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14.12.25

CASSEMS construindo a rede hospitalar



HISTÓRIA

"Em 2004, a Cassems iniciou a fase de compra, locação ou comodato de hospitais em cidades consideradas estratégicas, uma alternativa importante porque diminui os deslocamentos dos beneficiários para outros centros e aproxima-os da Caixa. A isso se soma, claro, a redução dos custos gerais da empresa. Concretamente, o usuário é atendido em uma estrutura dele, paga mensalmente com sua contribuição descontada em folha de pagamento. Outro fator é a independência técnica e financeira que a empresa ganha, uma vez que suaviza a dependência em relação à rede credenciada que, como qualquer empresa capitalista, se move na busca do lucro máximo." (p. 102)


O capítulo 9 foi central em meus estudos em 2017 sobre verticalização ou não de autogestões em saúde.

Visitei a Cassems mais de uma vez, à época, e entendi ser muito acertada a decisão da direção e dos associados, os servidores do Estado, em investir em estruturas próprias de saúde. 

Os problemas que a Cassems enfrentava com a rede credenciada capitalista eram os mesmos que a Cassi e seus participantes enfrentavam. 

Segue abaixo a anotação que fiz no capítulo em 2017:

"A construção/aquisição de diversos hospitais foi fundamental para a melhoria do atendimento da população associada à Cassems. Locais com cerca de 8 mil pessoas foram contemplados com hospital próprio. Não deu certo fazer gestão hospitalar com outro sócio (Unimed). Onde monopólio hospitalar prejudicava o associado Cassems, o problema foi resolvido com hospital próprio. É tudo que acontece com a Cassi nos Estados!" (pag. 113)

A Cassi, à época (2017), tinha uma estrutura própria de CliniCassi nos Estados, para Atenção Primária e Estratégia de Saúde da Família (ESF). Os imóveis eram próprios ou alugados. 

Entretanto, mais de 90% de seus recursos iam para a rede credenciada do mercado, todo dinheiro que entrava, saía no uso assistencial terceirizado. É um verdadeiro saco sem fundo, na minha opinião. 

E... mesmo gastando todo recurso na rede privada, a Cassi não tem quem atenda seus associados nos interiores... A Cassems resolveu isso!

"O fechamento dessas instituições criou um novo desafio para a direção da Cassems: quem atenderia seus beneficiários? Como forma de resolver essa situação, a Caixa adquiriu alguns hospitais que estavam fechados ou próximos de fechar. Dotar as unidades regionais de pelo menos um hospital da Cassems passou a ser meta da empresa a ser atingida até 2018." (p. 103)

Enfim, a autogestão dos servidores de Mato Grosso do Sul tinha em 2016 hospitais em Dourados, Nova Andradina, Ponta Porã, Aquidauana, Paranaíba, Naviraí, Três Lagoas, Coxim, Corumbá e um excelente centro médico de alta tecnologia em Campo Grande - estive na inauguração.

Na minha opinião, a autogestão dos funcionários do Banco do Brasil e seus associados poderiam refletir e avaliar o exemplo da Cassems, criada em 2001 tendo a Cassi como referência.

William Mendes 

14/12/25


Bibliografia:

SILVA, Eronildo Barbosa da. CASSEMS 15 anos: autogestão em saúde: um sonho possível. Campo Grande: CASSEMS, 2017.

13.12.25

CASSEMS: modelo de estrutura assistencial gerou debates

 


HISTÓRIA

Investir ou não em hospitais e estruturas próprias de assistência à saúde?


"Outro debate, em 2004, objetivava criar uma rede de hospitais própria. Não era consenso, mas o grupo liderado por Davi possuía a hegemonia da proposta. Os que eram favoráveis a ela argumentavam que outros planos de saúde tinham hospitais que possibilitavam baratear os custos de trabalho com saúde; quem era contra alegava que o investimento que as obras demandariam poderia comprometer financeiramente a entidade. Mas a paralisação dos ortopedistas e traumatologistas de Dourados teve um peso importante para que a direção da Cassems aprovasse, nesse mesmo ano, a proposta de compra do hospital Mater Dei, o único que atendia os conveniados à Cassems em Dourados, e estava próximo de fechar suas portas." (p. 76)


Ao estudar a história da Cassems em 2017, sendo gestor eleito da Cassi à época, me chamou atenção essa questão da definição do modelo de estrutura assistencial, se seria própria ou toda terceirizada, ou seja, comprando no mercado capitalista os procedimentos e materiais de saúde. 

O livro nos conta, no capítulo 7, a falta de consenso sobre o tema da verticalização na Cassems em seus primeiros anos de existência. 

No capítulo seguinte, vimos que a divergência de modelo de gestão de saúde foi um dos motivos por haver duas chapas nas eleições da direção em 2007. Venceu o grupo que defendia investimentos em estruturas próprias de saúde para atender seus beneficiários. 

"Entre 2008 e 2010, a nova diretoria atuou fortemente na consolidação da rede de hospitais e incrementou sua relação com os beneficiários..." (p. 89)


Eu tenho simpatia pela questão da verticalização nos sistemas de saúde da classe trabalhadora - como as autogestões -, e no sistema público, o nosso SUS. 

Óbvio que a questão merece estudos, mas conhecendo o papel do mercado capitalista na área de saúde, sei que a saúde das pessoas não é o objetivo dos médicos capitalistas. A doença dá lucro, leito ocupado e procedimentos dão lucro. 

Prevenção e gente sadia não gera lucro para a "indústria" da saúde, e consequentemente para os donos do "negócio", médicos capitalistas. 

Enfim, a Cassems, me parece, segue sendo uma Caixa de Assistência de sucesso em seus quase 25 anos de existência. Entendo que a direção e os servidores têm feito boas escolhas. 

William Mendes 

13/12/25


Bibliografia:

SILVA, Eronildo Barbosa da. CASSEMS 15 anos: autogestão em saúde: um sonho possível. Campo Grande: CASSEMS, 2017.

12.12.25

CASSEMS enfrenta questão dos custos médicos



HISTÓRIA

Custeio do plano de saúde dos servidores e o custo dos serviços pela Tabela CBHPM


"Na sequência, a palavra foi facultada ao diretor Ricardo Ayache para explicar os impactos da nova tabela dos médicos nas contas da empresa. Ayache informou que a Cassems possuía 1.314 credenciados e vivia um momento de dificuldades em função da ameaça da imposição da CBHPM, que contém preço de todas as atividades médicas do Brasil. Falou que, caso fosse aprovada a tabela, uma cesariana, que custava R$ 179,00, passaria para R$ 384,00." (p. 77)


A leitura do capítulo 7 do livro comemorativo dos 15 amos da Cassems é muito esclarecedora para pessoas interessadas nas questões da Cassi, autogestão em saúde dos funcionários do Banco do Brasil. 

A Cassems havia sido criada há 3 anos e em 2004 enfrentava desafios muito comuns ao dia a dia da Cassi: falta de credenciados nos interiores, custeio do plano e preço dos serviços médicos do mercado de saúde privado e capitalista. 

Naquela época, a Cassi havia terminado seus estudos internos, iniciados após a reforma estatutária de 1996, sobre o melhor modelo de Atenção Primária (APS) e havia lançado a Estratégia de Saúde da Família (ESF), em 2003, com objetivo de abranger com cuidados preventivos e monitoramento de crônicos o conjunto dos assistidos do Plano de Associados (mais de 400 mil vidas) e mais os crônicos do Cassi Família. 

A direção da Cassems precisou vencer longos debates com sindicatos e servidores para equalizar o novo custeio da Caixa de Assistência e fortaleceu no processo a decisão de adquirir rede própria de hospitais inclusive para enfrentar a questão do mercado médico quase cartelizado no país (opinião minha).

Capítulo excepcional da história da autogestão dos servidores de Mato Grosso do Sul e das autogestões em saúde lidando com um mercado cuja saúde é negócio para enriquecer uma classe de profissionais de determinada área do conhecimento humano. 

William Mendes 

12/12/25


Bibliografia:

SILVA, Eronildo Barbosa da. CASSEMS 15 anos: autogestão em saúde: um sonho possível. Campo Grande: CASSEMS, 2017.

11.12.25

CASSEMS e a verticalização de sua estrutura assistencial



HISTÓRIA

Quando era gestor eleito da CASSI, autogestão em saúde dos funcionários do Banco do Brasil, me interessei pela história de sucesso da CASSEMS, criada em 2001 tendo como referência a nossa Caixa de Assistência. 

