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29.11.12

MEU REPÚDIO AO FELIPÃO E À BURGUESIA DESINFORMADA

"Se não quer pressão é melhor não jogar na seleção, vão trabalhar no Banco do Brasil, num escritório", disse Felipão.

A Contraf-CUT fez uma nota de repúdio bastante educada ao técnico da seleção de futebol da CBF, Luiz Felipe Scolari.

Essa fala infeliz desse babaca infeliz é fruto do que significa a total ignorância da chamada classe média e/ou da burguesia brasileira.

Eu me esforço para ter paciência com a ignorância dos infelizes que só têm em seu repertório de comentários e observações, as bobagens e desinformações produzidas pela imprensa comercial brasileira, que nós chamamos de PIG - Partido da Imprensa Golpista.

Esses brasileiros desinformados (ou auto-enganados) que só leem Folha, Estadão, Globo e revistas da Abril, e se baseiam nas imbecilidades ditas pela pauta dos jornais dessas famílias, não conhecem o mundo real da sociedade brasileira.

Pessoas que herdaram ou acumularam algum patrimônio - inclusive negros como Pelé, artistas, modelos e boleiros como o Felipão, acabam reproduzindo o preconceito e a construção ideológica da burguesia patrimonialista branca (saibam os mais jovens que o Pelé foi contrário às eleições diretas, ao voto do povo, dizendo que povo não sabe votar).

Esses grupos que estou citando, em geral, se acham "bem informados" por ler e assistir as desinformações e deturpações daquelas poucas famílias que detêm o poder secular de impressão da opinião "deles", e possuem todas as concessões de rádio e televisão.

Quando é que aparece a visão da classe trabalhadora e das minorias nessas porcarias da grande mídia? É por isso que esses grupos que cito, que se acham "bem informados", falam e expressam opiniões tão imbecis e deslocadas da realidade: falta de repertório!

Se a burguesia brasileira lesse algo que presta, talvez fosse menos ignorante.

Para finalizar, desejo que o Felipão e essa seleção da CBF (não tem nada a ver com o meu país) se dê muito mal e desejo que algum dia o país faça uma devassa nas contas e nos apaniguados da CBF.

Meu Brasil não é essa merda de seleção da CBF!

Contraf-CUT repudia declaração de Felipão sobre trabalho no Banco do Brasil


A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) repudia a declaração do técnico Luis Felipe Scolari sobre o trabalho dos bancários do Banco do Brasil, feita na entrevista coletiva desta quinta-feira 29, no Rio de Janeiro, ao reassumir o posto de treinador da Seleção Brasileira.

Ao afirmar que, "se não tiver pressão, vai trabalhar no Banco do Brasil, senta no escritório e não faz nada", Felipão não apenas desrespeita os trabalhadores bancários, como demonstra total desconhecimento sobre a realidade do trabalho no sistema financeiro nacional.

Cerca de 1.200 bancários são afastados do trabalho mensalmente, por razões de saúde, vítimas do assédio moral e da pressão violenta para que cumpram as metas abusivas de produção e vendas impostas pelas instituições financeiras, inclusive o Banco do Brasil. 

Luis Felipe Scolari começou mal como novo técnico da Seleção Brasileira. Esperamos que ele não esteja tão desatualizado sobre futebol quanto está sobre as relações de trabalho nos bancos.


Carlos Cordeiro
Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) 


Fonte: Contraf-CUT

Bancários protestam contra práticas antissindicais e discriminações do BB


Os sindicatos promoveram nesta quarta-feira (28) um Dia Nacional de Luta contra as práticas antissindicais e a discriminação pós-campanha nacional promovidas pelo Banco do Brasil em relação aos bancários que exerceram o seu legítimo direito de greve. 

Houve protestos, manifestações e paralisações em várias capitais e cidades do país, com distribuição da carta aberta aos trabalhadores do banco e aos clientes elaborada pela Contraf-CUT, assessorada pela Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

Clique aqui para ler a carta aberta.

"Mostramos um pouco da enorme indignação com as perseguições do BB contra os trabalhadores que fizeram a greve", afirma William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB. "Vamos continuar lutando para combater e eliminar essas práticas ilegais que atentam contra a imagem de um banco público", destaca. 

O Sindicato dos Bancários de Brasília também entregou nesta quarta-feira uma carta à presidente Dilma Roussef, expressando preocupação com as mudanças promovidas pelo BB nas relações de trabalho com seus funcionários. 

Clique aqui para ler a carta para Dilma.

"Frustra-nos dizer que essa gestão, formada em sua maioria absoluta por funcionários de carreira, rapidamente se encarregou de desconstruir não só as conquistas da campanha salarial de 2012, mas, principalmente, de reeditar práticas da administração pública neoliberal de governos anteriores", afirma o presidente em exercício do Sindicato, Eduardo Araújo de Souza, que assina a carta.

Próximos passos
A Contraf-CUT entrou no último dia 5 com uma representação contra o BB no Ministério Público do Trabalho (MPT), em Brasília. Uma audiência foi agendada para a próxima segunda-feira, dia 3 de dezembro. 

Além disso, a Contraf-CUT junto com outras entidades denunciou o BB em reunião realizada no dia 14 com o assessor especial da Secretaria-Geral da Presidência da República, José Lopes Feijóo, em Brasília. Houve entrega de três documentos com denúncias de problemas graves de gestão no BB, entre elas as perseguições aos bancários grevistas.

