"Ao mesmo tempo em que diz querer ampliar o papel de banco público do BB, com a correta política de redução dos juros ao consumidor e ampliação do crédito, o governo usa o banco para seus arranjos políticos com os partidos da base aliada. E ainda mais indicando um político com a história de Borges, político que o movimento sindical conhece de longa data por suas posições conservadoras", avalia William Mendes, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e secretário de Formação da Contraf-CUT.
A indicação de Borges, que deverá assumir o lugar de Ricardo Oliveira na direção do banco, contempla o PR, partido insatisfeito com a perda de espaço no governo, sobretudo após as denúncias de irregularidades no Ministério dos Transportes. Além disso, visa por fim à disputa de poder entre o comando do Banco do Brasil e a presidência da Previ. Oliveira é apontado no governo como um dos responsáveis por alimentar a guerra entre o presidente do BB, Aldemir Bendine, e o chefe da Previ, Ricardo Flores.
César Borges começou sua carreira política no antigo Partido da Frente Liberal (PFL), hoje chamado Democratas (DEM), partido pelo qual se elegeu deputado estadual, governador e senador pela Bahia. Foi secretário estadual de Recursos Hídricos de seu grande padrinho político Antônio Carlos Magalhães, o famigerado ACM, nome chave na direita brasileira desde a década de 1950 e importante apoiador da Ditadura Militar.
Fonte: Contraf-CUT
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