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30.5.15

Um ano à frente da Cassi




Próximos dias serão de muito trabalho pela Cassi (a luta não pára), mas também de releituras, balanços e reflexões


Completo um ano de trabalho na Cassi neste fim de semana. Um ano de mudanças profundas em minha vida pessoal e de minha família, também por causa disso. Vou reler muito meus escritos, meus compromissos e objetivos traçados. 


Quando olho o que escrevo em meus diários, em meus blogs, tanto o de cultura "Refeitório Cultural" quanto o de trabalho "Categoria Bancária" vejo se não me perdi, se estou firme nos meus princípios, nas convicções e caráter que construí em 46 anos de vida. Se não fui "pescado" pelo sistema hegemônico capitalista que corrompe corações e mentes mesmo quando somos soldados na luta da esquerda progressista e humanista. 

O ano de 2014 e o processo que me levou à nova tarefa foi deveras intenso. Hoje, busco abrandar meu coração em prol do projeto que abracei (Cassi) e mesclar paciência, firmeza de propósito e concentrar energia vital para poder seguir adiante. Enfim, vamos nos revisitar e ver se estamos no caminho correto.


Não sou mais dirigente sindical da CUT, mas levarei sempre em minha vida o que aprendi nessa jornada em termos de concepções, princípios e práticas sindicais e de organização da classe trabalhadora.

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (mandato 2014/18)

29.5.15

Cassi - Estudando a história da Caixa de Assistência



"Assegurar ações efetivas de atenção à saúde por meio de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação, para uma vida melhor dos participantes." (Missão da Cassi)

Comentário do Blog

Nos próximos dias, vou completar um ano à frente da gestão da maior entidade de saúde do País no segmento de autogestão. Fui eleito para a Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil.

A tarefa tem exigido de mim uma rotina intensa porque é de minha natureza ir fundo naquilo que faço. Ao chegar eleito ao movimento sindical lá em 2002 (e foi assim até 2014), dediquei quase 24 horas de minha vida diária numa mescla entre o lado intelectual e o lado da prática sindical, estudando, conhecendo a história do movimento social que passei a representar e, ao mesmo tempo, tivemos que atuar nas bases, organizando as mobilizações, dormindo tarde, madrugando etc.

Na nova missão na Caixa de Assistência não seria diferente. Ao chegar à Direção da Cassi, tinha claro que para melhorar a perspectiva de atuação como representante eleito pelo Corpo Social teria que estudar muito, pois estamos atuando em uma empresa do setor de mercado que movimento R$ 110 bilhões/ano. Devo conjugar conhecimentos técnicos em saúde com o nosso viés ideológico de representante dos interesses dos trabalhadores, com um "mercado" agressivo que nem sempre tem como prioridade a saúde das pessoas (pelo contrário, o que dá lucro é a doença), e outras grandes variáveis como a trágica questão das receitas no setor serem sempre insuficientes para as "demandas" de saúde (aqui, demandas não é o mesmo que necessidades em saúde).

Conhecer a história do movimento sindical, social e dos funcionários do Banco do Brasil já me dá uma condição importante a agregar ao mandato. Estou me debruçando em dezenas de horas mensais para estudar e compreender os porquês das dificuldades da Cassi e as melhores perspectivas de perenidade para nossa entidade de saúde, sem perda de direitos para o Corpo Social. Tenho claro que minhas posições em defesa da Cassi me levarão a embates duros com a Direção do Banco do Brasil e com diversos atores que atuam no movimento. Isso faz parte e não me incomodo com isso.

Todo esse estudo, essa narrativa de nossa história de luta e da entidade, nos ajuda a retransmitir ao Corpo Social e suas entidades representativas fatos e versões de uma mesma história. Mas acho válido ouvir versões, pois o intuito é dar mais pertencimento para todos que são associados e que têm na Cassi uma segurança para levar uma vida melhor, como está dito na missão da Caixa de Assistência.

Segue abaixo um histórico sintético da Cassi a partir do próprio site da entidade. Tenho muitos senões a esta versão da história que abaixo lemos, porque sei como gestor que a comunicação formal, institucional, pertence ao Banco e tenho muita dificuldade de influenciar na atualidade na qualidade da informação do site da Cassi. Tanto é verdade que não consigo como Diretor de Saúde publicar matérias sobre as Conferências de Saúde da Cassi como gostaria. É mole?

