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1.9.14

Negociação específica com o BB sobre igualdade e segurança não avança




A rodada de negociação foi realizada na sede do BB, em Brasília

A rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, realizada nesta segunda-feira (1º), no Edifício Sede, em Brasília, pouco avançou nos temas sobre igualdade de oportunidades e segurança bancária. O BB não apresentou propostas efetivas dos itens que constam na minuta de reivindicações. 


Gedip

Antes do início das discussões dos temas previstos para esta segunda-feira, o Comando cobrou informações sobre as mudanças nos parâmetros de cobrança no programa de Gestão de Disciplina de Pessoal (Gedip). Com a alteração feita pelo banco, o valor mínimo passou para R$ 600,00. Anteriormente não havia valor mínimo de cobrança na Gedip. Segundo o BB, uma média de 80% dos processos do Gedip acabaria com essa mudança. 

Os bancários cobram uma mesa específica sobre Gedip para debater os mecanismos de apuração de responsabilização pecuniária em casos de falha em serviço, onde tem acontecido cobranças indevidas, que são descontadas direto do trabalhador por meio do processo automatizado. O movimento sindical reivindica a inclusão de um processo de defesa no Gedip. 


PCMSO 

O Comando Nacional reivindicou melhorias nos procedimentos do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). Em municípios onde não existe a possibilidade de realização do exame, os representantes dos trabalhadores cobram a cobertura de custos de locomoção e abono do dia, se não houver o cumprimento do contrato do PCMSO. 


Adicional de periculosidade e condições de trabalho 

Vários funcionários do BB sofrem com condições adversas de trabalho em regiões que ficam mais expostas a condições com risco à saúde, como refinarias. O movimento sindical reivindicou a extensão aos bancários que trabalham nesses locais de risco o adicional de periculosidade conquistado pelos vigilantes em legislação específica. 

Reformas nas agências do BB durante o horário de expediente com consequências à saúde dos trabalhadores e população continuam e o Comando denunciou essa prática. 


Segurança bancária 

O funcionalismo reivindica que todas as agências tenham todos os quesitos de segurança como porta-giratória com detector de metais e proibição do transporte de valores por bancários. Outro item da pauta específica é a atualização da indenização para funcionários que sofreram assaltos, sequestro ou extorsão. O Comando Nacional dos Bancários também tem discutido fortemente o tema na mesa de negociação com a Fenaban. 

No Programa de Assistência às Vítimas de Assalto e Sequestro (Pavas), os dirigentes sindicais reivindicaram que os funcionários participantes tenham a opção de escolher a unidade de preferência para retornar ao trabalho. 


Tratamento para vítimas de assédio moral e sexual

O Comando e a Comissão de Empresa propuseram a criação de um programa de atendimento posterior para as vítimas de assédio moral e sexual comprovados. Os negociadores não demonstraram disposição para avançar no tema com a justificativa de que já existem os Comitês de Ética do banco. 

"Atualmente o BB tem uma postura de punição nos casos de assédio sexual no que se refere ao assediador, mas queremos discutir a melhor forma de tratamento das vítimas. Os comitês de ética também não são instrumentos efetivos e têm baixa credibilidade devido a problemas como falta de reuniões e efetivo funcionamento. Há comitês que só tiveram a reunião da posse", afirma Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.


Igualdade de oportunidades 

No tema sobre igualdade de oportunidades, o BB disse que não pode discutir a cláusula de concessão de licença-prêmio para todos os funcionários com a justificativa de que o Dest (órgão do Ministério do Planejamento que cuida das empresas públicas) não libera a implementação. De acordo com o banco, o departamento também não se mostra disposto a avançar para férias de 35 dias para todos os funcionários com mais de 20 anos na carreira no banco, bem como para adiantamentos para os egressos de bancos incorporados (mesmo que não tenham aderido ao regulamento do BB). 



Identidade Social


A opção de uma identidade social com o nome que o bancário desejar é um avanço das mesas de negociação. O item beneficia bancários transsexuais e outros funcionários que preferem ser identificados por um nome diferente do que foi registrado. 

O movimento sindical também pediu isonomia de direitos para os bancários que atuam no exterior, bem como a garantia de representação desses trabalhadores. 


Avaliação

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, "principalmente nos itens de isonomia percebemos um grande entrave da parte do banco, quando remete o problema a uma resolução do Dest, quando na verdade o próprio banco deveria se preocupar mais em ter nos seus quadros milhares de trabalhadores que têm direitos diferenciados e rebaixados, sejam estes pós-98 ou oriundos de bancos incorporados. Essas diferenças têm sido objeto de grande insatisfação dos funcionários".


Próxima negociação 

A próxima mesa de negociação específica tratará de remuneração e demais itens restantes da minuta específica e ocorrerá na manhã do dia 12 de setembro, em São Paulo. 


Fonte: Seeb Brasília, com Contraf-CUT

16.6.14

Contraf faz parceria com bancários do BB no Paraguai em busca de acordo


Reunião foi realizada em Brasília para
destravar negociações em Assunção.

A Contraf-CUT e o Sindicato dos Bancários do Banco do Brasil no Paraguai reuniram-se com a direção do BB na segunda-feira 9, em Brasília, para discutir a assinatura de acordo coletivo dos funcionários do Banco no país vizinho.

