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6.3.25

Blog A Categoria Bancária - Retrospectiva 2020




RETROSPECTIVA 2020

O segundo ano trágico de governo Bolsonaro começou com a paralisação do mundo perante a maior pandemia mundial em mais de um século. A Covid-19 chegou ao Brasil nos primeiros meses do ano e o povo brasileiro sofreu as consequências de forma exponencial por causa de termos no país um governo negacionista em relação às medidas protetivas sugeridas pelos cientistas e especialistas no mundo todo.

O uso de máscaras, álcool em gel e distanciamento social eram medidas básicas para se evitar ou reduzir a contaminação das pessoas e o grande afluxo aos sistemas de saúde em todas as cidades do país. Apoio econômico e financeiro ao povo e às empresas também era uma necessidade básica para a manutenção das condições básicas de vida e cidadania. E, claro, vacinação em massa, pois a ciência já estudava a confecção de vacinas. O tirano era contrário a tudo isso.

O governo Bolsonaro era inimigo do povo e da classe trabalhadora e só tinha olhos e atenção para o empresariado, os militares e a elite do país, grupos que o mantinham no poder. As primeiras matérias do blog demonstram isso. Após uma quarentena que fiz depois do mandato eletivo na Cassi (jun/2014 a maio/2018), voltei a escrever no blog A Categoria Bancária em julho. Não fiz postagens em 2019.

O presidente da república Jair Bolsonaro vetou (ler aqui) uma conquista do movimento sindical e associativo dos trabalhadores negociada no Congresso Nacional: a ultratividade, ou seja, a manutenção de direitos em acordos e convenções coletivas enquanto patrões e empregados não concluíam as negociações salariais e de direitos. A categoria bancária, por exemplo, tem direitos conquistados há décadas, que poderiam ser perdidos caso não renovados até 31 de agosto, data-base da categoria.

As primeiras matérias no blog, postadas em julho, informam ainda outros esforços de nossas entidades de classe para garantir direitos aos trabalhadores e aposentados. Uma delas é a manutenção do convênio entre a Previ e o INSS para que nossos colegas seguissem recebendo a aposentadoria pública pela Previ. O governo Bolsonaro havia encerrado os convênios. Outra luta em desenvolvimento era a defesa da Caixa Federal, na mira da privatização do governo.

LUTA DE CLASSE

As outras postagens do mês de julho abordam as discussões da campanha salarial da categoria bancária, a vitória da Chapa 1 – Previ para o associado nas eleições do fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil e tem um artigo meu sobre a saúde dos trabalhadores (ver aqui).

No mês de agosto (de 2020), postei matérias antigas da confederação sobre as negociações com o banco público BB no ano de 2006 para registrar as contradições que existem nas lutas sindicais entre capital x trabalho, trabalhadores x governos. Existem pontos positivos e pontos negativos mesmo em governos simpáticos ao povo pobre e humilde como os do Partido dos Trabalhadores (Lula e Dilma). Claro que é pior negociar com governos de direita e ultradireita, mas é sempre duro defender direitos dos trabalhadores.

Vejam a questão da ultratividade, por exemplo, enquanto o direitista de merda Bolsonaro vetou (em 2020) a manutenção dos direitos de acordos coletivos após a data-base, os governos do PT renovaram a ultratividade em todos os anos cuja medida foi necessária.

CASSI

Por outro lado, qual o sentido de executivos do governo Lula fazerem o que os do Banco do Brasil fizeram conosco nas negociações sobre a Cassi em 2006? As propostas da direção do banco eram péssimas, eram mais que liberais e de direita, os caras no papel de negociadores queriam literalmente “economizar” para o banco às custas de milhares de trabalhadores, colegas deles.

A empresa não cumpria o Estatuto da Cassi desde 1998 e os caras ficaram o primeiro mandato do governo Lula fazendo cara de paisagem ao invés de regularizar o que estava errado. Só em 2005 a direção do BB aceitou negociar a Cassi por força de Acordo Coletivo em campanha salarial e foram 3 anos de insistência nas negociações para se regularizar a questão em 2007. Uma sacanagem!