Mas é bom ler porque sempre se aprende muito com isso.

ATENÇÃO: sublinhei alguns pontos porque eles têm relação com o que estou debatendo na atualidade com o Banco em relação à sua responsabilidade com a situação atual e que me dá a certeza de que o BB tem que assumir sua parte no déficit da Cassi e ser parte da solução na implantação do modelo assistencial definido com ele desde 1996 e até agora não testado na sua totalidade porque receitas foram criadas para isso em 1996, foram reforçadas para isso em 2007 e, por incrível que pareça, a implantação do modelo continua no mesmo lugar desde que entrou mais de 1,5 bilhão entre 2007 e 2014. 

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi



(reprodução do texto original)

História da Cassi - (site da entidade em 2015)


A Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (CASSI) é uma empresa de autogestão em saúde fundada em 27 de janeiro de 1944 por um grupo de funcionários do BB. O objetivo era ressarcir as despesas de saúde dessa população. Com 70 anos de existência, a CASSI é hoje uma das maiores instituições sem fins lucrativos administradora de planos de saúde do País. Atualmente, tem mais de 700 mil participantes.



Conheça um pouco mais dessa história:


1944 

No primeiro ano, a CASSI tinha 3,5 mil associados, de um total de 7,2 mil funcionários do Banco do Brasil.

1962 

A Entidade cria regulamento próprio de auxílios e admite a adesão de aposentados e pensionistas.

1967 

A extinção do Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Bancários (IAPB) deteriora os serviços médico-hospitalares dos funcionários do BB, gerando uma corrida aos serviços da CASSI e impulsionando o crescimento da Caixa de Assistência.

1970 

A CASSI assume completamente a assistência à saúde dos funcionários do Banco do Brasil. Três anos mais tarde, a filiação à Caixa de Assistência torna-se obrigatória.

1974 

Nova reforma estatutária altera o valor das contribuições. O associado passa a contribuir com 1% de seus proventos gerais, enquanto o BB contribui com o dobro e assume a Direção da Entidade.

1980

No processo de modernização administrativa, as funcionárias, numa importante conquista, conseguem inscrever seus maridos ou companheiros como beneficiários do Plano de Associados.

1986

Início da reformulação estatutária traz significativas mudanças: os associados passam a eleger um diretor de Auxílios.

1989

A Sede da CASSI muda-se do Rio de Janeiro para Brasília.

1995

Estudos atuariais apontam para a necessidade de se aumentar a contribuição do associado, para equilibrar as finanças e tornar a Caixa de Assistência uma empresa auto-sustentada.

1996

Com a aprovação de um novo Estatuto, inicia-se o processo de autonomia da CASSI em relação ao Banco do Brasil. A Caixa de Assistência passa a assumir suas próprias despesas administrativas e inicia-se a implantação do novo Modelo Assistencial de Atenção Integral à Saúde. Com essa medida, a CASSI deixou de ser uma simples empresa pagadora de serviços médicos e tornou-se promotora de saúde, especialmente por meio da prevenção de doenças.

1997

Em fevereiro, foi criado o plano CASSI Família, destinado aos familiares dos associados e ex-associados. O novo plano foi desenvolvido a partir de uma pesquisa por amostragem e conquistou 130 mil participantes somente no ano de lançamento.
Representando um dos pilares mais importantes do Modelo de Atenção Integral à Saúde da Entidade, foi implantada a Central CASSI, principal canal de comunicação com participantes e prestadores de serviços. A criação da estrutura da Central possibilitou à CASSI a padronização das liberações de procedimentos em todo território nacional e a profissionalização de sua gestão, com treinamento frequente dos colaboradores nas normas da Entidade, tornando o atendimento e as orientações iguais para todos os participantes. A implantação da primeira CliniCASSI - Unidade de Atenção Integral à Saúde, em Copacabana (RJ), potencializa a utilização dos serviços próprios de saúde, focados no novo modelo assistencial. Nos anos seguintes foram inauguradas CliniCASSI em Campinas, Belo Horizonte, Salvador, Recife e São Paulo.

