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25.4.11

BB anuncia aquisição de banco nos Estados Unidos (Lá vai o BB cometer ilegalidades com os trabalhadores locais como já virou costume)


O Banco do Brasil comunicou ao mercado, nesta segunda-feira, 25/04, a assinatura do contrato para aquisição de 100% do capital social do Eurobank. A compra da instituição financeira norte-americana, localizada no estado da Flórida, dá sequência à estratégia de internacionalização do BB.


De acordo com as regras de mercado, os dois bancos necessitam aguardar manifestação favorável de órgãos reguladores do setor financeiro nos Estados Unidos e no Brasil para a concretização da operação. Até que as aprovações sejam emitidas e a transação concluída, o Eurobank continuará operando normalmente, sem alteração de marca, de portfólio de produtos ou serviços.

A operação de venda, no valor de US$ 6 milhões, envolverá nos próximos meses a transferência da totalidade das ações do Eurobank para o Banco do Brasil, permitindo ao banco atuar no segmento de varejo dos Estados Unidos.

Com sede localizada em Miami, o Eurobank está em atividade desde 1991 e possui todas as licenças e autorizações necessárias para operar no segmento de mercado pretendido pelo BB. Sua estrutura enxuta, com três agências, bem como a localização no mais latino dos estados americanos, favorece a estratégia de ingresso e de expansão futura do Banco do Brasil para praças onde também há concentração de brasileiros, como, por exemplo, Nova Iorque, Nova Jersey e Massachusetts.

Ao adquirir um banco norte-americano, o Banco do Brasil complementa seu atendimento a todos os seus públicos e tem a oportunidade de expandir seus negócios em mercado potencial constituído por mais de 1,5 milhão de brasileiros residentes nos Estados Unidos, que poderão dispor de produtos bancários como cartões de crédito e débito, além de contas e linhas de financiamento diversificadas.

Embora o Banco do Brasil esteja presente no país desde 1969, com agências em Nova Iorque e Miami, sua atuação está limitada – de acordo com a legislação local – às atividades de banco estrangeiro, o que restringe a comercialização de alguns produtos e, em consequência, o acesso às comunidades brasileiras e hispânicas residentes naquele país.

Nos Estados Unidos, o Banco promoveu uma reorganização em sua estrutura para atender a comunidade de brasileiros residentes e empresas que operam naquele mercado. A nova aquisição se associa a uma agência de atendimento a grandes empresas e uma corretora em Nova Iorque (Banco do Brasil Securities), uma agência de alta renda em Miami, uma empresa de remessa de dinheiro (BB Money Transfers), uma unidade de processamento de serviços em Orlando e um escritório de representação em Washington.


Principais números e indicadores do Eurobank

Informações em 31.12.2010 Valores em US$ milhões

Ativos 102,1

Carteira de Crédito 74,8

Depósitos 91,4

Patrimônio Líquido 5,5


Expansão internacional do BB

Presente há 70 anos no exterior, o Banco do Brasil é o banco brasileiro de maior presença no mercado internacional. A rede externa possui 47 unidades ativas no exterior, localizadas em 23 países, sendo 13 agências, 8 subagências, 11 escritórios de representação, sete subsidiárias, cinco agências de sucursal de subsidiárias, duas unidades de serviços compartilhados e uma unidade de negócios. Além da rede própria, o Banco mantém relação de negócios com 1.066 instituições financeiras de 133 países.

O Banco do Brasil, dentro da sua atual estratégia internacional, busca atender à comunidade brasileira no exterior, prestar serviços e crédito às empresas brasileiras e apoiar o fluxo comercial com o Brasil.

Em abril de 2010, o BB adquiriu o controle do banco Patagonia, banco de varejo que possui presença em todas as províncias da Argentina. A operação possibilitou ampliar a parceria com empresas brasileiras e argentinas; expandir a carteira de crédito do Banco Patagonia, em especial em operações com empresas brasileiras e empresas locais do segmento Atacado, além de atuar na cadeia de valor de empresas na Argentina.

Para ampliar sua atuação na Ásia, o BB vai abrir uma Securities em Cingapura, de forma a desenvolver operações de mercado de capitais. Também vai transformar seu escritório de representação de Xangai em agência. O objetivo é obter vantagem competitiva de pioneiro no mercado chinês, em relação a outros bancos da América Latina.

Na África, o BB tem estudado a melhor forma de ampliar sua atual presença naquele continente e, tão logo conclua esses estudos, optará pela alternativa que apresentar maior aderência à sua estratégia de internacionalização.

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Fonte: Assessoria de Imprensa BB


COMENTÁRIO:


O QUE O BB ESTÁ FAZENDO É COPIAR A PRÁTICA NEFASTA DE OUTROS BANCOS INTERNACIONAIS QUE VIOLAM OS DIREITOS DOS TRABALHADORES LOCAIS E POUCO SERVIÇO PRESTAM DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA DE FATO.


O EXEMPLO DO BB NO PARAGUAI É EMBLEMÁTICO. ELE PODERIA SER UMA GRANDE REFERÊNCIA LÁ PARA AS EMPRESAS  BRASILEIRAS E OS BRASILEIROS E NÃO É. POUCO OU NADA FAZ POR ELES LÁ.


QUER UM EXEMPLO DO QUE ESTOU DIZENDO DE VIOLAÇÃO DOS DIREITOS DOS TRABALHADORES? VEJA A GREVE DOS BANCÁRIOS DO BB NO JAPÃO, POIS O BANCO LÁ PRATICA TODO TIPO DE ARBITRARIEDADE COM OS TRABALHADORES, INCLUSIVE DEMISSÃO DE DIRIGENTE SINDICAL EM PLENO MANDATO.

