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História da Cassi - Notícia da Contraf-CUT (22/maio/06)


Cassi: BB quer passar a conta para os associados

22 de Maio de 2006 - 19:26 - Banco do Brasil


(São Paulo) Depois de três anos de negociações, o Banco do Brasil finalmente apresentou sua proposta para a Cassi. E causou profunda irritação nos representantes dos funcionários, com um projeto irresponsável e que cobra dos associados sua dívida de anos e anos de descumprimento do Estatuto.

“A proposta é um tapa na cara dos associados. O banco, além de não assumir sua responsabilidade, ainda quer passar a conta para aqueles a quem prejudicou. Depois de três anos e de ter falado que 2005 era o ano da Cassi, o banco vem com esta proposta lamentável”, comentou Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

Pela proposta, o banco continua descumprindo o Estatuto que define a contribuição patronal em 4,5% dos salários. Desde os tempos de FHC, o BB só paga 3% para os novos funcionários contratados após 1998. “Em vez de corrigir essa irregularidade, o BB ainda quer onerar o associado”, explicou Eduardo Araújo, representante de Brasília na Comissão de Empresa. O banco quer aumentar a participação dos associados pós-98 de 3% para 3,75% dos salários e também quer estabelecer sua participação em 3,75%. Ou seja, em vez de pagar 1,5 por 1, como prevê o Estatuto, quer equiparar suas contribuições às do funcionário.

O Banco do Brasil também prejudica o associado da Cassi em sua proposta de criar a participação compulsória do associado em exames e eventos. “A Comissão de Empresa não concorda com uma proposta que tem como fundamento aumentar a taxação dos trabalhadores. Foi o banco que levou a Cassi a sua situação atual e agora deveria assumir as consequências”, afirmou William Mendes, da Comissão de Empresa.

A proposta apresentada pelo banco também ignora o Plano Odontológico, reivindicação antiga do funcionalismo.

Os únicos pontos positivos da proposta ficaram por conta da assunção, por parte do banco, do custeio dos dependentes indiretos e de um aporte financeiro de R$ 120 milhões que se compromete a repassar em quatro anos, a título de investimento em serviços próprios da Cassi.

Fonte: Contraf-CUT


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COMENTÁRIO DO BLOG (08/08/20):

A história das lutas dos movimentos populares e dos trabalhadores está sendo apagada. Primeiro porque vivemos um período trágico de revisionismo por parte dos grupos conservadores que chegaram ao poder por golpe. Segundo porque a história das lutas sindicais está em boa parte em meio virtual, que deixa de existir assim que os sites originais fazem mudanças em seus servidores.

Um povo que não conhece sua história, não valoriza as conquistas que foram obtidas com muita luta de classe. Eu percebi isso quando fui eleito diretor de saúde da nossa Caixa de Assistência, com mandato entre junho/2014 a maio/2018. 

Basta olhar a matéria reproduzida acima, de maio de 2006, para entender por que durante o período que representei os associados não permitimos que o banco "passasse a conta para o associado" sem assumir a responsabilidade dele nos déficits do sistema de saúde Cassi. Também fomos firmes em não permitir a quebra da solidariedade no Plano de Associados.

É isso! Imprimam e guardem a nossa história, pois já vivemos os tempos sombrios em que as fake news e a pós-verdade têm ludibriado a classe trabalhadora.

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