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Contraf debate ascensão com BB e cobra negociação sobre plano de funções


Crédito: Contraf-CUT
Contraf-CUTPrimeira reunião da Mesa Temática de Ascensão Profissional e Comissionamento


Em cumprimento à cláusula 52ª do Acordo Coletivo de Trabalho, celebrado entre o Banco do Brasil e a Contraf-CUT, ocorreu nesta quinta-feira (28) a primeira reunião da Mesa Temática de Ascensão Profissional e Comissionamento, em Brasília. Serão realizadas quatro mesas entre fevereiro e maio.

Na abertura da reunião, as entidades sindicais cobraram do banco uma mesa de negociação sobre o Plano de Funções implantado unilateralmente no dia 28 de janeiro e que traz prejuízos aos direitos dos funcionários por causa da redução do valor pago nas gratificações de função, além da redução de salário para aqueles que aderirem às funções gratificadas de 6 horas. 

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, definiu na última sexta-feira (22) um calendário de luta nas próximas semanas para denunciar os problemas que vêm sendo causados pelo BB aos seus funcionários. A atual gestão de pessoas do banco está colocando a empresa em risco por aumentar drasticamente o passivo trabalhista pelo ataque aos direitos dos bancários.

TRAVA CONTRA DESCOMISSIONAMENTOS (ACT) - AVALIAÇÕES SEMESTRAIS

Uma das primeiras cobranças feitas ao banco foi o esclarecimento sobre provável descumprimento da cláusula 44ª do ACT que estabelece trava contra descomissionamentos decorrentes de desempenho funcional. Os bancários não podem perder função sem o banco observar três ciclos avaliatórios consecutivos de GDP com desempenhos insatisfatórios. As avaliações sempre foram semestrais.

Nas últimas semanas havia instruções internas que geraram a suspeita de redução do tempo para três meses. O banco, porém, informou que não há mudança no ciclo avaliatório. A empresa explicou que está mudando a plataforma de recursos humanos e isso gerou a necessidade de algumas mudanças momentâneas para a implantação. 

OUTRAS COBRANÇAS DOS BANCÁRIOS

Além de cobrar uma mesa de negociação sobre o Plano de Funções, também foi reivindicado que o BB apresente e discuta a nova IN 383 que trata de questões disciplinares.

Carreira de Mérito dos dirigentes sindicais caixas: a Contraf-CUT exigiu que o banco regularize a Carreira de Mérito dos caixas executivos que estão em mandato sindical, pois até o momento o acerto não foi realizado para esses trabalhadores.

Pagamento da PLR: na reunião foi protocolado também ofício pedindo aumento nos valores da PLR e celeridade no pagamento (após a reunião foi informado que o crédito será feito na próxima sexta-feira , dia 8 de março).

Ranqueamento de "carteiras zeradas": foi cobrado do banco que proíba o uso de ranking e a exposição na página da Dired de link com carteiras que não fizeram nenhuma venda de produto de seguridade desde o início da campanha atual. O gerente pode até estar cumprindo metas em outros itens, mas porque não contratou produto de seguridade num determinado período tem sua carteira exposta negativamente para quem quiser ver.

MESA DE ASCENSÃO PROFISSIONAL E COMISSIONAMENTO

Em relação à primeira reunião da mesa temática, o banco apresentou um pouco de sua metodologia sobre ascensão profissional. Foi explicado o que a empresa faz sobre o tema e algumas mudanças que ela pretende implantar.

