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26.10.15

21º dia de greve - Bancários do BB avaliarão em assembleias proposta específica




COMENTÁRIOS DO BLOG:

Olá companheir@s, amig@s e colegas do Banco do Brasil,

Após 3 semanas de greve (21 dias), os colegas vão apreciar nas assembleias desta segunda-feira 26 as propostas da Fenaban (mesa geral CCT) e as propostas específicas da direção do BB (ACT).

Vejo na proposta específica, questões importantes para a cesta de direitos dos funcionários. 

Eu só lamento que a direção do BB e o Governo não tenham incluído para avaliação dos bancários propostas para a questão do déficit do Plano de Associados (sustentabilidade da Cassi). O plano de saúde dos funcionários da ativa e aposentados apresentou em 2014 déficit de 177 milhões e tem previsão de fechar o ano de 2015 com mais de 200 milhões de déficit, consumindo as reservas livres do Plano. Para 2016, a previsão de déficit é maior ainda, podendo chegar a 300 milhões. Sem aportes por parte do patrocinador BB, as partes envolvidas - associados, entidades representativas, eleitos na Cassi e Banco - terão que negociar medidas nos próximos dias.

Sei que os sindicatos cobraram e sei que a direção do BB e Governo não se sensibilizaram para um problema que eles têm responsabilidade na gestão da Cassi, porque estão lá com seus indicados na Direção e nos Conselhos, de forma paritária, e não encaminharam as obrigações definidas por todos em 2007 - associados e Banco -, inclusive com aporte específico de 300 milhões à época, para aprofundar o modelo assistencial de Atenção Integral à Saúde com CliniCassi e Estratégia Saúde da Família (ESF) para o conjunto dos participantes, que traria melhores perspectivas no uso dos recursos fixos do plano de saúde dos funcionários.

De minha parte, como representante eleito pelos associados na Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento (justamente a diretoria responsável pelas CliniCassi e pela ESF), estarei no instante seguinte ao final da campanha dos bancários 2015, trabalhando da mesma forma que já estamos fazendo para seguir nos objetivos de avançar no Modelo Assistencial, definido por TODOS desde 1996 e ainda não estendido para o conjunto dos mais de 700 mil participantes dos planos de saúde da Cassi.

Boa assembleia a tod@s e a luta continua SEMPRE! Sigo à disposição dos associados e de suas entidades representativas.

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi (eleito)


(Matéria da Contraf-CUT de 24/10/15, sábado)


Proposta foi apresentada neste sábado (24), em São Paulo.

Funcionários do Banco do Brasil conquistam reivindicações específicas

O Comando Nacional orienta aprovação da proposta nas assembleias que serão realizadas em todo o Brasil



A proposta específica apresentada pelo Banco do Brasil ao Comando Nacional dos Bancários, assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (COE BB), neste sábado (24), traz respostas para vários segmentos dentro Banco. A orientação do Comando Nacional é que seja analisada em seu conjunto como avanço dentro do funcionalismo.

Segurança nas portas giratórias, o compromisso de o BB pagar a PLR dos cedidos na Cassi, que traz economia para nossa Caixa de Assistência, itens de isonomia para oriundos de bancos incorporados e inclusão de caixas, escriturários e atendentes de SAC e CABB podendo conquistar bolsa de graduação são alguns dos destaques da proposta.

Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, destacou que os temas dos grupos de trabalho com prazo de início e fim e com relatório de conclusão serão de extrema importância para a categoria. “Nós trataremos de ascensão profissional, prevenção de conflitos e saúde do trabalhador. Estes grupos de trabalho são uma conquista, pois além dos temas base, em um deles debateremos o fim dos códigos de greve para evitar a pressão sobre os funcionários diante do direito de reivindicar”, explicou.

“A greve no BB foi fundamental para conseguirmos romper a intransigência dos bancos e conseguirmos aumento sem perda, além de romper uma lógica de desconto dos dias parados. Este ponto foi tratado com grande cuidado pelo Comando, pois entendemos o grande esforço dos grevistas que sustentaram a nossa pressão nas mesas de negociação”, completou Wagner Nascimento.

As horas negativas que poderão ser convertidas em abono não se referem a horas de greve. Estas terão sistema de compensação específico.

Por todo o conjunto de propostas apresentadas pelo Banco, a manutenção do modelo de PLR e ainda a proposta de reajuste conquistada na luta pelas bancárias e pelos bancários de todo o Brasil, o Comando Nacional orienta a aprovação da proposta.


Proposta PLR – Principais exemplos

Cargo............................... Quantidade de salários

Primeiros gestores........................... 1,86

Demais gestores............................... 1,59

Primeiro nível assessoramento UE.... 1,59

Gerência média................................. 1,56

Demais analistas e assessores.......... 1,56

Comissionados, FG e FC (plenos)...... 1,48


Valores Fixos

Escriturário.................................. 4.952,94

Caixa executivo............................ 5.420,74


Proposta completa das reivindicações (propostas) específicas Banco do Brasil

Clausuladas:

- Será permitido o provimento transitório das funções de Gerente de Relacionamento e Gerente de Serviços em Unidades de Negócios nos casos de ausência por licença-saúde a partir do 61º dia de afastamento consecutivo.

- Aumentar em 20% o valor do auxílio-creche-dependentes com deficiência a partir da constatação da deficiência.

- Serão estendidos aos funcionários egressos de Bancos incorporados optantes pelo regulamento de pessoal do Banco os seguintes benefícios:

- Perícia Odontológica (PAS)

- Deslocamento para tratamento de saúde no País (PAS)

- Doação ou recepção de órgãos e tecidos – transplante (PAS)

- Remoção táxi aérea (PAS)

- Licença para acompanhar pessoa enferma da família (Lapef)

- Será concedida aos funcionários que exercem a função atendentes no SAC a prerrogativa do prazo de carência de 1 ano para a concorrência à remoção e nomeação via TAO.

- O saldo de horas não trabalhadas correspondente ou superior a uma jornada de trabalho poderá ser compensado com a utilização de folgas e abonos.

- A ausência autorizada de um dia útil por ano para acompanhamento em internação hospitalar de cônjuge, companheiro(a), inscritos no Banco ou no INSS, filho e pais, poderá ser utilizada em horas, observada a jornada de trabalho praticada na data da assinatura do ACT.

- As ausências autorizadas de dois dias úteis por ano para acompanhar filho ou dependente, menores de 14 anos a consulta/tratamento médico-odontológico, poderão ser utilizadas em horas, observada a jornada de trabalho praticada na data da assinatura do ACT.

