Páginas

23.4.15

Estudos: Cassi 2009


(reprodução do texto original)

Relatório Anual - Apresentação


A Cassi - reconhecida como a melhor operadora de autogestão em saúde, a serviço de mais de 800 mil participantes presentes em todas as regiões do Brasil - sempre pautou sua relação com seus públicos-alvo por transparência e respeito. Por isso, oferecemos este relatório detalhado para que você possa avaliar o trabalho realizado em 2009, com seus erros e acertos, mas essencialmente voltado para a melhoria constante dos serviços oferecidos, a sustentabilidade dos planos e a perenidade da Instituição.


Todos sabemos que autogestão em saúde é um sistema que beneficia, de maneira equânime, os participantes, os profissionais e instituições de saúde e as próprias empresas patrocinadoras. Por não visar lucro, este segmento deve sempre primar pela transparência de suas ações e pela gestão dos recursos disponíveis.


Sabemos ainda que na autogestão a abrangência da assistência à saúde tem sido maior e a qualidade dos serviços prestados, melhor, com custos menores que os praticados pelos demais segmentos da saúde supletiva.


Em 2009 a Caixa de Assistência registrou superávit de R$ 157,6 milhões, sendo R$ 100 milhões do Plano Cassi Família e R$ 57,6 milhões do Plano de Associados. Houve, portanto, queda de quase 73% no resultado, em relação ao superávit ajustado de 2008.


Desconsiderando a contribuição extraordinária do Banco do Brasil ao Plano de Associados, da ordem de R$ 55 milhões em 2009, o superávit seria de 102,5 milhões, valor cerca de 47% inferior ao do ano anterior. Pelo mesmo cálculo, o resultado do Plano de Associados ficaria em não mais que R$ 2,5 milhões.


As receitas básicas registraram entre 2008 e 2009 aumento de 6,4%, passando de R$ 1.764 milhões* para R$ 1.877 milhões*. Pouco abaixo, portanto, da variação no mesmo período de 6,8% do FIPE Saúde, um dos principais indicadores de inflação do setor.


Já o valor total das despesas básicas - gastos com assistência à saúde, como consultas, exames laboratoriais, remoções, internações, medicamentos e cirurgias - chegou a R$ 1.774 milhões*, aumento de R$ 266 milhões* sobre 2008. O crescimento desses custos se situou em 17,7%.


Diante desse "empate técnico" entre receitas e despesas básicas, é relevante destacar que as reservas da Cassi tiveram aumento de 10% entre 2008 e 2009, passando de R$ 1.135 milhões para R$ 1.250 milhões.


Ao dirigir o foco para a lógica da assistência em saúde, desde seu início, a Cassi demonstrou a preocupação com a prestação do serviço com a melhor qualidade possível dentro do orçamento de que dispõe.


Este é um dos nossos desafios: equacionar a relação entre o orçamento e o custeio dos planos, oferecendo um modelo de assistência racional e de qualidade. A busca de uma maior profissionalização nas esferas de governança corporativa e de gestão acaba sendo fundamental para o aprimoramento da Instituição.


A Cassi surgiu há 66 anos para oferecer assistência aos funcionários do Banco do Brasil e seus familiares. E o cuidado com nossos associados e participantes continuará sendo nossa prioridade primeira, sejam quais forem os desafios que se apresentem.


Boa leitura,


A Diretoria.


*Dado gerencial extraído da Análise Econômico-Financeira.




Conselho Deliberativo

- Maria das Graças C. Machado Costa (presidente)
- Roosevelt Rui dos Santos (vice-presidente)

- Ana Lúcia Landin (titular)
- Carlos Frederico Tadeu Gomes (titular)
- Antonio Sérgio Riede (titular) - Saída maio/2009

- Carlos Eduardo Leal Neri (Titular) - Entrada maio/2009
- Fernando Sabbi Melgarejo (titular)
- Marcel Juviniano Barros (titular)
- Solon Coutinho de Lucena Filho (titular)

- Amauri Sebastião Niehues (Suplente) - Entrada maio/2009
- Carlos Célio de Andrade Santos (suplente)
- Cláudio Alberto Barbirato Tavares (suplente)