O que estou afirmando é público, é história. No blog tem dezenas de matérias sobre esse período, matérias da confederação e dos sindicatos. Um exemplo de publicações da época pode ser lido aqui.

E mais, em 2014 e 2015, já estando na gestão da Cassi, os executivos do BB do governo do PT fizeram o mesmo que antes. Os colegas do banco defendiam teses contra os trabalhadores do BB por ideologia liberal, prejudicando os associados da Cassi às vezes igual ou pior do que fizeram os tucanos.

Um exemplo na Cassi: a forma de rateio do custeio por parte dos associados do Plano de Associados só competia a nós definir o modelo e não ao patrocinador. Ele tinha que pagar corretamente seu compromisso estatutário e só (4,5% sobre ativos pré e pós-1998 e aposentados). No entanto, aquela direção tinha uma fixação por quebrar a solidariedade do Plano e fez de tudo para conseguir seu objetivo. Liberais!

PLR NO BANCO DO BRASIL

Ainda em agosto, recuperei um artigo que fiz em 2006 contando a história da conquista da Participação nos Lucros e Resultados no Banco do Brasil e demais bancos públicos (ler aqui), conquista de 2003, enquanto na categoria a PLR é paga desde 1995. Em 2020 os banqueiros quiseram se aproveitar do regime bolsonarista para reduzir o direito.

CAMPANHAS SALARIAIS NO BB FORAM MELHORES COM LULA

Após a campanha salarial da categoria bancária em 2020, postei no blog um pequeno livro a respeito das campanhas da categoria bancária após a eleição de Lula em 2002. Estudei e compilei em março de 2009 as campanhas dos bancários, sobretudo no Banco do Brasil, entre os anos de 2003 e 2008. (ler aqui)

TERCEIRIZAÇÃO DA ATIVIDADE-FIM DA CASSI

Fechei o ano de 2020 em dezembro com 4 textos sobre gestão em saúde. Além de abordar a questão do modelo de atenção primária baseado na medicina de família e comunidade, fiz artigos de opinião sobre a terceirização da atividade-fim de nossa Caixa de Assistência dos Funcionários do BB, a Cassi, que lançou naquele ano parcerias no mercado para fazer o que deveria ser feito por unidades próprias de atendimento em saúde, as nossas CliniCassi. Os 4 artigos podem ser lidos aqui.

É isso. Mais um caderno do blog concluído para meu centro de documentação (cedoc).

William Mendes

8.7.20

Convênio entre Previ e INSS pode ser mantido


Olá, prezados colegas da comunidade Banco do Brasil!

Segue abaixo uma matéria de interesse de todos nós. Após seis meses de ansiedade e preocupações por causa da possibilidade de não podermos mais receber os benefícios de aposentadoria da Previdência Social através da nossa Caixa de Previdência, a Previ, convênio que já existe há bastante tempo, a possibilidade está mantida após a inclusão dessa permissão na MP 936, sancionada nesta semana como lei. A matéria abaixo, do site da Anabb, conta um pouco da história dessa luta.

Não posso deixar de comentar com vocês o quanto a vida da classe trabalhadora está difícil na atual conjuntura política, econômica e social do país. A MP 936 sancionada pela Presidência da República com vetos é a mesma que permitia a manutenção da ultratividade dos direitos em Acordos e Convenções Coletivos de Trabalho (ACT/CCT) enquanto perdurarem os efeitos da pandemia de Covid-19 no país. 

Os bancários têm data-base em setembro, e sem a possibilidade da ultratividade (perdida na reforma trabalhista após o Golpe de 2016) em cenário tão adverso para a renovação de direitos coletivos na campanha salarial 2020, o estoque de direitos da CCT está sob séria ameaça após 31 de agosto.

