Caixa. A assembleia em nossa base foi no dia 26 de junho.

Em julho, além de fazer bastante trabalho de base, participei de duas conferências de bancários, a de São Paulo e a do Ceará.

No mês de agosto, os governos de São Paulo e do presidente Lula abrem as tratativas para a incorporação do Banco Nossa Caixa pelo Banco do Brasil. Sindicatos e associações de funcionários do BNC se mobilizam para exigir do governo federal a manutenção dos empregos e dos direitos dos trabalhadores e aposentados.

Representei a Contraf-CUT na posse da diretoria do Sindicato dos Bancários em Alagoas. Iria à posse da direção dos bancários em Porto Alegre, mas perdi o voo e não consegui ir.

Durante o mês de setembro, ocorreram as negociações com os banqueiros na mesa geral da Fenaban e as negociações específicas nos bancos públicos. No BB, fizemos duas reuniões sobre a minuta.

Enquanto lideranças sindicais e patrões se reuniam, nós mobilizávamos a base. No Sindicato em São Paulo, fizemos plenária dos bancários e reunião de delegados sindicais do Banco do Brasil.

Como a proposta dos banqueiros não atendia as reinvindicações da categoria, fizemos paralisação nacional no dia 30 de setembro.

CULTURA

Para dar um respiro às lutas da categoria, fizemos um sarau no Auditório Lélia Abramo, na Regional Paulista do Sindicato. A sugestão foi minha e o evento se chamou Sarau Refeitório Cultural.

SAÚDE FAMILIAR

Entre agosto e setembro, meu pai esteve em São Paulo para realizar uma cirurgia no Hospital da USP. Se não me engano, a cirurgia foi para colocar telas em suas hérnias na região abdominal.

GREVE NACIONAL

Após diversas rodadas de negociação e a tradicional intransigência do patronato, a categoria entra em greve nacional e após 15 dias de mobilização arrancam propostas na mesa geral e nas mesas específicas dos bancos públicos.

ORGANIZAÇÃO E PLANEJAMENTO

O mês de novembro foi bem agitado a considerar que já havíamos fechado a campanha salarial da categoria.

Além de confraternização com os bancários pela bela luta e unidade na campanha para arrancar proposta após 15 dias de greve, fizemos plenária com os bancários para definir as próximas agendas de lutas. Fiz várias reuniões em agências da base.

Na contraf-CUT, fizemos encontro das Redes Sindicais de Bancos Internacionais, Encontro Nacional de Formação, participei do planejamento da direção do nosso Sindicato e representei a confederação em Encontro Estadual de bancários da Paraíba.

De quebra, tivemos que fazer ação sindical num sabadão no Banco do Brasil porque a direção local queria pôr os bancários para compensarem horas de greve em fim de semana. Não deixamos!

Em dezembro, ainda deu tempo de fazermos dois encontros nacionais, um dos dirigentes do Banco do Brasil, no interior de São Paulo, e outro de dirigentes de sindicatos e federações para debater formas de valorizar a representação sindical.

Ano de muito trabalho, lutas sindicais e o saldo foi positivo para a classe trabalhadora.

Mais um ano de lutas sistematizado em meu blog. São 230 postagens prestando contas e compartilhando informações aos bancários e bancárias que representei.

William Mendes