HISTÓRIA
Quando era gestor eleito da CASSI, autogestão em saúde dos funcionários do Banco do Brasil, me interessei pela história de sucesso da CASSEMS, criada em 2001 tendo como referência a nossa Caixa de Assistência.
Um dos temas de meu interesse era a questão da estrutura própria de saúde e administração da autogestão dos servidores de Mato Grosso do Sul, questão conhecida como verticalização.
"Como havia críticas pelo fato de a entidade continuar usando alguns imóveis do governo do estado e como a direção da entidade almejava construir sede própria para as unidades regionais, decidiu-se, em 2002, adquirir um imóvel na área central de Campo Grande, no bairro São Francisco, onde passou a funcionar a sua unidade regional. Logo em seguida, adquiriu um amplo terreno próximo ao Parque das Nações Indígenas, onde funciona a sua sede atualmente." (p. 67)
Uma questão chama a atenção: os gestores comentam no livro a importância que o investimento em estruturas próprias teve em relação aos fundos garantidores, exigências frequentes no setor.
"A compra desses imóveis foi possível, inicialmente, porque todas as operadoras de plano de saúde são obrigadas a manter um fundo de reserva, ou seja, um montante em numerário ou imobilizado para garantir, em caso de dificuldade financeira, o andamento e a solidez do negócio. Corretamente, a direção da Cassems percebeu oportunidade na aquisição desses imóveis. Nessa fase, começaram os investimentos, era um indicativo forte de que a entidade estava no caminho certo." (idem)
Na minha opinião, essa experiência da Cassems poderia ser estudada por outras autogestões, dentro do modelo de associativismo e cooperativismo, setor que sofre muito pela concorrência desproporcional com o mercado capitalista de saúde.
William Mendes
11/12/25
Bibliografia:
SILVA, Eronildo Barbosa da. CASSEMS 15 anos: autogestão em saúde: um sonho possível. Campo Grande: CASSEMS, 2017.

Nenhum comentário:
Postar um comentário