Esta MP 936 contou com a importante mobilização dos bancários, suas entidades representativas e de parlamentares para manter direitos básicos de nossa categoria secular como, por exemplo, a jornada de 6 horas, a ultratividade dos direitos nas convenções coletivas de trabalho e este item de possibilidade de convênio e contratos de cooperação técnica entre sindicatos, empresas e caixas de previdência fechada com o INSS. Bolsonaro não vetou esta facilidade que o convênio traz aos aposentados, mas vetou a chance de manutenção de direitos históricos da categoria.

Informem-se sobre nossos direitos e compartilhem com os colegas porque ter informações sobre nosso mundo do trabalho é o primeiro passo para tomada de decisões conscientes quando somos chamados a opinar e participar de lutas sociais. É necessário que haja UNIDADE e pertencimento de colegas da ativa e aposentados para que possamos manter direitos históricos de nossa comunidade.

Abraços,

William Mendes

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(reprodução de matéria)




Sancionada MP 936/2020 que permite convênio entre INSS e Previ

A Anabb realizou um intenso trabalho de articulação no Congresso Nacional para que MP fosse aprovada e encaminhada para sanção

Em 07.07.2020, às 18:07h



Agora é lei. A possibilidade de o INSS celebrar acordos com entidades fechadas de previdência complementar, como a Previ, é um dos artigos que integram a MP 936/2020, sancionada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, nesta segunda-feira, 6 de julho.

O artigo 31 que foi incluído na Medida Provisória altera a Lei nº 8.213/ 1991 e representa mais uma vitória conquistada para os associados. Para chegar a esse resultado, foram quase seis meses de articulação da Anabb com diversos parlamentares buscando a melhor forma de solucionar o impasse que surgiu em janeiro de 2020.

Graças ao trabalho conjunto realizado com outras entidades como a Abrapp e Previ, foi possível alcançar esse benefício para milhares de aposentados, em especial para os colegas que integram a família BB. A Anabb contou também com o apoio fundamental do deputado Christino Áureo (PP/RJ), que realizou diversas reuniões com a Associação, com INSS e outras entidades parceiras, e apresentou emendas ao texto de diversas medidas provisórias com o objetivo de solucionar a questão.

"Com essa conquista, um grande problema para os associados chega ao fim. Com a legalização do assunto, os benefícios de aposentadoria do INSS poderão continuar tramitando na folha de pagamentos da Previ, sem prejuízos ao corpo social”, reforça o presidente da Anabb, Reinaldo Fujimoto.

O QUE DIZ O ARTIGO 31 DA MP 936

Na MP 936, a possibilidade de o INSS celebrar acordos de cooperação técnica com entidades fechadas de previdência complementar está contemplada no artigo 31 que diz:

Art. 31. A Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar com as seguintes alterações:

"Art. 117. Empresas, sindicatos e entidades fechadas de previdência complementar poderão, mediante celebração de acordo de cooperação técnica com o INSS, encarregar-se, relativamente a seus empregados, associados ou beneficiários, de requerer benefícios previdenciários por meio eletrônico, preparando-os e instruindo-os nos termos do acordo.

"Art. 117-A. Empresas, sindicatos e entidades fechadas de previdência complementar poderão realizar o pagamento integral dos benefícios previdenciários devidos a seus beneficiários, mediante celebração de contrato com o INSS, dispensada a licitação.

§ 1º Os contratos referidos no caput deste artigo deverão prever as mesmas obrigações, condições e valores devidos pelas instituições financeiras responsáveis pelo pagamento dos benefícios pelo INSS.

§ 2º As obrigações, condições e valores referidos no § 1º deste artigo serão definidos em ato próprio do INSS."