- As ausências autorizadas de dois dias úteis por ano para acompanhar o filho ou dependente com deficiência em consulta/tratamento médico-odontológico, poderão ser utilizadas em horas, observada a jornada de trabalho praticada na data da assinatura do ACT.

- O Banco facultará a ausência de funcionários eleitos, que não sejam representantes sindicais de base ou dirigentes sindicais, limitado a 60 funcionários por ano, para a participação do Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil e da Contraf-CUT.

- Será permitida a utilização das ausências do representante sindical de base eleito para participação no evento da posse.

- Serão instituídas mesas temáticas sobre ascensão profissional, prevenção de conflitos, resultados do PCMSO, e saúde no trabalho com o prazo de 120 dias para a conclusão a partir da data de instalação.

- Oferta de 4 mil bolsas de estudo para cursos de graduação, destinadas aos funcionários não graduados, mediante processo seletivo a ser lançado em 2016, observados critérios e procedimentos a serem publicados nas Instruções Normativas Corporativas.

- As novas agências do Banco do Brasil, aquelas que forem relocalizadas e as que passarem por reformas de grande vulto serão dotadas de equipamento de detecção de metais, exceto quando forem consideradas de baixo risco pela área competente do Banco.

- Não será exigida a trava de relacionamento (365 dias) para nomeações até o final de 2015.

- Os funcionários cedidos à Cassi serão incluídos no ACT-PLR.

- Ressarcimento dos custos com inscrição para a prova de Certificação legal CPA para os escriturários, caixas executivos e atendentes (SAC e CABB). O ressarcimento se dará a partir de janeiros de 2016, mediante o atendimento das seguintes condições, cumulativamente:

- Não ter certificação legal vigente CPA-10 e CPA-20

- Ter concluído com aprovação o curso de capacitação para a CPA-10 disponibilizado no Portal UniBB (código Educa 2983), previamente à aprovação na Certificação legal, mediante registro no cadastro de formação profissional

- Apresentar o requerimento de ressarcimento em até 45 dias após a aprovação na certificação legal, conforme definição em normativo específico.


- Benefício – Gestação Alto Risco: abonar horas para a realização de até 4 consultas e exames por mês e autorizar adição como escriturária no interesse da funcionária, mediante indicação médica.

- Oportunidades para funcionários de PSO: implementar ações de integração entre PSO e agências que abrangem oportunidades de capacitação, adição cruzada entre escriturários, revisão de parâmetros TAO e estágios.


Fonte: Contraf-CUT



Post Scriptum (27/10/15):

Os bancários e bancárias do BB em assembleias pelo país, aprovaram a proposta específica da direção do Banco e encerraram a greve e a Campanha Nacional dos Bancários de 2015.

21º dia de greve - bancários avaliarão em assembleias proposta da Fenaban


(Matéria da Contraf-CUT)


Para Comando Nacional, proposta é resultado da
grande luta feita pela categoria. Foto: Elaine Cunha.

Greve conquista reajuste de 10% em salários, PLR e pisos e 14% para os vales. Comando orienta aceitação da proposta em assembleia

Proposta da federação dos bancos será votada em assembleias na segunda-feira (26) e prevê entre 63% e 72% de anistia dos dias parados


A Fenaban procurou o Comando Nacional dos Bancários, que estava em plantão neste sábado (24), para apresentar uma proposta global de encerramento da Campanha Nacional 2015. Além dos reajustes de 10% para os salários, para a PLR e para o piso e o de 14% para os vales refeição e alimentação, já ofertados na sexta-feira (23), os banqueiros aceitaram abonar 63% das horas dos trabalhadores de 6 horas, de um total de 84 horas, e 72% para os trabalhadores de 8 horas, de um total de 112 horas.

Serão considerados para efeito de compensação os dias de paralisação de 6 de outubro a 26 de outubro de 2015. Assim, um dia após a assinatura do acordo, os trabalhadores compensariam, no máximo, uma hora por dia útil, até o dia 15 de dezembro. De acordo com a Fenaban, a proposta só é válida até segunda-feira.

A nova proposta da Fenaban, apresentada no 19º dia da greve, significa a manutenção do modelo que vinha sendo colocado em prática nos últimos anos, de reposição integral da inflação mais aumento real e abono parcial dos dias parados. Na proposta inicial, que levou os bancários à greve, os banqueiros se negavam até mesmo a repor a inflação do período e tentaram reconstruir um modelo ultrapassado de abono salarial.

“Os banqueiros tentaram impor uma derrota a categoria, inicialmente com um reajuste abaixo da inflação. A greve reverteu essa tentativa. Depois, a Fenaban queria, para punir os grevistas, o pagamento ou a compensação total das horas. Mais uma derrota para os bancos. Foi uma surpreendente vitória da unidade e da determinação da nossa categoria. Sem a forte greve que fizemos não teria sido possível!”, comemorou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional.

Para Juvandia Moreira, vice-presidenta da Contraf-CUT e uma das coordenadoras do Comando, em meio a um cenário de crise econômica e aumento do desemprego, a luta dos trabalhadores conseguiu derrotar os banqueiros. “Esse resultado foi alcançado graças à pressão dos trabalhadores, que não podem ser punidos pelo seu direito à mobilização”, afirmou a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Comando. “A proposta apresentada representa mais um ano em que os bancários conseguirão garantir seu poder de compra. Estamos num ano de recessão, não crescimento, desemprego maior, com categorias fechando acordos até abaixo da inflação. Diante desse cenário, a luta dos bancários representa uma vitória contra os bancos que queriam impor perdas à categoria”, ressaltou a dirigente.

Em razão desta conquista, o Comando Nacional orienta os sindicatos a realizarem assembleias na segunda-feira (26) e indica a aceitação da nova proposta, que garante aumento real de salário pelo décimo segundo ano consecutivo. Até lá, a greve continua.


Comando Nacional dos Bancários orienta aprovação da proposta da Caixa. Leia aqui

Funcionários do Banco do Brasil conquistam reivindicações específicas. Leia aqui

PCR maior, além da PLR no Itaú. Leia aqui

Gratificação de R$ 3 mil aos bancários do HSBC. Leia aqui


Saúde – Os bancos apresentaram um termo de entendimento a ser assinado entre os seis maiores bancos e o movimento sindical bancário com mesas específicas para tratar de ajustes na gestão das instituições de modo a reduzir as causas de adoecimento e afastamento. As comissões de empresa acompanharão para garantir a melhoria das condições de trabalho.


A nova proposta da Fenaban

Reajuste: 10%.

Pisos: Reajuste de 10%.

