Olá companheir@s, amig@s e colegas do Banco do Brasil,
Eu sou um grande defensor da Política porque ela é melhor que as guerras, que matam nossos entes queridos. Também prefiro a Política porque é uma forma encontrada pela sociedade humana de conviver com as diferenças sem eliminar a alteridade, a diversidade, o outro. As maiorias podem ter o direito de governar, mas têm que respeitar e tolerar as minorias. Pelo menos é o que eu acredito.
Cresci politicamente como dirigente sindical bancário participando dia a dia das lutas da nossa categoria pelo menos nos últimos 15 anos. Fui integrante de toda a construção nacional da campanha unificada dos bancários, da política de aumento real de salários (ao invés da tese das "perdas" com números astronômicos de reivindicação de 100% de reajuste etc). Fui coordenador nacional das negociações com o Banco do Brasil e mais recentemente fui eleito Diretor de nossa entidade de saúde.
Ao longo dessa jornada, tive uma vida política de convivência respeitosa e fraterna com todas as correntes do movimento sindical brasileiro, dentro do espectro político onde militei, o ramo financeiro.
Li o "chamado" de meus colegas Angelo, Leodete, Ronaldo e Juliana, os três primeiros com mandatos recém-eleitos na Cassi e a quarta com mandato no Caref. O texto está no site da Juliana do Caref.
Desta vez, gostei do texto desse grupo político porque não foi desrespeitoso, como ocorreu quando a colega Caref afirmou que iria "nos varrer" como se fôssemos lixo, provavelmente numa intenção de dizer que todos nós que somos oriundos do movimento sindical ao qual o grupamento deles se opõe seriamos eliminados dos espaços de representação (espero que a intenção tenha sido essa, porque assim poderíamos ao menos seguir existindo).
Vou deixar abaixo o texto deles para conhecimento e reflexão das pessoas que leem aqui a respeito de minhas opiniões e minha prestação de contas do mandato. Antes do texto, teço um comentário rápido.
- É comum no movimento sindical as correntes políticas terem 'diagnósticos' semelhantes sobre problemas (a problemática). As diferenças entre nós se apresentam mesmo é na proposição para as soluções (a solucionática) e nas responsabilidades com os trabalhadores que representamos.
Desde o dia 17 de dezembro de 2014 procurei o movimento sindical bancário para informar sobre os problemas do déficit do Plano de Associados, o que o patrocinador-patrão propunha, o que nós eleitos propúnhamos, e pedi apoio ao movimento sindical, com construção de mobilização, calendário de lutas e mesa negocial com o Banco. Fiz o mesmo com as entidades representativas da comunidade BB.
Os diagnósticos apresentados no "chamado", que eu também venho fazendo há dois anos, todas as entidades e grupos do funcionalismo já conhecem e acho que quase (senão) todos devem concordar, ou seja, que o Banco patrocinador tem responsabilidades sobre as causas do déficit (porque também há problemas oriundos do setor saúde, negar seria desonestidade intelectual).
Eu acho um absurdo o tipo de pesquisa tendenciosa que o nosso patrão BB faz em véspera de campanha salarial. Mas é direito dele fazer.
Eu reafirmo minha opinião sobre a solução para o momento e para o contexto em que estamos, e ficarei feliz se houver uma revolução, uma grande mudança comportamental nas próximas semanas por parte do corpo social e tivermos uma grande mobilização que faça o patrocinador BB se 'sensibilizar' um pouco mais e colocar a mão no bolso para pelo menos dividir a conta da solução do déficit. Meus votos e opiniões seguirão sendo publicizados, até com antecedência, sim. Aliás, será que vou ter que começar a divulgar também quando eu perder por 3 x 1 nos debates da governança?
Por fim, normalmente eu não ligo, mas para representações formais é o mínimo que temos que esperar, o meu nome é "William" com "m" de macaco e não "Willian".
Abraços a tod@s os meus pares da classe trabalhadora.
William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (mandato 2014/18)
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"UM CHAMADO A TODOS OS REPRESENTANTES ELEITOS PELOS
TRABALHADORES: ENFRENTAR A CRISE DA CASSI E NÃO CEDER ÀS CHANTAGENS
O Diretor de Saúde e Rede de Atendimento da CASSI, Willian
Mendes, divulgou uma nota no dia 02/08/2016, “Opinião sobre negociações CASSI e
agenda do Diretor de Saúde (DF e GO)”, defendendo uma proposta de “aumento da
receita do plano, dos atuais 7,5% para 10%, mantendo-se a proporção
estatutária…” para resolução do déficit. Assim, a contribuição do associado
passaria de 3 para 4%. Manifestamo-nos contrários a esta proposta que divide o
ônus, de forma igualitária, entre o Banco e os associados. Para nós, é um
grave erro um diretor eleito pelo funcionalismo, antes mesmo do banco
apresentar sua proposta, publicizar uma posição com este conteúdo.