Banco viola acordo
Uma das condições para que os bancários assinassem o acordo coletivo 2012/2013 foi a de não haver desconto dos dias de greve ou mesmo qualquer outra medida contra os trabalhadores que exerceram esse direito assegurado pela Constituição.

"Mas o banco vem extrapolando o que está previsto na cláusula 56ª da Convenção Coletiva e soltou instrução normativa mandando seus administradores alterarem férias e demais licenças dos bancários que já estavam pré-agendadas", denuncia William.


Fonte: Contraf-CUT

28.11.12

Horas de greve: Anistia, ou que todos beneficiados nos direitos paguem por elas


RÁPIDO HISTÓRICO

No Brasil, a legislação trabalhista tem um formato desde a era Vargas. A CLT foi recepcionada pela Constituição Federal de 1988. Cada país tem um modelo de legislação do trabalho definido no seu contexto histórico e de correlação de forças sociais do período.

Aqui, a classe trabalhadora foi toda fatiada em categorias profissionais, dando inclusive o direito aos patrões  de definirem em qual categoria querem incluir seus empregados. Se determinada categoria tem sindicato forte e boa organização, o patrão escolhe classificar seus trabalhadores em uma categoria mais fraca, quando isso não é possível, terceiriza as cadeias de serviços dentro do seu ramo de negócio.

Para se evitar a luta unitária de classe, a legislação de Vargas determinou como deveria ser o movimento sindical atrelado ao Estado. Só era permitido ter sindicato, federação e confederação. Sem a possibilidade de Central que unisse a classe trabalhadora e organizasse greves gerais. O prêmio pelo bom comportamento era o Imposto Sindical e a não intervenção no sindicato. Além da Justiça do Trabalho para interromper fortes greves através de dissídio coletivo e imposição de multas milionárias às entidades dos trabalhadores.

No modelo vigente, sindicatos sérios e combativos com categorias organizadas e participativas fazem suas campanhas salarias e de renovação de direitos coletivos a cada data-base. Ao final, contratam os direitos específicos, em geral, maiores que os previstos na CLT e CF 1988, e a totalidade dos trabalhadores abrangidos por aquele acordo ou convenção auferem TODOS os direitos.

NÃO pode ser diferente pois a legislação não permite.


ÔNUS E BÔNUS DEVEM SER IGUAIS

Em 2007, lancei uma tese baseada na descrição que fiz acima da legislação brasileira. O motivo de minhas reflexões foi a discriminação e injustiça que aumentava naquele ano, principalmente nos bancos públicos federais após as renovações de direitos coletivos - Convenção e Acordos Aditivos - em relação aos bancários que fizeram a luta e conquistaram direitos econômicos e sociais para TODOS os trabalhadores da categoria.

Ao final do processo de campanha e renovação de direitos na data-base dos bancários (setembro) todos recebem os aumentos reais, os direitos sociais novos como, por exemplo, 13ª cesta-alimentação, pisos maiores ano após ano, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), maiores direitos em saúde, previdência, ausências autorizadas etc.

O JUSTO é que esteja previsto na Convenção Coletiva de Trabalho que os bancos anistiem as horas de greve que foram necessárias para o fechamento do acordo. A greve ocorreu por que as partes, bancos e bancários, não chegaram a bom termo na proposta durante as negociações. Mas chegaram a ela após um determinado número de dias de paralisação dos trabalhos.

Se as partes definiram os termos após a greve e assinaram a Convenção que estende a todos os direitos resultantes daquela campanha de renovação de data-base, todos os Ônus e Bônus devem ser iguais a todos também.

Se os banqueiros, donos do capital e lado mais poderoso da relação não aceitam anistiar a quantidade de horas não trabalhadas para suas empresas, o correto é que a quantidade de horas de cada banco seja distribuída para a totalidade de bancários daquele banco, sem exceção, porque todos, desde os escriturários até o mais alto posto de comando no banco, auferem TODOS os direitos acordados. A legislação e o direito no Brasil funcionam assim.

Ao distribuir a cota de horas de greve gastas na renovação dos direitos, ou todos compensariam ou se descontaria a quantidade no mesmo mês que vierem os acertos econômicos de campanha (em geral, outubro ou novembro). Eu acho mais apropriado o desconto isonômico para 100% dos beneficiários dos direitos, pois não se pode obrigar alguém a fazer horas a mais de trabalho.


QUAL O RECEIO EM OUSAR?

Durante esses anos de 2007 e 2012 todos nós vimos o quanto piorou o assédio e a perseguição aos lutadores que fizeram a greve a aumentaram os direitos sociais e econômicos dos bancários, tanto da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), quanto dos aditivos dos bancos públicos Caixa Federal e Banco do Brasil.

Já conversei com dezenas de bancários tanto nos locais de trabalho, quanto por email e telefone. Já expus a proposta a grevistas e não grevistas. Nunca ouvi rejeição por parte dos bancários, pois eles entendem que a proposta de dividir para todos beneficiários as horas de greve gastas na renovação dos direitos é justa.

Por outro lado, a ideia não avançou na estrutura do movimento sindical. Não questiono a legitimidade da preocupação das lideranças, pois todos sabemos que os bancos não aceitariam a proposta de cobrar algo dos não grevistas (até porque a questão é ideológica).

Mas reafirmo que a proposta é legítima e possível. Se haverá argumentos legais dos bancos e não grevistas, também haverá argumentos baseados no modelo do direito coletivo brasileiro. Ou será que o lado que não participou aceitaria em juízo devolver os direitos novos sociais e econômicos auferidos na renovação do direito coletivo?

