RETROSPECTIVA 2011
O mês de janeiro
teve movimentações importantes para os associados do Plano 1 da Previ: o
acordo entre associados, Banco do Brasil e governo foi aprovado no restante das
instâncias que faltavam apreciar as mudanças no Estatuto e a forma de uso do
superávit do plano.
Postei no
blog um excelente artigo do professor Marcos Bagno sobre a denominação
“presidenta” que Dilma Rousseff - primeira mulher presidenta do Brasil -
escolheu para nominar sua função pública e que a imprensa da casa-grande
decidiu desrespeitar desde o primeiro dia do mandato presidencial.
Eu apontei em
artigo o desrespeito da direção do BB ao abrir concurso público sem
apontar o número de vagas, concurso com zero vagas, ou “quadro de reserva”.
Isso é um desrespeito aos cidadãos que estudam para ingressar em empresas
públicas. Fiz um artigo também para contestar Bresser-Pereira e a
suposta mão de Deus no governo Lula.
As postagens
que predominaram no mês de fevereiro versam principalmente sobre a
questão da terceirização do trabalho bancário. Matérias sobre as
movimentações entre a Febraban e os órgãos governamentais para regulamentar
os correspondentes bancários demonstram a forma abusiva do processo que, no
fundo, acaba por fazer uma espécie de reforma trabalhista no setor financeiro,
pois elimina direitos sociais da categoria conquistados há décadas.
Nas questões
relativas ao Banco do Brasil, os funcionários receberam a 2ª parcela da PLR,
e o banco bateu recorde de lucro. Nas matérias sobre o lucro do BB, eu comentei
a respeito do papel social do banco público, pois ele vinha exercendo sua
função de forma idêntica ao setor banqueiro privado. Voltamos às mesas de
negociação permanente com o BB no período. Fiz artigo sobre essa estratégia
privada do BB.
Março foi um mês com postagens de diversos artigos
feitos por mim, que era o secretário de formação da nossa confederação. Fiz um
sobre democracia sindical relacionada à estrutura de negociação nacional da
categoria bancária – “Democracia representativa não se confunde com
‘assembleísmo’”: no artigo, questiono a ideia do “assembleísmo” de certas
correntes sindicais que não se conformam em perder suas proposições durante a
construção da estratégia nacional dos bancários. Fiz outro artigo, em parceria
com o companheiro Plínio Pavão – “OLT na categoria bancária – o papel do
delegado sindical”, sobre o papel do representante sindical de base no BB e
Caixa, os chamados delegados sindicais.
Ainda no mês
de março, estive no Encontro Baiano de Formação da CUT (Ebafor) e
participei das eleições dos bancários de Campo Grande (MS), e nós
vencemos com a chapa cutista. A direção do BB apresentou as linhas gerais do
novo Plano de Carreira e Remuneração (PCR), conquista da campanha 2010.
Participei da gênese do modelo de nova tabela de antiguidade por funções
exercidas.
Por fim,
registrei no blog a primeira entrevista da presidenta Dilma Rousseff.
Ela afirma que não vai descuidar da inflação, anuncia o Pronatec e diz
que não vai permitir a retirada de direitos dos trabalhadores brasileiros.
Alguns
destaques do mês de abril nas postagens: BB adquire o Eurobank
nos Estados Unidos; nossa base sindical retoma as conciliações com o BB, as CCP
no SEEB SP; tivemos mesas de negociação sobre o Plano 1 da Previ;
várias postagens se referem à questão do correspondente bancário e a
ameaça à categoria bancária. No Sindicato, tivemos a formação de nossa Chapa
1 cutista para as eleições.
Entre as
questões sindicais a destacar no mês de maio, tivemos negociações com
o BB sobre propostas de melhorias no regulamento do Plano 1 da Previ (a
direção negou tudo). Realizamos curso de formação da Contraf-CUT e
Dieese para os sindicatos da Fetec CUT Centro-Norte. Publiquei diversas
matérias sobre a questão da ilegalidade e imoralidade das resoluções do
Bacen sobre os correspondentes bancários - até nosso deputado federal
Ricardo Berzoini (PT-SP) entrou na luta contra as arbitrariedades do Banco
Central. E os bancários do Maranhão realizaram plebiscito de desfiliação
da CUT, pois a direção de lá era da CSP-Conlutas.
Em junho,
ocorreu a eleição do maior sindicato de bancários do país, o nosso.
Concorreram duas chapas e a chapa cutista venceu com 83% dos votos válidos. A
companheira Juvandia passou a ser a primeira presidenta do Sindicato dos
Bancários de São Paulo, Osasco e região. Como membro da chapa, representaria
os bancários paulistanos por mais três anos.
