COMENTÁRIOS DO BLOG:
A diabetes é uma das principais doenças crônicas que geram agravamentos nas condições de saúde e demandas de atendimento nos sistemas de serviços de saúde.
O modelo assistencial da Cassi, de Atenção Integral à Saúde, organizado através das CliniCassi, para contar com equipes multidisciplinares na Estratégia Saúde da Família (ESF) e cuidar das populações atendidas pela Caixa de Assistência está em implantação desde a definição do modelo na Reforma Estatutária de 1996, e também após a nova Reforma Estatutária de 2007, quando entraram receitas novas e aporte de R$ 300 milhões para estender o modelo ao conjunto dos participantes (Plano de Associados e Cassi Família).
Naquele momento em 2007, o modelo ESF contava com 65 CliniCassi e tinha cerca de 132 mil pessoas cadastradas (32,8% se considerarmos os participantes do Plano de Associados). Infelizmente, mesmo com os aportes feitos naquele período, chegamos em 2014 com a necessidade de retomar o avanço na expansão do modelo porque fechamos aquele exercício com 168 mil cadastrados (40% da população se considerarmos o Plano de Associados: 418 mil pessoas).
Avançar no modelo de Atenção Integral é o nosso objetivo desde que chegamos eleitos à Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi.
Os índices de controle de diabetes, colesterol e hipertensão da população cadastrada na ESF/CliniCassi são muito bons, melhores que outras populações estudadas aqui no Brasil e lá fora.
COMPARAÇÃO ESF/CASSI X OMS
Na população ESF/Cassi 2014.................OMS em 22 países europeus
Taxa de controle de hipertensos: 54,1%................................20%
Taxa de controle de diabéticos: 46,6%..................................22%
Taxa de controle de Dislipidêmicos: 41,6%..........................53%
É necessário um envolvimento de todos nós da comunidade Banco do Brasil para avançarmos nos próximos anos no modelo assistencial da Cassi (CliniCassi/ESF), que hoje está no seu limite da capacidade instalada para a população existente.
A nossa Diretoria tem feito muitos estudos para vermos as melhores formas de avançarmos no modelo, com mais eficiência das unidades e foco no modelo de saúde.
William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento
Reprodução/Atlas da Diabetes - Federação Internacional de Diabetes |
Eduardo Heering
Do BOL, em Copenhague, na Dinamarca*
17/09/201509h33
Os números são alarmantes. A cada 7 segundos uma pessoa morre vítima de complicações causadas pela diabetes no mundo. Em 2014, foram 4,9 milhões de mortes causadas pela doença. No mesmo período, 1,2 milhão de pessoas morreram vítimas de HIV, 584 mil perderam as vidas para a Malária e 1,5 milhão para a tuberculose, segundo os números mais recentes da OMS. Ou seja, a diabetes mata mais do que todas essas outras três doenças somadas.
São esses dados que fazem o presidente da Federação Internacional de Diabetes (IDF), o escocês Michael Hirst, afirmar que a diabetes é o maior desafio que temos para enfrentar no sistema de saúde em todo o mundo. "Índices de doenças cardíacas estão caindo, câncer está sendo combatido, a tuberculose e a malária, também. Mas, quando falamos de diabetes, os números continuam crescendo cada vez mais. É uma doença que está em 'desenvolvimento' e deve ser combatida enquanto há tempo", afirmou Hirst em entrevista ao BOL.
Mais de 387 milhões de pessoas em todo o planeta são diabéticas. No entanto, 46,3% delas não sabem que têm a doença. No Brasil, mais de 12 milhões são diabéticos e 24% não recebeu o diagnóstico.
Em 2035, estima-se que o número de diabéticos e pessoas em estágio pré-diabetes somados ultrapassem 1,1 bilhão de pessoas. No Brasil, no mesmo período, o número de doentes deve subir para 20 milhões.
"Infelizmente, não há o que fazer para impedir o País de chegar a esse número. Para mudar este cenário, reverter os índices de crescimento, seria preciso uma quebra total de paradigmas, um trabalho muito forte de políticas públicas e uma mudança total no comportamento. É muito difícil", afirma o endocrinologista Walter Minicucci, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes.