- Piso de portaria após 90 dias: R$ 1.377,62

- Piso de escriturário após 90 dias: R$ 1.976,10

- Piso de caixa após 90 dias: R$ 2.669,45 (que inclui R$ 470,75 de gratificação de caixa e R$ 222,60 de outras verbas de caixa).

PLR regra básica: 90% do salário mais valor fixo de R$ 2.021,79, limitado a R$ 10.845,92. Se o total apurado ficar abaixo de 5% do lucro líquido, será utilizado multiplicador até atingir esse percentual ou 2,2 salários (o que ocorrer primeiro), limitado a R$ 23.861,00.

PLR parcela adicional: 2,2% do lucro líquido distribuídos linearmente, limitado a R$ 4.043,58.

Antecipação da PLR até 10 dias após assinatura da Convenção Coletiva: na regra básica, 54% do salário mais fixo de R$ 1.213,07 limitado a R$ 6.507,55. Da parcela adicional, 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre, limitado a R$ 2.021,79. O pagamento do restante será feito até 01 de março de 2016.

Auxílio-refeição: de R$ 26 para R$ 29,64 por dia.

Cesta-alimentação: de R$ 431,16 para R$ 491,52.

13ª cesta-alimentação: de R$ 431,16 para R$ 491,52.

Auxílio-creche/babá: de R$ 358,82 para R$ 394,70 (para filhos até 71 meses). E de R$ 306,96 para R$ 37,66 (para filhos até 83 meses).

Requalificação profissional: de R$ 1.227,00 para R$ 1.349,70.


Histórico

A entrega da minuta de reivindicações dos bancários aconteceu em 11 de agosto. A partir daí foram realizadas cinco rodadas de negociações. Em 19 de agosto, foi debatido emprego. Nos dias 2 e 3 os temas foram saúde, condições de trabalho e segurança. Em 9 de setembro, Igualdade de oportunidades. A rodada extra do dia 15 de setembro discutiu adoecimento da categoria. E, no dia 16 de setembro, remuneração.

No dia 25 de setembro, a Fenaban não só frustrou, como agiu de forma desrespeitosa com os bancários, ao apresentar uma proposta para a categoria, com um reajuste de 5,5% no salário, também na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche e abono de R$ 2.500,00

Depois de 16 dias de greve, no dia 20 de outubro, a Fenaban apresentou uma nova proposta, de 7,5% de reajuste. No dia seguinte, o índice foi de 8,75%. Ambos foram recusados na mesa.


Fonte: Contraf-CUT



Post Scriptum (27/10/15):

Os bancários e bancárias em assembleias pelo país, aprovaram a proposta da Fenaban e encerraram a greve e a Campanha Nacional dos Bancários de 2015.

23.10.15

Cassi BA - Seguimos debatendo a Caixa de Assistência e aguardando aportes


Mesa da VII Conferência de Saúde da Cassi Bahia.
Tivemos mais de 100 participantes. Foto: Sindicato

Olá companheir@s, amig@s e colegas do BB,

Saímos de Salvador no final desta quinta 22 e chegamos no início da madrugada a Aracaju para realizar nesta sexta 23 a Conferência de Saúde e cumprir uma agenda política e conhecer a Unidade Cassi SE. 

O dia de trabalho na Bahia foi muito positivo. Realizamos a VII Conferência de Saúde da Cassi BA com grande participação (129 pessoas) e debatemos a "Sustentabilidade da Cassi" e a questão das soluções possíveis.

Agradecemos novamente aos funcionários da Cassi, às entidades representativas como a Anabb e o Sindicato dos Bancários, que contribuíram e apoiaram inclusive financeiramente a minha ida ao Estado e a realização do evento. Agradecemos aos gestores do BB pela presença e pela concessão do espaço para a Conferência. E sobretudo agradecemos às lideranças das entidades representativas e do Conselho de Usuário e os bancários da ativa e aposentados.

O contexto da realização da Conferência foi especial, porque os bancários estão em greve. Eu tive o cuidado de consultar o Sindicato dos Bancários da Bahia e as lideranças para decidirmos juntos se adiávamos o evento ou se realizávamos porque a Cassi é parte importante da pauta específica dos funcionários do BB.


17º DIA DA GREVE E NEGOCIAÇÕES 2015 - MOMENTOS DECISIVOS E A CASSI

Os bancários e os sindicatos estão desde terça 20 em mesa com os banqueiros, aguardando que a Fenaban faça uma proposta decente com aumento real e demais itens da pauta da categoria. A negociação será retomada nesta sexta 9:30h.

Estamos também na expectativa das propostas da mesa específica do Banco do Brasil, que negociará com os sindicatos assim que sair a proposta geral da categoria na mesa da Fenaban em que o Comando Nacional decida que vai levar para a categoria avaliar.

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CASSI - Como representante eleito pelos trabalhadores na gestão da Caixa de Assistência dos Funcionários do BB também estou na expectativa de que a pauta sobre a Cassi seja abordada e tenha proposta na mesa específica.

A mobilização no Banco do Brasil e na categoria em geral tem sido muito boa nesta campanha e acredito que é possível avançar na questão dos aportes para a Cassi.

Fizemos o bom combate e o bom caminho desde que chegamos à Cassi. O patrocinador Banco do Brasil e seus indicados na gestão compartilhada da nossa entidade de saúde já abordavam a discussão do custeio do Plano de Associados com viés de passar a conta dos déficits toda para os associados, como se o Banco não tivesse nada que ver com o resultado deficitário da entidade que ele também administra.


DIRETORIA DE SAÚDE E REDE DE ATENDIMENTO - Nós contribuímos para criar alternativas à pauta única do patrão. Ajudamos a construir unidade nacional, viajamos o país de Norte a Sul, de Leste a Oeste, nas capitais e nos interiores, para levarmos o debate do modelo assistencial da Cassi. É minha tarefa trazermos de volta o debate do modelo assistencial de Atenção Integral à Saúde e a divisão de responsabilidade entre associados e Banco do Brasil na implantação do modelo definido desde 1996.

Sem os aportes por parte do BB à Cassi nestas mesas de negociação para finalizar a campanha dos bancários, todos, entidades representativas do funcionalismo e sindicatos, associados da ativa e aposentados e eleitos podem até voltar à mesa com o patrocinador depois da assinatura do ACT da data-base, mas a minha leitura como negociador por tantos anos em nome dos bancários é que temos pouca ou nenhuma perspectiva da direção do Banco aceitar propostas de nossa parte onerando a ele, patrão.

Ou estaremos debatendo as propostas que o Banco já apresentou e todas desagradam aos bancários, reduzem direitos, aumentam gastos dos associados e afirmo que inviabilizam o modelo assistencial porque têm viés financeiro e não se importam com a questão da promoção de saúde. E não adiantará não decidir nada, porque as reservas livres do plano de saúde dos funcionários caminham para o esgotamento e isso equivalerá a termos problemas econômicos e financeiros e suas consequências no Plano de Associados.