HISTÓRICO DE ATUAÇÃO DA ANABB

A questão dos convênios entre o INSS e as entidades fechadas de previdência complementar foi fortemente articulada pela Anabb desde o anúncio de rompimento do convênio até a sanção presidencial, veja um breve resumo do intenso trabalho:

Janeiro


O INSS comunica a decisão unilateral de encerrar o acordo entre INSS e Previ, que permitia o adiantamento dos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social na folha de pagamento da Caixa de Previdência a partir de junho/2020. A Anabb inicia o trabalho de articulação no Congresso Nacional para a inclusão de um artigo na Medida Provisória nº 905 de 2019, cujo relator era o deputado Christino Áureo (PP/RJ).

Março


Em março, a MP 905/2019, do Contrato de Trabalho Verde e Amarelo, com a inclusão de artigo que possibilitaria o convênio entre INSS e Previ foi aprovada em Comissão Mista no Congresso Nacional.

Abril


Em abril, a MP 905 foi revogada pela Presidência da República. No mesmo mês a Anabb, a Abrapp e a Previ fizeram um esforço conjunto de articulação para inclusão do tema na MP 936/2020.

Junho


A MP 936 foi aprovada no Senado Federal, contemplando temas favoráveis ao funcionalismo como a possibilidade do INSS celebrar acordos com entidades fechadas de previdência complementar, como a Previ, e a jornada de trabalho dos bancários. Até a aprovação a Anabb manteve contato permanente com vários parlamentares e lideranças dos partidos, dentre eles, PP, PSD, PT, PC do B, Cidadania, Rede, PDT, Podemos, PL, e Bloco Resistência Democrática.

Julho


MP 936 é sancionada pela Presidência da República e vira lei com a manutenção da possibilidade do INSS celebrar acordos com entidades fechadas de previdência complementar, como a Previ.


Fonte: Anabb

7.7.20

Direitos dos bancários sob ameaça


Olá, colegas bancários e bancárias! Um olá especial aos colegas do Banco do Brasil da ativa e aposentados, comunidade a qual pertenço e que existe há mais de dois séculos!

A categoria bancária é uma das categorias profissionais mais organizadas do país, tem uma história secular de lutas e conquistas e juntamente com todas as demais categorias profissionais da classe trabalhadora brasileira está sob forte ameaça de retrocesso em seus direitos.

A data base da categoria bancária é setembro. Após o golpe de Estado em 2016, a classe trabalhadora e suas entidades representativas têm enfrentado períodos difíceis. As ameaças aos direitos históricos nos impulsionam a contribuir de alguma forma para fortalecer a luta pela manutenção dos empregos, das conquistas em remuneração, saúde, previdência e condições de trabalho.

Durante mais de uma década, utilizei este blog para registrar as lutas coletivas e informar trabalhadores porque informação e conhecimento são essenciais para que as pessoas estejam em melhores condições de tomarem decisões em suas vidas. Por duas décadas estive nos locais de trabalho e nas bases sociais conversando com os colegas. Construímos juntos os direitos em saúde e previdência e os direitos do trabalho.

Divulgo abaixo matéria da Contraf-CUT sobre o veto de Bolsonaro à ultratividade dos direitos coletivos constantes nas convenções e acordos de trabalhadores. É sério isso. Os bancários têm direitos importantes e eles precisam ser preservados após o dia 31 de agosto deste ano. Informem-se e compartilhem com os colegas. Saber sobre o tema já é um primeiro passo para defender seus direitos nesta campanha salarial.

Abraços,

William Mendes

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(reprodução de matéria)

Bolsonaro veta ultratividade das convenções e acordos coletivos

07/7/20 - 17h13

Veto escancara falta de compromisso com as classes populares e a tentativa de prejudicar os trabalhadores e suas entidades de representação sindical

O presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou com vetos o texto aprovado pelo Senado que institui o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda. Entre os vetos, está o trecho que dizia que “as cláusulas das convenções coletivas ou dos acordos coletivos de trabalho vencidos ou vincendos, salvo as que dispuserem sobre reajuste salarial e sua repercussão nas demais cláusulas de natureza econômica, permanecerão integrando os contratos individuais de trabalho, no limite temporal do estado de calamidade pública, e somente poderão ser modificadas ou suprimidas mediante negociação coletiva.”

