Entrei no Banco do Brasil em 1992. Acompanho o que o funcionalismo viveu nesses mais de 20 anos. Na primeira fase de minha carreira profissional não fui um militante. Como bancário comum, sofri as agruras do dia-a-dia duríssimo no banco.
Nos anos 2000 fui eleito dirigente sindical pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, depois eleito dirigente nacional. Passei a conviver com os companheiros da CUT e militantes combativos de outras correntes, o que me deu novo olhar sobre o mundo político e das relações interpessoais.
Mas, saindo do campo pessoal para o mais importante que pretendo tratar, falo agora da eleição que começa no próximo dia 18 para a eleição da Previ.
Disputam o pleito seis chapas. Quero externar de forma sucinta por que indico e peço o voto para a Chapa 6 - Unidade na Previ, liderada pelo companheiro Marcel Barros.
Todos os direitos que temos é resultado da luta organizada dos trabalhadores, tendo como organização seus sindicatos. Todos acompanhamos nos anos 90 o ataque aos direitos dos trabalhadores e o quanto foi importante termos organização e sindicatos para enfrentar os ataques do capital e de governos como o de FHC do PSDB.
Nós sempre organizamos os bancários para negociar e contratar direitos após os processos de mobilização. Nossa luta arrancou conquistas que são referências para os demais trabalhadores.
A Chapa 6 - Unidade na Previ é apoiada pelos principais sindicatos do país. Sindicatos que lideraram os bancários nas conquistas de toda a nossa história de direitos na categoria, na Cassi e na Previ.
Para não me estender muito sobre as outras chapas, lembro aqui que a Chapa 1 é composta pelo mesmo grupo que perdeu a hegemonia na Anabb em 2011 e que durante os anos FHC, de ataque aos direitos dos bancários do BB, nada fez para defendê-los.
Naquele período, enquanto os sindicatos combatiam os ataques à Previ, a diretoria daquela Anabb estava às voltas com a Contec e com aliados do governo FHC. Quem entrou com ações na justiça contra o BB e ganhou foram os sindicatos de bancários, tendo à frente os de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
As chapas 2 e 5 são compostas basicamente por aposentados. Mesmo sendo segmento importante dos associados, é necessário reconhecer que há mais de 115 mil associados que são da ativa, que precisam também de representação na direção da Previ, o que não é observado nessas chapas.
A chapa 3 é a chapa do banco. Ela tem candidatos da direção do banco, das superintendências etc. Já não basta o banco ter metade da diretoria (incluindo a presidência) e conselheiros indicados, agora quer hegemonizar também a parte eleita? Os bancários não são bobos!
A chapa 4 é composta pela parte mais sectária da militância, contrária inclusive à existência de fundos de pensão.
Colegas do BB,
Não podemos ser enganados pelos oportunistas que aparecem em vésperas de processos eleitorais. Na hora de enfrentar o banco, só mesmo os sindicatos e seus trabalhadores mobilizados é que têm força para barrar ataques e conquistar novos direitos.
Conversem com todos os colegas e peçam o voto na Chapa 6 - Unidade na Previ, apoiada pelos principais sindicatos de bancários do País.
Todas as conquistas na Previ passaram pela organização e luta dos sindicatos de bancários do país. A luta por direitos sempre é resultado de lutas com organização.
(*) William Mendes é secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB
Fonte: Contraf-CUT
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