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13.3.07

Terça, 13 de março (Entenda o impasse na PLR do BB)


Reunião do secretariado da Contraf-CUT às 9:30h.

Decisão sobre a PLR do BB a ser tomada pela Comissão de Empresa da Contraf-CUT hoje. Banco quer discriminar bancários.

Trabalhei 11 horas.

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Post Scriptum: reprodução de texto da Contraf-CUT a respeito da PLR do BB. Estávamos numa queda de braço com a direção do banco, que queria perseguir grevistas.

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Entenda o impasse na PLR do BB

13 de março de 2007


Contraf-CUT e BB voltam a negociar hoje, às 16h


(São Paulo) O Banco do Brasil está se utilizando do quarto parágrafo da cláusula quinta da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) para discriminar os funcionários substitutos.

Segundo a proposta do BB, todos os bancários que substituíram no segundo semestre de 2006 e tiveram interrupção na substituição por greve ou ausências legais (luto, casamento etc) não receberão a PLR pela comissão exercida.

“Isto é um absurdo, é uma retaliação contra os grevistas e que atinge, inclusive, quem se utilizou das ausências legais para levar um filho ao médico, por exemplo. A prova de que se trata de uma discriminação e retaliação é que se o BB pagasse a PLR para todos, com o formato de distribuição que queremos, o impacto financeiro para a empresa seria mínimo. A greve é um instrumento legal prevista na Constituição Brasileira e as ausências legais estão expressas no Acordo Coletivo. São direitos dos trabalhadores, que o BB está tentando restringir”, explicou Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

O dirigente lembra que este tipo de discriminação era comum na década passada e se estendeu até 2002, quando o BB preferia fechar o acordo com uma confederação que representa menos de 10% dos bancários.

“Com a greve de 2003 e o início do governo Lula, conquistamos o modelo de PLR que a categoria sempre lutou e que não discrimina ninguém. Foi um verdadeiro absurdo esta intransigência do Banco do Brasil em mesa de negociação porque ela representa um retrocesso na relação entre o movimento sindical e o BB”, afirmou William Mendes, secretário de Imprensa da Contraf-CUT e membro da Comissão de Empresa.

William destaca que o BB poderia levar mais a sério a cláusula segunda do acordo da PLR, que fala sobre os objetivos do programa: “fortalecer a parceria entre o funcionário e o Banco; reconhecer o esforço individual e da equipe na construção do resultado; estimular o interesse dos funcionários na gestão e nos destinos do Banco”.

Nova negociação às 16h

O BB procurou hoje a Contraf-CUT e solicitou nova rodada de negociações para as 16h desta terça-feira, dia 13. É a quarta reunião e os bancários esperam que o impasse seja superado.

As negociações sobre a PLR com o BB começaram na quinta-feira passada, se estenderam de manhã até o final da tarde de sexta e continuaram na segunda. Desde o primeiro dia, a Contraf-CUT está trabalhando para que o banco recuasse e efetuasse a distribuição correta da PLR.

Como rezam as práticas e normas de negociação, a Contraf-CUT não publicou até agora o motivo do impasse na tentativa de encontrar uma solução em mesa de negociação.

“Agimos dentro dos princípios da boa-fé, de quinta-feira até hoje, quando o próprio banco desonrou o compromisso negocial e divulgou a proposta pelo SISBB”, finalizou Marcel.

Valores da PLR

O formato da PLR segue o mesmo modelo pago nos semestres anteriores, que foi uma grande vitória dos bancários do BB. Os valores foram apresentados na negociação de sexta-feira.

A proposta prevê R$ 1.423,36 do módulo linear. Este valor é composto de R$ 412 de parcela fixa e mais R$ 1.011,36 referentes à distribuição de 4% do lucro líquido.

O módulo variável seria de 45% do Vencimento Padrão do E6 para o escriturário; E6 mais comissão de caixa para os caixas; e do VR para os comissionados (ou VR mais DM quando for o caso).

Fonte: Contraf-CUT

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