Um dos temas de meu interesse era a questão da estrutura própria de saúde e administração da autogestão dos servidores de Mato Grosso do Sul, questão conhecida como verticalização. 

"Como havia críticas pelo fato de a entidade continuar usando alguns imóveis do governo do estado e como a direção da entidade almejava construir sede própria para as unidades regionais, decidiu-se, em 2002, adquirir um imóvel na área central de Campo Grande, no bairro São Francisco, onde passou a funcionar a sua unidade regional. Logo em seguida, adquiriu um amplo terreno próximo ao Parque das Nações Indígenas, onde funciona a sua sede atualmente." (p. 67)


Uma questão chama a atenção: os gestores comentam no livro a importância que o investimento em estruturas próprias teve em relação aos fundos garantidores, exigências frequentes no setor.

"A compra desses imóveis foi possível, inicialmente, porque todas as operadoras de plano de saúde são obrigadas a manter um fundo de reserva, ou seja, um montante em numerário ou imobilizado para garantir, em caso de dificuldade financeira, o andamento e a solidez do negócio. Corretamente, a direção da Cassems percebeu oportunidade na aquisição desses imóveis. Nessa fase, começaram os investimentos, era um indicativo forte de que a entidade estava no caminho certo." (idem)


Na minha opinião, essa experiência da Cassems poderia ser estudada por outras autogestões, dentro do modelo de associativismo e cooperativismo, setor que sofre muito pela concorrência desproporcional com o mercado capitalista de saúde. 

William Mendes 

11/12/25


Bibliografia:

SILVA, Eronildo Barbosa da. CASSEMS 15 anos: autogestão em saúde: um sonho possível. Campo Grande: CASSEMS, 2017.

Desafios iniciais da CASSEMS



HISTÓRIA

IMPASSE COM APOSENTADOS E PENSIONISTAS

"Só que o início da Cassems não foi povoado só de notícias boas. Aposentados e pensionistas foram à justiça para não pagar a contribuição de 3% de seus salários, alegavam que a contribuição era injusta e ilegal porque eles eram isentos dela, no tempo do Previsul..." (p. 61)


A história da Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul é uma referência importante quando se estuda modelos de autogestão em saúde, uma forma de associativismo e cooperativismo. 

O capítulo 5 do livro comemorativo da CASSEMS nos conta um pouco das dificuldades que os trabalhadores enfrentaram e venceram ao não optarem por planos de mercado para a questão da saúde suplementar.

Ao mudarem do antigo modelo Previsul (falido) para a autogestão, cerca de 12 mil aposentados e pensionistas discordaram do modelo solidário de todos contribuírem com 3% dos benefícios e o Estado com 3%. 

As lideranças sindicais foram fundamentais no processo de superação dessa questão. As entidades políticas trabalharam muito a questão do pertencimento. 

A CASSEMS É UM INSTRUMENTO DO SERVIDOR 

"(...) os líderes sindicais dos servidores, que haviam desempenhado papel decisivo na criação da Cassems, meses antes, passaram a atuar com muita determinação no trabalho de conscientização dos usuários contra qualquer tipo de anomalia envolvendo a Caixa de Assistência." (p. 62)


Em 2014, quando cheguei eleito com apoio dos sindicatos à direção da CASSI, dos funcionários do Banco do Brasil, precisamos definir estratégias de defesa da Caixa de Assistência e fizemos um trabalho intenso de pertencimento para que os associados não caíssem na lábia da direção do patrocinador (banco) e aceitassem a tese da quebra da solidariedade no modelo de custeio do Plano de Associados. 

Deu certo naquele momento da história da CASSI. Até 2018 o custeio foi mantido como era desde 1996.

Enfim, depois vieram novos desafios aos participantes do plano e às entidades sindicais. A luta de classes continua.

William Mendes 

11/12/25


Bibliografia:

SILVA, Eronildo Barbosa da. CASSEMS 15 anos: autogestão em saúde: um sonho possível. Campo Grande: CASSEMS, 2017.

10.12.25

Fundação da CASSEMS



HISTÓRIA

A CASSI foi a referência para a criação da CASSEMS em 2001. O PT e os sindicalistas foram importantes na criação da autogestão. 


