Blog de William Mendes, ex-dirigente sindical bancário e ex-diretor eleito de saúde da Caixa de Assistência dos funcionários do Banco do Brasil
9.4.15
Estudos: Cassi 2006
(reprodução do texto original)
Relatório Anual - Apresentação
Compromisso com sua saúde
Diretoria
2006 foi um ano em que conseguimos avançar no desafio coletivo de preparar e manter as bases para o salto desejado pela Cassi. Não obstante a existência de um contexto desfavorável, caminhamos no sentido de consolidar condições para assegurar atendimento cada vez melhor para a promoção da saúde das mais de 760 mil vidas assistidas por nossa instituição em associação com desempenho mais adequado no resultado econômico-financeiro dos Planos de Saúde.
Procuramos mostrar essa realidade nesta prestação de contas. De forma transparente, apresentamos, para seu conhecimento e avaliação, as ações, os projetos e os investimentos que realizamos em 2006.
As análises e os números dão conta do real quadro da Caixa de Assistência. Você, associado, pode verificar que se repete o desequilíbrio no custeio do Plano de Associados, ao contrário do que ocorre com o Cassi Família. Assim, de um lado, temos um plano destinado ao atendimento dos nossos parentes até o terceiro grau, que completou 10 anos em 2006, com superávit operacional e equilíbrio atuarial. Do outro, o Plano de Associados apresenta um desequilíbrio financeiro - recorrente desde 1999 - fruto do descasamento das evoluções de receitas e despesas.
É expressivo o aumento dos custos com saúde quando comparado com a inflação geral do País; aliás esta é uma realidade de todos os países. O segmento de saúde e, em especial, o de saúde suplementar apresenta desafios categóricos para a concretização de um equilíbrio sustentável, que envolve gama considerável de variáveis. Alguns dos principais vetores são:
- intensificação de uso;
- surgimento de dispendiosas tecnologias;
- exigências de melhores atendimentos;
- novos procedimentos e medicamentos;
- eficiência e eficácia da gestão;
- estratégias de promoção e prevenção de saúde;
- o aumento da longevidade dos participantes (felizmente neste caso).
O senso de urgência e a necessidade de estado de alerta serão eternos na área de saúde. Assim, é imperativo que todos nós saibamos de nossas responsabilidades para que a perenidade do Plano seja alcançada. Não é possível obter sustentabilidade no Plano de Associados sem a participação efetiva de todos, associados, Banco do Brasil e gestores da Cassi.
Alternativas para o custeio do Plano de Associados continuaram sendo debatidas ao longo de 2006 entre o patrocinador Banco do Brasil, conselheiros e diretores eleitos e representantes dos associados, que chegaram a um acordo consensual, levando o Corpo Social a ter que apreciar (em 2007) uma reforma de Estatuto para reestruturação da Cassi.
Nem por causa desse quadro a Cassi deixou de prestar e buscar os melhores serviços para os participantes. As equipes de Saúde da Família prestaram quase 478 mil atendimentos nos Serviços Próprios. Só em 2006, cerca de 30 mil participantes se cadastraram na Estratégia Saúde da Família, totalizando mais de 100 mil pessoas que passaram a ter acesso a diversas ações de prevenção de doenças e promoção de saúde. Para atendê-los melhor, o uso do prontuário eletrônico foi incrementado significativamente; os profissionais de saúde mantiveram-se dedicados; e os canais de relacionamento com os participantes, como a Central Cassi, foram aperfeiçoados. O esforço é reconhecido considerando a ampla maioria de participantes com visão positiva da Cassi.
Nos bastidores de toda atuação, foram implantados diversos projetos desenvolvidos pelas áreas técnicas, que colaboraram para um desempenho favorável na rede. Entre eles, destacam-se a nova metodologia de planejamento que estabeleceu novos objetivos e diretrizes para a instituição; o Projeto Íris, responsável pela automação da autorização e do faturamento e relacionamento com prestadores e participantes; a criação e revisão de estrutura de algumas gerências; e a padronização e automação de processos, que tendem a reduzir os incrementos das despesas de forma compatível com as receitas futuras.