As postagens
de junho também abordaram as questões de privatização dos aeroportos e a
aprovação da terceirização total pelo Congresso; na minha agenda
sindical, teve trabalho de base e viagem ao Ceará para o encontro da categoria.
No blog, disponibilizei a tese da Articulação Sindical para o 22º Congresso
Nacional dos Funcionários do BB (CNFBB).
Dos artigos
que publiquei, destaco o artigo “Horas de greve em renovação de direitos
coletivos – Anistia ou distribuição para todos”, que poderia ser avaliado
por sindicatos, juristas do nosso campo e pela classe trabalhadora, pois é
justo que aqueles que foram beneficiados pelas conquistas, mesmo furando greve,
paguem pelas horas da luta coletiva.
Os destaques
no mês de julho são os encontros deliberativos que compõem a estrutura
nacional da categoria bancária. Após a realização dos encontros regionais e
estaduais de debates e deliberações das reivindicações da categoria, ocorreram
o 22º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (CNFBB) e a
13ª Conferência Nacional dos Bancários. Publiquei artigos sobre a
Previ e sobre o debate das metas abusivas. Fiz também um artigo confessional,
que aborda a militância política. Por fim, está publicada no blog a proposta
do Plano de Carreira no BB, na qual tive participação central no ano
anterior.
Agosto foi um mês de muito trabalho de
base preparando os trabalhadores para as negociações com os banqueiros e
provável greve na categoria. Estive no Congresso Nacional junto com
outras lideranças para denunciar a interferência do Banco Central na
estrutura social dos bancários, via resoluções de correspondentes bancários
que terceirizam a categoria e desfazem direitos até da CLT. Fiz dois artigos
explicando reivindicações específicas dos funcionários do BB.
O mês de setembro
foi marcado pelo processo de negociações com os banqueiros e com o governo nas
mesas específicas de Banco do Brasil e Caixa e demais bancos públicos. A
intransigência do lado patronal foi abusiva e a categoria deflagrou greve
nacional no final do mês.
Outubro foi um mês de demonstração de grande
força da unidade dos bancários, que realizaram a maior greve da categoria em
duas décadas e após 21 dias conquistaram aumento real pelo 8º ano seguido,
pisos maiores nos salários e na PLR e cláusulas sociais, boas conquistas na
Fenaban, no BB e Caixa Federal.
Após a greve
de renovação da Convenção Coletiva, realizamos a 5ª etapa do curso de
formação Sindicato, Sociedade e Sistema Financeiro, da Contraf-CUT e
Dieese, para formação de dirigentes e assessores das entidades sindicais
afiliadas. O curso ocorreu na Escola Sul da CUT em Florianópolis.
Cumprimos o compromisso formativo estabelecido no Congresso da Contraf-CUT que
me indicou como secretário da pasta.
O mês de novembro
foi de muita luta, acreditem! O movimento sindical, em especial nós da
categoria bancária, atuou fortemente na luta contra o projeto de terceirização
total e o fim das categorias profissionais, dos sindicatos e dos direitos
do trabalho. O Congresso Nacional tentou de todo jeito aprovar uma legislação
que acabava até com os direitos básicos previstos na CLT.
Além dessa
pauta de luta, realizamos o 2º módulo do curso de formação da
Contraf-CUT e Dieese, a 5ª etapa foi realizada na Escola Sul, em Santa
Catarina. Como dirigente, fiz 3 artigos no mês, dois sobre o Banco do
Brasil e um de avaliação dos 5 cursos que fizemos em todas as regiões do país
durante o mandato na secretaria de formação da confederação.
Em dezembro,
finalizamos o curso de formação na região Sul do país e ainda fiz
mais um artigo sobre as péssimas condições de trabalho no Banco do Brasil,
que exigiu nos últimos dias do ano que os bancários fizessem o possível e o
impossível para o BB chegar a 1 trilhão de ativos financeiros. Para
isso, os gestores poderiam arrepiar pra cima dos trabalhadores, cancelando até
férias programadas.
Terminei o
ano na base social,
conversando com os colegas do Banco do Brasil em reuniões nos locais de
trabalho. Enquanto fui representante político da classe trabalhadora estive ao
lado de meus pares, foi como aprendi a fazer a luta por melhores condições de
vida e por um mundo melhor.
O caderno impresso ficou com 500 páginas, foram 280 textos no ano de 2011. São registros de nossa história de lutas. Os links dos artigos desse período podem ser acessados aqui, página de artigos do autor do blog.
William
Mendes