Vamos dormir um pouco para cumprirmos nossa agenda em Sergipe nesta sexta 23. Estou cansado pelas batalhas, mas a consciência está leve e tranquila.

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento


Post Scriptum (25/4/17):

Nossa aposta na luta contra as propostas do BB feitas internamente em 2014 e a do Fundo em maio de 2015 foi acertada porque conseguimos em setembro de 2016 uma proposta onde o Banco se comprometeu a aportar 23 milhões por mês até dezembro de 2019 junto com 1% mensal dos associados. O Banco cedeu e colocou quase um bilhão de recurso no Plano de Associados. Foi uma vitória importante e temos que registrar isso.

22.10.15

16º dia da greve: Fenaban insiste em proposta rebaixada. Comando rejeita e greve continua


(matéria sobre a greve dos bancários)


Negociação continua na quinta, 22, às 14h. Foto: Contraf-CUT.

O Comando Nacional dos Bancários voltou a reafirmar que espera negociar aumento real. A negociação continua na quinta-feira (22), às 14h


Em mais uma rodada de negociação com o Comando Nacional dos Bancários, na tarde desta quarta-feira (21), no hotel Maksoud Plaza, em São Paulo, a Fenaban apresentou uma proposta de reajuste salarial rebaixada, de 8,75%. Bem abaixo das reivindicações da categoria, a proposta foi rejeitada pelo Comando Nacional dos Bancários ainda na mesa e a greve continua.

O Comando Nacional reafirmou que quer negociar aumento real. De acordo com Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional, a mobilização e determinação da categoria em defender a reposição da inflação mais ganho real fez com que os banqueiros retomassem à mesa de negociação. “Isso já é um avanço. Mas, continuamos a orientar os sindicatos a manter a nossa unidade e forte mobilização. Para nos levar a uma proposta mais digna.”

A Fenaban não se comprometeu em debater sobre um novo índice antes de se reunir com os bancos. As negociações voltam nesta quinta-feira (22), às 14h, no mesmo local.

“A greve está forte e a expectativa dos bancários é uma proposta melhor. É importante a retomada das negociações e que ela continue até que possamos entrar em acordo”, disse Juvandia Moreira, vice-presidenta da Contraf-CUT e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

Em seu 16º dia, a greve da categoria chega nesta quarta-feira (21) com 12603 agências e 35 centros administrativos com suas atividades paralisadas em todo o País.

Tuitaço!

A greve continua com a mesma intensidade desde o seu primeiro dia. O Comando orienta um grande tuitaço para esta quinta-feira (22), para que a mobilização arranque uma proposta decente dos bancos.

Banqueiros, apresentem uma proposta decente! Sem ganho real a greve continua. #Exploraçãonãotemperdão!

Fonte: Contraf-CUT


Post Scriptum:

A Cassi fez parte da pauta específica dos bancários do Banco do Brasil. O eixo saúde tinha temas centrais como Atenção Integral, ESF, CliniCassi e contribuições extraordinárias por parte do BB ao Plano de Associados da Cassi, tudo aprovado no Congresso dos Funcionários do Banco.

20.10.15

Comando Nacional rejeita proposta da Fenaban e negociação continua nesta quarta-feira (21)


(notícias da greve dos bancários)


A proposta foi de 7,5% reajuste salarial sem abono salarial.
Crédito: Bancários de SP.

A Fenaban apresentou uma proposta de reajuste salarial abaixo das reivindicações da categoria, na primeira rodada de negociação depois do início da greve, realizada na tarde desta terça-feira (20), no hotel Maksoud Plaza, em São Paulo. A proposta rejeitada pelo Comando Nacional dos Bancários ainda na mesa foi de 7,5% reajuste salarial sem abono salarial.

As negociações continuam nesta quarta-feira (21), às 11h, no hotel Maksoud Plaza, em São Paulo. O Comando reafirmou aos banqueiros que pretende negociar ganho real. 

Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando, reforçou que a categoria não aceita redução de salários. "Sobre o ponto de vista da esperança que os bancários e as bancárias tinham de que hoje os banqueiros iam começar um debate do ganho real, foi frustrante. Hoje, apresentaram uma proposta de reajuste de 7,5%, que representa uma redução de salário. Nós avisamos para eles, nós não estamos aqui para discutir redução de salário", explicou.

Para Roberto, a retomada da negociação foi positiva. "Demonstra uma vontade de acertar uma campanha que seja boa para os dois lados. Agora, apresentar uma proposta de 7,5% foi ultrajante. Ela é menor até que a proposta de 5,5% mais um abono de R$ 2,500. Foi decepcionante. Esperamos que os banqueiros realinhem essa posição e tragam para a gente uma proposta, que seja reposição da inflação mais um ganho real. É isso que esperamos ouvir amanhã", disse.

Nesta terça, a greve da categoria teve no seu 15º dia, com 12.567 agências e 33 centros administrativos com as atividades paralisadas. "Nós temos que continuar mobilizados, determinados, com unidade, para mostrarmos que continuamos indignados e que queremos, com a força da greve, dobrar a intransigência deles. Além da reposição da inflação e do ganho real, queremos reposição de emprego, segurança para trabalhar nos locais de trabalho, saúde e igualdade de oportunidade. Principalmente, nós queremos que acabem com as demissões, a rotatividade e que os trabalhadores não continuem adoecendo por serem submetidos ao assédio moral para cumprir metas inatingíveis", reforçou o presidente da Contraf-CUT.

Após a conclusão das negociações com a Fenaban, haverá negociação das reivindicações específicas com o Banco do Brasil. 

Fonte: Contraf-CUT



Post Scriptum:

A Cassi fez parte da pauta específica dos bancários do Banco do Brasil. O eixo saúde tinha temas centrais como Atenção Integral, ESF, CliniCassi e contribuições extraordinárias por parte do BB ao Plano de Associados da Cassi, tudo aprovado no Congresso dos Funcionários do Banco.

19.10.15

Opinião: A Cassi e as negociações com Fenaban e BB





A importância da mobilização crescente dos bancários do BB na greve da categoria

Os banqueiros chamaram os bancários para retomarem as negociações. O contato com a Contraf-CUT ocorreu nesta segunda 19 (matéria abaixo), após duas semanas de uma forte e crescente greve dos bancários, em resposta a uma proposta provocadora da Fenaban, porque além de não atender à questões centrais da pauta dos bancários, propôs um índice rebaixado de 5,5% mais abono de R$ 2.500 (inflação de 9,88%), querendo mudar a política salarial conquistada pelos trabalhadores nas últimas onze datas-base com aumento real mais direitos específicos.