Peço que as pessoas que têm simpatia pela proposta façam com que ela circule e conste nas teses e congressos para que mudemos a cultura e acabemos com o massacre e a perseguição àqueles que lutam e conquistam os direitos para todos.


William Mendes
Diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região
Secretário de Formação da Contraf-CUT
Funcionário do Banco do Brasil



Muito bem bolado o vídeo no site dos bancários de Brasília, que estão propondo aos bancários combaterem o terror com arte.

O vídeo chama-se BB Nazista (é uma tristeza e nos envergonha como defensores das empresas públicas, o que o banco está fazendo com os trabalhadores!)



27.11.12

Renovado acordo de combate ao assédio moral e BB assina pela primeira vez


Crédito: Jailton Garcia/Contraf-CUT
Jailton Garcia/Contraf-CUTInstrumento foi assinado com dez bancos, na sede da Fenaban


A Contraf-CUT renovou nesta terça-feira (27) com nove bancos o acordo de combate ao assédio moral, conquistado na Campanha Nacional dos Bancários de 2010. A novidade foi assinatura pela primeira vez do Banco do Brasil. Os demais bancos que firmaram novamente o documento foram: Itaú, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Santander, HSBC, Safra, BIC, Votorantim e Citibank. O ato de assinatura ocorreu na sede da Fenaban, em São Paulo.

O acordo coletivo de trabalho aditivo - adesão ao Protocolo para Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho - também foi assinado por vários sindicatos e federações que decidiram aderir ao instrumento, previsto na cláusula 55ª da convenção coletiva, que define um canal específico para apurar as denúncias de assédio moral dos funcionários, que poderão ser encaminhadas aos bancos sem identificação do autor. Os bancos terão prazo de até 60 dias para responder aos sindicatos. 

A íntegra dos acordos assinados pode ser conferida na seção Convenções e Acordos no site da Contraf-CUT.

Avaliação

"O acordo é pioneiro e positivo para os bancários", afirmou Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. O primeiro acordo foi assinado em janeiro de 2011. "Mas ele ainda têm que avançar", apontou ao alertar que o assédio moral tem sido apontado um dos três principais problemas da categoria.

O dirigente salientou que pela primeira vez os seis maiores bancos do país estão assinando o acordo. "Com isso, os 115 mil funcionários do BB poderão utilizar esse instrumento para denunciar o assédio moral aos sindicatos que aderiram", salientou.

"Acreditamos no acordo e por isso estamos renovando", disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região. "Mas queremos aprimorá-lo e melhorar as condições de trabalho", acentuou.

Desde a criação do instrumento, o Sindicato recebeu 860 denúncias. Desse total, 602 foram resolvidas com ação sindical (reunião no local de trabalho, protestos). Outras 224 foram enviadas ao banco pelo instrumento de combate ao assédio moral e 181 foram resolvidas. Somente 34 foram recusadas sob alegação de falta de elementos. Além disso, há vários casos de bancários demitidos e que foram reintegrados devido ao programa.

"O acordo também é importante como forma de prevenção", apontou Walcir Previtale, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT. Ele registrou igualmente a importância da adesão do BB. "O conteúdo pode ainda melhorar", frisou. 

"Esse instrumento permite que bancários e bancárias saiam de uma situação de passividade diante das práticas de assédio moral e passem para uma situação de agentes de mudanças no ambiente de trabalho, pois, além da denúncia partir por iniciativa do próprio trabalhador, ele vai acompanhar todos os desdobramentos do caso denunciado, inclusive as providências tomadas pelos bancos", ressaltou Walcir.

O que diz o acordo

Os bancos se comprometem a declarar explicitamente condenação a qualquer ato de assédio e reconhecem que o objetivo é alcançar a valorização de todos os empregados, promovendo o respeito à diversidade, à cooperação e ao trabalho em equipe, em um ambiente saudável. A Fenaban realiza uma avaliação semestral do programa, com a apresentação de dados estatísticos setoriais.

Os bancários podem fazer denúncias nos sindicatos acordantes. O denunciante deve se identificar para que a entidade possa dar o devido retorno ao trabalhador. O sigilo será mantido junto ao banco e o sindicato terá prazo de dez dias úteis para formalizar a denúncia ao banco. Após receber a denúncia, o banco terá 60 dias corridos para apurar o caso e prestar esclarecimentos ao sindicato. 

As denúncias apresentadas ao sindicato de forma anônima continuarão sendo apuradas pelas entidades, mas fora das regras desse programa.


Fonte: Contraf-CUT

26.11.12

FORMAÇÃO: Saúde e Ação Sindical



Ana Iara, companheira do Dieese, apresenta programa aos participantes.


A Contraf-CUT, em parceria com o Dieese e as entidades sindicais, deu início hoje ao curso Saúde da Trabalhadora e do Trabalhador Bancário e Ação Sindical.

A gestão da Contraf-CUT (2012/15) começou o mandato com o desafio de realizar cursos de especialização em diversos temas centrais na luta da categoria bancária. Além das especializações, a Confederação cutista também manterá seu curso básico de formação: PCDA em Sindicato, Sociedade e Sistema Financeiro (a 7ª turma está sendo realizada neste semestre também).

Os trabalhadores do Ramo Financeiro definiram o ano de 2012 como o "Ano da Saúde". Para fortalecer essa luta fundamental para a classe trabalhadora, nada mais apropriado para o ano da saúde do que começar as especializações por esse tema. No semestre anterior foi realizado o primeiro módulo de formação em saúde e agora estamos fechando o ano com mais um módulo.