As duas entidades sindicais apresentaram ao Banco a pauta de reivindicações dos bancários paraguaios, aprovadas em assembleia, buscando superar os problemas que estão travando as negociações no Paraguai. Há quase uma década não existe um acordo coletivo integral assinado pelo BB naquele país. Em 2008, 2010 e 2013 foram assinados apenas aditivos ao acordo de 2004.

O Banco do Brasil possui cerca de 70 funcionários no Paraguai e nos últimos anos vem apenas pagando reajustes salariais sem avançar em nenhum item da pauta específica, como condições de trabalho, plano de carreira, participação nos lucros e resultados ou ainda questões de saúde envolvendo os trabalhadores.

Este ano já houve sete rodadas de negociação e nenhum avanço. 

Participaram da reunião o novo coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, Wagner Nascimento, o ex-coordenador William Mendes e o secretário-geral do Sindicato dos Empregados do Banco do Brasil no Paraguai, José Tomáz Rodriguez.

Rede Sindical Internacional do BB

Para Wagner Nascimento, conforme foi deliberado na reunião da Rede Sindical Internacional do BB, realizada em Lima na semana passada, trazer as discussões e os problemas dos outros países para a sede do Banco pode significar um avanço nas relações com os trabalhadores. "Confiamos no avanço das negociações e na assinatura de um novo acordo completo, depois de dez anos", acrescenta Wagner. 

O Paraguai sedia a primeira agência do BB aberta no exterior, ocupando uma posição estratégica para atender os mais de 1 milhão de brasileiros que vivem ali, além das centenas de empresas brasileiras que expandiram suas operações no país vizinho.

Na reunião, William Mendes comunicou ao BB a sua substituição na Comissão de Empresa e agradeceu pelo respeito construído nos mais de dois anos em que esteve à frente das negociações representando os funcionários do Banco do Brasil.


Fonte: Contraf-CUT

7.6.14

Busca de novas conquistas marca 25º Congresso dos Funcionários do BB


Mesa de abertura representa unidade nacional
dos funcionários do BB. Foto: Jailton Garcia.

A abertura do 25º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, realizada nesta sexta-feira 6 à noite em São Paulo, foi marcada pela discussão sobre a importância de os bancários conquistarem novos avanços na Campanha Nacional 2014 e se engajarem na disputa eleitoral de outubro em favor de propostas que defendam os interesses da classe trabalhadora. 

Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT, lembrou os 50 anos do golpe militar e ressaltou a importância de vivermos em uma democracia no Brasil fazendo uma homenagem às vítimas de perseguição política na ditadura, representadas no plenário pela ex-presidenta da CNB e do Sindicato dos bancários do Rio de Janeiro, Fernanda Carísio. Ele destacou a importância de se lutar para que o BB cumpra seu papel de banco público, reduza a taxa de juros e volte sua ação para o desenvolvimento do país. 

"Não queremos um Banco do Brasil que pratique assédio moral e reduza funcionários, como vem fazendo, se igualando aos bancos privados. Não queremos que os bancários do BB adoeçam por excesso de trabalho por causa da pressão por metas", afirmou.

O presidente da Contraf-CUT destacou as conquistas de 2013, nas lutas contra a terceirização e no acordo coletivo, relacionando-as aos desafios para 2014: "Temos que continuar a combater os projetos de terceirização que estão sendo analisados pela Câmara dos Deputados, Senado e STF. Sabemos que o ministro Luiz Fux fez um relatório péssimo para os trabalhadores ao analisar os processos e que é preciso estarmos atentos a isso e às movimentações no Congresso Nacional. Se esses projetos passarem será tudo terceirizado, caixas, gerências e será o fim do concurso público".

A conjuntura política também é importantíssima para a luta dos trabalhadores, na opinião de Cordeiro. "Temos que ir para as ruas defender a candidatura da presidenta Dilma Rousseff, e a eleição de governadores e deputados comprometidos com os trabalhadores. Temos uma imensa responsabilidade, não podemos vacilar e permitir que projetos como o relatório da Booz Allen, que propunha a privatização do BB e da Caixa voltem a ameaçar os bancários e o povo brasileiro", defendeu ele. 

"Não queremos retrocesso, queremos seguir trilhando o caminho da política de valorização do salário mínimo, do aumento real dos salários. Queremos avançar e conseguir concretizar nossas principais pautas, como o fim do fator previdenciário, redução da jornada e o cumprimento da Convenção 158 da OIT. Com ousadia, mobilização e unidade chegaremos aos nossos objetivos ", concluiu.


Dois projetos em disputa


Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e representante da Fetec SP, fez uma análise da atual conjuntura no Brasil e a ameaça de retrocesso político que pode prejudicar não somente a classe trabalhadora brasileira como toda a da América Latina. 

"Temos que discutir as reivindicações dos bancários do Banco do Brasil, como emprego e saúde, e também a ameaça do retorno do neoliberalismo, que tanto prejudicou os bancários em nosso país nos anos 90", disse Juvandia. Naquele período, os bancários dos bancos públicos federais ficaram oito anos com índices zero de reajuste, demissões e perseguições. 

"Queremos continuar no rumo progressista e cobrar mudanças, para isso é preciso que delegados e representantes se engajem na campanha para reeleger a presidenta Dilma Rousseff", destacou.

