Blog de William Mendes, ex-dirigente sindical bancário e ex-diretor eleito de saúde da Caixa de Assistência dos funcionários do Banco do Brasil
14.3.16
Opinião e agenda do Diretor de Saúde (SP, DF e MG)
(Atualizado às 9:40h de sexta, 18/3)
Olá companheir@s, amig@s e colegas do Banco do Brasil,
Estamos começando mais uma semana de trabalho na gestão de nossa Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil, uma entidade de saúde de autogestão compartilhada, que tem o modelo assistencial definido desde 1996 por seus trabalhadores e pelo patrocinador BB baseado na Atenção Integral à Saúde, que na Cassi se dá através do cadastramento dos participantes na Estratégia Saúde da Família (ESF).
Tenho muita preocupação e tristeza pela crise política do Brasil, crise política que afetou a economia de nosso país. E explico minha preocupação com o olhar de quem tem lado e que atua neste momento na representação de trabalhadores em entidade de saúde de trabalhadores. Estudo história da luta de classes desde que meus colegas do BB e demais bancários me elegeram em 2002 para atuar em suas defesas na eterna luta entre banqueiros (capital) e bancários (trabalho).
A Cassi é uma entidade de saúde contra-hegemônica, foi pensada para focar a saúde através da promoção e prevenção e não para obter lucro com a doença, sugando recursos do sistema e deixando à margem quem não tem dinheiro, como acontece no sistema privado e hegemônico de saúde.
Não é só a Cassi que é contra-hegemônica. As entidades de luta dos trabalhadores são contra-hegemônicas. Os sindicatos de trabalhadores são as entidades mais importantes da histórica luta de classes há séculos. Sem sindicatos organizados para frear a exploração e o massacre dos trabalhadores, a vida humana no sistema capitalista seria impossível.
SINDICATOS E ENTIDADES ASSOCIATIVAS TÊM SIDO FUNDAMENTAIS NA CRISE DE DÉFICIT DA CASSI PARA BANCO NÃO IMPOR SUAS PROPOSTAS
Aliás, como representante eleito por meus colegas do BB para gerir nossa entidade de saúde, afirmo com convicção absoluta que se até hoje não foram implantadas as maldades propostas pelo patrão na Cassi, passado ano e meio de crise de déficit no plano de saúde dos funcionários, é porque nós eleitos, eu inclusive por minha origem sindical, levamos a causa interna da Cassi para os sindicatos, que pelo que significam, conseguimos impedir até o momento que fossem impostos na Cassi aumentos nas mensalidades do plano em 50%, aumento nas coparticipações sobre consultas e exames em até 40%, cobranças maiores sobre os grupos que mais precisam usar o Plano, e até criação de franquia sob internação de 1.500 reais. Têm ideia do que é segurar esses prejuízos nos direitos em saúde impostos pela metade da gestão que detém o poder de ser patrão?
ESTE GOLPE NA DEMOCRACIA É IDÊNTICO AOS OUTROS E VAI AFUNDAR NOSSOS COLEGAS E FAMILIARES NUMA TERRA SEM LEI: O PREJUÍZO SERÁ DE TODOS, PORQUE A MAIORIA É A CLASSE TRABALHADORA
Por que fico triste e preocupado com a crise política e com o Golpe de Estado em marcha no Brasil? Porque numa sociedade desfeita por golpe, pela quebra da institucionalidade tão delicada de se conseguir, nem os civis burgueses, os golpistas civis que pediram o golpe, nem as sociedades civis capitalistas, estão livres da consequência do terror de um mundo sem governo democrático. Um leve exemplo disso é parte dos líderes do golpe - políticos tucanos e demais asseclas - terem sido hostilizados na Paulista neste domingo. Elogios mesmo nas manifestações, foram só para aqueles com ideais nazifascistas como o deputado Bolsonaro.
No passado já aconteceu isso no Golpe de 1964 no Brasil. A elite capitalista e os mesmos meios de comunicação golpistas de agora pediram o golpe aos militares com apoio dos Estados Unidos, achando que os militares devolveriam o poder à elite que os chamou e o Brasil afundou em duas décadas de terror, sem liberdade, sem direitos civis, sociais e trabalhistas. Todos perderam e quando acordaram, tiveram que lutar duas décadas pela volta da liberdade e da democracia.
E o que eu diria dos países do Oriente Médio, onde o governo americano e as empresas deles têm participação central em derrubar os governos de diversos países e hoje todo o Oriente é uma terra de ninguém com guerras civis e mortes e mortes e mortes. Mas as empresas americanas estão lá tomando conta do petróleo, que é o que lhes interessa.