1998

Lançado novo programa assistencial: o Sempre Saúde CASSI. Nesta ação, uma equipe multidisciplinar (formada por médicos, psicólogos, assistentes sociais e auxiliares de enfermagem) visitava periodicamente a residência dos usuários, aplicando questionários com o objetivo de conhecer o perfil epidemiológico e os hábitos de vida da família. Com o trabalho, a CASSI avaliava riscos de adoecimento e propunha alternativas capazes de reverter quadros desfavoráveis, agindo preventivamente.

1999

Uma importante iniciativa foi a criação dos Conselhos de Usuários, que têm o objetivo de reunir diversos segmentos de participantes para discutir e propor alternativas em prol da saúde. Nesse mesmo ano, a CASSI lança seu site e inaugura a intranet.

2000

Após a virada do milênio, a CASSI amplia ainda mais a sua atuação e firma parcerias em ações de promoção da saúde. Com programas como o antitabagismo (Tabas) e de prevenção de acidentes (Pavas), a Instituição é reconhecida nacionalmente por divulgar informações não somente para os funcionários do Banco do Brasil, mas também para a comunidade com quem se relaciona. O Ministério da Saúde, através do Instituto Nacional de Combate ao Câncer (Inca), concede um prêmio à CASSI pela campanha lançada na Unidade do Distrito Federal.

2001

O ano foi marcado por importantes mudanças, com ênfase na reorganização e reestruturação da Entidade. Para melhor atender os participantes, houve a reformulação da Central CASSI, e a elaboração de um trabalho para a definição de uma política de assistência farmacêutica.

2002

Devido à epidemia de dengue, a CASSI participou de ações para o combate à doença (Programa de Ação Voluntária no Combate à Dengue), investindo na divulgação de informações para conscientizar o público e estimular ações para o combate à dengue. Durante o período, a Caixa de Assistência manteve um hotsite, na Internet, que foi realizado em parceria com o Voluntariado do BB, Anabb, Fenabb e FBB - instituições ligadas ao Banco do Brasil.

2003

Em setembro de 2003, foi realizado o lançamento oficial da Estratégia Saúde da Família, em Brasília. A CASSI assumiu a missão de "prestar assistência integral à saúde do participante com ações de promoção, proteção, recuperação e reabilitação, para a melhoria da qualidade de vida" desde sua reforma estatutária, em 1996. A partir daí, a Entidade se propôs a reorganizar seu Sistema de Saúde, focando na atenção primária e na coordenação dos cuidados dos participantes pelos seus Serviços Próprios. No mesmo ano, a CASSI também lançou o Programa Plena Idade, que objetiva elevar o bem-estar da população idosa, com o desenvolvimento de ações voltadas para a promoção do envelhecimento saudável, a prevenção de doenças, a recuperação da saúde e a reabilitação daqueles que venham a ter sua capacidade funcional restringida.
A CASSI, com a intenção de oferecer novos serviços aos associados, finalizou o estudo sobre o plano odontológico. Neste período, foram cumpridas todas as etapas necessárias à implementação dessa assistência, como a criação de regulamentos, tabelas, manuais de auditoria e de controle, além da customização de um software para o processamento do plano.

2004

A grande festa dos 60 anos da CASSI foi marcada por comemorações em todas as Unidades. Em Brasília, o evento aconteceu no Teatro Nacional e teve como atração uma apresentação da Orquestra Sinfônica da cidade. O slogan CASSI - 60 anos promovendo saúde permeou todas as peças institucionais e atividades durante todo o ano. Neste ano, mais 10 módulos da Estratégia Saúde da Família foram implantados.