Juvandia também criticou a atuação da mídia, segundo ela o maior partido de oposição da atualidade, e conclamou os participantes do Congresso participarem da campanha pela democratização dos meios de comunicação e pela convocação de uma constituinte exclusiva para a reforma política. "Não queremos retrocesso, queremos um país cada vez mais igual, com divisão de renda, temos que levar o governo cada vez mais para a esquerda e para a pauta da classe trabalhadora", concluiu.

Wagner Nascimento, diretor do Sindicato de Belo Horizonte e representante da Fetraf MG, falando em nome da Articulação Bancária também destacou a importância de os trabalhadores se engajarem na campanha presidencial deste ano, "onde há dois projetos claros em disputa em que o nosso próprio futuro como funcionários de um banco público está em jogo".


Identificar quem está afinado com os trabalhadores


Ao destacar a importância das eleições de outubro para toda a população brasileira, incluindo os trabalhadores do ramo financeiro, o representante da Feeb Bahia e Sergipe e da CTB, Fábio Ledo, afirmou que é preciso saber quais candidatos estarão do lado dos trabalhadores. "É preciso apontar quais candidatos estão afinados com nossas reivindicações". Ledo, que também é diretor do Departamento Jurídico do Sindicato da Bahia, saudou os participantes e pediu atenção da categoria no atual cenário político.

A diretora do Sindicato de Campinas e da Feeb São Paulo e Mato Grosso do Sul, Elisa de Figueiredo Ferreira, representando a corrente Unidade Sindical, manifestou preocupação com o futuro do Banco do Brasil, que segundo ela atua no mercado como um banco privado. "Temos de fazer uma discussão profunda sobre isso e construir uma pauta unitária para enfrentar esse problema", propôs.

Wilson Ribeiro, em nome da corrente CSP/Conlutas, destacou que as jornadas de junho do ano passado provocaram "uma mudança na situação política do país, com mais questionamentos do modelo econômico atual e generalização de greves por todo o país", o que para ele insere as eleições presidenciais deste ano em uma conjuntura diferente de disputas anteriores.

Representando o Fórum Sindical, Sérgio Farias fez uma breve reflexão sobre a organização sindical dos trabalhadores bancários brasileiros. "Sem a luta dos companheiros do passado, que se organizaram e se reorganizaram - após a ditadura militar -, não estaríamos aqui reunidos neste grande congresso dos funcionários do Banco do Brasil", observou Farias, que também é diretor da Fetraf Rio de Janeiro e Espírito Santo. Ele também espera que a unidade do movimento sindical dos bancários do Brasil seja exemplo para trabalhadores de outros países, como os Estados Unidos. 


Sindicalização dos bancários do BB nos EUA


Participaram também da mesa de abertura do 25º Congresso duas trabalhadoras norte-americanas: uma funcionária do Banco do Brasil nos EUA, e Anne Luck Deak, diretora da CWA, a central sindical que representa mais de 700 mil trabalhadores de vários segmentos de serviços dos Estados Unidos.

Os bancários não possuem sindicatos nos EUA, razão pela qual são desorganizados e ganham em geral menos que os trabalhadores dos serviços de limpeza, que são sindicalizados. Anne contou que pesquisa realizada pela CWA constatou que a média salarial dos bancários norte-americanos é tão baixa que um terço deles precisa buscar os programas sociais do governo para complementar a renda.

E há diferenças salariais gritantes entre regiões e entre bancos, inclusive dentro do próprio BB nos Estados Unidos. "Nós que trabalhamos no Banco do Brasil em Orlando temos salários e benefícios menores, além de férias mais curtas, que os bancários do BB de Nova York", relatou Anne Deak.

A Contraf-CUT está desenvolvendo uma parceria com a CWA na tentativa de criar um sindicato dos bancários do BB nos EUA. O primeiro passo foi a assinatura do Acordo Marco assinado pela Contraf-CUT e pela UNI Américas com o BB, pelo qual o banco deve respeitar os direitos dos bancários em todo o continente, tanto de legislação e de acordos e convênios coletivos da categoria, bem como princípios e direitos fundamentais do trabalho previstos pela OIT.


Rede de Comunicação dos Bancários
José Luiz Frare, da Contraf-CUT
Maria Ester Costa, da Contraf-CUT
Rodrigo Couto, do Sindicato de Brasília

22.2.14

Bancários de todo mundo realizam dia de ação global em Nova Iorque


Contraf-CUT presente: nos protestos em
Wall Street e na Conferência da CWA.

A luta internacional dos trabalhadores do setor financeiro tomou as ruas de Wall Street, em Nova Iorque, na terça-feira (18), marcando o Dia de Ação Global (Global Day of Action) e reforçando a campanha mundial por melhores condições de trabalho para os bancários dos EUA, que representam um terço dos bancários de todo mundo. 


Apesar do frio intenso, houve protestos em frente ao prédio do Citibank e visitas às agências do Bank of America, HSBC, Santander e outros bancos. Na rede social, nesse dia, a tag #BetterBanks foi apoiada por mais de 1 milhão de pessoas.

O ato foi promovido pela UNI Global Union - entidade que representa 20 milhões de trabalhadores de mais de 900 sindicatos de setor de serviços em todo o mundo -, a CWA (Communications Workers of América), que representa os trabalhadores na área de comunicações dos EUA, e o Comitê por Melhores Bancos, com a participação de movimentos comunitários norte-americanos. 