A retomada das negociações gerais na mesa da Fenaban é importante para os bancários em luta, mas também é fundamental que os bancários do Banco do Brasil fiquem mobilizados e ampliem a greve, porque além das questões gerais da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), existem as pautas específicas nas mesas concomitantes. 

Uma das prioridades no BB é a pauta de saúde e Cassi, que precisa de aportes extraordinários por parte do Banco para retomar a normalidade em seu funcionamento. O tema foi amplamente debatido e definido como uma das prioridades no 26º Congresso dos Funcionários do BB, ocorrido em junho e etapa da Campanha Nacional dos Bancários. 

Antes da data-base e da greve, também havia sido constituída mesa entre o BB e as entidades do funcionalismo (Contraf-CUT, Contec, ANABB, AAFBB e FAABB), fruto de meses de unidade em defesa da Cassi. Porém, após 8 rodadas de negociação, houve impasse entre as partes e a proposta do BB de transferência de risco atuarial pós-laboral através de um fundo (cerca de 6 bilhões) não alcançou consenso.

O formato de campanha dos bancários prevê lutar por avanços na mesa da Fenaban (CCT da categoria) e avanços nas mesas dos bancos públicos.

A Cassi precisa de aportes extraordinários no Plano de Associados de R$ 300 milhões em 2015 e R$ 300 milhões em 2016 para equilibrar suas receitas e despesas assistenciais e investimento de R$ 150 milhões em medidas estruturantes para avançar no Modelo de Atenção Integral à Saúde, atendendo pelo menos ao conjunto dos participantes do Plano de Associados.

O patrocinador Banco do Brasil é gestor paritário na Cassi em conjunto com os eleitos pelos funcionários associados e os resultados deficitários no Plano de Associados também são de responsabilidade do BB, que ao invés de assumir sua parte no problema e na solução, propôs de forma unilateral diversas reduções de direitos em saúde no âmbito da Cassi (rejeitadas pelos eleitos).


MOMENTO DECISIVO PARA OS BANCÁRIOS SOBRE A CASSI

A proposta atual dos banqueiros de não repor a inflação a troco de abono  é uma tragédia para as receitas do Plano de Associados, porque um reajuste menor que a inflação em 4% pode fazer a Cassi deixar de receber quase R$ 300 milhões em 5 anos, o que agravaria mais ainda o desequilíbrio no plano de saúde dos funcionários.

Sem conquistar os aportes com mobilização e greve na Campanha Nacional, os funcionários da ativa, aposentados e dependentes podem ver diluídas nos próximos anos as conquistas auferidas em anos de lutas. Isso porque as propostas do patrão para o equilíbrio das contas do Plano de Saúde são muito impactantes no bolso dos funcionários.


AS PROPOSTAS DO BB PARA A CASSI DESAGRADAM ENTIDADES DO FUNCIONALISMO E ASSOCIADOS 

O Plano de Associados apresentou um descasamento entre receitas e despesas em 2014 de 177 milhões. As previsões para 2015 e 2016 previam déficits anuais entre 215 milhões (2015) e cerca de 300 milhões até o final de 2016. Sem os aportes para avançar nas medidas estruturantes, o BB  chegou a propor recentemente (rejeitado pelos eleitos) aumentar coparticipações em consultas, exames e terapias de 10% para 40%. Foi sugerido pelo Banco a criação de franquia sob internações de R$ 1.500,00 (ou seja, no momento em que o bancário mais precisará da Cassi). 

Também foi proposto que se suspenda programas de saúde fundamentais como o de Assistência Farmacêutica (PAF). Esse programa atende a quase 60 mil funcionários, que teriam que arcar com os custos de medicamentos no dia seguinte à medida.

Com a piora no déficit e uso das reservas do plano dos funcionários nos últimos meses, o BB chegou a propor a redução de quase um quarto da despesa administrativa da Cassi (9,9%), que já é muito menor que a média de todas as entidades do setor de saúde (cerca de 13,5%). A proposta do Banco, se imposta à Cassi, inviabilizaria o que é hoje a nossa Caixa de Assistência, definida pelo próprio Banco do Brasil e pelos associados para fazer promoção de saúde e prevenção de doenças.

Enfim, o momento da greve e da mobilização dos funcionários do BB é muito importante para o futuro da Cassi e do Modelo Assistencial de Atenção Integral à Saúde dos funcionários e dependentes.

Seguimos à disposição das entidades do funcionalismo e dos associados.

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento



(matéria da Contraf-CUT no 14º dia da greve)

Força da greve arranca nova negociação com a Fenaban


Greve em São Paulo. Foto: Maurício Moraes

A Fenaban entrou em contato com a Contraf-CUT no começo da noite desta segunda-feira (19) para chamar o Comando Nacional dos Bancários para uma nova rodada de negociação da Campanha 2015, a ser realizada nesta terça-feira (20) às 16h, em São Paulo, no Hotel Maksoud Plaza - Alameda Campinas, 150 - 2º andar - Sala Primavera.

A reabertura do processo de negociação acontece no 14º dia da greve nacional da categoria, que vem crescendo a cada dia. Nesta segunda, 12.496 agências e 40 centros administrativos paralisaram suas atividades nos 26 estados e no Distrito Federal. 

Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, se diz surpreso pela forma como veio o convite. "Os banqueiros fizeram contato com a gente, via e-mail, no fim do expediente, nos convidando a retomar as negociações amanhã às 16h", informou. "Nossa expectativa é que eles saiam daquela linha de um reajuste muito abaixo da inflação com abono, pois sabemos que é prejudicial para a carreira dos bancários e das bancárias. Nós queremos a reposição da inflação, mais ganhos real. Isso é o que todo bancário e toda bancária, que estão há 14 dias de greve, desejam ouvir amanhã", completou.

Roberto ainda mandou um recado para a categoria que está fazendo a greve com o maior volume de paralisações de agências e centros administrativos da história. "A força dessa greve mostrou nossa unidade, nossa mobilização, nossa determinação e nossa indignação com os bancos que lucraram tanto e quiseram tanto reduzir nossos salários. Foi a força dessa greve que fez os banqueiros nos procurar para retomar a negociação", orgulhou-se.

Mas, ele alertou. "Nós temos que continuar mobilizados, determinados, com unidade, para mostrarmos que a gente continua indignado e que quer, com a força da greve, dobrar a intransigência deles. Além da reposição da inflação e do ganho real, queremos reposição de emprego, segurança para trabalhar nos locais de trabalho, com saúde, igualdade de oportunidade. Principalmente, nós queremos que acabem com as demissões, a rotatividade e que os trabalhadores não continuem adoecendo por serem submetidos ao assédio moral para cumprir metas inatingíveis", reforçou.