Enfim, chegamos ao final de 2006 com uma gestão melhor definida para o alcance das metas, com o compromisso de prestar um atendimento cada vez mais adequado aos nossos participantes a partir da concretização da solução de custeio, do aumento da eficiência na gestão e no controle e da conscientização para uma utilização parcimoniosa por parte dos associados da Cassi.
Boa leitura e reflexão.
Conselho Deliberativo
- Maria das Graças C. Machado Costa (presidente)
- Denise Lopes Vianna (vice-presidente)
- Carlos Eduardo Leal Neri (efetivo)
- Roosevelt Rui dos Santos (efetivo)
- Solon Coutinho de Lucena Filho (efetivo)
- Carlos Frederico Tadeu Gomes (suplente)
- Cláudio Alberto Barbirato Tavares (suplente)
- Geraldo Pedroso Magnanelli (suplente)
- Marcelo Gonçalves Farinha (suplente)
- Maria do Carmo Trivizan (suplente)
Conselho Fiscal
- Ana Lúcia Landin (presidente)
- Íris Carvalho Silva (titular)
- Urbano de Moraes Brunoro (titular)
- Décio Bottechia Júnior (suplente)
- Francisco Alves e Silva (suplente)
- Maria do Céu Brito de Medeiros (suplente)
Diretoria Executiva
- Sérgio Dutra Vianna de Oliveira (Diretor Superintendente)
- Roberto Francisco Casagrande Herdeiro (Diretor Administrativo-financeiro)
- José Antonio Diniz de Oliveira (Diretor de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes)
- Douglas José Scortegagna (Diretor de Saúde)
Fonte: Relatório Anual Cassi 2006, site da Cassi.
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COMENTÁRIO DO BLOG (atualizado em 20/04/15):
- Os sublinhados são marcações do Blog;
- Déficit da Cassi: é interessante notar que a nova gestão, eleita durante o ano, mudou sensivelmente o texto de apresentação. Não vimos o valor do déficit dito a nós no texto. Precisei ir aos números para sabê-lo:
Déficit operacional Plano de Associados = R$ 122 milhões (81 milhões em 2005)
Resultado consolidado Cassi = déficit de R$ 22 milhões (foi 13 milhões positivos em 2005);
- Plano Odontológico: aqui começa a história do Plano Odontológico. A Cassi lançou projeto piloto de atendimento odontológico (relatório, página 16), com a implantação desse serviço no Convênio de Reciprocidade com o STF. O acompanhamento e a avaliação dos resultados do projeto tinha como objetivo estender o direito em odontologia para o conjunto dos associados, como sempre dissemos nos debates com o Corpo Social. Seria um direito em Atenção Primária para todos os associados. (e não só aquele plano da Odontoprev ofertado somente para o pessoal da ativa em 2010);
- Conferências de Saúde (tratamento desigual aos eleitos por parte do BB conforme a época): agora em 2015 o BB e seus representantes na Cassi vetaram recursos para a realização das Conferências de Saúde e eleição dos Conselhos de Usuários. Alegaram que é por restrições orçamentárias.
Em 2006, a Cassi passava pela mesma situação de restrições orçamentárias e, no entanto, conforme vemos na página 19 do relatório, os eleitos não tiveram problemas e puderam realizar as 6 conferências e as oficinas de capacitação.
Como já expliquei neste ano de 2015, nós estamos buscando recursos e vamos realizar as Conferências porque entendemos ser fundamental a participação social na Cassi, ainda mais neste período de definição e busca de soluções para a nossa Caixa de Assistência;
- ESF: 104.582 cadastrados para uma população total de 400.879 vidas no Plano de Associados. isso equivale a 26,09% do total.
- Crescimento do cadastro de participantes na ESF de 2005 para 2006: 39,4% (75 mil em 2005 e 104.582 em 2006)
- Convênio de Reciprocidade: 73,9 mil assistidos
Marcadores:
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Plano odontológico BB,
Relatórios Anuais Cassi,
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