Os brasileiros foram representados pelo presidente da Contraf-CUT e da UNI Américas Finanças, Carlos Cordeiro, pelo secretário de formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, William Mendes, pelo secretário de relações internacionais da Contraf-CUT, Mário Raia, e pela diretora executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rita Berlofa.

Ainda compareceu uma delegação internacional da Argentina, Colômbia, Tanzânia e Filipinas. 

Luta pelo direito à sindicalização

Os bancários norte-americanos, que não possuem sindicatos, recebem bem menos que os trabalhadores da limpeza, que são sindicalizados. Enquanto o bancário ganha cerca de 8 dólares por hora, um empregado da limpeza recebe 14 dólares por hora. 

Sem organização sindical e negociação coletiva, as condições de trabalho dos bancários nos EUA são piores que as de muitos países. 

O chefe mundial da UNI Finanças, Mário Monzane, avaliou a mobilização como um novo marco na luta pela organização dos bancários nos EUA. "Estamos conseguindo criar um sentido de solidariedade internacional, com intercâmbio e mapeamento da categoria em nível mundial".

Para ele, o ato em Wall Street foi um sucesso. "Conseguimos falar com funcionários; o segundo maior jornal de Nova Iorque, o NY Daily News, repercutiu a manifestação; atingimos 1 milhão de apoiadores e recebemos 50 mil mensagens de apoio em três horas. Os trabalhadores sentiram que não estão sozinhos e a campanha será mantida de forma permanente."

"Estamos trabalhando no sentido de fazer valer o que o acordo marco firmado com o BB prevê para todas as Américas: o direito de os bancários se organizarem em sindicatos, se associarem e estabelecerem negociações coletivas para melhorar as condições de trabalho", destaca Carlos Cordeiro.

"A nossa participação foi importante porque pudemos identificar, além do absurdo da falta de direitos mínimos que a categoria bancária tem no Brasil e em outros países com sindicatos organizados, que existem ainda diferenças entre os próprios funcionários do BB nos Estados Unidos e nós vamos lutar juntos com a CWA e os trabalhadores norte-americanos para resolver essa situação", salienta o presidente da Contraf-CUT. "Além de prestar a solidariedade dos brasileiros, levamos ousadia e esperança para organizar a luta dos bancários nos EUA".

"A luta de classes não tem fronteiras. Nós enfrentamos os conglomerados financeiros globais que estão destruindo a economia real dos países e liderando a destruição dos direitos dos trabalhadores do mundo. Os bancários brasileiros organizados na Central Única dos Trabalhadores (CUT) sempre estiveram à frente de grandes projetos da classe trabalhadora. Agora não é diferente, estamos levando nossa experiência, solidariedade e energia na unidade, para que os bancários americanos consigam construir sua representação sindical organizando, sindicalizando e negociando novos direitos para os trabalhadores do setor financeiro. Isso será importante pra todos nós no restante do mundo", afirma William.

Também participou da manifestação o diretor regional da UNI Américas Finanças, André Rodrigues.

Conferência da CWA


Os brasileiros também participaram de uma conferência mundial de trabalhadores em call center, na sexta-feira (14), em Orlando. Fizeram parte do encontro os bancários da UNI e a CWA, sindicato que congrega 700 mil trabalhadores operadores de call center dos Estados Unidos.

Junto com outros representantes da América do Sul, África, Ásia e Europa, os brasileiros apresentaram as conquistas dos bancários, frutos da organização sindical com unidade e mobilização.

A luta é de todos


O impacto devastador da crise de 2008 sobre a sociedade em geral faz o movimento ir além da categoria bancária e abarcar toda a classe trabalhadora nos EUA. Segundo o diretor executivo da organização NY Comunities for Change - cuja tradução seria "Comunidades de Nova Iorque para a Mudança" - Jonathan Westin, "os bancos foram salvos e nós fomos colocados para fora".

"Para parar os lobos, precisamos construir uma casa forte: nosso sindicato". Essa era a frase que se via nas faixas erguidas pelos trabalhadores em Wall Street e nas postagens na internet, em referência à história infantil e ao especulador ambicioso do filme O Lobo de Wall Street, dirigido por Martin Scorcese. 

Fonte: Contraf-CUT com UNI Finanças e Seeb São Paulo (correções do Blog)

18.2.14

Trabalhadores unidos em Nova Iorque - Better Banks for People! People for Better Banks!






Nueva York es la Capital de la Finanza del Mundo - entonces, ¿por qué los trabajadores bancarios reciben un trato peor que en otros países del mundo?


El Committee for Better Banks (CBB), el Communication Workers of America (CWA) y UNI Finanzas Global Union (UNI) han unido sus fuerzas para hacer campaña por mejores condiciones de trabajo para los trabajadores de la finanza en Estados Unidos y en el mundo entero.


La delegación ha organizado un día de acción el 18 de febrero en la Ciudad de Nueva York para resaltar las desigualdades y las injusticias fundamentales que enfrentan los trabajadores de la finanza estadounidenses, reuniendo a trabajadores bancarios del mundo entero en una marcha a Wall Street mostrando su solidaridad por la causa de los empleados desprotegidos de Estados Unidos.


