Foto: Jailton Garcia |
As propostas da categoria, aprovadas pela 13ª Conferência Nacional, são de que os bancos ampliem o horário de atendimento das agências das 9h às 17h, com dois turnos de trabalho e respeito da jornada de seis horas de todos os bancários. Os bancos devem também ampliar o número de caixas a um mínimo de cinco em cada agência, reduzir o tempo de fila a um máximo de 15 minutos e contratar mais bancários para melhorar o atendimento à população e assim aliviar a sobrecarga de trabalho.
Os representantes dos bancos disseram que esses temas não dizem respeito aos sindicatos - e sim aos bancos e ao Banco Central - e não devem, portanto, fazer parte da Convenção Coletiva de Trabalho dos bancários. "Questionamos que esses assuntos são de interesse imediato dos bancários, uma vez que têm a ver com a jornada, com a sobrecarga de trabalho e com a melhoria do atendimento à população, uma vez que são eles que estão na linha de frente do contato com os clientes e usuários e sofrem o impacto das reclamações", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.
Terceirização
O Comando Nacional também cobrou dos bancos o fim da terceirização no sistema financeiro, que precariza as relações de trabalho e coloca em risco o sigilo bancário dos clientes. A discussão será aprofundada na mesa temática sobre terceirização conquistada na campanha nacional do ano passado.
"O fim da terceirização e da precarização do trabalho são pilares centrais do conceito de emprego decente que aprovamos na Conferência, que engloba remuneração digna, sem discriminações, emprego saudável, emprego seguro e aposentadoria decente", diz Carlos Cordeiro.
Igualdade de oportunidades
O Comando Nacional cobrou dos representantes da Fenaban a realização de um novo censo na categoria para averiguar os resultados dos programas implementados pelas empresas para combater as discriminações de gênero, raça, orientação sexual e contra pessoas com deficiência - implementados após a realização do Mapa da Diversidade, em 2008. Os negociadores patronais disseram que vão consultar os bancos sobre a reivindicação.
O Comando Nacional protestou contra o descaso da Fenaban com as questões relacionadas com a igualdade de oportunidades, especialmente pelo fato de por diversas vezes a reunião da mesa temática ter sido adiada.
Ao final, a Fenaban rejeitou incluir na Convenção Coletiva as cláusulas debatidas durante a realização da mesa temática, "o que demonstra a falta de responsabilidade com os temas de inclusão previstos nesse tema", critica Marcel Barros, secretário-geral da Contraf-CUT.
Fonte: Contraf-CUT
5 comentários:
A negociação devia começar pelo BACEN, o maior banco privado do pais. Linha de frente de defesa dos banqueiros e rentistas, o BACEN age para os interesses de lucro dos especuladores. A negociação, sem pressionar o BACEN, não vai dar em NADA. Vide o tal GAT do BB. Pressão em cima dos empregados, chegando até a coação, pois é um dos itens na distribuição do lucro, importante em vista o péssimo salário pago pela empresa. Jogam o tempo de atendimento nas costas dos empregados, quando a empresa é que é culpada. É o BACEN do PT o culpado ( 9 anos...).
Olá colega! Por falar em bacen, a CUT fez aqui em São Paulo, no dia da reunião do copom (terça), uma boa atividade na porta do banco pedindo redução da taxa selic.
Também estivemos no Congresso há duas semanas e denunciamos o bacen como sindicato dos banqueiros. A audiência repercutiu bem.
Abraços,
Meu amigo.Essas solicitções ficaram sem resposta?
Olá Leandro, como vai?
Das questões que apresentamos como melhoria das condições de trabalho, o que avançamos na mesa deste ano foi a contratação de mais 5 mil empregados na Caixa Federal, uma mesa a ser instalada em 30 dias para discutir Plano de Carreira e jornada de trabalho no bb, e na mesa dos bancos privados a não permissão de apresentar rankings que expõem os bancários nos locais de trabalho, tentando com isso coibir o assédio moral. Também ficou definido que os bancários não poderão mais carregar malotes com dinheiro, coisa que tem sido grande problema para os trabalhadores.
Pode não ser tudo o que merecemos e sempre faltam grandes itens a conquistar, mas foi uma batalha dura e longa para nós bancários.
Abraços, William Mendes
Ok, obrigado. Quanto ao fim das terceirizadas e aumento de contratações, não houve nada? Para espanto de todos os aprovados no concurso para o Paraná, as convocações pararam depois da greve. Essa semana, não houve nenhuma convocação para Curitiba. E estão falando que novas turmas para treinamento, só para o final de Janeiro. Ou seja, não tem como treinar mais ninguém. Isso está me deixando muito pessimista,visto que passei na 983ª colocação, das 1000 vagas do último concurso para a região. Um grande abraço.
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