A campanha dos bancários também teve como um dos focos em luta a melhoria nas condições de trabalho, no combate ao assédio moral e na conquista de novas cláusulas de proteção à saúde do trabalhador do Sistema Financeiro.

Assim como no primeiro semestre, a turma tem uma excelente participação de dirigentes e assessores de diversas bases sindicais e a grade do curso dará um bom subsídio para se aprofundar o conhecimento em saúde e qualificará as lideranças sindicais para apontar ações sindicais na organização, politização do tema saúde para os trabalhadores e na busca de soluções cada vez com maior envolvimento da base na luta contra os bancos.


Abertura com Walcir e William, secretários de saúde e formação da Contraf-CUT.


De maneira geral, os desafios do curso para os participantes são os seguintes:

-Contribuir para a consolidação dos coletivos de saúde da trabalhadora e do trabalhador bancário;

-Contribuir para a implementação da Política de Prevenção e Combate ao Assédio Moral da trabalhadora e do trabalhador bancário;

-Contribuir para o entendimento da saúde do trabalhador levando em consideração que a saúde do trabalhador carrega em si as contradições engendradas na relação capital e trabalho e no conhecimento da trabalhadora e do trabalhador como sujeito político.

O curso contará, ao longo da semana, com a contribuição de companheiras e companheiros do Dieese - Ana Iara, Inácio e Reginaldo -, de dirigentes da Contraf-CUT e de palestrantes ligados ao tema.



AO INVESTIR EM FORMAÇÃO, LAPIDAMOS AS PESSOAS E NOSSAS PRÁTICAS E RENOVAMOS AS ESPERANÇAS EM UM MUNDO MELHOR ATRAVÉS DA AÇÃO ORGANIZADA DA CLASSE TRABALHADORA.

SOMOS FORTES, SOMOS CUT!

23.11.12

MPT adia para o dia 3 audiência sobre perseguição do BB a grevistas


A Contraf-CUT recebeu ofício do Ministério Público do Trabalho (MPT) nesta sexta-feira 23 à tarde comunicando o adiamento para 3 de dezembro da audiência solicitada pela Confederação para tratar da representação contra o Banco do Brasil por práticas antissindicais e discriminação pós-campanha nacional em relação aos bancários que exerceram o seu legítimo direito de greve. A reunião estava marcada para esta segunda-feira 26.

O MPT explicou no ofício que a reunião foi remarcada para a segunda-feira seguinte, dia 3, porque a procuradora do trabalho designada para acompanhar o caso foi convocada pela Corregedoria Geral do Ministério para outra missão de emergência.

Uma das condições para que os bancários assinassem o acordo coletivo 2012/2013 foi a de não haver desconto dos dias de greve ou mesmo qualquer outra medida contra os trabalhadores que exerceram esse direito assegurado pela Constituição.

"Mas o banco vem extrapolando o que está previsto na cláusula 56ª da Convenção Coletiva e soltou instrução normativa mandando seus administradores alterarem férias e demais licenças dos bancários que já estavam pré-agendadas", denuncia William Mendes, diretor de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB. 

Em razão disso, a Contraf-CUT entrou com a representação contra o BB no MPT no dia 5 de novembro. 

Além disso, as entidades sindicais também denunciaram o banco em reunião realizada no dia 14 de novembro com o assessor especial da Secretaria-Geral da Presidência da República, José Lopes Feijóo, em Brasília. As entidades entregaram três documentos com denúncias de problemas graves de gestão no BB, entre elas as perseguições aos bancários grevistas.

Dia Nacional de Luta

A Contraf-CUT está orientando as federações e sindicatos a realizarem no dia 28 um dia nacional de luta contra as práticas antissindicais e a perseguinção por parte do BB aos trabalhadores que fizeram a greve que trouxe conquista para todos.

"É importante que todos os sindicatos façam atividades nos locais onde há perseguições e denunciem essas práticas à sociedade", sugere William. Na segunda-feira a Contraf-CUT disponibilizará material no site para os sindicatos trabalharem no dia nacional de luta.

BB é recordista de reclamações

O Banco do Brasil é o campeão da lista de reclamações do Banco Central, principalmente por débitos não autorizados e cobrança irregular de tarifas e serviços. Os sindicatos já estão denunciando há tempos a pressão do banco para vendas casadas de produtos.

Veja o ranking das reclamações no site do Banco Central 


www3.bcb.gov.br/ranking/idxdg.do



Fonte: Contraf-CUT

22.11.12

Contraf-CUT tem audiência com MPT dia 26 por perseguição do BB a grevistas


A Contraf-CUT se reunirá com o Ministério Público do Trabalho na próxima segunda-feira, 26, para tratar da representação feita ao MPT contra o Banco do Brasil por práticas antissindicais e discriminação pós-campanha nacional em relação aos bancários que exerceram o seu legítimo direito de greve. A audiência será às 14h30, em Brasília.


Uma das condições para que os bancários assinassem o acordo coletivo 2012/2013 foi a de não haver desconto dos dias de greve ou mesmo qualquer outra medida contra os trabalhadores que exerceram esse direito assegurado pela Constituição.


"Mas o banco vem extrapolando o que está previsto na cláusula 56ª da Convenção Coletiva e soltou instrução normativa mandando seus administradores alterarem férias e demais licenças dos bancários que já estavam pré-agendadas", denuncia William Mendes, diretor de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.