Segundo o presidente, “a propositura legislativa contraria o interesse público, tendo em vista que a vedação atualmente em vigor à ultratividade das normas coletivas, por força da reforma trabalhista (Lei nº 13.467, de 2017), visa incentivar a negociação, a valorização da autonomia das partes e a promoção do desenvolvimento das relações de trabalho.”

“É um absurdo o governo Bolsonaro vetar a ultratividade aprovada pelo Congresso Nacional. Mais uma demonstração de que não governa para a classe trabalhadora e sim contra ela”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira. “Dizer que o veto é de interesse público e tentar justificar que se trata de algo que visa incentivar a negociação entre patrões e empregados, desconsiderando que estamos em um momento de pandemia, é uma mentira deslavada. Querem aproveitar esse momento de crise para reduzir o poder de negociação dos trabalhadores e aumentar o do empresariado”, criticou a presidenta da Contraf-CUT.


Redução salarial

Sancionada, a antiga Medida Provisória (MP) 936 tornou-se a Lei 14.020 e foi publicada na edição desta terça-feira (7) do Diário Oficial da União. Além de criar o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, ela permite acordos de redução proporcional dos salários e da jornada de trabalho de 25%, 50% ou 70%, além de suspensão dos contratos, durante o período de calamidade pública decretada pelo governo em razão da pandemia causada pelo novo coronavírus.

O governo também vetou o item que prorrogou até o ano que vem a desoneração da folha de pagamento de empresas de 17 setores de atividade. O prazo atual vai até dezembro próximo. Além disso, foi vetado trecho que permitia a empregados sem direito ao seguro-desemprego e dispensados sem justa causa durante a pandemia o acesso ao auxílio emergencial.


Pressão no Congresso

Mesmo diante de um interminável caos político, socioeconômico e com a pandemia do coronavírus sem controle, o presidente continua a destruir, de acordo com suas conveniências, tudo o que foi construído no Congresso Nacional, com muita luta, para minimizar os prejuízos dos trabalhadores e trabalhadoras”, observou Jeferson Meira, o Jefão, Secretário de Relações do Trabalho da Contraf-CUT.

“Vamos, mais uma vez, pressionar o Congresso Nacional, para que o veto presidencial seja derrubado”, concluiu Juvandia.

Para serem derrubados, os vetos presidenciais precisam de maioria absoluta na Câmara ou no Senado, 257 e 41 votos, respectivamente.


Fonte: Contraf-CUT

6.9.10

O que diz o BB sobre a negociação ocorrida entre ele e a Contraf-CUT



BB e Contraf/CUT se reúnem para debater cláusulas específicas

(matéria de 03/09/10)

O Banco do Brasil fez ontem, 02, a primeira reunião com representantes da Contraf/CUT para debater as questões específicas relativas ao Acordo Coletivo 2010/2011. Na pauta, estava a definição do calendário de reuniões entre as instituições e a discussão de ações relacionadas à saúde, segurança e condições de trabalho.

Na abertura do encontro, o diretor de Relações com Funcionários e Entidades Patrocinadas Carlos Néri assinou, em conjunto com os dirigentes sindicais, o aditivo de prorrogação das cláusulas do Acordo 2009/2010. Desta forma, elas continuarão vigentes até 30 de setembro, ficando o Banco atento para a necessidade de nova prorrogação.

Em relação ao calendário de encontros, ficou definido que as próximas reuniões com a Contraf/CUT serão nos dias 17 e 21 de setembro. “Este intervalo é importante, porque vai permitir que a gente estude as questões e levante os dados necessários para auxiliar na discussão e na construção de propostas que atendam às reivindicações”, afirmou o negociador do BB, José Roberto Mendes do Amaral.

