MINHA SOLIDARIEDADE ÀS VÍTIMAS DE LAWFARE E CANCELAMENTOS
Sábado, 26 de abril de 2025.
Opinião
Ao ver a longa entrevista do professor Alysson Mascaro ao jornalista Leonardo Attuch, do Brasil247, voltaram em minhas lembranças aqueles meses que sobrevivi ao processo de lawfare que inventaram contra mim nos últimos meses de mandato eletivo como diretor de saúde de uma autogestão dos trabalhadores.
Os processos de lawfare, assassinatos de reputação e cancelamentos de pessoas se tornaram ferramentas implacáveis de guerra política na atualidade. As vítimas, se sobreviverem, nunca mais serão as mesmas. As sequelas marcam a vida para sempre.
Mascaro comparou essa indústria do lawfare e cancelamentos como os processos de inquisição da idade média. Concordo com ele.
A vítima, em geral, não tem a menor chance de se defender, pela forma vil na qual os agentes orquestram as acusações e o assassinato moral e ou físico do alvo a ser destruído.
Não por coincidência, na minha opinião, lideranças da esquerda e da classe trabalhadora, pessoas que combatem a ordem capitalista neoliberal e seus operadores, são as principais vítimas, na maioria das vezes. Os donos do poder têm os meios necessários para massacrarem alvos a serem cancelados e eliminados da vida pública.
Nunca escrevi publicamente a respeito do processo vil que inventaram contra mim para me destruir e me tirar da linha de frente da defesa de direitos dos trabalhadores. A simples lembrança das injustiças já afeta o estado da vítima.
Mas uma hora ou outra, eu terei que escrever sobre isso, até porque a vítima segue sendo vítima após o término do processo de lawfare. Mesmo tendo sobrevivido, fui cancelado por algumas pessoas e instituições que deveriam estar do meu lado.
Enfim, expresso minha solidariedade a todas as pessoas que estão sofrendo um processo de lawfare e cancelamento ou que já passaram por isso.
William Mendes