Em razão disso, a Contraf-CUT entrou com a representação contra o BB no MPT no dia 5 de novembro.


Além disso, as entidades sindicais também denunciaram o banco em reunião realizada no dia 14 de novembro com o assessor especial da Secretaria-Geral da Presidência da República, José Lopes Feijóo, em Brasília. As entidades entregaram três documentos com denúncias de problemas graves de gestão no BB, entre elas as perseguições aos bancários grevistas.

Fonte: Contraf-CUT

21.11.12

Por onde ando... trabalhando muito!

O mês de novembro continua muito intenso sindicalmente.

Na primeira semana, estive em Brasília três dias cuidando de questões do BB.

Na semana de 5 a 9 de novembro, realizamos o 2º módulo do 7º curso de formação Sindicato, Sociedade e Sistema Financeiro, um programa de capacitação de dirigentes e assessores sindicais (PCDA). O curso é realizado pela Contraf-CUT e Dieese em parceria com as entidades sindicais.

Na semana seguinte, entre 12 e 14, estive de novo em Brasília tratando de questões do BB. Tivemos reunião da CEBB, depois negociação com o banco, e no dia 14, denunciamos o banco na Secretaria da Presidência da República por práticas antissindicais.

Nesta semana, estamos lidando ainda com as porcarias oriundas das práticas antissindicais do Banco do Brasil e finalizando a preparação de dois módulos de formação sindical: um curso de saúde e o 3º módulo do curso PCDA.

Estive hoje no RJ e depois trabalhei até tarde na Contraf-CUT SP.

Além dessas agendas ininterruptas, participarei ainda do Congresso da Fetec CUT SP neste fim de semana.

Na segunda 26, tenho audiência no MPT para tratar de denúncia que fizemos contra o BB por práticas antissindicais e discriminação aos bancários grevistas. (MPT ADIOU PARA 03/12)

Sem contar que estou precisando ler vários emails que não tive como ver faz muito tempo. Se eu não paro um pouco, o trabalho sindical iria 24 horas adentro...

Eu estou muito cansado. Estou mesmo. Mas fazemos o que tem de ser feito.


SOMOS FORTES, SOMOS CUT!

20.11.12

Trabalho decente para enfrentar o racismo nos bancos



Mês da consciência negra - Contraf-CUT


Andréa Vasconcelos
Secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT


Trabalho decente segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho) significa "trabalho adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, equidade e segurança, capaz de garantir uma vida digna". Assim, a promoção do trabalho decente implica modificar as estruturas de desigualdades diretamente vinculadas às discriminações de gênero e raça [1] em nosso país.

Contudo, apesar dos altos índices de lucratividade, os bancos continuam a praticar elevadas taxas de rotatividade, o que tem gerado insegurança no ambiente de trabalho. Seguem estimulando diretamente a terceirização ao empurrar trabalhadores e trabalhadoras para o trabalho precário - correspondentes bancários, por exemplo, cuja remuneração é menor e com direitos diferenciados da categoria bancária e, em muitas situações, têm seus direitos desrespeitados. Desta forma, os bancos se contrapõem cotidianamente aos pressupostos do trabalho decente.

Ademais, quando as instituições financeiras discriminam as mulheres e os negros, intensificam as desigualdades no mercado de trabalho e manifestam a falta de ações afirmativas e de uma política enérgica de igualdade de oportunidades, de tratamento e de direitos eficaz na eliminação da hierarquia desigual entre homens e mulheres, entre brancos e negros, que também é condição basilar para o trabalho decente.

O quadro de exclusão da população negra no setor bancário [2] contribui para a manutenção de um status quo, onde negras e negros enfrentam os maiores obstáculos para superar a pobreza, revelando ainda que o racismo [3] é mais do que o reflexo da estrutura econômica desigual e concentradora, mas manifestação do preconceito [4] enraizado nas instituições. Por consequência, grupos dominantes continuam a perpetuar a subordinação de negras e negros nas relações sociais, condição que não é mero arcaísmo do passado, mas uma forma de manter benefícios materiais e simbólicos dessa situação.

Não restam dúvidas que estudos e pesquisas sobre as relações sociais comprovam a existência da discriminação de grupos negros em todos os âmbitos no trabalho e na vida e que essa situação é um coproduto da exploração capitalista, determinados pelos fatores trabalho, capital e lucro. Portanto, a divisão em brancos e negros é uma atitude política e não simplesmente uma maneira de descrever a realidade. Conceitos como "raça", "negros" e "brancos" ainda atuam como categorias de inclusão e exclusão no setor bancário.

Diante dessa constatação, a Contraf-CUT tem focado de forma sistemática o enfrentamento às desigualdades de raça, gênero, orientação sexual e pessoas com deficiências na categoria, além de alertar que é papel de todo(a) dirigente sindical combater a discriminação. 

Para tanto, a atuação ocorre em duas frentes: ações internas, fazendo o debate junto à categoria e às direções dos sindicatos e federações; e ações externas, como audiências com autoridades e parlamentares, a exemplo da reunião ocorrida em agosto deste ano com a secretária de Políticas de Promoção da Igualdade (SEPPIR), ministra Luíza Bairros, quando foi denunciado o nefasto processo de demissões nos bancos privados, com um alto índice de desligamento de pessoas negras. Essa dura realidade comprova a falta de responsabilidade social dos bancos com a sociedade brasileira.