Foram discutidas, também, as cláusulas específicas referentes à saúde, segurança e condições de trabalho. Os representantes da Contraf/CUT apresentaram algumas reivindicações, como a manutenção do PAS, mesmo após a implantação do plano odontológico, questões acerca de licenças e afastamentos, CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho), EPS (Exame Periódico de Saúde), Ouvidoria Interna, Gestão da Ética, e a criação de programas voltados à saúde mental.

Na oportunidade, além de apresentar as ações que têm desenvolvido nesta área, como a reestruturação do Sesmt, o Banco também pode esclarecer algumas práticas já adotadas, como a retirada das travas, em casos excepcionais, que impedem a transferência para outra localidade em função da saúde do funcionário ou de dependente.

Durante o encontro, José Roberto ressaltou ainda o interesse da Empresa em desenvolver um processo de comunicação transparente, facilitando o acesso dos funcionários às informações. “Neste ano, nosso site da Negociação Coletiva vai estar exclusivamente na Internet. Queremos que os funcionários tenham todas as informações em mãos, para que possam fazer o seu juízo de valor e tomar, sem interferências de ninguém, a melhor decisão”.
 
Fonte: site do BB para negociação coletiva

3.9.10

Negociação Específica no BB: saúde e (IN)segurança no banco (II)


(matéria de 02/09/2010) - relida e atualizada em 22/março/2011

Os avanços alcançados na Campanha de 2009 no Banco do Brasil são o patamar mínimo para as negociações deste ano. Esse foi o entendimento que marcou o início das negociações entre representantes dos trabalhadores e do Banco do Brasil, durante a rodada específica realizada nesta quinta-feira (2) na sede da instituição em Brasília. Apesar do tom conciliador do debate e das boas perspectivas sinalizadas pelo BB, os trabalhadores cobraram melhorias nas cláusulas relacionadas à saúde dos bancários e questionaram a remoção das portas giratórias de algumas agências. Em comum acordo, as duas partes ainda definiram um calendário oficial de discussões: 17 e 21 de setembro, sendo esta segunda data apenas indicativa e sujeita a confirmação do Comando Nacional.

Logo depois de assinarem a prorrogação do atual Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) por mais 30 dias, a Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB), coordenada por Eduardo Araújo, diretor do Sindicato de Brasília, apresentou uma extensa pauta cobrando melhorias na política do BB para saúde do trabalhador. Sobre a realização do Exame Periódico de Saúde (EPS), o maior problema está relacionado à realização de exames fora da cidade onde o bancário reside. A Comissão de Empresa da Contraf-CUT pediu que, neste caso, o banco faça o ressarcimento de despesas.


“Se houver gasto, a Cassi ou o BB deve fazer o reembolso de 100% das despesas, o que inclui os gastos com eventuais deslocamentos”, esclarece Araújo. Em resposta, o banco disse que a orientação é para que não haja deslocamento e desconheceu a prática. Os trabalhadores insistiram no tema e citaram casos concretos de bancários do Nordeste que não conseguiram o dinheiro de volta.


Ainda sobre o EPS, a Comissão de Empresa da Contraf-CUT solicitou a inclusão de perguntas sobre problemas mentais. O atual modelo de exame se limita a abordar, nos itens da questão psicológica, o estresse. Informações preliminares obtidas pelos Sindicatos revelam que pelo menos 5% dos bancários que participaram do exame têm alguma doença mental. Por isso, os trabalhadores entendem que é prudente o BB fazer uma análise mais profunda desse tipo de enfermidade na categoria.


Preocupados com a saúde financeira da Cassi e com o modelo de atendimento, os bancários também cobraram a criação de uma carteira de saúde ocupacional para reduzir os gastos com a Caixa de Assistência e propuseram outro modelo de eleição do Conselho de Usuários da Cassi, com a regulamentação de suas ausências e aprovação de um regimento.


