Pelo direito ao tratamento de saúde sem a perda da função comissionada
Uma das principais reivindicações específicas do funcionalismo do BB na Campanha Nacional dos Bancários deste ano é o direito humano ao tratamento de saúde sem a perda da função comissionada e, consequentemente, a manutenção da remuneração após o retorno do afastamento por qualquer tipo de necessidade médica - seja por doença, seja por acidente de trabalho.
Pelas regras atuais de irresponsabilidade social do Banco do Brasil, um funcionário comissionado não se arrisca a seguir as recomendações de saúde nem da própria Cassi - Caixa de Assistência dos funcionários do banco - em relação a fazer os exames de rotina e preventivos, recomendados também pelas agências de saúde.
E por que isso ocorre? Porque caso o funcionário descubra alguma doença e precise se afastar para o tratamento, ele perderá a função comissionada que, na grande maioria dos casos, equivale a mais de metade de sua remuneração, chegando a ser de até uns 80% dela para funções de gerência média pra cima.
Para piorar a situação de saúde dos funcionários, nunca foi tão difícil enfrentar a pressão por metas abusivas e o assédio moral institucional, que permite que os gestores ameacem e descomissionem trabalhadores por motivos fúteis e subjetivos.
Vários sindicatos de bancários no País acompanharam ou souberam até de casos de falecimentos de funcionários do BB no último ano. Bancários morreram de infarto dentro do local de trabalho; bancários faleceram após descomissionamento; consulta nacional apontou alto índice de uso de remédio tarja preta pelos bancários. ISSO PRECISA MUDAR!
Vejam o que diz o banco em sua "Visão de Futuro":
"Sermos o primeiro banco dos brasileiros, das empresas e do setor público, referência no exterior, o melhor banco para trabalhar, reconhecido pelo desempenho, relacionamentos duradouros e responsabilidade socioambiental"
A verdade é que os funcionários do BB estão trabalhando adoecidos e não se arriscam a buscar tratamento seja por acidente de trabalho ou doença porque, após 90 dias de afastamento, perdem a vaga em sua dependência e ao fim da licença têm suas carreiras interrompidas pelo banco como se fossem eles os culpados pelo adoecimento.
A reivindicação que esperamos ver atendida é que nenhum funcionário perderá a função quando se afastar para tratamento, receberá todos os direitos durante o período em que estiver afastado e quando retornar seguirá sua carreira assim como vinha antes do problema de saúde. O BB PODE ATENDER E RESPEITAR ESSE DIREITO HUMANO DOS FUNCIONÁRIOS.
A cláusula da minuta específica do banco que trata deste direito diz o seguinte:
CLÁUSULA 14: DA MANUTENÇÃO DO SALÁRIO E BENEFÍCIOS E DA COMPLEMENTAÇÃO DO AUXÍLIO-DOENÇA PREVIDENCIÁRIO E AUXÍLIO-DOENÇA ACIDENTÁRIO
Em caso de concessão de auxílio-doença previdenciário ou de auxílio-doença acidentário pela Previdência Social, fica assegurada ao funcionário, inclusive aos egressos de bancos incorporados, aderentes ou não ao regulamento do banco, doravante denominados apenas funcionários, complementação salarial em valor equivalente à diferença entre a importância recebida do INSS e a remuneração total recebida pelo trabalhador, como salários, comissões, gratificações, adicionais, PLR, como se na ativa estivesse, até a cessação do auxílio doença.
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Parágrafo 7º - Será garantida a irredutibilidade do salário para os trabalhadores que voltarem ao trabalho após o afastamento por motivo de saúde.
A MOBILIZAÇÃO DE ESCRITURÁRIOS, CAIXAS E COMISSIONADOS É QUE FARÁ O BB NOS RESPEITAR NA MESA DE NEGOCIAÇÕES E ATENDER ÀS NOSSAS JUSTAS REIVINDICAÇÕES.
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