A Contraf-CUT coordena a mesa temática de igualdade de oportunidades, que tem encaminhado as reivindicações da categoria para as negociações com a Fenaban e os bancos. Com a unidade nacional e a força da mobilização, os bancários já garantiram na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) a trimestralidade das reuniões da mesa de igualdade de oportunidades com a Fenaban, a ampliação da licença maternidade para 180 dias, a igualdade de tratamento para casais homoafetivos e a realização do novo censo da diversidade com planejamento em 2013 e execução em 2014.

Três cartilhas foram lançadas nos últimos anos para combater as discriminações e os preconceitos: assédio sexual no trabalho, relações compartilhadas e igualdade de oportunidades. Mais recentemente, a Contraf-CUT publicou o caderno "Construindo a igualdade de oportunidades", além de jornais e panfletos como forma de aprofundar o debate e incentivar mobilizações. 

O mês da consciência negra é, por isso, não somente um momento importante de reflexão, mas, acima de tudo, é um espaço oportuno de mobilização e de defesa dos direitos humanos e sociais das pessoas negras. Só haverá trabalho decente no Brasil e no mundo com igualdade de oportunidades, que passa necessariamente por enfrentar o racismo nos bancos e garantir igualdade racial no trabalho e na vida.


[1] Discriminação de raça: ação que produz desvantagens e prejuízos para determinados grupos em função da cor da pele e/ou da origem étnica e racial.

[2] Acesse aqui para ler o jornal especial da Contraf-CUT para o mês da consciência negra.

[3] Racismo: doutrina que afirma não só a existência das raças, mas também a superioridade natural e, portanto, hereditária, de umas sobre as outras. A atitude racista, por sua vez, é aquela que atribui qualidades aos indivíduos ou grupos conforme o seu suposto pertencimento biológico a uma dessas diferentes raças e, portanto, conforme as suas qualidades ou defeitos inatos e hereditários. Assim, o racismo não é apenas uma reação ao outro, mas uma forma de subordinação do outro.

[4] Preconceito: qualquer atitude negativa em relação a uma pessoa ou a um grupo social que derive de uma ideia preconcebida sobre tal pessoa ou grupo. É possível então dizer que a atitude preconceituosa está baseada não em uma opinião adquirida com a experiência, mas em generalizações que advêm de estereótipos.



Fonte: Contraf-CUT

19.11.12

Diretoria antiga deixou acumular coparticipação na Cassi, afetando associados


Por negligência da gestão anterior da Diretoria de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes e da própria Cassi, que deixaram de fazer a regularização das cobranças a partir de 2008, a Caixa de Assistência começou a regularizar a partir de agosto a cobrança de coparticipação de uma série de eventos estatutários, previstos no regulamento do plano (vide abaixo), realizados por titulares do Plano de Associados e dependentes entre 2003 e 2012, tais como consultas, exames e terapias. 

Essas coparticipações estão previstas no Regulamento do Plano de Associados, aprovado em 1998. As inconsistências nas cobranças foram descobertas por volta de 2008 e foram inicialmente adiadas para que a Cassi fizesse uma avaliação rigorosa dos valores pendentes, para evitar cobranças injustas. As conferências dos cálculos foram concluídas em 2009, mas a Cassi não encaminhou logo a regularização do problema.

"A antiga diretoria de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes e a própria Cassi, responsáveis pelas cobranças, não tiveram coragem de enfrentar o problema, preferindo não fazerem nada. Foi somente no apagar das luzes, no final do mandato daquela gestão em 2012, que a ex-diretora encaminhou a instrução para fazer a cobrança retroativa", afirma William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB. 

A cobrança precisa ser feita porque está prevista no estatuto - se quem deve não pagar, a conta terá de ser coberta por todos os associados, inclusive por quem não utilizou os serviços naquele período.

"O que seria um acerto do período entre 2003 e 2008, porque deveria ter sido feita a correção do sistema de cobrança imediatamente e averiguado o quanto havia de passado a cobrar, os valores seguiram crescendo e se transformaram em um acerto entre 2003 e 2012", acrescenta William. 

Eleitos e movimento sindical limitaram valor dos débitos

Para complicar, os valores dos acertos poderiam ser cobrados de uma vez porque não há limites nessas coparticipações já previstas no regulamento desde 1998 (diferente da coparticipação em exames de 2007).

Isso só não aconteceu em razão da pronta resistência dos dirigentes eleitos na Caixa de Assistência e do movimento sindical, que reivindicaram em mesa de negociação com o banco (em 10 de julho) que fosse estabelecido um teto máximo de 1/24 nas parcelas de acertos para não prejudicar os associados por atrasos da gestão anterior do plano. 

Veja aqui a matéria da negociação em 10 de julho deste ano.

"Assim que soube do problema, a atual diretora de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes, Mirian Fochi, procurou a Contraf-CUT e a Comissão de Empresa para buscar uma ação conjunta que não prejudicasse os associados", informa William Mendes.

Em razão dessa pressão dos eleitos da Cassi e do movimento sindical, o valor máximo do desconto mensal também respeitará o limite de 1/24 do salário - o mesmo critério da coparticipação em exames previsto no estatuto aprovado em 2007.

Como está sendo feita a cobrança

Para os associados que deviam até R$ 50,00, a cobrança ocorreu em parcela única na folha de pagamento de agosto de 2012 ou por meio de débito em conta-corrente para os que não possuem folha. 

Para aqueles cujo valor de coparticipação ultrapassa R$ 50,00, a Cassi iniciará a cobrança em 20 de novembro de 2012, sendo que a ampla maioria terá o saldo zerado em até quatro parcelas. 

