Blog de William Mendes, ex-dirigente sindical bancário e ex-diretor eleito de saúde da Caixa de Assistência dos funcionários do Banco do Brasil
8.4.15
Estudos: Cassi 2004 (I)
(reprodução do texto original)
Relatório Anual - Apresentação
Um desafio de todos, por Sérgio Vianna - Diretor Superintendente da Cassi
2004 foi um ano de muitas realizações. A Cassi consolidou a Estratégia Saúde da Família (ESF), o nosso projeto mais importante, porque busca um novo paradigma assistencial visando uma melhor qualidade de vida dos participantes e suas famílias. Está implantada em 23 capitais, com mais de 42 mil beneficiários cadastrados e sendo atendidos pelas equipes multidisciplinares. Foi também definida e aprovada a implantação dos serviços próprios da Cassi e da ESF nas capitais restantes e em mais de duas dezenas de cidades de porte médio.
Com muito empenho de todos os colaboradores da Cassi, foi possível avançar no objetivo estratégico de consolidar o novo modelo assistencial. Realizamos formatação da rede referenciada de parcerias, a ampliação do programa Plena Idade e desencadeamos os programas nacionais Viva Coração (desenvolvido e aprovado em 2004 e já implantado no início de 2005), Pessoas com Deficiência, Saúde Mental (também já aprovado) e atenção Domiciliária.
O Plano Cassi Família foi expandido e já atendia, em dezembro de 2004, quase 279 mil vidas. A Cassi realizou Exames Periódicos de Saúde (EPS) em 92% dos funcionários do Banco do Brasil, cujos resultados estão orientando o Programa de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador do BB, formatado em 2004. Na modalidade Convênios de Reciprocidade, a Cassi já assiste mais de 50 mil vidas.
Com apoio da direção do Banco do Brasil, avanços importantes foram ainda obtidos em outros projetos estruturantes, como o Plano Estratégico de Tecnologia da Informação (PETI), o Sistema Operacional Cassi (SOC) e o Programa Arquitetura Organizacional, que darão mais agilidade e qualidade a serviços, a produtos e ao atendimento a beneficiários - e também à gestão da Cassi.
O resultado do exercício do Consolidado Cassi, no ano passado, apresentou um superávit de R$ 25,2 milhões. O Plano Cassi Família mostrou resultado operacional positivo de R$ 11,1 milhões. O resultado operacional do Plano de Associados, no entanto, trouxe déficit de R$ 43,8 milhões.
Vários fatores explicam o déficit no Plano de Associados. A inflação médico-hospitalar superior à média da economia. O incremento tecnológico da medicina que traz aumento de gastos em saúde. O envelhecimento da população e o crescimento da expectativa de vida, exigindo mais cuidados e despesas com saúde. A necessidade de provisionamento de R$ 110 milhões para garantir o pagamento de Imposto de Renda sobre rendimentos das aplicações de nossas reservas - assunto que ainda está sendo discutido no âmbito administrativo da Receita Federal.
No Plano de Associados, o custeio é um desafio para todos - associados, Banco do Brasil, entidades representativas... E a busca de uma solução inteligente para equalizar esse problema exigirá equilíbrio e responsabilidade de todos os atores envolvidos nesse debate coletivo de toda a Cassi. Afinal, o Plano de Associados é um patrimônio valioso para quase 400 mil vidas.
Esse relatório é um panorama geral da nossa Cassi que submetemos à avaliação do Corpo Social. Sugerimos a você, associado, uma leitura atenta das informações para sua atualização sobre os projetos, os programas e a reestruturação em curso há dois anos na Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil. Boa leitura.
Fonte: Relatório Anual Cassi 2004, site da Cassi
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COMENTÁRIO DO BLOG (atualizado em 4/05/15):
- Os sublinhados são marcações do Blog;
- Déficit do Plano de Associados = R$ 43,8 milhões (operacional);
A ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF)
- ESF em 23 capitais, com mais de 42 mil cadastrados. A população do Plano de Associados é de 400.506, o que dá uma cobertura da ESF da ordem de 10,65% dos beneficiários do Plano.
Cito a mensagem da Direção sobre os objetivos da ESF para os anos seguintes:
"A estratégia Saúde da Família tem três estágios de implantação. No primeiro e no segundo estágios, o objetivo é alcançar até 75% dos participantes do Plano de Associados e os doentes crônicos mais graves do Plano Cassi Família (os que demandam mais gastos). A terceira etapa atingirá a totalidade do Plano de Associados e a toda a população de crônicos do Cassi Família, mais a demanda espontânea desse plano nas cidades com módulos da ESF. Ao final do terceiro estágio, o objetivo é atingir 51% dos beneficiários da CASSI, considerando, assim, as 27 capitais e cerca de 40 cidades de porte médio no interior do País." (pág. 9)
COMENTÁRIO SOBRE OBJETIVOS NÃO CUMPRIDOS: mesmo com todo recurso novo que entrou entre 2007 e 2013 (tanto estatutário como extraordinário - mais de 1 bilhão), em 2014 a Cassi chegou a 40,2% de cadastrados na ESF se considerarmos o total de participantes do Plano de Associados e 23,30% dos beneficiários de toda a Cassi, ou seja, nem a metade do objetivo determinado pela própria Direção ao longo da última década.
DEMAIS ITENS QUE DESTACO DO RELATÓRIO:
- Formatação da rede referenciada de parcerias;
- Cassi Família: 279 mil vidas;
- Convênios de Reciprocidade: mais de 50 mil vidas;
- Provisionamento IR sobre aplicações financeiras: R$ 110 milhões;
- Debates para a elaboração de um novo Regimento Interno, a implementação da Auditoria Interna e da área de Controles Internos;
- Eleição foi com chapa única.
William
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