Assédio moral


As metas quase sempre inatingíveis impostas pelo BB voltou a ser criticada pela Comissão de Empresa. “O BB precisa reavaliar a política de metas para melhorar as relações no ambiente de trabalho. O tema é urgente e deve ser encarado com seriedade pelos gestores do banco”, insistiu Araújo. A Comissão de Empresa da Contraf-CUT também denunciou o envio de torpedos aos funcionários fora do seu horário de serviço. Há casos de mensagens enviadas às 23h. “Mesmo que seja para um telefone corporativo, o gestor não pode agir dessa forma”, observou Carlos de Souza, diretor do Sindicato do Rio de Janeiro.


A Comissão de Empresa da Contraf-CUT pontuou algumas críticas sobre o processo eleitoral dos Comitês de Ética e reivindicou, em especial, a paridade entre eleitos e indicados, além de alteração da localização da Ouvidoria na estrutura organizacional do BB.


Licença-maternidade


Em relação aos bancários afastados em decorrência de licenças-maternidade e saúde, a Comissão de Empresa da Contraf-CUT pediu a continuidade de pagamento do auxílio-refeição a esses trabalhadores. Também emendou a reivindicação solicitando a extensão da licença-paternidade de cinco para 15 dias.


Atestados Médicos


A necessidade de homologação dos atestados médicos acima de quatro dias foi outro assunto abordado pelos representantes dos bancários. Sobre a divulgação do Certificado Internacional de Doenças (CID) nos atestados, a Comissão de Empresa da Contraf-CUT lembrou ao BB que a atual legislação não obriga o fornecimento do número equivalente ao problema de saúde. “O trabalhador tem o direito de não ter sua doença revelada”, lembrou Araújo, ao pedir respeito à privacidade do bancário nesses casos. Um dos técnicos do banco que participou da rodada de negociação explicou que a instituição já adota um sistema que preserva o trabalhador. Segundo ele, quem não quiser o CID no atestado basta entregar um envelope lacrado com um laudo que justifica seu afastamento apenas ao médico da Cassi.

Transferências


Os dirigentes sindicais pediram agilidade nas transferências ocasionadas por problemas de saúde do próprio funcionário ou parente. O banco garantiu que, nos casos das grávidas, a transferência é imediata.


A categoria exigiu o fim da discriminação no programa antitabagismo. O programa não é oferecido da mesma forma aos bancários pós-98. “É preciso corrigir esse tratamento diferenciado aos colegas mais novos”, frisou Araújo. O banco ficou de corrigir essas e outras distorções nas instruções internas o mais breve possível.


Descanso


Em virtude da rotina estressante dos caixas, a Comissão de Empresa da Contraf-CUT pediu o repouso de 10 minutos a esses bancários, além de incluir os 15 minutos diários em sua jornada de trabalho. “Ampliar o descanso para os funcionários que trabalham com atividades repetitivas é fundamental para que exerçam suas tarefas com dignidade e saúde”, completou Araújo.


Ambulatórios


A Comissão de Empresa dos Funcionários do BB - CEBB da Contraf-CUT - não se esqueceu de pedir a volta dos ambulatórios. O banco, por sua vez, explicou que os novos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) serão dotados de uma nova estrutura, sem os ambulatórios convencionais. De acordo com o BB, os SESMT terão consultórios, inclusive, com orçamento já aprovado. Segundo os negociadores, todo SESMT vai ter no mínimo um profissional de segurança e de saúde de acordo com a dotação estadual.

Democracia nas Cipas


Insatisfeita com o atual modelo de composição das Comissões Internas de Prevenções de Acidentes (Cipas), a CEBB da Contraf-CUT solicitou eleição para todos os cargos do órgão. O banco insistiu na tese de que a Cipa deve ser paritária. “Não concordamos. Além de democrático, o processo deixa de ser instrumento de barganha do administrador ao escolher determinados trabalhadores para prevenção de acidentes que efetivamente não militem ou gostem da área”, afirmou Araújo.