2005

A CASSI inaugurou o Programa de Atenção à Pessoa com Deficiência, conhecido como Bem Viver. O programa foi lançado em parceria com a Associação dos Pais e Amigos das Pessoas Portadoras de Deficiência dos Funcionários do Banco do Brasil (APABB). Também foi lançado o Programa Excelência no Relacionamento com o objetivo de obter alto padrão no atendimento nos diferentes pontos e formas de contato com os públicos externos e internos da CASSI. Para isso, foi necessário criar padrões de postura, atitude, desempenho e indicadores que meçam de forma contínua a satisfação, especialmente a dos participantes.
Outra ação de destaque foi a implantação da Política de Referenciamento, que agrega prestadores de serviços aos princípios da ESF, com o objetivo de reforçar a relação com a rede de prestadores de serviços. A intenção é melhorar os atendimentos de saúde na rede, na medida em que os prestadores trabalhem em consonância com as estratégias da CASSI, fortalecendo, desta forma, o modelo assistencial da Instituição. Além disso, a CASSI deve conhecer a sua rede, direcionando os participantes prioritários para os melhores serviços e facilitar uma aproximação mais individualizada.
A CASSI implantou ESF em São Paulo, estado onde existe o maior número de participantes, e consolidou o sistema baseado no modelo de atenção integral à saúde em todas as regiões do País. Foram inaugurados três módulos na capital paulista e três no interior (Ribeirão Preto, Santos e Campinas). Campina Grande (PB) e Londrina (PR) também lançaram a ESF em seus módulos assistenciais. Ainda em 2005, a CASSI conseguiu desenvolver diversos projetos e ferramentas que contribuíram para melhorar a assistência aos participantes. O apoio tecnológico ganhou reforços com os projetos Back Office , que melhorou o gerenciamento da Instituição por meio do software SAP, um dos mais avançados softwares de gerenciamento empresarial disponíveis no mercado, adotado por grandes empresas como Petrobrás, Sadia e Nestlé. O SAP consolida numa única base de dados informações das áreas de finanças, tesouraria, controladoria, compras, contratações e serviços, planejamento e manutenção, gerenciamento de projetos e recursos humanos, permitindo que todas essas áreas se comuniquem e integrem seus processos gerenciais.

2006

A CASSI encerrou o ano com mais de 100 mil participantes cadastrados na Estratégia Saúde da Família (ESF) e um total de 478 mil atendimentos prestados pelas 107 equipes de Saúde da Família. Também este ano aconteceram 749 atividades coletivas, reunindo quase 13 mil pessoas ao longo do ano. Em 2006 a CASSI atingiu o melhor índice na história em Exames Periódicos de Saúde (EPS), realizando em tempo recorde (5 meses de programa), 99% dos exames previstos. A Caixa de Assistência ganhou força em suas negociações ao aumentar o número de participantes de seus planos e estabelecer o Convênio de Reciprocidade com a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Rio Grande do Sul (Cabergs) e com o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). Com essa expansão, a CASSI conquistou 30.776 vidas na modalidade de Convênio de Reciprocidade. Tais convênios, amparados pela Lei nº 9.656/98, que trata da regulamentação dos planos de saúde, fortalecem o sistema de autogestão, contribuindo para reduzir o custo fixo por participante da CASSI. Outros convênios que a CASSI administra:   ABET - Associação Beneficente dos Empregados em Telecomunicações, PROASA - Programa Adventista de Assistência à Saúde, TRT - PA - Plano de Assistência à Saúde da Justiça do Trabalho da 8ª Região, SERPRO – Serviço Federal de Processamento de Dados, BACEN – Banco Central do Brasil.
Em 2006, a CASSI foi uma das primeiras operadoras a obter o registro junto à Agência Nacional de Saúde (ANS) e ainda implantou o novo Sistema de Gestão Empresarial (SGE) que otimizou os processos de gerenciamento e contribuiu para a redução das despesas administrativas.

2007

Projeto de Automação do Faturamento e Relacionamento (AFR) é implementado. O objetivo é estabelecer uma solução automatizada e em tempo real para a autorização de procedimentos, recebimento de contas médicas e estreitamento de relacionamento com prestadores e beneficiários. O Hospital de Olhos de Brasília (HOB) foi o pioneiro na implementação do novo sistema.
O Plano CASSI Família completa 10 anos com a responsabilidade de cuidar de mais de 280 mil vidas. Desde a sua criação, em 1997, a Caixa de Assistência promoveu uma série de iniciativas para aprimorar o plano como otimização da Rede Credenciada, modernização dos sistemas tecnológicos e ampliação das ações de atenção à saúde.   Neste ano, foi firmado convênio de reciprocidade com o TST (Plano de Assistência Multidisciplinar à Saúde e de Benefícios Sociais do Tribunal Superior do Trabalho).