"Para a maioria dos participantes (85%) o débito será cobrado em uma única parcela. O restante terá a cobrança parcelada para respeitar o limite de desconto mensal de até 1/24 do salário. Mais de 97% das pessoas com coparticipação pendente quitará atrasados em até quatro parcelas", informa o coordenador da CEBB.


Coparticipações previstas no Regulamento do Plano de Associados da Cassi:

Art. 25 - O associado é obrigado a arcar com coparticipação de 30% (trinta por cento) sobre o valor da TGA para os seguintes procedimentos cobertos pelo Plano de Associados, exceto quando realizados em regime de internação hospitalar, internação domiciliar ou hospital-dia (day-clinic): 
I. consulta;
II. visita domiciliar;
III. sessão psicoterápica;
IV. acupuntura.

Parágrafo único - Não cabe cobrança de coparticipação para consultas realizadas por médico indicado pela CASSI para realização de perícia médica.

Art. 26 - O associado é obrigado a arcar com coparticipação de 10% sobre eventos de diagnose e terapia que não estejam vinculados a internação hospitalar, limitada sua participação mensal a 1/24 da base de cálculo da contribuição à CASSI. 

§ 1º - Entende-se como eventos de diagnose o conjunto de procedimentos realizados com objetivo de esclarecer o agente causal de uma determinada patologia ou condição de saúde.

§ 2º - Entende-se como eventos de terapia os recursos utilizados para tratamento de uma determinada patologia ou condição de saúde.

§ 3º - A coparticipação mencionada no caput deste artigo é cobrada de acordo com a base de cálculo da contribuição à CASSI vigente no mês do atendimento/realização do evento. 

§ 4º - Não é devida cobrança de coparticipação para:
I. eventos de diagnose e terapia vinculados a internação hospitalar;
II. quimioterapia;
III. radioterapia;
IV. hemodiálise;
V. diálise;
VI. transfusão de sangue, assim como o processamento, honorários médicos e exames vinculados;
VII. procedimentos constantes do capítulo 81 da TGA específicos para participantes com deficiência;
VIII. exames e tratamentos vinculados à doenças do trabalho;
IX. procedimentos realizados sob regime de internação domiciliar;
X. procedimentos realizados sob regime de day-clinic (hospital-dia);
XI. tratamentos sem internação que utilizem sala cirúrgica de médio ou grande porte; e
XII. oxigenoterapia hiperbárica.


Fonte: Contraf-CUT

14.11.12

Bancários vão ao governo e denunciam BB por prática antissindical


Crédito: Guina - Contraf-CUT
Guina - Contraf-CUTAudiência com assessor da Secretaria-Geral da Presidência da República


A Contraf-CUT e o Sindicato dos Bancários de Brasília se reuniram na manhã desta quarta-feira (14) com o assessor especial da Secretaria-Geral da Presidência da República, José Lopes Feijóo, em Brasília. As entidades entregaram três documentos com denúncias de problemas graves de gestão no Banco do Brasil e que necessitam de medidas eficazes do governo pela importância dessa instituição para a execução de políticas públicas do país.

"A administração do banco tem incorrido em práticas antissindicais criando um enorme passivo trabalhista. Essa forma de gestão não se coaduna com a linha de conduta do governo da presidenta Dilma Rousseff", afirma William Mendes, secretário de formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

Dois dos documentos denunciam irregularidades trabalhistas em relação à jornada de trabalho de seis horas da categoria bancária e à mudança de postura da direção do banco, que passou a descumprir a ordem ainda definida no governo Lula de não haver demissões por "atos de gestão" no banco.

O outro documento alerta para o fato de o BB não ter até hoje realizado o processo de eleição do representante dos funcionários no Conselho de Administração. "Alertamos o governo para que o banco encaminhe logo o processo eleitoral, sem excluir a participação das lideranças dos trabalhadores, evitando desvirtuar o objetivo da lei nº 12.353/2010, que visa garantir a representação dos funcionários na gestão das empresas públicas federais", aponta Eduardo Araújo, diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília e integrante do Comando Nacional dos Bancários.

"Reivindicamos que a presidência da República interceda junto à direção do BB para reverter tais práticas e riscos na gestão do banco", ressalta Rafael Zanon, secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato de Brasília, que também participou da audiência. 

Feijóo recebeu os documentos e prometeu fazer os devidos encaminhamentos. 


Fonte: Contraf-CUT com Seeb Brasília

13.11.12

BB garante diálogo com sindicatos na reestruturação da CSO e CSL no país


Crédito: Aguinaldo Silva - Contraf-CUT
Aguinaldo Silva - Contraf-CUTContraf-CUT e eleitos da Cassi entregam ofício ao BB durante negociação

Em negociação ocorrida na tarde desta terça-feira (13) com a Contraf-CUT, federações e sindicatos, em Brasília, o Banco do Brasil se comprometeu, através da Dinop, a dialogar com sindicatos e federações nos estados onde haverá mudanças no processo em curso de reestruturação do Centro de Suporte Operacional (CSO) e do Centro de Suporte e Logística (CSL). 


"A experiência tem nos mostrado que onde as entidades sindicais acompanham, opinam e interferem nos processos, os bancários sofrem menos problemas e as garantias são maiores aos trabalhadores", afirma William Mendes, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco.


"O banco está mais uma vez fazendo reestruturações que afetam a vida de centenas de trabalhadores e não contatou as entidades sindicais para acompanharem os casos", destacou William, que também é secretário de Formação da Contraf-CUT.