"Quando as lideranças perceberam que haviam perdido o debate sobre a reforma administrativa, procuraram o governo e propuseram que a previdência e a assistência à saúde ficassem com elas. O governo Zeca se dispôs a fazer o debate, o governador conhecia a experiência da Caixa de Assistência do Banco do Brasil, sabia perfeitamente que os trabalhadores têm competência para gerir suas entidades de defesa mútua e outros organismos." (p. 49)


Duas figuras do PT foram centrais na criação da autogestão dos servidores do Mato Grosso do Sul, pelo que leio no livro da CASSEMS: Zeca do PT e Gleisi Hoffmann, que à época era secretária de Estado de Reestruturação e Ajuste (p. 50).

O capítulo é fundamental para compreender as polêmicas e contradições da época: as categorias de servidores de maiores salários não queriam a criação da autogestão por uma questão egoísta (opinião minha), porque achavam cara a contribuição de 3% (a proposta era 3% para o Estado e 3% para o servidor, pág. 51).

Esse grupo da elite preferiu planos de mercado, cerca de 5 mil beneficiários (p. 52).

As grandes categorias de servidores seguiram as lideranças sindicais e criaram a CASSEMS em assembleia no dia 16/02/01 (p. 55)

Por causa dos sindicalistas e da esquerda, temos hoje uma das maiores autogestões em saúde do país, a CASSEMS.

William Mendes 

10/12/25


Bibliografia:

SILVA, Eronildo Barbosa da. CASSEMS 15 anos: autogestão em saúde: um sonho possível. Campo Grande: CASSEMS, 2017.

9.12.25

Uma assistência à saúde como a CASSI do BB



HISTÓRIA

"(...) houve uma CPI que constatou que o Previsul estava falido e não prestava para atender à saúde nem à previdência. Quis o destino ou a sorte que eu virasse governador do estado, e quando assumi o mandato, encontrei um modelo de gestão falido, por isso resolvemos fazer uma reforma administrativa, neste momento, cumpriu um papel importante a Gleisi Hoffmann (...). Certo dia, ela falou que tínhamos de separar a previdência da assistência à saúde, e propôs para a assistência à saúde um modelo parecido com o da Cassi, do Banco do Brasil, que eu conhecia. Eu achei interessante a ideia, pedi que aprofundasse os estudos, o que culminou com a Cassems..." (p. 32)


Essa história é interessante. Zeca do PT assumiu o governo do estado de Mato Grosso do Sul em 1999 e como funcionário do Banco do Brasil conhecia nossa autogestão em saúde, a CASSI. 

Nós havíamos optado por um modelo de gestão fora do RH do Banco, na reforma estatutária de 1996. 

E a CASSI passaria a fazer a gestão da saúde de seus associados através de um modelo de Atenção Integral à Saúde, focado em prevenção e promoção de saúde e Atenção Primária.

Os servidores públicos do Mato Grosso do Sul optaram, em sua maioria, em seguir esse modelo. Uma parte deles optou por planos de saúde de mercado.

A CASSEMS vai completar 25 anos em 2026 e segue sendo uma das melhores autogestões do país. 

Decisão acertada de nossos colegas petistas no final dos anos noventa. Venceu a solidariedade, o associativismo e o cooperativismo. 

William Mendes 

09/12/25


Bibliografia:

SILVA, Eronildo Barbosa da. CASSEMS 15 anos: autogestão em saúde: um sonho possível. Campo Grande: CASSEMS, 2017.

CASSI seguiu existindo após IAPs



HISTÓRIA

"Com base na Lei Eloy Chaves, consagrada em 1923, iniciativa muito comemorada pela classe operária nacional, foi instituído o sistema de Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs) o sistema era gerido de forma tripartite: governo, empregados e empresas contribuíam. Os trabalhadores, essencialmente, participavam do Conselho Administrativo dessas Caixas." (p. 21)


A Lei Eloy Chaves permitiu que trabalhadores passassem a ter acesso, também, a assistência médica através de Caixas de Assistência. 

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"Em meio ao debate político sobre saúde e previdência da década de 1930, surgiu o decreto que criou os Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs). Estivadores, transportadores de cargas, comerciários, bancários, industriários, entre outros, foram beneficiados. Na virada da década de 1930 para 1940, a maioria das CAPs foi absorvida pelos IAPs, embora algumas tenham sobrevivido, como é o caso da Cassi, do Banco do Brasil, criada em 1944 e que até o tempo presente continua em operação." (p. 22)


Conhecer a história é importante para nós da classe trabalhadora para que tenhamos melhor compreensão da realidade objetiva.

