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7.4.15

Mais um dia de luta para mim e para a classe trabalhadora



Hoje não tenho mais mandatos sindicais, mas conto e preciso do apoio
das entidades sindicais e associativas para exercer o meu mandato na
gestão da Caixa de Assistência, porque ela é uma entidade de saúde
dos trabalhadores e o embate diário é ideológico e sem esse apoio
não temos como avançar nos direitos em saúde dos trabalhadores.

Olá companheir@s, amig@s e colegas do Banco do Brasil,

Hoje é terça-feira, 7 de abril de 2015. Hoje é mais um dia na história de lutas da classe trabalhadora, aqui no Brasil e no mundo.

LUTA DE CLASSES - Hoje é o dia que os caras no Congresso Nacional escolheram para colocar em pauta o debate da terceirização total, projeto que nós trabalhadores conseguimos barrar por mais de uma década, inclusive com uma batalha linda e histórica em 2013 - eu a vivi e estive lá. Os representantes do povo e dos Estados no Congresso podem definir um retrocesso de mais de um século na história de luta dos trabalhadores brasileiros. 

LUTA DE CLASSES, UM SEGMENTO - Hoje é mais um dia de luta na minha vida e na minha missão de representar os trabalhadores do Banco do Brasil da ativa e aposentados na gestão da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil - Cassi. 


COM TANTAS FRENTES DE BATALHA PARA OS TRABALHADORES, PRECISO CHAMAR A ATENÇÃO PARA A NOSSA LUTA NA CASSI

É engraçado e triste ao mesmo tempo o que tenho vivido. Quando vemos a crise política em que o Brasil e o governo Dilma se encontram, quando vemos a pauta da direita brasileira colocada no Congresso Nacional para acabar com os direitos trabalhistas, quando vemos as crises locais em todo o sindicalismo e movimento social com disputas, rachas e desunião... quando vemos tudo isso, percebemos porque sobra pouco espaço para o conjunto das entidades representativas dos bancários olhar para nós na Cassi, que vivencia mais uma de suas crises de desequilíbrio no Plano de Associados.


MANDATO NA CASSI É COMPROMISSO COLETIVO

Por que estou gestor da Cassi? Aceitei a tarefa a mim proposta por um amplo arco de alianças de entidades sindicais e associativas do BB porque tenho um carinho muito grande pela Cassi e pelos funcionários do Banco do Brasil, e também porque sou um militante dos trabalhadores e ao longo de minha história cumpri todas as tarefas a mim designadas pelas lideranças do movimento de luta dos bancários.

Há exatamente um ano, em abril de 2014, eu terminava um périplo pelo país conversando com milhares de trabalhadores do BB e apresentando nossas propostas para a Cassi nas eleições daquele ano. Minha candidatura foi fruto da insistência das principais entidades sindicais bancárias do País e muita gente sabe disso.

Nossa chapa foi um amplo arco de alianças de entidades da ativa e aposentados e isso me deu o conforto de saber que eu não estaria só na gestão de uma entidade de saúde da importância da Cassi.

Mas a vida em sociedade é muito dinâmica. Há um ano, o cenário político do país era outro. Há um ano, eu era diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, era dirigente da Contraf-CUT. Era coordenador nacional das negociações no Banco do Brasil. Hoje não tenho mais mandatos sindicais, mas eu não mudei. Sigo sendo de esquerda, tenho lado e sei o que represento.

Nas eleições da Cassi, eu fiz uma campanha propositiva, abordando a importância da participação social na Caixa de Assistência e nas entidades do funcionalismo do Banco. 

A chapa que liderei foi a vencedora das eleições. Desde então, estamos fazendo um mandato republicano, inclusivo, com foco nos compromissos que assumimos com o Corpo Social. Estou utilizando toda a experiência que adquiri ao liderar e negociar por mais de uma década pelo movimento bancário, principalmente no Banco do Brasil.

Do ano passado para cá, estamos nos aprofundando na busca de soluções mais duradouras na questão da sustentabilidade da Cassi e que coincidam com a manutenção e ampliação dos direitos em saúde para o conjunto dos participantes da Caixa. Para isso, estamos estudando os problemas antigos e recorrentes da Cassi, estou estudando o histórico deles, entendendo os porquês do desequilíbrio recorrente do Plano de Associados e coisas do gênero.

PROPOSTAS DOS ELEITOS SÃO ESTRUTURANTES - Já apresentamos diagnóstico e propostas para fortalecer a Cassi. Apresentamos ao Banco do Brasil em dezembro, iniciativas estratégicas que melhoram eixos centrais da gestão da entidade nas áreas de regulação, gestão de prestadores, acessibilidade dos associados ao modelo de Atenção Integral à Saúde e melhorias na gestão de processos e geração de dados. Os projetos são soluções de médio e longo prazo para a Caixa de Assistência.

DÉFICIT RECORRENTE - Mas temos um problema imediato a resolver. Nós que chegamos agora na entidade, estamos enfrentando os problemas oriundos de um déficit que já é recorrente no Plano de Associados há mais de uma década. Ele foi coberto ano a ano com receitas novas ou extraordinárias que apareceram até 2013. 

Em 2014/15, sem nenhuma entrada de dinheiro extra, a Caixa de Assistência passou a precisar de uma solução financeira para voltar à condição de "normalidade" e fazermos as mudanças estruturais que podem fortalecer a Cassi para enfrentar os problemas comuns do setor de saúde.

Estou apresentando essas questões sobre a Cassi ao movimento sindical e às demais entidades representativas desde que cheguei à gestão da Caixa de Assistência. Meu segundo périplo pelo país foi público, desta vez como gestor e falando das questões que aqui apresentei. Já estive em mais de 15 estados abordando essas temáticas da Cassi.


NEGOCIAÇÃO COM O BB

Estamos há 5 meses pedindo mesa de negociação com o Banco do Brasil, com o apoio das entidades do funcionalismo e até agora não há sinalização de início de negociações. 

Nós não temos muitos meses pela frente sem que tenhamos problemas que afetem o conjunto dos associados da Cassi. A entidade precisa de um aporte extraordinário como aconteceu na última década.

É necessário que as partes, Banco e entidades representativas do Corpo Social, sentem e iniciem as tratativas para encontrarem a solução sobre o déficit do Plano de Associados da Cassi porque essa é a melhor coisa a se fazer para seguirmos tendo a Caixa de Assistência como um dos principais direitos conquistados pelo funcionalismo do Banco em sua história de lutas.

O problema é de todos nós - Banco do Brasil, funcionários da ativa e aposentados e entidades representativas.


William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi

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