2008

Com a reestruturação organizacional, a CASSI passou a ter uma Unidade em todos os Estados. Houve também mudança no critério para abertura dos Serviços Próprios, as CliniCASSI, que prestam serviço assistencial aos participantes. Para a implantação de um desses pontos de atendimento, é necessário que exista no município ou região 1,2 mil participantes, sendo 800 do Plano de Associados. Com essas regras, foi possível expandir a implementação de CliniCASSI para o interior do país. No Plano de Associados, a CASSI institui a co-participação de 10% em diagnoses e terapias não-vinculadas à internação, como fator moderador na utilização de eventos médicos e hospitalares. A Entidade realizou pesquisa sobre a abrangência e qualidade da rede credenciada, com o objetivo de aprimorar a rede. Outra ação realizada no ano foi o recadastramento nacional dos participantes. A CASSI venceu o Top Hospitalar 2008 na categoria Autogestão. Considerado um dos principais prêmios do setor no país, o Top Hospitalar é concedido a empresas e profissionais que se destacam na área da saúde. A Entidade também foi bem avaliada no Índice de Desempenho de Saúde Suplementar, elaborado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A pontuação recebida ficou entre 0,60 e 0,79 no Índice, que vai de zero a 1. Apenas 15,4% das operadoras de saúde avaliadas no país obtiveram pontuação semelhante ou superior.

2009

A CASSI ganhou pelo segundo ano consecutivo o Top Hospitalar. Esse foi o reconhecimento por se destacar, ao longo de 2009, como Instituição que contribui para o desenvolvimento e fortalecimento do setor de saúde no País. Cerca de 200 líderes do setor de saúde – executivos e representantes do mercado de saúde, administradores hospitalares, líderes de associações de classes e principais executivos de seguradoras e planos de saúde – elegeram a CASSI como o melhor plano de autogestão do País.   Outro fato que comprovou a qualidade dos serviços da CASSI foi a classificação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). No Índice de Desenvolvimento da Saúde Suplementar (IDSS), apenas 19,3% das 1.078 operadoras médico-hospitalares avaliadas foram classificadas nos dois patamares superiores de pontuação. A CASSI ficou nesse grupo qualificado de operadoras, com o índice de 0,78 (uma melhora significativa em relação à edição anterior do IDSS, na qual obteve 0,65). As 870 operadoras restantes, que representavam 80,7 do total, foram consideradas insatisfatórias ou regulares, com pontuações entre zero e 0,59.   Cabe também destacar a ampliação do atendimento da Central CASSI. Em julho de 2009, o 0800 729 0080 alcançou a meta de atender pelo menos 80% das ligações em até 20 segundos (nível de qualidade do mercado). O nível de excelência também foi alcançado pela Estratégia Saúde da Família (ESF). Em entrevistas realizadas ao longo de 2009 com associados cadastrados na Estratégia, 88% disseram estar satisfeitos ou muito satisfeitos com a ESF e 80% afirmaram que os profissionais das CliniCASSI conseguem resolver os problemas de saúde apresentados pelos associados.

2010

Em 2010 foi realizada a mais completa radiografia da Caixa de Assistência, que revelou as impressões de todos os seus públicos estratégicos. Foram entrevistadas, por telefone, 22.732 pessoas, por instituto de pesquisa independente, que realizou as pesquisas de satisfação com participantes e prestadores de serviço, de comunicação interna e externa e de Estratégia Saúde da Família (ESF). Participantes, colaboradores e credenciados foram entrevistados entre novembro de 2010 e janeiro de 2011. A pesquisa com participantes contemplou mais de 1,2 mil municípios, e o levantamento com prestadores, mais de 170 cidades. A pesquisa com a rede credenciada incluiu profissionais, instituições e serviços de saúde. O alto nível de satisfação dos participantes e prestadores mostrou que a CASSI está no caminho certo, mas houve índices que apontaram necessidade de melhorias, como as notas dadas pelos participantes para a oferta e amplitude da rede credenciada.  
A avaliação dos participantes: De uma nota de zero a 10, a Caixa de Assistência obteve uma média nacional de 7,9 pontos, um nível de satisfação alto entre os participantes, incluindo funcionários do Banco do Brasil (ativos), aposentados, pensionistas e beneficiários dos Planos CASSI Família 1 e 2. As diferenças apareceram quando os públicos foram segmentados: Os ativos foram os que apresentam menor satisfação (7,2), seguidos dos aposentados (7,7). A maior nota foi dada pelos pensionistas, com satisfação de 8,7. As notas obtidas por público ficam na faixa de alta satisfação, entre 7 e 8 pontos. Nos resultados divididos por região do País, o Nordeste apresentou uma média elevada de satisfação com relação à CASSI (8,3). Já a região Sul avaliou a Caixa de Assistência em 7,5 pontos. Os Estados que dão as maiores notas são Paraíba (8,6), Ceará e Maranhão (8,5). Os locais com os menores índices são Roraima (5,4), Tocantins (6,2), Santa Catarina e Rondônia (6,9), com uma avaliação considerada moderada.  
(...)
Estratégia Saúde da Família tem aprovação de cadastrados
A Estratégia Saúde da Família (ESF), que norteia as ações de promoção à saúde e prevenção de doenças da CASSI, recebeu nota 8,2, que revela alto nível de satisfação dos seus participantes cadastrados, sendo que metade (exatos 49,9%) deu notas acima de 9. Foram entrevistados 4.335 cadastrados na ESF e a margem de erro nacional foi de 1,43% e por Estado, de 7%. Dos entrevistados, 81,1% procuram ser atendidos pelos mesmos profissionais nas CliniCASSI, o que revela um interesse de vínculo dos pacientes com quem os atende. A capacidade de resolução dos problemas por parte dos profissionais de saúde da CASSI recebeu nota 8,8, o que apontou nota alta para o quesito.