A CASSI da comunidade de funcionários do Banco do Brasil não é um plano de saúde, não é! É uma Caixa de Assistência, baseada em princípios solidários como associativismo e cooperativismo. 

É por isso que a razão de ser da CASSI é o Plano de Associados e não seus planos comerciais para grupos de afinidade até determinado grau de parentesco com associados. 

William Mendes 

09/12/25


Bibliografia:

SILVA, Eronildo Barbosa da. CASSEMS 15 anos: autogestão em saúde: um sonho possível. Campo Grande: CASSEMS, 2017.

Autogestão e solidariedade de classe



HISTÓRIA

"O objetivo dessas associações era proteger o trabalhador associado do desemprego ou da enfermidade. As entidades custeavam despesas de funeral dos sócios, concediam alguma ajuda financeira quando o trabalhador estava desempregado ou enfermo, e, em alguns casos, também custeava as despesas da viúva e dos filhos do sócio." (p. 17)


O livro "CASSEMS 15 anos: autogestão em saúde: um sonho possível" (2017), de Eronildo Barbosa da Silva, nos conta a história de sucesso do associativismo e cooperativismo dos servidores públicos do estado do Mato Grosso do Sul. 

O primeiro capítulo aborda a questão histórica da solidariedade da classe trabalhadora desde séculos passados.

Como os donos do poder sempre atuaram para impedir a união e solidariedade da classe trabalhadora, até os nomes das associações e sindicatos tinham que disfarçar os objetivos reais para que as entidades de classe pudessem existir.

Eram associações "religiosas", com nomes de santos, de amigos, de ajuda mútua etc.

Conheci a CASSEMS quando era gestor eleito de outra autogestão em saúde, a CASSI, dos funcionários do Banco do Brasil. 

O livro comemorativo dos 15 anos de existência da CASSEMS me trouxe, à época, muita informação relevante sobre o tema e este setor de saúde suplementar. 

Ler é sempre uma atividade diferenciada de nossa espécie. Sigamos lendo e estudando. 

William Mendes

09/12/25


Bibliografia:

SILVA, Eronildo Barbosa da. CASSEMS 15 anos: autogestão em saúde: um sonho possível. Campo Grande: CASSEMS, 2017.

7.12.25

Diário e reflexões



EPIDEMIA DE VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES

Somei hoje com a militância paulista no ato de luta contra a epidemia de violência contra as mulheres. É desesperador e revoltante o quanto vem aumentando as diversas formas de violência de gênero no Estado de São Paulo e no Brasil. Os atos ocorreram em diversas cidades do país.


Cada manifestação no carro de som denunciou casos recentes de feminicídio, estupros, ameaças à integridade física e psicológica de mulheres e pessoas trans e cobrou soluções das autoridades públicas e investimento em redes de apoio social.


Essa causa é uma causa de homens e mulheres, é de toda a sociedade. Aos homens, não basta apoiar a causa, temos que lutar junto com as companheiras.


Eu não tenho dúvidas do quanto avançou a violência de gênero e as estatísticas à medida que avançaram as agendas e pautas da extrema-direita no país e no mundo.

O avanço do extremismo de direita encontrou terreno fértil no Brasil, um dos países que mais matam pessoas LGBT e mulheres no mundo.


Também opino que é urgente que se regulamente o funcionamento das redes sociais e das big techs no Brasil, pois a internet virou ferramenta de violência e práticas criminosas. 

E a tecnologia poderia ser melhor utilizada em benefício da sociedade humana como um todo e não em benefício de alguns e prejuízo das maiorias.


Durante o ato, encontrei nosso mestre e companheiro de longas jornadas formativas, Carlindo Oliveira, economista, professor e intelectual que dedicou sua vida ao Dieese, o Departamento Intersindical está completando 70 anos nessa semana.

Temos que nos unir por um país e mundo mais justo, igualitário e solidário; temos que salvar a humanidade e o planeta Terra e todas as formas de vida do modo de produção capitalista e dos capitalistas.

Sigamos nas lutas, não vamos desistir da vida e do mundo por causa de uns poucos fdp egoístas que estão destruindo tudo.

#NemUmaAMenos

#MulheresVivas

#FimDaViolênciaDeGênero

William Mendes

07/12/25