Olá companheir@s, amig@s e colegas do Banco do Brasil,
São quase 23h e estamos encerrando mais um longo dia de trabalho e gestão aqui na sede da Cassi em Brasília. Nossos dias têm sido de longas jornadas em defesa de nossa entidade, do Modelo de Atenção Integral à Saúde e dos direitos dos nossos associados.
Assim como afirmei (ler AQUI) no dia do anúncio da reestruturação de nosso banco público, o BB, sigo bastante preocupado e apreensivo com as informações que temos recebido e percebido ao longo desses três dias.
Além de algumas matérias de sindicatos que li, vi relatos muito comoventes de colegas que pertencem às dependências do Banco que foram listadas para serem fechadas. É uma situação que afeta muito a vida de nossos trabalhadores e suas famílias.
Hoje sou gestor de saúde de nossa Caixa de Assistência, eleito pelos associados, e estamos terminando um ano de trabalho muito intenso.
Além das dificuldades que enfrentamos à frente de uma autogestão com orçamento contingenciado por causa de diversos problemas do setor de saúde suplementar, que nos levou a pedir apoio às entidades representativas para construirmos negociações para buscar soluções para o déficit no plano de saúde dos trabalhadores, empreendemos em 2016 uma agenda da Diretoria de Saúde indo Estado por Estado procurando o patrocinador Banco do Brasil para fortalecer parcerias com Superintendências, Gepes e Sesmt para termos uma agenda comum de promoção de saúde e prevenção de doenças.
Além do grande impacto negativo da reestruturação do Banco do Brasil na vida e na saúde de nossos trabalhadores, temos ainda a notícia de alterações nas unidades regionais do Banco, alterando sobremaneira as áreas de recursos humanos e gestão de pessoas.
Ao passarmos a desempenhar o papel de gestor de saúde em nome de nossos trabalhadores, nos tornamos apaixonados pela causa que temos defendido - o fortalecimento da nossa Caixa de Assistência como autogestão em saúde com foco na Atenção Primária e Estratégia Saúde da Família (ESF). Estamos focados no objetivo de nosso mandato em atuar na saúde dos trabalhadores ainda na fase laboral de suas vidas.
São momentos difíceis os que estamos atravessando, tanto nós classe trabalhadora quanto nosso querido País. Eu espero que os sindicatos possam construir uma grande unidade de ação para organizar os trabalhadores e buscar uma resistência na defesa dos empregos e de nosso banco público.
Também espero que a direção do Banco e o governo estejam abertos a receber as representações e suas reivindicações.
Eu sigo à disposição das entidades representativas, da direção do Banco e dos associados, principalmente naquilo que é minha tarefa, o cuidado com a saúde de mais de 700 mil vidas assistidas em nossa Comunidade Banco do Brasil.
Segue abaixo a matéria da Contraf-CUT sobre a reunião da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB com a direção da empresa, ocorrida ontem.
William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (mandato 2014/18)
Primeira reunião após o anúncio do plano de reestruturação do BB. Foto: matéria da Contraf-CUT. |
Contraf-CUT cobra do Banco do Brasil garantias aos funcionários atingidos pela reestruturação
Movimento sindical exigiu, ainda, mais transparência no processo
A Contraf-CUT cobrou garantias de praça e de remuneração para os funcionários que tiveram cargos e funções cortados, bem como a todos que ficarão de excedentes em cada agência, devido ao plano de reestruturação anunciado pelo Banco do Brasil neste final de semana, em reunião realizada nesta terça-feira (22) em Brasília.
Para os funcionários que perderão os cargos, a reivindicação é que a Verba de Caráter Pessoal (VCP), que garante a remuneração, seja iniciada depois de 1º de fevereiro e que o prazo seja estendido para mais de 4 meses. Na minuta de reivindicações, o movimento sindical solicita VCP de 12 meses, em caso de reestruturação.
Os representantes dos trabalhadores pedem ainda que os caixas executivos que tiveram seus cargos cortados e não conseguirem realocação sejam contemplados com VCP, que hoje não tem previsão.
Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa do BB, relatou que esta primeira reunião foi para reivindicar as garantias e a proteção aos funcionários. “Precisamos que a empresa tenha sensibilidade de tratar com renda das famílias. Já temos casos de funcionários desesperados no interior do país por ter mudado de cidade em processo seletivo e agora recebeu a notícia que o cargo vai ser extinto.”
Os dirigentes sindicais criticaram a forma como o processo foi conduzido com os funcionários, que souberam da novidade pela imprensa, no final de semana.
A Contraf-CUT cobrou garantias de praça e de remuneração para os funcionários que tiveram cargos e funções cortados, bem como a todos que ficarão de excedentes em cada agência, devido ao plano de reestruturação anunciado pelo Banco do Brasil neste final de semana, em reunião realizada nesta terça-feira (22) em Brasília.
Para os funcionários que perderão os cargos, a reivindicação é que a Verba de Caráter Pessoal (VCP), que garante a remuneração, seja iniciada depois de 1º de fevereiro e que o prazo seja estendido para mais de 4 meses. Na minuta de reivindicações, o movimento sindical solicita VCP de 12 meses, em caso de reestruturação.
Os representantes dos trabalhadores pedem ainda que os caixas executivos que tiveram seus cargos cortados e não conseguirem realocação sejam contemplados com VCP, que hoje não tem previsão.
Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa do BB, relatou que esta primeira reunião foi para reivindicar as garantias e a proteção aos funcionários. “Precisamos que a empresa tenha sensibilidade de tratar com renda das famílias. Já temos casos de funcionários desesperados no interior do país por ter mudado de cidade em processo seletivo e agora recebeu a notícia que o cargo vai ser extinto.”
Os dirigentes sindicais criticaram a forma como o processo foi conduzido com os funcionários, que souberam da novidade pela imprensa, no final de semana.
Outra crítica ao Banco é pelo lançamento de um pacote de aposentadoria, juntamente com corte de cargos e fechamento de agências, já que as duas coisas deveriam estar desvinculadas. No entanto, o Banco tanto anunciou fechamento de dependências e corte de vagas, como apresentou ao mesmo tempo um plano de aposentadoria incentivada em um momento de grande sofrimento para um grande grupo de trabalhadores que iniciou a semana sem local para trabalhar.
O movimento sindical argumenta que o fechamento de agências no interior do país terá impacto no atendimento à população e causará transtornos para as pessoas envolvidas.
“O Banco prejudica a população, com a piora do atendimento, e mais ainda o funcionário, ao não garantir a remuneração pela extinção dos cargos. Não pensar em VCP para os caixas é uma falha grave do BB, que ignora a realidade do interior do país", completou Wagner.
GARANTIAS
O Banco do Brasil garantiu que, conforme a reivindicação dos funcionários, ninguém será obrigado a migrar para jornada de seis horas com redução de salários. Nas movimentações na lateralidade fruto da reestruturação, o funcionário poderá optar em permanecer na jornada de 8 horas. Outra garantia é a criação do TAO Especial (sistema de recrutamento, concorrência e seleção), a partir de 1º de dezembro e sem prazo determinado para acabar, com prioridade aos funcionários das áreas impactadas.
FUNCIONÁRIOS ORIUNDOS DE BANCOS INCORPORADOS
O Banco informou ainda que respeitará os regulamentos dos respectivos planos de previdência complementar e que o tempo completo no banco incorporado será contado para efeito de indenização no Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada (PEAI).
JORNADA DE SEIS HORAS E PLANO DE APOSENTADORIA
A Comissão de Empresa solicitou ao BB que outros cargos de analista/assessores também sejam contemplados com opção para jornada de seis horas, tais como os analistas jurídicos e analistas de engenharia e arquitetura, bem como os funcionários do Sesmt, entidades e empresas coligadas como BB Previdência, BB Seguridade, Fundação Banco do Brasil, Previ e Cassi.
Sobre a CCV - Comissão de Conciliação Voluntária, os sindicatos alertam que não existe atualmente aditivo que permite a realização da CCV e que este acordo ainda será negociado. Os funcionários que fizerem opção para jornada de 6 horas deverão aguardar as assinaturas dos aditivos para não perderem valores nos acertos indenizatórios, por prescrição de tempo.