Contraf-CUT

16.10.15

Greve nacional cresce e chega ao 11º dia com 12.277 agências paradas



Greve em São Paulo. Crédito: Danilo Ramos-Seeb-SP

A greve nacional se intensificou na segunda semana e chega ao seu 11º dia com muita força em todos os 26 Estados e no Distrito Federal. Nesta sexta-feira (16) os bancários ampliaram ainda mais o movimento e fecharam 12.277 agências e 44 centros administrativos em todo o país.

É uma resposta contundente da categoria à intransigência dos bancos que continuam se negando a apresentar uma nova proposta, que contemple a reposição integral da inflação do período, aumento real, mais contratações, melhores condições de trabalho, mais segurança e igualdade de oportunidades.

"A sociedade brasileira terminou mais uma semana desrespeitada pelos bancos, o setor da economia que mais lucrou este ano. E os bancários, por sua vez, agora conhecem melhor os seus patrões. Todos sabem que os bancos são os culpados pela greve que durou até hoje. A greve vai continuar pois é uma luta pela dignidade e contra a exploração. "Exploração não tem perdão!", afirma Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT. 


Tuitaço dos bancários denuncia exploração dos bancos e juros exorbitantes

A mobilização nacional dos bancários ocupou as redes sociais nesta sexta-feira (16). Com o tuitaço #Exploração não tem perdão! E durante todo o dia, chamou a atenção dos internautas para os problemas enfrentados nos ambientes de trabalho e os juros astronômicos cobrados pelos bancos. 

O objetivo do tuitaço, que continua nesta segunda-feira (19) e deve ocorrer durante toda a campanha, é pressionar os banqueiros a abandonar a postura intransigente demonstrada até agora e apresentar uma proposta decente aos trabalhadores. 


Fonte: Contraf-CUT



Post Scriptum:

A Cassi fez parte da pauta específica dos bancários do Banco do Brasil. O eixo saúde tinha temas centrais como Atenção Integral, ESF, CliniCassi e contribuições extraordinárias por parte do BB ao Plano de Associados da Cassi, tudo aprovado no Congresso dos Funcionários do Banco.

Artigo: Sobre a greve dos bancários e a solução para a Cassi




Olá companheir@s, amig@s e colegas do Banco do Brasil,

Muitos dirigentes sindicais bancários e colegas associados da Cassi, da ativa e aposentados, têm nos escrito ou perguntado sobre como andam as negociações ou as discussões sobre a solução para o déficit da Cassi e a sustentabilidade do Plano de Associados. Perguntam se tem propostas para a Cassi por parte do Banco do Brasil. Perguntam que dia teremos a solução final sobre as negociações iniciadas com o BB sobre a Cassi.

Temos escrito aqui no Blog todo o histórico das negociações sobre o déficit do Plano de Associados da Cassi, o percurso que percorremos desde que chegamos eleitos à Cassi em junho de 2014 e quais as perspectivas e propostas colocadas oficialmente nas mesas sobre a Cassi.

Também colocamos o histórico deste processo no Boletim dos Eleitos, Prestando Contas Cassi nº 15 (leia AQUI).

O Plano de Associados da Cassi está em desequilíbrio entre suas receitas e despesas assistenciais há bastante tempo. Ocorre que a Cassi teve receitas extraordinárias e/ou novas entre 2007/2013 (Negociação de 2007 e BET) que cobriram esses déficits do Plano de Associados. Em 2014 acabaram as receitas extraordinárias. A Cassi tem dois planos de saúde: o dos funcionários e o Cassi Família.

Quando chegamos eleitos pelo Corpo Social em 2014, já havia uma discussão interna na Cassi de que era necessário discutir custeio do Plano de Associados. Por parte do Banco do Brasil e seus indicados na gestão compartilhada da entidade, todas as teses e propostas passavam pela lógica de que o BB não colocaria nem um centavo a mais na Cassi e que qualquer solução para o déficit e custeio teria que ser por conta dos associados, seja aumentando contribuição dos ativos e aposentados, seja cortando direitos em saúde, ou ambos.

Nós começamos o mandato como diretor e com o conjunto dos eleitos da Cassi questionando o patrocinador Banco do Brasil sobre essa posição de não assumir nenhuma responsabilidade pelos resultados do Plano de Associados. Afinal, o banco é gestor paritário, indica a metade da governança e ainda tem boa responsabilidade no adoecimento dos bancários. Além disso, o BB unilateralmente achatou os salários logo após a reforma de 1996 com reajustes zero e mudança no PCS. Isso arrebentou a receita do Plano de Associados baseada na Folha de Pagamento (remuneração).


PROPOSTAS PARA A CASSI

O BB tem propostas internas na gestão da Cassi, feitas em súmulas desde o final de 2014. A essência delas é aumento das coparticipações em consultas, exames, terapias etc; é redução de ressarcimentos em medicamentos e materiais; criação de franquia de R$ 1,500 sob internações; suspensão ou extinção de programas de saúde como Assistência Farmacêutica, Atenção a Crônicos etc; redução das estruturas essenciais da Cassi para o modelo de saúde (pode atingir CliniCassi) etc. E consulta ao Corpo Social para aumentar em 50% as mensalidades (de 3% para 4,5% da remuneração).

O BB fez outra proposta nas mesas constituídas com as entidades representativas a partir de maio de 2015 (Contraf-CUT, Contec, ANABB, AAFBB, FAABB e eleitos da Cassi). Nesta proposta o banco propõe transferir a sua responsabilidade atuarial com o pós-laboral (os 4,5% do Estatuto) para os associados através de um fundo administrado pela BBDTVM (cerca de 6 bilhões). Propõe pagar somente para o pessoal da ativa um percentual a mais (0,99%) para alimentar esse fundo para quando o pessoal se aposentar o fundo pagar para eles os 4,5% que hoje é obrigação do BB. E propôs ainda que os déficits do Plano de Associados sejam rateados somente entre os associados.

Essas são as propostas do BB para a Cassi. Elas não têm consenso entre as entidades do funcionalismo da ativa e aposentados, elas não têm consenso entre os eleitos na Cassi pelo Corpo Social.