Según un informe del Committee for Better Banks, hay dos sectores bancarios. La riqueza y el poder descomunales de Wall Street se evidencia en los aumentos salariales de los CEO, como Jamie Dimon, quien en 2013 recibió un aumento salarial del 74% acercando su salario a los $ 20 millones, después de haber sido multado con $20 mil millones por cargos normativos y penales. Entretanto, el salario medio de los trabajadores bancarios es tan bajo que casi un tercio de los cajeros bancarios en América percibe algún tipo de ayuda pública. Más de un tercio de los cajeros vive en el nivel de pobreza o por debajo de él, a diferencia de los ejecutivos de Wall Street.


UNI Finanzas Global Union dice que los trabajadores bancarios estadounidenses no han podido expresar su derecho a organizarse juntos en un sindicato. Esto significa que los empleados no tienen voz y no pueden negociar colectivamente salarios justos y mejores condiciones de trabajo.





¿Que pueden hacer ustedes? ¿Qué podemos hacer juntos?


1. Compartir el informe sobre los trabajadores bancarios en Estados Unidos con afiliadas concernidos en su región, miembros concernidos en su sindicato, bancos a los que apuntan y que también tienen una sucursal en Estados Unidos


2. Si están en Nueva York, participen en la manifestación el 18/02 a las 10.00 (hora de Nueva York) ante el Citibank -388 Greenwich Street en Wall Street


10.00 Manifestación ante el Citibank - 388 Greenwich Street sur Wall Street
11.00 Eventos de prensa con trabajadores del mundo entero
11.45 Visita de sucursales bancarias y contactos con trabajadores americanos


3. Si están en otro lugar, participen en el Día de Acción Mundial a través de los medios sociales:


Opción 1: Tómense una foto, o de un colega/trabajador bancario con un letrero indicando las prestaciones que tienen y que los trabajadores estadounidenses no tienen, y compártanla en Facebook
(www.betterbanks.org 

o Twitter utilizando #BetterBanks


- Por ejemplo: Una foto suya con un cartel diciendo" En Suecia son 6 meses de licencia de paternidad remunerada"- pónganla en Twitter
Con el mensaje Tweet "Los trabajadores bancarios de Estados Unidos merecen los mismos derechos y mejores condiciones de trabajo #BetterBanks "


Opción 2: Enviar un mensaje de solidaridad a los trabajadores bancarios de Estados Unidos en Twitter utilizando #BetterBanks @UNI- de ser posible háganlo el 18/02 a las 10.00 hora de NY(16.00 CET)


Se publicará un comunicado de prensa el 18 de febrero de 2014.


¡Muchas gracias a todas las afiliadas de UNI que han contribuido al Informe y gracias por su apoyo en ese día! 



Página:

http://www.uniglobalunion.org/es/sectors/finance/noticias





14.1.14

Contraf-CUT and CWA launches bilingual magazine for Banco do Brasil workers in the US


(Comentário: logo abaixo vem a matéria em português)



Published in Portuguese and in English, it highlights the first meeting with Banco do Brasil in the U.S.
The Communication Workers Union of America ( CWA ), which represents over 700,000 workers in various service sectors in the United States, Canada and Puerto Rico, is distributing a new bilingual English edition of the magazine “O Espelho / The Mirror”  for Banco do Brazil employees in the United States.
The Portuguese edition is already available for Brazilian bank workers’ unions to be delivered to employees of BB in Brazil.
The bilingual publication is part of an international campaign, which aims to start a process of unionization of American bank workers, a sector that does not have unions in that country.
The four-page magazine, like the first publications released in February and September 2013, was edited by Contraf-CUT in partnership with UNI Global Union, CWA and Bank Workers Union of São Paulo.
First meeting with BB in the U.S.The main focus of the publication is the first meeting between Banco do Brasil and the international trade union movement, which took part in New York on December 5. The meeting was requested by UNI Americas and its affiliated unions organizations, including Contraf- CUT and Bank Workers Union of São Paulo, to strengthen the Global Framework Agreement renewed with BB in 2013. CWA representatives also attended the meeting.

“This meeting is a historic milestone because it is the first time we meet with the bank's management in the United States, as a result of the Global Framework Agreement. We are supporting American workers’ union organization so that we they create unions in the US banking sector because this is the best way to improve their collective and social rights, “stated Carlos Cordeiro, president of Contraf-CUT and of UNI Americas Finance.

For the secretary of union education of Contraf-CUT and coordinator of the National Committee of BB Workers in Brazil “the best way to solve conflicts inherent to capital-labor relation is through collective bargaining with labor unions. It is the modern way of defining labor and social rights. Companies that claim to have social responsibility must respect both national labor principles and rights and international conventions".

The president of Bank Workers Union of São Paulo, Juvandia Moreira, highlighted the process of collective bargaining in Brazil with the federation of banks, the employers’ organization, and the gains achieved through struggles and strikes of Brazilian bank workers in the last decades. The CWA Representatives explained how union organization takes place in the US and talked about the difficulties they are facing to have access to BB workplaces in the country.