A Dinop informou às entidades sindicais que nenhum prefixo será fechado. Durante o processo de mudança, haverá um aumento de unidades pelo país. Serão 17 regionais e 12 centros localizados em diversas unidades da federação e que o foco da reestruturação é qualificar os processos e as pessoas envolvidas. Segundo o banco, algumas unidades ganham serviços e outras perdem, mas que todas terão processos específicos a realizar.


Outra informação dada pela Dinop é que a reestruturação não é baseada em cortes orçamentários e que, por isso, o processo não será realizado de forma rápida, podendo se estender por uns dois anos.

As entidades reivindicaram mais transparência nos processos de reestruturação e que os trabalhadores, através de suas entidades, saibam com antecedência de tais mudanças que sempre afetam a rotina e estrutura de vida dos envolvidos.

Liberação para reuniões dos conselheiros da Cassi na ativa


A Contraf-CUT e a diretora eleita para Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes da Cassi, Mirian Fochi, protocolaram um ofício ao BB, reivindicando a liberação dos conselheiros dos Conselhos de Usuários da Cassi de todas as unidades do país, que estão lotados em agências e departamentos, para as reuniões mensais dos conselhos.


Clique aqui para ler a carta entregue ao BB. 


"Até hoje, eles não têm o direito de participar e contribuir nas reuniões", disse William. Foi solicitado que se crie um código de liberação para esses conselheiros que estão na ativa.

Além de Mirian, participou da entrega do ofício o conselheiro deliberativo eleito da Cassi, José Adriano Soares de Oliveira.

Relação com BB piorou na atual gestão da Dipes


William apontou diversos problemas de assédio moral e discriminação por parte do BB aos funcionários que fizeram a greve e conquistaram os direitos para a categoria na Campanha Nacional dos Bancários 2012.

O banco ultrapassou todos os limites da razoabilidade na perseguição dos grevistas neste ano. "É o pior assédio nos últimos anos sobre compensação das horas da greve", denunciou o dirigente sindical.

A Contraf-CUT e as entidades sindicais já estão tomando todas as medidas cabíveis para defender os trabalhadores. A Confederação fez inclusive representação ao Ministério Público do Trabalho (MPT).


As entidades sindicais cobraram também o banco sobre vários problemas causados nos últimos meses a partir da Dipes, como a suspensão das posses de concursados prejudicando cidadãos que já estavam em fase de qualificação para assumir no banco e a supressão unilateral da verba de aprimoramento apresentada como proposta aos bancários em 2011 (R$ 215).


"Ao invés de buscar amenizar os conflitos entre o banco e os funcionários no pós greve, o que enfrentamos até agora foram atitudes descabidas do banco com pressão e o assédio, o que é inaceitável", criticou William.


Programa de Aprimoramento dos Funcionários (PAF)


Após a apresentação do banco do novo programa implantado no último dia 7, as entidades sindicais deixaram bem claro que o banco suprimiu o direito que os bancários tiveram até 2011.


"Ele nada mais é do que um novo programa de treinamento da empresa. Dessa maneira, deveria ser feito dentro do horário de trabalho e pontuado no TAO", disse William.


"O programa tem suas qualidades, mas não tem nenhuma relação com o direito suprimido da verba de aprimoramento que havia antes. O banco economiza R$ 14 milhões por ano e muda completamente a característica do programa. Novamente o BB faz tudo unilateralmente sem ouvir os trabalhadores", protestou o dirigente sindical.


Outras questões cobradas do BB


Os dirigentes sindicais também cobraram respostas do banco para outras demandas dos funcionários.


Jornada de 6 horas


Foi cobrado que o banco se reúna com as representações dos trabalhadores para debater o novo plano de funções comissionadas de 6 horas antes da implantação até janeiro de 2013.


Posse dos novos funcionários


Após dar o exemplo da agência de Altamira, no Pará, onde falta funcionário na dotação e ampliação de vagas, e da necessidade de contratação de mais bancários em diversas regiões do país, foi cobrado que o banco acelere a chamada e posse de novos concursados.


Represente dos funcionários no Conselho de Administração do BB


A Contraf-CUT cobrou do banco uma mesa de negociação para definir o processo de eleição do representante dos funcionários e estabelecer calendário do processo eleitoral, atendendo à legislação em vigor.


Segurança bancária


As entidades sindicais denunciaram o processo de redução de vigilantes nas dependências do BB. William lembrou ao banco que tal fato é muito ruim, haja vista que a Contraf-CUT e a Fenaban estão discutindo a implantação de um projeto-piloto de segurança bancária. O BB ficou de verificar a situação.


"Atos de gestão"


As entidades sindicais criticaram o banco e cobraram o fim dos descomissionamentos por "atos de gestão". Os bancários conquistaram o direito às três avaliações no acordo coletivo e o banco tem criado subterfúgios para prejudicar e perseguir os funcionários. Os sindicatos seguirão defendendo os trabalhadores tanto com ações sindicais quanto com demandas judiciais.


PLR 2012


A Contraf-CUT pediu ao banco que responda o ofício enviado pela entidade há algumas semanas, cobrando esclarecimentos sobre o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) do primeiro semestre de 2012, principalmente em relação ao Módulo Bônus. 

"As entidades querem verificar se a abrangência do pagamento respeitou a série histórica dos últimos semestres, conforme consta no acordo", ressaltou William.

O BB prometeu encaminhar uma resposta prestando os esclarecimentos solicitados.



Fonte: Contraf-CUT