A Contraf-CUT cobrou mais transparência e informações detalhadas da quantidade de cargos e pessoas envolvidas em casa unidade afetada pela reestruturação. Foi solicitado ao banco planilhas de acompanhamento geral e detalhada por prefixo. "Recentemente, há menos de um ano, o banco fez uma reestruturação na área de logística, bastante criticada por obrigar funcionários da área de engenharia a mudar de cidade. Como esse novo pacote, esses mesmos funcionários, em menos de um ano vão novamente perder os cargos e alguns terão que mudar de local novamente. Brincar desse jeito com famílias, crianças, escola, é irresponsabilidade social”, argumentou o coordenador.
MOBILIZAÇÕES E NOVAS REUNIÕES
A Contraf-CUT orienta a todos os sindicatos a fazerem reuniões nos locais de trabalho buscando informações e dando orientações aos funcionários, preparando atividades de mobilização locais e as que serão orientadas nacionalmente. Nova rodada de negociação será realizada no dia 1º de dezembro, na sede do BB, em Brasília.
Fonte: Contraf-CUT (com alterações e correções do blog)
O movimento sindical argumenta que o fechamento de agências no interior do país terá impacto no atendimento à população e causará transtornos para as pessoas envolvidas.
“O Banco prejudica a população, com a piora do atendimento, e mais ainda o funcionário, ao não garantir a remuneração pela extinção dos cargos. Não pensar em VCP para os caixas é uma falha grave do BB, que ignora a realidade do interior do país", completou Wagner.
GARANTIAS
O Banco do Brasil garantiu que, conforme a reivindicação dos funcionários, ninguém será obrigado a migrar para jornada de seis horas com redução de salários. Nas movimentações na lateralidade fruto da reestruturação, o funcionário poderá optar em permanecer na jornada de 8 horas. Outra garantia é a criação do TAO Especial (sistema de recrutamento, concorrência e seleção), a partir de 1º de dezembro e sem prazo determinado para acabar, com prioridade aos funcionários das áreas impactadas.
FUNCIONÁRIOS ORIUNDOS DE BANCOS INCORPORADOS
O Banco informou ainda que respeitará os regulamentos dos respectivos planos de previdência complementar e que o tempo completo no banco incorporado será contado para efeito de indenização no Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada (PEAI).
JORNADA DE SEIS HORAS E PLANO DE APOSENTADORIA
A Comissão de Empresa solicitou ao BB que outros cargos de analista/assessores também sejam contemplados com opção para jornada de seis horas, tais como os analistas jurídicos e analistas de engenharia e arquitetura, bem como os funcionários do Sesmt, entidades e empresas coligadas como BB Previdência, BB Seguridade, Fundação Banco do Brasil, Previ e Cassi.
Sobre a CCV - Comissão de Conciliação Voluntária, os sindicatos alertam que não existe atualmente aditivo que permite a realização da CCV e que este acordo ainda será negociado. Os funcionários que fizerem opção para jornada de 6 horas deverão aguardar as assinaturas dos aditivos para não perderem valores nos acertos indenizatórios, por prescrição de tempo.
A Contraf-CUT cobrou mais transparência e informações detalhadas da quantidade de cargos e pessoas envolvidas em casa unidade afetada pela reestruturação. Foi solicitado ao banco planilhas de acompanhamento geral e detalhada por prefixo. "Recentemente, há menos de um ano, o banco fez uma reestruturação na área de logística, bastante criticada por obrigar funcionários da área de engenharia a mudar de cidade. Como esse novo pacote, esses mesmos funcionários, em menos de um ano vão novamente perder os cargos e alguns terão que mudar de local novamente. Brincar desse jeito com famílias, crianças, escola, é irresponsabilidade social”, argumentou o coordenador.
MOBILIZAÇÕES E NOVAS REUNIÕES
A Contraf-CUT orienta a todos os sindicatos a fazerem reuniões nos locais de trabalho buscando informações e dando orientações aos funcionários, preparando atividades de mobilização locais e as que serão orientadas nacionalmente. Nova rodada de negociação será realizada no dia 1º de dezembro, na sede do BB, em Brasília.
Fonte: Contraf-CUT (com alterações e correções do blog)
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