Mobilization and achievements in Brazil

The magazine also points out that, thanks to the courage of the banking sector working class, to strong mobilization and national unity, Brazilian bank workers held in 2013 the largest strike in more than 20 years, gaining real wage increase for the tenth year in a row (salary increase over the annual inflation rate), higher increase in the sector wage floors, improvement in the profit share (PLR) schemes and important economic and social gains.
Besides the National Collective Bargaining Agreement, which covers all Brazilian bank workers, Banco do Brasil employees’ participation in the campaign was a remarkable one. They got extra achievements in their additional agreement on specific issues in the bank, mainly in relation to career progress, social rights and protection from bullying. And the bank will hire over three thousand employees until August 2014, as well as it will promote hundreds as bank tellers (those holding temporarily the position). Just to mention some of the agreement clauses.

The right to organize in the US

Another important issue in the magazine is the union organization of American bank workers. The Committee for Better Banks released a report in December exposing the low wages and difficult working conditions of front-line bank workers.
The report found that 39 percent of bank tellers were paid so little, they had to seek public assistance. The report garnered widespread national press coverage.  
CWA has been working in alliance with the Brazilian unions to help U.S. based workers build their own organization.The union is the most important tool that workers have to defend their rights.
Source: Contraf-CUT


UNI Sindicato Global destaca revista bilíngue aos bancários do BB nos Estados Unidos

Dirigentes sindicais brasileiros e norte-americanos se reuniram com BB

O lançamento da nova edição bilíngue em inglês da Revista O Espelho/The Mirror aos funcionários do Banco do Brasil nos Estados Unidos foi notícia de destaque nesta segunda-feira (12) no site da UNI Sindicato Global, a qual é filiada a Contraf-CUT. A publicação está sendo distribuída aos bancários norte-americanos pelo Sindicato dos Trabalhadores em Comunicações da América (CWA), que representa mais de 700 mil trabalhadores de vários segmentos de serviços dos Estados Unidos, Canadá e Porto Rico.

Clique aqui para ler a notícia em diversas línguas no site da UNI.

A revista possui quatro páginas e, a exemplo das primeiras publicações em fevereiro e setembro de 2013, foi editada pela Contraf-CUT em parceria com a UNI Sindicato Global, a CWA e o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região.

A publicação bilíngue integra uma campanha internacional, que visa deflagrar o processo de sindicalização dos bancários norte-americanos, categoria que não possui sindicatos naquele país.


Primeira reunião com BB nos EUA


O principal destaque da publicação é a primeira reunião entre o Banco do Brasil e o movimento sindical internacional, que ocorreu no último dia 5 de dezembro, em Nova Iorque. O encontro foi solicitado pela UNI Américas e suas entidades sindicais filiadas, entre elas a Contraf-CUT e o Sindicato de São Paulo, para fortalecer o Acordo Marco Global renovado com o BB em 2013. Também participaram representantes da CWA.

"Esse encontro é um marco histórico, pois é a primeira vez que nos reunimos com a direção do banco nos Estados Unidos, fruto do Acordo Marco Global. Nós estamos apoiando a organização sindical junto aos trabalhadores americanos para criarmos os sindicatos de bancários nos EUA porque essa é a melhor forma de se aumentar os direitos coletivos e sociais", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e da UNI Américas Finanças.

Para o secretário de formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, William Mendes, "a melhor maneira de resolver os conflitos inerentes à relação capital/trabalho é por meio de negociação coletiva com sindicatos de trabalhadores. É a forma moderna de se contratar direitos trabalhistas e sociais. As empresas que afirmam ter responsabilidade social devem respeitar os princípios e direitos laborais nacionais e das convenções internacionais".

A presidenta do Sindicato de São Paulo, Juvandia Moreira, frisou o processo de negociação coletiva no Brasil com a Fenaban e os avanços conquistados com lutas e greves dos bancários brasileiros em décadas de mobilizações. Os representantes da CWA explicaram no encontro como são os modelos de organização sindical nos EUA e abordaram as dificuldades que estão enfrentando para ter acesso aos bancários do BB naquele país.


Fonte: Contraf-CUT

6.1.14

Contraf-CUT e CWA lançam revista bilíngue aos bancários do BB nos EUA


Publicação em português e inglês destaca
1ª reunião com BB nos EUA.


O Sindicato dos Trabalhadores em Comunicações da América (CWA), que representa mais de 700 mil trabalhadores de vários segmentos de serviços dos Estados Unidos, Canadá e Porto Rico, está distribuindo a nova edição bilíngue em inglês da Revista O Espelho/The Mirror aos funcionários do Banco do Brasil nos Estados Unidos. 

A edição em português já está disponível aos sindicatos para ser entregue aos trabalhadores do BB em todas as unidades do Brasil. Também continua sendo distribuída aos bancários brasileiros do BB a última edição da Revista O Espelho com o balanço da Campanha Nacional 2013.


Veja também no site da Contraf a última edição de O Espelho.

A publicação bilíngue integra uma campanha internacional, que visa deflagrar o processo de sindicalização dos bancários norte-americanos, categoria que não possui sindicatos naquele país.

A revista possui quatro páginas e, a exemplo das primeiras publicações em fevereiro e setembro de 2013, foi editada pela Contraf-CUT em parceria com a UNI Sindicato Global, a CWA e o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região. 


