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5.10.06

Por que um blog para falar da categoria bancária?



Começo aqui a refletir acerca da categoria bancária. Refletir sobre os 16 anos que já vivi nela. Fazer um panorama das mudanças que presenciei tanto como bancário do Unibanco (de 1988 a 1990) como do Banco do Brasil (de 1992 até hoje).



Aqui será possível escrever um pouco mais sobre o que penso e que, não necessariamente, equivale ao resultado final das deliberações dos fóruns aos quais pertenço como um ser social.


Post Scriptum:


(Matéria do Seeb SP, de 5/10/06, onde eu era diretor eleito pelos bancários)




Cerca de 40% participam da greve no primeiro dia



Cerca de 39 mil bancários aderiram. Em assembleia no fim de tarde, os bancários decidiram manter a greve por tempo indeterminado


São Paulo – Os bancários fizeram nesta quinta-feira, dia 5, o primeiro dia de greve por tempo indeterminado. E cerca de 40% dos bancários de São Paulo, Osasco e Região aderiram ao movimento.



No quarto balanço feito pelo Sindicato, às 16h30, foi apurado que mais de 39 mil bancários permaneceram parados em 517 locais de trabalho entre agências e centros administrativos. Foram 91 locais parados no Centro, 45 na região da Paulista, 145 na Zona Leste, 74 na Zona Oeste, 43 na Zona Sul, 50 na Zona Norte e 69 na região de Osasco. 


No final da tarde, os trabalhadores saíram em passeata pelas ruas do Centro. Antes, na avenida São João, os bancários votaram a favor da continuidade da greve. Nesta sexta-feira, dia 6, eles fazem nova assembleia, às 17h, desta vez na Quadra dos Bancários.

A greve foi aprovada por unanimidade por mais de 1.300 trabalhadores que foram à Quadra nesta quarta-feira, dia 4.

Em São Paulo, Osasco e nos 15 municípios da região de Osasco que estão na base territorial do Sindicato, há cerca de 3 mil locais de trabalho e 106 mil bancários. As cenas de violência, que infelizmente já se tornaram tradição durante a greve dos bancários, já começam a acontecer. 

No Centro, em frente ao ABN Real da rua 15 de Novembro e no Unibanco da Praça do Patriarca a Polícia Militar ameaça os manifestantes. O Sindicato já manteve contato com o Comando da PM solicitando que os policiais se limitem a garantir a segurança dos cidadãos.

E de acordo com a Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), cerca de 190 mil aderiram à greve em todo o país. A entidade representa 108 sindicatos em 24 Estados e no Distrito Federal e, juntos, representam mais de 95% dos bancários.

Vaias - Em vários locais, os bancários mostraram seu descontentamento, vaiando os banqueiros. O gesto se repetiu no Centro, e nas concentrações do Bradesco, em Alphaville, e do Unibanco, no CAU.

Apoios - Os bancários de todas as instituições também ajudaram no primeiro dia de greve por tempo indeterminado. Trabalhadores da Nossa Caixa, Caixa Federal, Banco do Brasil e bancos privados se deslocaram para outras agências a fim de convencer outros bancários a aderirem ao movimento. Vários exemplos similares foram registrados pela reportagem do Sindicato. A greve também recebeu apoio da CUT-SP.

Proposta - Os trabalhadores rejeitaram a proposta da Fenaban de 2,85% de reajuste salarial (e sobre as demais verbas) e a PLR de 80% do salário, mais R$ 823 de parte fixa, além de um adicional de R$ 750 para os bancários de instituições que tiverem crescimento de 20% do lucro líquido, ou mais, em relação ao ano passado.

"A parcela adicional da PLR é muita baixa e como seu pagamento está condicionado ao crescimento do lucro é discriminatório, pois muitos bancários deixarão de receber", acrescenta Marcolino.

Reunião - O Comando de Greve, composto por todos os diretores do Sindicato, Contraf-CUT, Fetec-CUT/SP (da base de São Paulo, Osasco e região) e delegados sindicais do Banco do Brasil e da Caixa se reuniram nesta quinta, e repetem o encontro nesta sexta-feira, dia 6, na sede do Sindicato.

Fonte: Seeb SP

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