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8.4.15

Estudos: Cassi 2005 (I)


(reprodução do texto original)

Relatório Anual 2005 - Apresentação

As mudanças e os desafios, por Conselho Deliberativo da Cassi



2005 foi um ano em que a Cassi passou por grandes transformações em todas as áreas, com o objetivo de garantir um atendimento cada vez melhor aos associados e a suas famílias, além de racionalizar e agilizar a gestão. Por outro lado, 2005 continuou sendo mais um ano onde o custeio do Plano de Associados apresenta-se como o grande problema a ser resolvido, haja vista que as nossas receitas básicas continuam apresentando resultados operacionais negativos e consumindo reservas técnicas desde 1999.

As principais mudanças estruturais que começaram a ser implementadas com a reforma de 1996 foram consolidadas no ano passado, como mostra o balanço das ações da Cassi resumidas nas próximas páginas deste Relatório Anual.

A Caixa de Assistência aprovou em 2005 o Planejamento Estratégico, que define as prioridades e fixa os objetivos e metas para os próximos cinco anos. Merece destaque a criação de indicadores financeiros e de saúde, que permitirão orientar a boa gestão dos recursos e da assistência à saúde dos associados e de seus familiares. É a primeira vez que a Cassi implanta medidas dessa ordem, que serão também fundamentais para dar mais transparência* à gestão e consolidar o modelo assistencial.

Iniciamos a revisão da arquitetura organizacional da Cassi, que permitiu corrigir distorções na gestão, como a vinculação hierárquica das Unidades Regionais e da Central de Pagamentos. Com essa revisão, desejamos adequar a instituição às mudanças impostas pelo mercado de saúde, fortalecendo a Cassi e visando aplicar da melhor forma possível seus recursos técnicos e humanos para o cumprimento de sua missão de assegurar Atenção Integral à Saúde.

Também promovemos uma revisão da implementação da Estratégia Saúde da Família (ESF), com a criação de indicadores que permitirão a definição das praças com prioridade para a implantação da Estratégia, a partir de critérios como concentração de associados, populações mais idosas, grupos de risco, bem como o acompanhamento dos resultados nessas regiões.

Igualmente importantes foram a criação do Comitê de Relações com Participantes, que será responsável pelos recursos técnicos apresentados pelos participantes; da Divisão de Custos, que responde pela administração dos custos, a implantação da Auditoria Interna e da Divisão de Controles Internos, que apesar de recém criadas, já têm contribuído muito para a administração da Cassi.

Quanto aos resultados econômicos-financeiros, o exercício de 2005 apresentou superávit de R$ 13 milhões. Mas o resultado operacional consolidado fechou com déficit de R$ 54,1 milhões, em razão do preocupante desequilíbrio do Plano de Associados, que encerrou o ano com déficit operacional de R$ 81,2 milhões - enquanto o Cassi Família teve superávit de R$ 76,2 milhões.

Sinal positivo no esforço de tirar do vermelho o Plano de Associados foi a proposta encaminhada pelo Banco do Brasil mostrando disposição de discutir a reestruturação da Cassi e um novo modelo de custeio com todos os associados. Cabe agora ao movimento sindical, junto com os demais segmentos do funcionalismo, apresentar uma contraproposta que seja o ponto de equilíbrio financeiro e atuarial, ajudando a solucionar definitivamente os problemas estruturais de custeio da Cassi. É uma tarefa de todos nós.


Conselho Deliberativo

- Deise Teixeira Lessa (eleita)
- Denise Lopes Vianna (eleita)
- Roosevelt Rui dos Santos (eleito)
- José Ismar Alves Tôrres (até 26/8/05)
- Solon Coutinho de Lucena Filho (a partir de 27/9/05)
- Carlos Eduardo Leal Neri

Suplentes

- Claudio Alberto Barbirato Tavares (eleito)
- Geraldo Pedroso Magnanelli (eleito)
- Marcelo Gonçalves Farinha
- Joel Bueno e Silva

Conselho Fiscal

- Milton dos Santos Rezende (eleito)
- Márcio José de Souza Chaves (eleito)
- João Antonio Maia Filho (eleito)

Suplentes

- José Anchieta Dantas (eleito)
- José Proença Duarte (eleito)
- Marcel Juviniano Barros (eleito)

Diretoria

- Sérgio Dutra Vianna de Oliveira
- Vicente Gomes Neto (a partir de 01/02/05)
- Nivaldo José Lopes (até 31/01/05)
- José Antônio Diniz de Oliveira (eleito)
- Lessivan M. de Oliveira Pacheco (eleito)


Fonte: Relatório Anual da Cassi 2005, site da Cassi


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COMENTÁRIO DO BLOG (atualizado em 20/04/15):

- Os itens sublinhados no texto são marcações do Blog;

- Déficit operacional no Plano de Associados = R$ 81,2 milhões;

- O CD informa no primeiro parágrafo que a Cassi vem consumindo reservas técnicas desde 1999;

- ESF tem revisão na implementação com a criação de indicadores e os critérios adotados são: concentração de associados, populações mais idosas, grupos de risco. 

Essa estratégia não é a mais adequada para um modelo de Atenção Primária que busca interferir na saúde da população envolvida ao longo do tempo. Esse perfil vai dificultar "comprovar" nos embates com o BB, que tem visão financista, sobre a viabilidade econômica do modelo porque o grupo pertencente a ESF terá despesas assistenciais senão iguais, maiores que aqueles fora do modelo, por razões óbvias: população cadastrada é mais gravosa, tem mais doenças que as não cadastradas (perfil definido por ordem da própria direção - Banco e eleitos);

- ESF números: 75 mil cadastrados, com 92 equipes. (pág. 9). A população do Plano de Associados é de 403.600 o que dá um percentual de cobertura da ESF de 18,58% (se considerarmos a população do Plano como referência;

- Crescimento do cadastro de participantes na ESF de 2004 para 2005: 75% (42.659 para 75 mil pessoas);

- *No terceiro parágrafo, a direção afirma que foi feito um Planejamento Estratégico para cinco anos e que as medidas são fundamentais para dar mais "transparência" à gestão. Isso me chamou a atenção porque houve uma mudança nos "Princípios" da Cassi de 2004 para 2005 e a mudança retira a palavra "transparência":

2004 - "Ética e transparência nos negócios e na gestão"

2005 - "Ética nos negócios";

- Outra coisa que os associados não me verão dizer é que soluções propostas para o momento atual serão "definitivas" como está dito no último parágrafo. Isso não funciona assim. 

O que tenho dito das propostas apresentadas em 2015 é que elas têm melhor "perspectiva de" em relação ao equilíbrio no Plano de Associados e na sustentabilidade da Caixa de Assistência.

William Mendes

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