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25.9.14

Bancários rejeitam propostas dos bancos e aprovam greve a partir do dia 30


Cerca de 1.500 bancários participaram da assembleia
em São Paulo. Crédito: Seeb SP.

Conforme orientação do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), sindicatos de bancários em todo o país realizaram assembleias na noite desta quinta-feira (25), rejeitaram a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na última sexta-feira (19) e decretaram greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira (30).

Os funcionários dos bancos públicos também rejeitaram as propostas feitas pelas instituições para as pautas de reivindicações específicas.

Os bancários ainda decidiram realizar novas assembleias na próxima segunda-feira (29). 

Ao final das assembleias, a Contraf-CUT enviou ofício à Fenaban comunicando a decisão da categoria e se colocando à disposição "para a retomada das negociações visando buscar uma nova proposta que atenda às expectativas da categoria bancária, que poderá ser apreciada pelas novas assembleias que os sindicatos realizarão na próxima segunda-feira, 29 de setembro".

Propostas insuficientes

O Comando orientou a rejeição das propostas dos bancos, por considerá-las insuficientes. A Fenaban propõe reajuste de 7% nos salários (0,61% de aumento real) e 7,5% no piso (1,08% acima da inflação), dentre outros itens. O modelo de pagamento da PLR é o mesmo do ano passado, apenas com o reajuste de 7% nos valores. 

"Queremos mais e reivindicamos um reajuste de 12,5%, piso do Dieese (R$ 2.975,49) e PLR de três salários mais parcela adicional de R$ 6.247, dentre outras demandas econômicas, assim como avanços no emprego e nas condições de saúde, segurança e trabalho, além de igualdade de oportunidades", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

"Reivindicamos o fim das demissões imotivadas, da rotatividade e das terceirizações, bem como o fim das metas abusivas, do assédio moral e das discriminações, além de mais segurança contra assaltos e sequestros, entre outros pontos", salienta o dirigente sindical.

"Os bancos que atuam no Brasil continuam tendo a mais alta rentabilidade de todo o sistema financeiro internacional. Somente os seis maiores tiveram lucro líquido de R$ 56,7 bilhões em 2013 e mais R$ 28,5 bilhões no primeiro semestre deste ano, sobretudo pelo empenho e à produtividade dos bancários. Mas os banqueiros só valorizam os altos executivos e não querem atender as reivindicações da categoria", aponta Carlos Cordeiro.


Fonte: Contraf-CUT

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