Essa dificuldade existe porque o tipo mais comum de diabetes, que atinge 90% dos doentes, é o 2, causado principalmente por maus hábitos, podendo atingir qualquer pessoa, independentemente de haver histórico familiar ou não.
A diabetes tipo 2 é resultado de um processo lento, diretamente ligado ao estilo de vida urbano que está cada vez mais presente no mundo. Falta de exercícios físicos, altos níveis de estresse, excesso de comidas industrializadas e, principalmente, obesidade, são as principais causas. Contribuem também alguns fatores genéticos - indianos, por exemplo, são mais suscetíveis à doença - e o envelhecimento natural do corpo, que pode reduzir a quantidade de insulina produzida.
Existem ainda outros dois tipos de diabetes. O tipo 1 pode ser desenvolvido desde o primeiro ano de vida e é basicamente a incapacidade "natural" do pâncreas de produzir a insulina, substância "chave" que abre as células e permite que a glicose seja absorvida por elas e transformada em energia para "impulsionar" o corpo. Quando há falta ou ausência da insulina, seja por fatores genéticos ou maus hábitos, os níveis de açúcar no sangue aumentam, e a pessoa desenvolve a doença. Já a diabetes gestacional, que atinge mulheres grávidas, pode afetar seriamente o bebê se não houver tratamento
Doentes cada vez mais jovens
O que preocupa é que cada vez menos a idade tem sido um fator determinante para o desenvolvimento da doença. A Federação Internacional de Diabetes aponta que aproximadamente 86% dos novos casos foram diagnosticados nos chamados jovens adultos, pessoas com "20 e tantos" anos, que deveriam estar gozando de saúde plena e produzindo economicamente e socialmente.
Esse índice é um indicador claro de como a "urbanização" da população está afetando diretamente o comportamento e a saúde das pessoas.
Para médicos e especialistas, há apenas uma forma de combater o problema. É preciso conscientizar as pessoas sobre a prática de exercícios físicos, os malefícios dos alimentos industrializados e os benefícios de hábitos saudáveis dentro e fora de casa. Cerca de 80% dos casos de diabetes tipo 2 podem ser prevenidos com essa mudança de comportamento.
São esses dados que fazem o presidente da Federação Internacional de Diabetes (IDF), o escocês Michael Hirst, afirmar que a diabetes é o maior desafio que temos para enfrentar no sistema de saúde em todo o mundo. "Índices de doenças cardíacas estão caindo, câncer está sendo combatido, a tuberculose e a malária, também. Mas, quando falamos de diabetes, os números continuam crescendo cada vez mais. É uma doença que está em 'desenvolvimento' e deve ser combatida enquanto há tempo", afirmou Hirst em entrevista ao BOL.
Mais de 387 milhões de pessoas em todo o planeta são diabéticas. No entanto, 46,3% delas não sabem que têm a doença. No Brasil, mais de 12 milhões são diabéticos e 24% não recebeu o diagnóstico.
Em 2035, estima-se que o número de diabéticos e pessoas em estágio pré-diabetes somados ultrapassem 1,1 bilhão de pessoas. No Brasil, no mesmo período, o número de doentes deve subir para 20 milhões.
"Infelizmente, não há o que fazer para impedir o País de chegar a esse número. Para mudar este cenário, reverter os índices de crescimento, seria preciso uma quebra total de paradigmas, um trabalho muito forte de políticas públicas e uma mudança total no comportamento. É muito difícil", afirma o endocrinologista Walter Minicucci, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes.
Essa dificuldade existe porque o tipo mais comum de diabetes, que atinge 90% dos doentes, é o 2, causado principalmente por maus hábitos, podendo atingir qualquer pessoa, independentemente de haver histórico familiar ou não.
Diabetes em números
Fonte: Federação Internacional de Diabetes Leia mais em: http://zip.net/bpr04S
A diabetes tipo 2 é resultado de um processo lento, diretamente ligado ao estilo de vida urbano que está cada vez mais presente no mundo. Falta de exercícios físicos, altos níveis de estresse, excesso de comidas industrializadas e, principalmente, obesidade, são as principais causas. Contribuem também alguns fatores genéticos - indianos, por exemplo, são mais suscetíveis à doença - e o envelhecimento natural do corpo, que pode reduzir a quantidade de insulina produzida.
Existem ainda outros dois tipos de diabetes. O tipo 1 pode ser desenvolvido desde o primeiro ano de vida e é basicamente a incapacidade "natural" do pâncreas de produzir a insulina, substância "chave" que abre as células e permite que a glicose seja absorvida por elas e transformada em energia para "impulsionar" o corpo. Quando há falta ou ausência da insulina, seja por fatores genéticos ou maus hábitos, os níveis de açúcar no sangue aumentam, e a pessoa desenvolve a doença. Já a diabetes gestacional, que atinge mulheres grávidas, pode afetar seriamente o bebê se não houver tratamento
Doentes cada vez mais jovens
O que preocupa é que cada vez menos a idade tem sido um fator determinante para o desenvolvimento da doença. A Federação Internacional de Diabetes aponta que aproximadamente 86% dos novos casos foram diagnosticados nos chamados jovens adultos, pessoas com "20 e tantos" anos, que deveriam estar gozando de saúde plena e produzindo economicamente e socialmente.
Esse índice é um indicador claro de como a "urbanização" da população está afetando diretamente o comportamento e a saúde das pessoas.
Para médicos e especialistas, há apenas uma forma de combater o problema. É preciso conscientizar as pessoas sobre a prática de exercícios físicos, os malefícios dos alimentos industrializados e os benefícios de hábitos saudáveis dentro e fora de casa. Cerca de 80% dos casos de diabetes tipo 2 podem ser prevenidos com essa mudança de comportamento.
"É preciso valorizar vegetais e frutas frescas, reduzir a gordura, comer menos açúcar e fazer alguma atividade física ao menos três vezes na semana por 40 minutos", explica o médico Walter Minicucci.
A diabetes não tratada pode causar danos aos olhos, rins, fígado, nervos e grandes vasos vasculares, que podem causar perda de visão, derrames, amputações, insuficiência renal e levar à morte.
Sintomas, diagnóstico e tratamento
Entre os sintomas mais comuns da diabetes tipo 2, estão: sede constante, vontade excessiva de urinar, cansaço, visão embaçada e perda de peso. É comum pessoas passarem até mais de 10 anos sofrendo com as consequências da doença sem saber que têm o problema.
"O problema é que o quadro clínico é muito lento. A pessoa bebe mais água, mas não percebe. A visão piora e acha que precisa trocar as lentes dos óculos. Normalmente, o diagnóstico é feito em um exame de sangue ao acaso", explica o presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes. Por isso é de extrema importância fazer exames de sangue periódicos.
A taxa glicêmica deve ser de no máximo 125 mg/dL (miligramas por decilitro) em jejum pela manhã. Exames que apresentem números maiores do que o normal indicam a necessidade de tratamento.
Se identificado muito no início, o tipo 2 pode ser controlado com dieta e exercícios. Há remédios que podem ajudar a controlar a doença, mas caso o tratamento básico não seja eficaz, é possível controlar com injeções de insulina. "Mesmo que seja com insulina, se o tratamento for feito corretamente, não há motivo algum para haver qualquer complicação", garante o médico Walter Minicucci.
O endocrinologista também alerta que o quadro de pacientes fumantes é ainda mais delicado. Apesar de não haver relação direta entre o cigarro e o desenvolvimento da doença, Minicucci acredita que a mistura de ambos é uma "tragédia" mais do que dobrada. "Fumar piora toda a parte cardiovascular, aumenta as chances de amputação e de ataques cardíacos", avisa o especialista.
Produção de insulina
Para entender mais sobre a diabetes e conhecer os tratamentos disponíveis, o BOL visitou as instalações da Novo Nordisk, na Dinamarca, entre os dias 27 e 29 de agosto, a convite da indústria farmacêutica. Com fábricas em seis países, inclusive no Brasil, na cidade de Montes Claros (MG), a empresa é a maior fabricante de insulina do mundo. A companhia é responsável por suprir mais de 50% da demanda do mercado.
Em 2015, a Novo Nordisk deve investir cerca de R$ 600 milhões em pesquisa, desenvolvimento e ampliação das estruturas. "Uma insulina de melhor qualidade diminui as chances de picos hipoglicêmicos, um sono de melhor qualidade, uma ação mais estável e muito menos complicações", afirma Mike Doustdar, vice-presidente executivo de Operações Internacionais.
Fonte: UOL notícias - Ciência e Saúde.
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