Portas giratórias


Preocupados com a retirada de portas giratórias de algumas agências, a Comissão de Empresa da Contraf-CUT pediu explicações ao banco. Em resposta, o BB disse que não se trata da retirada do dispositivo de segurança. “A iniciativa faz parte de um projeto do banco, baseado em pesquisas com clientes, de reformulação das agências. O BB havia iniciado essa mudança de layout em 2006, no entanto, suspendeu as mudanças e agora voltou a implementá-las”, justificou o negociador.


Segundo ele, a ideia inicial é reformar 45 agências em todo o país. “A retirada da porta de segurança implica na adoção de outras medidas para garantir a segurança dos bancários e clientes”, disse. O banco pretende iniciar a mudança em 15 de outubro e não soube explicar se haverá ou não a extensão do projeto para outras unidades. De acordo com o banco, o projeto incluiria, inicialmente, as agências que concentram os clientes com alta renda. A estranha prática já é adotada em outros bancos, como o Itaú.


"Não concordamos com esse projeto e faremos as manifestações contrárias ao projeto nos locais em que ocorrer a mudança, mas aceitamos conversar com o banco para saber mais detalhes sobre a ideia. Com tanta insegurança no país, não dá para imaginar um banco sem portas giratórias”, criticou Araújo.


Calendário de negociação


A Comissão de Empresa da Contraf-CUT acertou com os negociadores do banco o calendário de negociações específicas. O próximo encontro será no dia 17 de setembro, em São Paulo, e vai ter na pauta assuntos como emprego, cláusulas sociais e também itens relacionados aos funcionários egressos dos bancos incorporados pelo BB, além da discussão principal sobre remuneração e PCS. E no dia 21 de setembro as partes voltam a se reunir para debater assuntos pendentes da rodada do dia 17.


Outros assuntos


Os bancários cobraram ainda a garantia da comissão aos funcionários afastados por doenças, a extinção das centrais de cobrança clandestinas, programa de prevenção de doenças aos funcionários do teleatendimento, reformulação do BB 2.0, aumento da idade dos filhos que poderão ser acompanhados pelos pais bancários em caso de consulta médica.


O banco ainda ficou de agendar uma data para apresentar mais detalhes sobre o plano odontológico. Assim que for divulgada, o Sindicato informará em seus veículos de comunicações.


Rodrigo Couto


Fonte: Seeb Brasília


2.9.10

Negociação Específica no BB: saúde e (IN)segurança no banco


(matéria de 02/09/10)

Saúde e segurança na negociação específica


Direção do banco federal afirma ser contrária ao envio de torpedos para os funcionários
 
São Paulo - O atual acordo coletivo aditivo do Banco do Brasil está com a prorrogação assegurada até o final de setembro. A confirmação ocorreu na primeira negociação específica entre o Comando Nacional dos Bancários e a direção do BB.

Na negociação da quinta 2, o banco afirmou ser contrário ao envio de torpedos aos trabalhadores fora de sua jornada de trabalho e também à instalação de centrais “clandestinas”. “Isso é assédio moral e os bancários devem denunciar caso essa situação persista para cobrarmos solução da empresa”, afirma o diretor do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa, Cláudio Luis de Souza.

Os representantes do banco também confirmaram que está em curso projeto-piloto em 45 agências que funcionarão sem porta giratória de segurança. O Sindicato deixou claro que é contrário à medida e que intensificará as manifestações para exigir que o mecanismo permaneça, garantindo uma melhor segurança a bancários e clientes.

“É importante que os bancários acompanhem os debates de perto e intensifiquem as mobilizações do Sindicato para conquistarmos acordo digno”, diz o dirigente, destacando também que há questões importantes que precisam ser resolvidas no plano de carreira como a elevação dos pisos, o fim dos descomissionamentos arbitrários, além de critérios objetivos para a ascensão profissional.

Fonte: Seeb SP - Jair Rosa - 02/09/2010