Primeira reunião com BB nos EUA


O principal destaque da publicação é a primeira reunião entre o Banco do Brasil e o movimento sindical internacional, que ocorreu no último dia 5 de dezembro, em Nova Iorque. O encontro foi solicitado pela UNI Américas e suas entidades sindicais filiadas, entre elas a Contraf-CUT e o Sindicato de São Paulo, para fortalecer o Acordo Marco Global renovado com o BB em 2013. Também participaram representantes da CWA.

"Esse encontro é um marco histórico, pois é a primeira vez que nos reunimos com a direção do Banco nos Estados Unidos, fruto do Acordo Marco Global. Nós estamos apoiando a organização sindical junto aos trabalhadores americanos para criarmos os sindicatos de bancários nos EUA porque essa é a melhor forma de se aumentar os direitos coletivos e sociais", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e da UNI Américas Finanças.

Para o secretário de formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários BB, William Mendes, "a melhor maneira de resolver os conflitos inerentes à relação capital/trabalho é por meio de negociação coletiva com sindicatos de trabalhadores. É a forma moderna de se contratar direitos trabalhistas e sociais. As empresas que afirmam ter responsabilidade social devem respeitar os princípios e direitos laborais nacionais e das convenções internacionais".

A presidenta do Sindicato de São Paulo, Juvandia Moreira, frisou o processo de negociação coletiva no Brasil com a Fenaban e os avanços conquistados com lutas e greves dos bancários brasileiros em décadas de mobilizações. Os representantes da CWA explicaram no encontro como são os modelos de organização sindical nos EUA e abordaram as dificuldades que estão enfrentando para ter acesso aos bancários do BB naquele país.


Mobilizações e conquistas no Brasil


A revista destaca também que, graças à ousadia da categoria, à força da mobilização e à unidade nacional, os bancários brasileiros realizaram em 2013 a maior greve em mais de 20 anos, arrancando aumento real de salário pelo décimo ano consecutivo, valorização ainda maior dos pisos, melhoria na PLR e importantes avanços econômicos e sociais.

Além da convenção coletiva, que vale para todos os bancários brasileiros de bancos públicos e privados, os funcionários do BB realizaram uma de suas campanhas mais engajadas dos últimos anos em 2013, conquistaram ainda outros avanços no acordo aditivo sobre as questões específicas do Banco, principalmente em relação à carreira, aos direitos sociais e à proteção contra o assédio moral. E o Banco vai contratar mais 3 mil bancários até agosto de 2014, bem como efetivará centenas de caixas executivos, dentre outros itens.


O direito de se organizar nos EUA


Outro destaque da revista é a luta pela organização sindical dos bancários nos EUA. O Comitê por Melhores Bancos (Committee for Better Banks), um grupo de entidades civis que defendem trabalhadores, clientes e usuários de bancos nos Estados Unidos, divulgou um relatório em dezembro de 2013, revelando os baixos salários e as péssimas condições de trabalho dos bancários que atuam na linha de frente dos bancos. 

O diagnóstico mostra que 39% dos caixas recebiam salários tão baixos que tinham que procurar ajuda do governo, por meio de programas sociais. O documento ganhou ampla cobertura na imprensa americana.

A CWA está trabalhando em aliança com os sindicatos brasileiros para ajudar os bancários americanos na construção de sua própria organização. O sindicato é o instrumento mais importante que os trabalhadores têm para defender os seus direitos.


Fonte: Contraf-CUT

16.12.13

Michelle Bachelet é eleita presidenta do Chile com 63% dos votos


Michelle Bachelet é reeleita. Imagem: Creative Commons.

A socialista Michelle Bachelet foi eleita presidenta do Chile no domingo (15). Ela obteve 63% dos votos no segundo turno, derrotando a adversária Evelyn Matthei, que representa a aliança de centro-direita. Matthei, que foi candidata do atual governo, teve 38% dos votos.

Com a vitória, Bachelet é a primeira mulher eleita e reeleita para a Presidência do Chile. Ela governou o país de 2006 a 2010, deixando o lugar para o atual presidente, Sebastián Piñera. Pela legislação chilena, os presidentes não têm direito a dois mandatos consecutivos.

Piñera telefonou a Bachelet para dizer que vai cooperar com ela durante os últimos três meses de seu mandato. Bachelet assume em março e o maior desafio será fazer as reformas que prometeu - entre elas, a da Constituição, herdada da ditadura militar.

Apesar de ter conseguido maioria no Congresso, ela não tem votos suficientes para fazer todas as mudanças que quer e terá que negociar com a oposição. A atual Constituição (que só pode ser alterada com o apoio de dois terços dos legisladores) limita a atuação dos políticos e a ingerência do Estado na economia, que foi privatizada durante o regime militar de Augusto Pinochet.

Bachelet quer fazer uma reforma tributária para aumentar os impostos às empresas e aos mais ricos, obtendo assim recursos para financiar as reformas sociais, entre elas a do sistema educacional. Estudantes do ensino médio e das universidades paralisaram o Chile com protestos em 2011 e 2012, exigindo educação gratuita e de qualidade para todos. As manifestações foram apoiadas por oito de cada dez chilenos.