Foi estabelecido, corretamente pelas entidades, algumas
premissas para a negociação: a defesa da solidariedade e a manutenção da
cobertura para ativos e aposentados. Para nós é necessário agregar outra: o
Banco é o responsável por nossa saúde e deve arcar com este custo. A CASSI é um
benefício indireto pelo qual vendemos nossa força de trabalho em condições cada
vez mais massacrantes.
Concordamos com William sobre o que gerou o déficit: o
descompasso entre nossos salários e o reajuste na inflação médica. Com o plano de funções, houve um agravamento desta situação, pois houve rebaixamento
salarial dos colegas que migraram para a jornada de 6 horas. Isso faz com que a
contribuição para a CASSI (associado e patrocinador) seja insuficiente para
manter equilibrada a sua situação financeira.
Encontrar o diagnóstico é o primeiro passo para curar o
paciente. Porém, na proposta apresentada por William consta o aumento da
contribuição na mesma proporção para associados e patrocinador. A política que
o Banco tem imposto aos funcionários, como a ilegal jornada de oito horas, o
assédio moral, o ataque ao antigo PCS, os descomissionamentos, reestruturações
etc., tornam a atividade bancária cada vez mais estressante, gerando maior
adoecimento, o que afeta diretamente a CASSI. Se é o Banco que gerou o
desequilíbrio, ele é que deve cobri-lo.
O Banco afirmou que apresentará sua proposta de resolução do
déficit até o fim da primeira quinzena de agosto. Espertamente, encomendou uma
pesquisa de opinião que busca saber o quanto estamos dispostos a ceder para
garantir a saúde financeira de nossa Caixa de Assistência. Entre os
questionamentos, relaciona o aumento das co-participações, a redução de
benefícios, a cobrança por idade ou a cobrança por dependente (o que fere a
solidariedade). Nesta pesquisa, assim como em todas as negociações anteriores o
ônus, o Banco quer depositar o déficit exclusivamente em nosso colo. O tempo é
curto. As propostas começam a surgir e tudo indica que em breve será
apresentada uma proposta de reforma estatutária para nos impor mais um ataque.
Fazemos um chamado a todo o funcionalismo que diga NÃO às propostas sugestionadas
na pesquisa.
Qualquer consulta ao Corpo Social (para mudança estatutária)
só poderá ir a voto se contar com a anuência da mesa de negociação. Para não
abrirmos margem para a campanha do Banco, é urgente que todos nossos
representantes eleitos, seja nos Conselhos ou na Diretoria da CASSI, seja nas
entidades que compõem a mesa de negociação, que não aceitaremos pagar por um
déficit que não é de nossa responsabilidade.
Não basta que os nossos representantes façam estudos e
elaborem propostas. O Banco não será “convencido” que o apresentado é o
correto. Além da firmeza na negociação, é necessário ir além. Estamos
atrasados. Tem que acontecer pressão efetiva sobre o Banco. Defendemos que, no
mês de agosto, realizemos um GRANDE DIA DE LUTA em defesa da CASSI, com
paralisações parciais, debates, assembleias. É necessário fazer um chamado aos
aposentados para que se juntem aos ativos nesta luta.
Estamos entrando em mais uma campanha salarial e lá
apresentaremos toda nossa pauta, inclusive as específicas. É inadmissível
iniciarmos esta campanha aceitando uma proposta que nos imponha mais perdas
(pois significará um rebaixamento salarial) sem antes ter testado toda nossa
capacidade de luta.
Willian afirma que votou contra as propostas em que o Banco
tentou nos impor todo o custo. É o mínimo que esperamos de nossos
representantes. Isso é insuficiente. Queremos que estejam ao lado dos
associados até o fim. Nós, que também somos representantes eleitos, nos
colocamos a serviço desta luta. Fazemos um chamado a todos os demais eleitos:
Não é hora de ceder. Todos precisam se transformar em alavancas para nossa
mobilização.
Assinam:
Angelo Argondizzi - Conselheiro Fiscal da CASSI e funcionário
Cesup Campinas
Leodete Sandra – Conselheira Fiscal da CASSI e funcionaria
Gecex PE
Ronaldo de Moraes Ferreira – Conselheiro Deliberativo da
CASSI e aposentado
Juliana Donato – Representante dos Funcionários no Conselho
de Administração do BB" (Fonte: site da Juliana do Caref)
2 comentários:
Obrigado pela contribuição Roberto Tobaldini.
Nunca deixei de estar no "chão de fábrica" porque é meu jeito de ser representante eleito.
Abraço, William
Roberto Tobaldini, eu não trabalho com "apresentações maquiadas". Não me confunda com outras pessoas que talvez conheça.
William
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