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23.3.12

Formação sindical é... estar em contato com os trabalhadores


Agenda sindical


Paizão: me ensinou a 
lutar contra injustiças.
Nesta quinta à tarde, eu tinha reunião de diretoria no meu sindicato com uma pauta que exigia muita paciência e sabedoria: discussão sobre o Congresso da Contraf-CUT. Como é da vida normal das entidades e organizações sociais, existem muitas pendências, polêmicas e diferenças de proposições entre os vários grupos que compõem as entidades. Pendências que só aparecem nos últimos dias que antecedem os fóruns decisivos e deliberativos.


Trabalho de base: razão de ser de um sindicalista


Mãezinha: o sentido do
amor e da bondade.
Para cuidar de minha psique, ou seja, para me sentir bem como dirigente sindical, aproveitei a manhã para ir aos locais de trabalho discutir com os bancários sobre os problemas reais que eles enfrentam e que temos que buscar soluções através da organização, mobilização, construção de pautas e negociação com os patrões.




Temas discutidos com os bancários

Estive em duas agências do bb e além de levar informações sobre as negociações recentes a respeito do programa de metas Sinergia BB, que piora as condições de trabalho, estimula o assédio moral e trará problemas na hora da negociação da PLR, também abordei a questão do Banco Postal e da PSO. Tirei dúvidas sobre a Cassi, o Economus e a Previ. Informei aos bancários sobre a devolução para os sindicalizados do Seeb SP do Imposto Sindical que foi descontado no dia 20 de março.

Pude colher informações importantes sobre reuniões que o banco está fazendo com os comissionados sobre como lidar com as metas do Sinergia BB. Aprendi com os bancários e eles aprenderam comigo. É o melhor método de formação: partilhar informação e pensar a partir da realidade objetiva.

Tempo: uma questão de foco

Meu papel hoje no movimento sindical é na executiva da confederação dos bancários, na secretaria de formação da Contraf-CUT. Em tese, meu trabalho é no dia a dia da formação nacional em uma estrutura de 3º grau.

No entanto, nesses anos em que estou como dirigente e que fui destacado para vários papéis em executivas e/ou espaços decisórios de nossas entidades NUNCA CONSEGUI DEIXAR DE IR À BASE CONVERSAR COM OS TRABALHADORES. É A MELHOR FORMAÇÃO SINDICAL QUE TIVE E TENHO.

Eu sempre dei um jeito de achar uma brecha na agenda louca que tenho para entrar em um local de trabalho e falar com meus colegas bancários. Isso me permitiu até hoje tolerar as mazelas das disputas de estrutura do movimento.

Se tenho alguma moral para dar uma sugestão aos dirigentes sindicais que conheço e que pertencem ao movimento em que estou é a sugestão para deixar espaço certo em suas agendas sindicais semanais para visitar os locais de trabalho e conhecer a realidade de seus representados.

É isso! Vamos dormir pois amanhã tenho uma reunião sindical em agência do bb e depois terei um longo dia de pré-congresso da Contraf-CUT pela Fetec SP.

Esse trabalho extra de ir conversar com os bancários faz com que meu dia valha a pena.



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