4 comentários:

Anônimo disse...

O BB do PT continua semelhante ao BB dos tucanos, ou não? Apenas transferiu para o exterior os que torturam trabalhadores, perseguem e demitem. Há tempos leio que os trabalhadores do BB em outros paises são perseguidos, demitidos, espoliados de seus direitos. Fazem o que fizeram (e têm saudades, eu acredito..) nos anos 90 aqui no Brasil. Aqui algo mudou? No LIC foram ab-rogadas as normas de perseguição, tortura, destruição de direitos, demissão sumaria? Ou estão ali prontas para uso, bastando vontade de um "ser" superior? A CONTRAF/CUT devia exigir ab-rogação total do detrito autoritário demo-tucano das normas do BB. Ou que eles assumam seu verdadeiro lado. 2010 foi o meu ultimo ano de PT, isso é certo!

William Mendes disse...

Olá colega! Como vai?

Você já deve ter percebido o quanto eu sou crítico ao governo no que diz respeito À MINHA CONDIÇÃO DE SINDICALISTA REPRESENTANTE DE MEUS COLEGAS BANCÁRIOS.

Sou crítico como devo ser porque não confundo os papéis (mas como cidadão voto no PT sim, pois o partido MUDOU O BRASIL PRA MELHOR). Agora, sem dúvida, acho que meus colegas estão sofrendo muito por assédio moral, más condições de trabalho etc etc.

MAS não posso deixar de fazer uma observação em relação à não-semelhança entre os governos (PT-PSDB) no que diz respeito a sermos funcionários do BB:

Eu vivi os 8 anos de FHC e os 8 anos de Lula.

O PSDB ELIMINOU 50 MIL POSTOS DE TRABALHO NO BB sendo que houve mais de 20 suicídios no período.

Quando Lula assumiu em 2003 (foi meu primeiro ano como dirigente sindical) nós chamamos uma reunião com o governo e exigimos que no governo do PT não houvesse mais DEMISSÃO POR ATO DE GESTÃO, ou seja, ao gosto do chefe e da empresa.

HOUVE COMPROMETIMENTO DO GOVERNO DE QUE SÓ HAVERIA DISPENSA DE UM BANCÁRIO DOS BANCOS PÚBLICOS POR PROCESSO ADMINISTRATIVO E QUESTÕES LEGAIS. NO BB CESSARAM AS DEMISSÕES E NA CAIXA FEDERAL TAMBÉM FOI REVOGADA A RH 008.

Que eu saiba até hoje esse compromisso não foi desrespeitado.

Comento isso por ser verdade e eu estive presente naquele ano de 2003 nessa cobrança ao governo do PT.


No mais, respeito a opinião de qualquer colega por divergências pois isso é normal e ajuda muito a todos nós crescermos e avançarmos juntos.

Abraços fraternos,

Anônimo disse...

Caros Colegas,
Diferente de vcs que possuem muita experiencia na pratica bancaria e sindical no Brasil, eu por exemplo, nunca havia participado de um movimento assim, o que percebo atualmente no BB Japao, eh apenas o comerco de uma retaliacao em massa. Como dizem, os funcionarios locais sao ferramentas descartaveis, nao sao concursados e nao tem direito de revogar o minimo para sua valorizacao. Esse eh o pensamento dos que passam por aqui, mas muitos dos que ja foram, viveram e presenciaram a forca de vontade, a capacidade e dedicacao de muitos funcionarios locais pelo trabalho realizado. Dizer a verdade, isso seria dificil se as condicoes estivessem sendo atreladas ao ATB, valeria a pena correr este risco mesmo sabendo que a Adm atual faz coisas erradas e ainda desrespeita normas locais ? alguem se atreveria ? Pois bem, motivo pelo qual continuamos a brigar e a questionar sobre o porque uma empresa desse porte toma acoes desta natureza. Se o BB pensa em mudar seu foco na asia e tambem no Japao para Security, dispensando parte do quadro das agencias, porque nao utiliza o metodo de demissao voluntaria como no Brasil, se este pacote fosse digno e estivesse dentro das media oferecidas por empresas financeiras locais, acredito que nao haveria esse impasse, muito pelo contrario, muitos estariam felizes e pensando no proximo passo. A tristeza maior eh com relacao a tudo o que foi criado e conquistado ateh agora, os clientes, a imagem do BB...38 anos jogados fora sem necessidade, ou melhor, soh para o ego de alguns expatriados...

William Mendes disse...

Olá colega, veja uma fala da Contraf-CUT sobre a nossa solidariedade a vocês:

"A Contraf-CUT está solidária com os companheiros do Japão. Essa política do BB choca-se frontalmente com a realidade japonesa, que já sofria com as consequências da crise econômica mundial. A situação foi imensamente agravada com o terremoto e o tsunami de março, fortalecendo o sentimento do povo japonês de que todos têm que se unir para reconstruir o país. Os descomissionamentos e demissões ocorrem no meio dessa crise, o que demonstra a total falta de sensibilidade do BB", afirma Marcel Barros, secretário-geral da Contraf-CUT.

Segundo Marcel, por solicitação da UNI-Sindicato Global a Contraf-CUT tentou uma intermediação com a administração local do BB e com a direção do banco em Brasília, "mas a insensibilidade do Banco do Brasil, tanto em Tóquio quanto aqui, vem dificultando a negociação".