A Contraf-CUT, assessorada pela Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, órgão da Confederação que assessora as mesas específicas com o banco, apresentou algumas premissas que os trabalhadores defendem em relação ao tema. Várias delas já são debatidas há algum tempo e fazem parte das pautas dos congressos dos funcionários e de suas resoluções:

- o TAO não é processo seletivo, mas sim um sistema do banco de recrutamento;

- é necessário haver melhorias nos instrumentos do banco para que haja transparência e democracia nas nomeações;

- todas as vagas nomeadas em funções comissionadas devem ser preenchidas por seleção interna e com maior objetividade;

- a pontuação no TAO deve equilibrar certificações internas, externas e o tempo de dedicação à empresa, independente da origem dos bancários ser anterior a 1998 ou não, bem como de bancos incorporados;

- a ordem de classificação no TAO deve ser respeitada;

- deve haver trava para que não ocorra fraude na classificação do TAO. O sistema não pode permitir que as pessoas retirem o nome a qualquer momento (a pedido de gestores), permitindo que outras bem abaixo na classificação, subam de uma hora para outra;

- o Progrid - processo seletivo da tecnologia - é um sistema interessante que poderia ser expandido para outras áreas. O TAO seleciona o público para fazer a prova objetiva. No Progrid vale a ordem de classificação alcançada e a entrevista tem caráter eliminatório, mas não final;

- o banco deve estar aberto às propostas de melhorias nos modelos que vierem a existir;

- os cursos necessários para pontuar no TAO devem estar abertos a todos e não somente a determinados públicos alvo;

- Auditoria, Tecnologia e Dijur também possuem processos seletivos que têm pontos positivos;

- o banco deve apresentar e fornecer para a Contraf-CUT na mesa temática os modelos que ele já utiliza para fomentar os debates e sugestões de melhorias.


Fonte: Contraf-CUT



Vejam abaixo o comunicado do site de negociação coletiva do bb sobre a mesma reunião:

01/03 (09h10) - Mesa temática debate Comissionamento e Ascensão Profissional
Foi realizada na tarde de ontem, 28, a primeira mesa temática sobre Comissionamento e Ascensão Profissional entre o Banco do Brasil e a Comissão de Empresa da Contraf. A realização dessas mesas atende o disposto na cláusula 52ª do Acordo Coletivo 2012/2013, firmado em outubro do ano passado.

O encontro contou com a participação da executiva da Diref e negociadora do BB, Áurea Farias Martins, da executiva da Dipes, Ana Cristina Garcia, além de funcionários das diretorias envolvidas. Foram apresentados aos representantes sindicais alguns programas que permeiam as políticas de comissionamento e ascensão profissional desenvolvidas pelo Banco, como o TAO, a realização de Processos Seletivos Internos e os Programas Corporativos de Ascensão Profissional (para primeiros gestores na rede de agências, para Sureg, para Executivos e para gestores em Unidades no Exterior).

Além disso, foi mencionada pela Dipes a disposição da Empresa de iniciar uma revisão das políticas de ascensão profissional nas UE, UT e UA. Ao final da apresentação, os membros da Comissão de Empresa debateram e apresentaram sugestões sobre o tema com os representantes do BB.

“Essas mesas temáticas são oportunidades para apresentar alguns projetos que o Banco está pensando em implantar e colher as opiniões dos representantes sindicais”, afirmou a negociadora do BB, Áurea Martins. “Temos uma expectativa muito positiva no sentido de agregar as boas sugestões do funcionalismo para o desenvolvimento das políticas de ascensão da Empresa”, mencionou Ana Cristina.

Além das dúvidas e sugestões sobre a apresentação, os dirigentes sindicais questionaram o Banco sobre a GDC do primeiro semestre de 2013, prevista para ser finalizada em março. Foi esclarecido durante o encontro que o processo de avaliação em apenas 3 meses é uma situação excepcional, ocorrida em virtude da migração do ARH do BB para plataforma web. A partir de julho, quando a transição de sistemas estiver concluída, a GDC voltará ao seu prazo habitual de 6 meses.

As partes ficaram de agendar posteriormente a data da próxima mesa temática sobre comissionamento e ascensão profissional. Os dirigentes sindicais também solicitaram à negociadora do BB a realização de mesas para a discussão e negociação de outros temas elencados pela Comissão de Empresa.

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