A proposta dos eleitos na Cassi, que foi encampada pelas entidades representativas do funcionalismo e depois pelo 26º Congresso Nacional dos Funcionários do BB é de aportes por parte do Banco (R$ 300 milhões em 2015 e R$ 300 milhões em 2016) + investimento de R$ 150 milhões em medidas estruturantes para aumentar a eficiência da gestão da Cassi nas áreas de regulação e gestão de prestadores e para implantar dois pilotos do modelo assistencial da Cassi de Atenção Integral para 100% dos participantes em duas cidades - as medidas estruturantes e os pilotos podem trazer economias nos próximos anos e permitir que a Cassi persiga seu objetivo central de implantar o Modelo Assistencial de Atenção Integral à Saúde, com prevenção de doenças e promoção de saúde, reabilitação e recuperação. O eixo do modelo na Cassi é baseado na Estratégia Saúde da Família (ESF) que foi planejado para ser estendido para o conjunto dos participantes (Plano de Associados e Cassi Família) e hoje só atende à uma pequena parcela da população.


E AÍ? COMO RESOLVER O DÉFICIT NA CASSI?

Nós eleitos na Cassi pelo Corpo Social, em conjunto com as entidades representativas, construímos uma unidade nacional e criamos uma alternativa para a solução da sustentabilidade e os desequilíbrios do Plano de Associados que não fosse as propostas que o patrão Banco do Brasil queria impor unilateralmente desde o ano de 2014.

Mas o momento é definidor e decisório. Se ao final da greve e campanha nacional dos bancários daqui a alguns dias não houver uma proposta de aporte para a Cassi, como defendido pelos eleitos, entidades e funcionalismo do BB, nós teremos no dia seguinte ao fechamento do acordo de data-base, que voltarmos a discutir as propostas do Banco, que lhes descrevi acima.

Então, neste momento, eu compartilho com a coordenação da campanha e do Comando Nacional, com cada dirigente sindical bancário, de Norte a Sul, de Leste a Oeste do Brasil e com cada bancário em greve ou ainda ausente nas lutas, a responsabilidade sobre a solução para o equilíbrio das contas do Plano de Associados da Cassi. Ou temos a opção dos aportes conquistados na luta, na campanha, ou após a mobilização, o que teremos a avaliar e optar serão as propostas do patrão, e todas elas desagradam e retiram direitos em saúde, dos associados da ativa e aposentados.


É isso, companheir@s, eu ajudei a construir todo esse processo e esse percurso para fortalecer a nossa Caixa de Assistência e não permitir alteração em nossos direitos em saúde. Mas os limites estão estabelecidos.


Abraços e boa luta a todos nós,

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi (eleito)

15.10.15

Sobre a greve dos bancários e a solução para a Cassi



Comentário do blog

Olá companheir@s, amig@s e colegas do Banco do Brasil,

Muitos dirigentes sindicais bancários e colegas associados da Cassi, da ativa e aposentados, têm escrito para nós ou perguntado sobre como andam as negociações ou as discussões sobre a solução para o déficit da Cassi e a sustentabilidade do Plano de Associados. Perguntam se tem propostas para a Cassi por parte do Banco do Brasil. Perguntam que dia teremos a solução final sobre as negociações iniciadas com o BB sobre a Cassi.

Temos escrito aqui no Blog todo o histórico das negociações sobre o déficit do Plano de Associados da Cassi, o percurso que percorremos desde que chegamos eleitos à Cassi em junho de 2014 e quais as perspectivas e propostas colocadas oficialmente nas mesas sobre a Cassi.

Também colocamos o histórico deste processo no Boletim dos Eleitos, Prestando Contas Cassi nº 15 (leia AQUI).

O Plano de Associados da Cassi está em desequilíbrio entre suas receitas e despesas assistenciais há bastante tempo. Ocorre que a Cassi teve receitas extraordinárias e/ou novas entre 2007/2013 (Negociação de 2007 e BET) que cobriram esses déficits do Plano de Associados. Em 2014 acabaram as receitas extraordinárias. A Cassi tem dois planos de saúde: o dos funcionários e o Cassi Família.

Quando chegamos eleitos pelo Corpo Social em 2014, já havia uma discussão interna na Cassi de que era necessário discutir custeio do Plano de Associados. Por parte do Banco do Brasil e seus indicados na gestão compartilhada da entidade, todas as teses e propostas passavam pela lógica de que o BB não colocaria nem um centavo a mais na Cassi e que qualquer solução para o déficit e custeio teria que ser por conta dos associados, seja aumentando contribuição dos ativos e aposentados, seja cortando direitos em saúde, ou ambos.

Nós começamos o mandato como Diretor e com o conjunto dos eleitos da Cassi questionando o patrocinador Banco do Brasil sobre essa posição de não assumir nenhuma responsabilidade pelos resultados do Plano de Associados. Afinal, o Banco é gestor paritário, indica a metade da governança e ainda tem boa responsabilidade no adoecimento dos bancários. Além disso, o BB unilateralmente achatou os salários logo após a reforma de 1996 com reajustes zero e mudança no PCS. Isso arrebentou a receita do Plano de Associados baseada na Folha de Pagamento (remuneração).


PROPOSTAS PARA A CASSI

O BB tem propostas internas na gestão da Cassi, feitas em súmulas desde o final de 2014. A essência delas é aumento das coparticipações em consultas, exames, terapias etc; é redução de ressarcimentos em medicamentos e materiais; criação de franquia de R$ 1,500 sob internações; suspensão ou extinção de programas de saúde como Assistência Farmacêutica, Atenção a Crônicos etc; redução das estruturas essenciais da Cassi para o modelo de saúde (pode atingir CliniCassi) etc. E consulta ao Corpo Social para aumentar em 50% as mensalidades (de 3% para 4,5% da remuneração).

O BB fez outra proposta nas mesas constituídas com as entidades representativas a partir de maio de 2015 (Contraf-CUT, Contec, ANABB, AAFBB, FAABB e eleitos da Cassi). Nesta proposta o Banco propõe transferir a sua responsabilidade atuarial com o pós-laboral (os 4,5% do Estatuto) para os associados através de um fundo administrado pela BBDTVM (cerca de 6 bilhões). Propõe pagar somente para o pessoal da ativa um percentual a mais (0,99%) para alimentar esse fundo para quando o pessoal se aposentar o fundo pagar para eles os 4,5% que hoje é obrigação do BB. E propôs ainda que os déficits do Plano de Associados sejam rateados somente entre os associados.

Essas são as propostas do BB para a Cassi. Elas não têm consenso entre as entidades do funcionalismo da ativa e aposentados, elas não têm consenso entre os eleitos na Cassi pelo Corpo Social.