- Íris Carvalho Silva (suplente)
- Jandyra Pacheco Barbosa (suplente) - Saída junho/2009
- José Roberto Mendes do Amaral (Suplente) - entrada julho/2009
- João Vagnes de Moura Silva (suplente)
- Maria do Carmo Trivizan (suplente)
- Milton dos Santos Rezende (suplente)

Conselho Fiscal

- Marcelo Gonçalves Farinha (presidente)
- Flávio Alexandre ferreira de Medeiros (titular)
- Sérgio Iunes Brito (Titular)

- Francisco Henrique Pinheiro Ellery (titular)
- Gilberto Antonio Vieira (titular)
- Ubaldo Evangelista Neto (titular)

- Elington José de Morais (suplente)
- Luiz Roberto Alarcão (suplente)
- Marcelo de Andrade Ribeiro (suplente)
- José Caetano de Andrade Minchillo (suplente) - Entrada junho 2009
- Marcos José Ortolani Louzada (suplente)
- Wagner de Siqueira Pinto (suplente)

Diretoria Executiva

- Antonio Sérgio Riede (Presidente a partir de maio de 2009)

- Carlos Eduardo Leal Neri (Presidente até maio de 2009)
- Carlos Emílio Flesch (Diretor de Administração e Finanças a partir de julho de 2009)

- Roberto Francisco Casagrande Herdeiro (Diretor de Administração e Finanças até julho de 2009)
- Denise Lopes Vianna (Diretora de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes)
- Douglas José Scortegagna (Diretor de Saúde e Rede de Atendimento)

Fonte: Relatório Anual 2009, site da Cassi

------------------------------------------------------------


COMENTÁRIOS DO BLOG (atualização 11:58h de 07/2/17):


- Os sublinhados são marcações do Blog;



- ESF: a população cadastrada foi ampliada para 145.114 para uma população total do Plano de Associados de 403.281 vidas, o que dá uma porcentagem incluída na ESF de 35,98% (comparativo em relação ao público do Plano de Associados, porque na verdade a ESF contém participantes dos dois planos);

- Crescimento do cadastro de participantes na ESF de 2008 para 2009: 3,75% (139.871 em 2008 e 145.114 em 2009)

É necessário novamente dura crítica nesta questão. A implantação da ESF cresceu ano a ano entre 2004 e 2007 e justamente quando a Cassi recebe receitas novas estatutárias e aporte exclusivo (R$ 150 milhões + 52,7 milhões + 55 milhões) para esse fim e para recompor reservas do Plano de Associados, o modelo de Atenção Integral à Saúde pára de crescer no ritmo dos anos anteriores, quando não havia recursos suficientes.

Ano.... cadastrados....cresc./ano.....Plano Associados....% total P.A.

2004.........42.659..................................400.506...............10,65%

2005.........75.000..........75,0%..............403.600...............18,58%

2006........104.584.........39,4%..............400.879...............26,09%

2007........132.220.........26,4%..............402.602...............32,84%

2008........139.871..........5,8%...............405.600...............34,50%


2009........145.114..........3,75%.............403.281...............35,98%

E mesmo não ampliando a Atenção Integral à Saúde/ESF como determinado na negociação entre os patrocinadores BB e Corpo Social, com entrada de receitas novas na negociação 2007, a Direção diz o seguinte:

"Este é um dos nossos desafios: equacionar a relação entre o orçamento e o custeio dos planos, oferecendo um modelo de assistência racional e de qualidade.";


- RESULTADO OPERACIONAL DO PLANO DE ASSOCIADOS

2004 = (43,8 milhões)

2005 = (81,2 milhões)

2006 = (122,5 milhões)

2007 = 180 milhões (ou 30 milhões sem extras)

2008 = 61,8 milhões (ou 9,1 milhões sem extras)

2009 = 14,8 milhões (ou 87,5 milhões de déficit sem extras)


Extras:

55 milhões de aporte (2ª parcela)
69,2 milhões (reversão provisão Refis, sendo 47,3 milhões do Plano de Associados)

55 milhões + 47,3 milhões = 102,3 extras

(continuarei a estudar os relatórios e fazer a minha própria análise dos dados públicos de nossa Caixa de Assistência)

William

Nenhum comentário: