Comentário do blog: deixo aqui a minha indignação com a condenação do jornalista Paulo Henrique Amorim e faço desta declaração de Carta Maior minhas palavras e sentimentos.
Foto: Brasil 247 |
*Paulo Henrique Amorim, um dos principais nomes do
jornalismo brasileiro, defensor infatigável do sistema de cotas para negros na
universidade, está sendo condenado por preconceito racial. Acusa-o um
repórter da Rede Globo, a quem PH destinou uma
metáfora, cujo uso CM (CartaMaior) não abona, mas que
sabidamente se referia ao caráter do jornalismo praticado. Nunca à pigmentação
da pele. A condenação, descabida, guarda coerência inquietante com o
momento político. Nos dias que correm, o jornalismo associado a
bicheiros e a seus capangas não apenas é tolerado pela justiça, como
respaldado por autoridades federais, que sancionam seus métodos,
metas e 'maycons', abraçando-se em uma esférica
aliança contrária à regulação democrática dos meios de comunicação --outra
bandeira incansável do diretor de Conversa Afiada. Não apenas isso. A
emissora por trás do processo contra Paulo Henrique,
comprovadamente sonegou R$ 615 milhões ao fisco, conforme mostrou
outro blogueiro 'inconveniente', Miguel do Rosário. Continua, todavia, a
se esponjar em verbas copiosas da publicidade federal. Em Brasília, dá-se a
isso o nome de 'mídia técnica', mais ou menos o seguinte: aos que detém a
corda, entrega-se o pescoço. E outras partes mais. O argumento
'técnico' é evocado por aqueles, para os quais, o papel de
um governo democrático é reiterar o status quo em busca de
indulgência, não modificá-lo em benefício da pluralidade e do
discernimento crítico. Talvez esteja aí o erro de fundo de Paulo Henrique:
a incompatibilidade do seu jornalismo com um status quo ainda iníquo,
racista e cínico.
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