A proposta dos eleitos na Cassi, que foi encampada pelas entidades representativas do funcionalismo e depois pelo 26º Congresso Nacional dos Funcionários do BB é de aportes por parte do Banco (R$ 300 milhões em 2015 e R$ 300 milhões em 2016) + investimento de R$ 150 milhões em medidas estruturantes para aumentar a eficiência da gestão da Cassi nas áreas de regulação e gestão de prestadores e para implantar dois pilotos do modelo assistencial da Cassi de Atenção Integral para 100% dos participantes em duas cidades - as medidas estruturantes e os pilotos podem trazer economias nos próximos anos e permitir que a Cassi persiga seu objetivo central de implantar o Modelo Assistencial de Atenção Integral à Saúde, com prevenção de doenças e promoção de saúde, reabilitação e recuperação. O eixo do modelo na Cassi é baseado na Estratégia Saúde da Família (ESF) que foi planejado para ser estendido para o conjunto dos participantes (Plano de Associados e Cassi Família) e hoje só atende à uma pequena parcela da população.


E AÍ? COMO RESOLVER O DÉFICIT NA CASSI?

Nós eleitos na Cassi pelo Corpo Social, em conjunto com as entidades representativas, construímos uma unidade nacional e criamos uma alternativa para a solução da sustentabilidade e os desequilíbrios do Plano de Associados que não fosse as propostas que o patrão Banco do Brasil queria impor unilateralmente desde o ano de 2014.

Mas o momento é definidor e decisório. Se ao final da greve e campanha nacional dos bancários daqui a alguns dias não houver uma proposta de aporte para a Cassi, como defendido pelos eleitos, entidades e funcionalismo do BB, nós teremos no dia seguinte ao fechamento do acordo de data-base, que voltarmos a discutir as propostas do Banco, que lhes descrevi acima.

Então, neste momento, eu compartilho com a coordenação da campanha e do Comando Nacional, com cada dirigente sindical bancário, de Norte a Sul, de Leste a Oeste do Brasil e com cada bancário em greve ou ainda ausente nas lutas, a responsabilidade sobre a solução para o equilíbrio das contas do Plano de Associados da Cassi. Ou temos a opção dos aportes conquistados na luta, na campanha, ou após a mobilização, o que teremos a avaliar e optar serão as propostas do patrão, e todas elas desagradam e retiram direitos em saúde, dos associados da ativa e aposentados.


É isso, companheir@s, eu ajudei a construir todo esse processo e esse percurso para fortalecer a nossa Caixa de Assistência e não permitir alteração em nossos direitos em saúde. Mas os limites estão estabelecidos.

Abraços e boa luta a todos nós,

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi (eleito)


15/10/15

Contra o descaso dos bancos, greve dos bancários chega no seu 10º dia


Greve dos Bancários no 10º dia em Criciúma SC.

Descaso. Esta é a palavra para expressar a atitude dos banqueiros que insistem em manter a intransigência e continuam em silêncio. A greve nacional dos bancários entra em seu décimo dia ainda mais forte em todos os estados brasileiros. Nesta quinta-feira (15), 11.818 agências e 44 centros administrativos paralisaram suas atividades em todo o Brasil.

"A greve até agora não sensibilizou os banqueiros. Dez dias de desrespeito com os trabalhadores e com a sociedade. Mas a cada dia aumenta a visibilidade da responsabilidade deles neste conflito. Eles são os culpados pela greve. Podem dar o reajuste pela inflação e podem dar aumento real. Sabem que sem isto os bancários não estão demonstrando disposição para fazer acordo. Basta! Exploração não tem perdão!", ressaltou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT. 

Silêncio

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) até o momento não se manifestou e não há perspectivas de retomada das negociações. Os banqueiros insistem na proposta rejeitada: reajuste de 5,5%, abaixo da inflação (9,89%), e abono de R$ 2.500,00.

Este reajuste representa para a categoria uma perda real de 4%. O pior dos últimos tempos. Um total desrespeito, visto que, os bancários reivindicam uma proposta de reajuste digno para os salários, com 16%, reposição da inflação mais 5,7% de aumento real, além de mais contratações, melhores condições de trabalho e medidas de atenção à saúde do trabalhador.

Bancos oferecem pouco, mas cobram muito

Os números são de assustar qualquer um. Na tabela divulgada pelo Banco Central, sobre juros cobrados pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo, entre os dias 24 e 30 de setembro, revela as altas taxas anuais cobradas por bancos mais populares e que estão entre os seis maiores do País (BB, Caixa, Itaú, Bradesco, Santander, HSBC). 

Os juros no Itaú chegam a 631,30% ao ano. No Bradesco, a taxa anual é de 494,60%. O levantamento segue com o HSBC, com taxa de 461,24% e Santander com 432,39% ao ano. Entre os bancos públicos, destaque para o Banco do Brasil com 307,32% de taxa, e a Caixa, a qual cobra 128,22% de juros ao ano nas operações com cartão de crédito rotativo. 

"Justamente o setor que mais tem lucro no Brasil apresentou a pior proposta que os trabalhadores poderiam receber. A resposta dos bancários não poderia ser outra senão greve, que está cada dia mais forte. E até agora a Fenaban não apresentou uma proposta decente à categoria ", afirmou Roberto. 

Fonte: Contraf-CUT

14.10.15

Bancários mantêm força da greve no nono dia do movimento



Greve em Belo Horizonte - MG.

Os bancários dos 26 estados e o Distrito Federal entraram, nesta quarta-feira (14), no nono dia de greve da categoria. Em todo o Brasil, 11.439 agências e 42 centros administrativos paralisaram suas atividades.

De acordo com Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT, a greve de 2015 pode entrar para a história. "A resposta para a tentativa dos banqueiros de mudar o modelo de negociação que tem dado certo nos últimos anos será respondida com um modelo de paralisação diferente, estratégica", revelou.

"Nosso objetivo não é só mostrar para a categoria o desrespeito dos patrões. É também mostrar para toda a população que, apesar dos altos lucros e das taxas e dos juros exorbitantes, eles não estão preocupados com seus clientes. Exploração não tem perdão!", completou.


Comando Nacional reforça necessidade de aumento real

O Comando Nacional dos Bancários se reuniu na tarde desta quarta na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, para avaliar os nove dias de greve. O balanço feito pelos dirigentes de todo o Brasil é que o movimento está melhor a cada dia, com apoio dos clientes e da opinião pública em geral.

Os representantes sindicais ainda reafirmaram que os bancários merecem aumento real, por serem responsáveis pelos altos lucros dos bancos. "Nós continuamos mobilizados e na expectativa para que os banqueiros retomem a mesa de negociação com uma postura mais respeitosa. Enquanto isso, a greve continua ganhando força a cada dia", explicou Roberto, que também é um dos coordenadores do Comando Nacional.


Fonte: Contraf-CUT