No Chile, as universidades são todas pagas (inclusive as públicas) e quem não tem dinheiro para financiar os estudos pode pedir empréstimo, mas termina a carreira endividado. Existem escolas de ensino médio gratuitas, mas são de má qualidade porque o governo prefere subsidiar instituições privadas, para que possam cobrar mensalidades baratas e oferecer uma educação de alto nível à população de baixa renda. Os donos dos colégios nem sempre usam o dinheiro do Estado para esse fim.

Nas eleições legislativas, que coincidiram com o primeiro turno em novembro passado, Bachelet conquistou o apoio de 20 dos 38 senadores e de 57 dos 120 deputados federais. Com isso, ela pode aprovar a reforma tributária. Mas para fazer a reforma da educação, precisa de quatro sétimos dos votos (52) do Congresso (22 senadores e 69 deputados federais).

Fonte: Agência Brasil


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Post Scriptum (24/6/18):

Ao rever postagens no Facebook (em 16 de dezembro de 2013), vi que compartilhei as dores e sofrimentos a respeito da morte prematura de pessoas com uma dirigente sindical dos Estados Unidos, Anne, que conheci quando estive lá por duas vezes, contribuindo para a organização dos trabalhadores americanos.

Ela tem um blog onde escreve de vez em quando suas reflexões.

Escrevi a ela na ocasião em que perdeu amigos em acidente automobilístico: "I'm sorry for such a tragedy, my friend.

This weekend really was not good for me too. My wife and I lost a young friend, the daughter of the owner of the school where my wife works. My wife was the first teacher of the little girl and taught her the first letters.

The girl was 24 and could not stand dealing with the illness of depression, one of the greatest evils of contemporary society.

Life is full of surprises, good and bad. We have to keep fighting for a better world.

In solidarity,

William Mendes (Contraf-CUT)"


e ela respondeu:

"Hi William - Thanks so much for your post. So much tragedy and heartache, but yet in the midst of it we find the courage to fight on for a better world. I could not have said it better than you did. I'm sorry for your loss as well and thankful to count you as a brother in a global struggle. In Solidarity,"

28.10.13

BB: banco público cada vez mais privado e estrangeiro. Bom pra quem?


A decisão anunciada pelo governo federal na última quinta-feira, de aumentar de 20% para 30% a participação estrangeira no capital do Banco do Brasil só colabora para que o Banco se afaste mais um pouco de seu papel de empresa pública voltada para os interesses da população brasileira.

Vender ações significa vender fatias de controle e poder de decisão sobre as políticas do Banco. O governo federal detém mais de 50% do capital e teoricamente controla o BB, indica a maioria dos membros de seu Conselho de Administração e define as estratégias, investimentos e políticas do Banco. Mas esse controle ficará cada vez mais ameaçado. Com uma fatia tão expressiva de capital, os investidores estrangeiros reivindicarão a presença de seus representantes no mais alto órgão de administração do Banco, como fizeram recentemente com a Petrobrás. Farão isso para defender os seus próprios interesses, e não os interesses nacionais.

É previsível que os acionistas e fundos de investimentos sediados em outros países vão cobrar cada vez mais da direção do Banco o estabelecimento de políticas que objetivem somente lucro e resultado a qualquer custo. O investidor estrangeiro deseja valorizar suas ações, arrecadar dividendos cada vez maiores e transferir esse dinheiro para suas contas no exterior. Se houver investimento mais rentável em qualquer outro canto do mundo, não pensarão duas vezes em vender sua participação no BB e migrar para lá.

Não por acaso, muitos dos fundos que investem em empresas dos países em desenvolvimento como o Brasil são chamados de fundos abutres. Imitam as aves de rapina que descem das alturas, atacam e comem órgãos, músculos e proteínas, deixando somente os ossos e as carcaças queimando ao sol.

Dirão os defensores da venda do BB a estrangeiros que o capital será pulverizado e que não há como os acionistas se juntarem para controlar fatias do Banco. Lembramos, em contraponto, que os abutres se juntam em bandos para atacar. Assim farão os capitalistas estrangeiros - somarão suas fatias para enfrentar o governo federal e os interesses soberanos do Brasil.

Se os estrangeiros tivessem um poder maior, o BB teria tido a atuação anticíclica de emprestar grandes volumes de dinheiro e turbinar a economia para tirar o Brasil da crise mundial de 2008? Teria puxado o movimento de redução das taxas de juros e do spread bancário, barateando o crédito para empresas e pessoas físicas, tirando milhões de clientes dos bancos privados? Ou estaria fazendo a política de alguns bancos privados, que combatem as políticas de incentivo à economia, feitas pelo governo por intermédio dos bancos públicos?

Tão relevante quanto essas questões é o inferno das relações de trabalho. O BB, que um dia foi uma boa empresa para se trabalhar, está piorando dia a dia. Os funcionários não aguentam mais tanta pressão por metas, mudança diária nas estratégias e falta de orientações claras da direção. Os trabalhadores se sentem desrespeitados diariamente. Infelizmente, o aumento da participação estrangeira tende a piorar esse quadro, pois a cobrança por metas e resultados só vai crescer, uma vez que o investidor externo sempre vai querer mais para valorizar seu capital.

Por tudo isto, a Contraf-CUT se posiciona de maneira clara contra a decisão de aumentar a participação estrangeira no capital do BB.

O Banco do Brasil é uma empresa pública e deve atender aos interesses da população brasileira e não aos interesses dos investidores estrangeiros.

A Contraf-CUT