Este artigo de Herminio Sobrinho é muito bom e esclarecedor. Ele aborda de forma simples e em texto de fácil leitura o princípio basilar de nossa Caixa de Assistência. Recomendo a leitura e o compartilhamento com todas as pessoas que ainda têm dúvidas ou poucas informações a respeito da importância da solidariedade no Plano de Associados da Cassi. Boa leitura.
"CASSI: EM DEFESA DO PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE"
Autor: Hermínio Sobrinho
Diante do momento pelo qual passa o Plano de Associados da Cassi, uma das questões pautadas tem sido a discussão do regime de solidariedade do plano.
Antes de adentrar naquilo que pretendemos alcançar com este texto, tentaremos explicar o que significa a solidariedade e as suas implicações, principalmente sociológicas.
A solidariedade é uma condição grupal resultante de atitudes e sentimentos, de modo a constituir no grupo uma unidade sólida, capaz de resistir às forças exteriores e mesmo de tornar-se ainda mais firme em face da oposição vinda de fora. É a dependência mútua. Reciprocidade de obrigações e interesses. É a adesão ou apoio à causa comum. É um pensar solidário, e não solitário. É como as pessoas se unem, se ligam, assim como o cimento que liga os tijolos de uma parede. Por fim, solidariedade é uma questão de atitude que precisa do envolvimento das pessoas com valores solidários, capazes de lutar por aquilo que acreditam.
A Cassi, uma entidade sem fins lucrativos, é uma conquista do funcionalismo do Banco do Brasil e o Princípio da Solidariedade é que norteia toda a política de assistência à saúde, onde todos contribuem com o mesmo percentual e utilizam de acordo com suas necessidades.
Os participantes contribuem com regras iguais, gerando um fundo destinado a custear as despesas assistenciais de cada um dos associados e seus dependentes. É um sistema mutualista, onde todos têm acesso a uma assistência médica de boa qualidade e com cobertura ampla. É este princípio que une todos os funcionários da ativa e que protege os aposentados. Romper com este princípio é jogar por terra uma ideia pensada, lançada e implantada por nossos pioneiros colegas há 70 anos. Seria destruir toda uma história de lutas e de muita dedicação e trabalho.
Neste momento não podemos cair no canto da sereia do patrocinador Banco do Brasil, que é o maior responsável pela atual situação. Não devemos em nenhuma hipótese aceitar a possibilidade de pagar por dependente, por idade, por consumo, por perfil epidemiológico ou qualquer outra forma de tentativa da quebra da solidariedade.
Como milhares de colegas, ativos e aposentados, teriam condições de arcar com este modelo de custeio? Certamente que muitos teriam que se desligar da Cassi, ficando sem uma assistência de qualidade e trazendo como consequência o encarecimento do plano e sua insustentabilidade. Se o colega hoje não tem dependente, amanhã poderá tê-lo. Também envelhecerá, e será mais um aposentado, vivendo os mesmos dramas e situações dos atuais. Os aposentados, cuja grande maioria tem como dependente hoje o(a) companheiro(a) - muitas vezes nem estes -, já teve outros. Portanto, não podemos pensar só no presente, mas vislumbrar o futuro. Os caminhos normalmente são os mesmos. Não somos nós os vilões nesta história.
A sustentabilidade da Cassi e a sua perenidade passam por um Modelo Integrado de Atenção à Saúde eficiente, por melhorias na gestão com maior participação efetiva dos associados, com o fortalecimento dos Conselhos de Usuários, pela prática da cultura do pertencimento (a Cassi pertence a nós), mas e principalmente, pela defesa da Solidariedade enquanto pilastra basilar da nossa Caixa de Assistência. Sem esta Solidariedade seremos consumidores de mais um plano de saúde do mercado.
A SOLIDARIEDADE deve ser entendida e defendida como uma cláusula pétrea na Cassi.
Herminio Sobrinho
Representante da Anabb (RN)
Artigo feito para a Revista da AFABB RN - março/abril/2015
O autor esclarece que esta é uma luta fundamental para a preservação da Cassi enquanto Caixa de Assistência à Saúde dos Funcionários do BB e como entidade de autogestão. Cuidado com o canto da sereia vindo da direção do Banco do Brasil. Este canto esconde a intenção clara de quebrar o Princípio da Solidariedade entre nós funcionários da ativa e aposentados. Será a pá de terra final em nossa assistência médica.
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