Ainda é tempo de meus colegas bancários do BB se posicionarem fortemente contra o golpe midiático-jurídico contra o governo Dilma (PT), contra a maior liderança deste país, o ex-presidente Lula, e contra o PT e os demais movimentos sociais de trabalhadores como sindicatos, partidos de esquerda, movimento estudantil, dos trabalhadores rurais e urbanos sem-terra e sem teto. O que está em marcha será muito prejudicial aos trabalhadores, aos meus colegas do BB da ativa e aposentados, às nossas entidades Cassi, Previ e demais da Comunidade Banco do Brasil.
Será péssima para o Banco do Brasil, que por pouco não foi doado para os amigos do rei e estrangeiros durante os governos do PSDB nos anos 90. Quase não sobrou nada daquela vez. Faço um apelo aos meus colegas do Banco que se posicionem a favor da democracia, do respeito aos direitos conquistados a tão duras penas por uma história de lutas, SEMPRE ao lado dos sindicatos dos bancários de todo o país. Não adianta querer negar isso, porque isso é história. É nossa história!
É muito sério o que está ocorrendo e é necessário racionalidade para se libertar do ódio pregado pela Globo, Estadão, Folha, Veja e demais donos de mídia, Fiesp e demais empresários de direita, que tanto mal já causaram a nós funcionários do BB e aos brasileiros.
Para finalizar minha mensagem da semana aos meus colegas do BB e aos meus pares da classe trabalhadora, informo que faço prestação de contas de meu mandato desde o primeiro dia, lá em junho de 2014. Alguns colegas leram minha postagem da semana passada porque resolvi divulgá-la em alguns grupos de nossa comunidade BB na rede social como se eu estivesse começando a fazer prestação de contas nesta semana.
Faço isso desde sempre, porque acredito nisso e meu mandato não é meu, é dos associados da Cassi. Peço aos colegas que já conhecem meu percurso de trabalho na Cassi em todos os Estados brasileiros que informem aos associados que todos podem ver nossa atuação através deste blog.
William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de atendimento
AGENDA DO DIRETOR DE SAÚDE
SEGUNDA 14 (SP)
Dia de leitura da pauta da reunião de Diretoria Executiva da Cassi. É daqueles dias que temos jornadas de mais de 12 horas. Também participarei de uma reunião no Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região para pedir apoio para as nossas lutas em defesa da Cassi. Sem os sindicatos, diretores e conselheiros eleitos na entidade de saúde teriam muito pouco poder de enfrentamento nos embates com a direção do banco envolvendo direitos em saúde.
Post Scriptum (5:45h de terça):
Estamos em Congonhas, voando para Brasília.
Nesta segunda-feira, trabalhamos em São Paulo. Além de estudar a pauta da reunião de diretoria da terça, pude visitar em SP a Contraf-CUT e o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região para fortalecer apoios à nossa gestão na Cassi.
TERÇA 15 (DF)
Dia de trabalho em Brasília. Reunião de Diretoria.
Post Scriptum (16:45h):
A reunião de Diretoria de hoje acabou dentro do horário previsto. Como eu dormi muito pouco na noite passada, acabei saindo da sede da Cassi mais cedo (16h). Preciso dormir um pouco e me recuperar fisicamente.
É provável que ainda trabalhe algumas horas à noite, depois que me refizer do cansaço.
QUARTA 16 (DF)
Dia de trabalho interno na Cassi na sede em Brasília.
Post Scriptum (11:15h):
Pois é, estamos desde bem cedo preparando voto dos eleitos em tema de suma importância na Cassi. Sigamos firmes na luta e defesa dos direitos dos associados da Caixa de Assistência. Pressão arterial nem falo...
QUINTA 17 (MG)
Terei agenda de trabalho de gestão em saúde em Minas Gerais
Post Scriptum (00:55h de sexta):
Olá pessoal. Na virada de quarta para quinta, dormi 4 horas, madruguei e cheguei a Belo Horizonte bem cedo. Tive uma agenda longa durante o dia, mas correu tudo nos conformes. Entendo que fortalecemos a nossa Caixa de Assistência. Como gastei um tempão para fazer a matéria de quinta, não consegui ler as súmulas que devo liberar nesta sexta de manhã. O sono bateu e vou levantar bem cedo para fechar a semana de trabalho.
Leia AQUI matéria sobre as parcerias em defesa da Cassi MG.
Meu dia de contato com a base social me fez sentir importância no que fazemos.
William Mendes
SEXTA 18 (MG)
Dia de trabalho de gestão em saúde em MG.
Post Scriptum (9:40h):
Já pela manhã bem cedo, antes de iniciarmos nosso dia de trabalho na Unidade Cassi MG, já estudamos e liberamos diversas súmulas de nossa responsabilidade.
Vamos para mais um dia de trabalho na gestão de nossa Caixa de Assistência.
Durante a semana, atualizaremos a agenda
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