COMENTÁRIOS FINAIS DO BLOG:

- Não está citado no ano de 2001 o Documento Diretor para a Organização de Serviços Próprios (maio) e o documento de Organização do Sistema de Saúde da Cassi (julho). Eles definiram as diretrizes a serem perseguidas na implantação do modelo assistencial Cassi em todo o país.

- Vejam lá em 2003 o Plano Odontológico como direito de saúde na Cassi, para os associados, ou seja, participantes da ativa e aposentados. Anos depois, na reestruturação de 2007 com o aporte de 300 milhões para aprofundar o modelo assistencial, nós negociamos com o BB a implantação do Plano Odontológico. Por questões que até hoje o Corpo Social teria o direito de saber, a direção da Cassi e o BB não implantaram o direito e o Banco disponibilizou um plano de mercado (Odontoprev) somente para o pessoal da ativa, em 2010, com qualidade tão ruim que os bancários praticamente nunca conseguiram utilizar e até o momento, a questão necessita ser recuperada para seu projeto inicial.

- Criada em 2005, a política de referenciamento foi abandonada pela governança da Cassi tempos depois. Ela é fundamental para o modelo assistencial de Atenção Integral à Saúde porque completa o trabalho das CliniCassi, das equipes multidisciplinares da ESF, os Prontuários Eletrônicos (PEP) e mantém todas as informações de saúde e procedimentos realizados pelos participantes atualizadas e acompanhadas em tempo integral.

28.5.15

Palestra sobre "Sustentabilidade da Cassi" - William Mendes


Olá companheir@s, amig@s e colegas do Banco do Brasil,

Estamos realizando neste ano de 2015, em condições especiais, as Conferências de Saúde da Cassi, que renovam os Conselhos de Usuários e fortalece a participação social. O Banco do Brasil e seus representantes na Direção da entidade não aprovaram os recursos para a realização das Conferências. A alegação foi o fato do orçamento do ano estar contingenciado devido ao processo de busca de solução para o reequilíbrio das contas da entidade.

Nós eleitos achamos importante manter a programação das Conferências para as 17 bases sociais previstas em 2015. Decidimos pedir o apoio das entidades representativas do funcionalismo para realizar as Conferências e renovar os Conselhos de Usuários. Aproveitamos para abordar nos eventos o tema do momento - a questão da Sustentabilidade da Cassi.

O Sindicato dos Bancários de Brasília, na ocasião da VII Conferência de Saúde da Cassi DF, gravou as palestras do evento, inclusive a nossa sobre a Sustentabilidade. O vídeo está disponível para as lideranças e pessoas interessadas no tema. Já deixamos aqui o agradecimento ao Sindicato e a tod@s as entidades e pessoas que têm nos agraciado com a ajuda e apoio.

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento Cassi

Fonte: TV Bancários

27.5.15

Proposta do BB para a Cassi - Anabb analisa e se posiciona


Comentário do blog: na 2ª mesa entre BB e entidades representativas do funcionalismo (19/5/15), a Direção do Banco apresentou proposta sobre a Caixa de Assistência. As entidades nacionais e lideranças ficaram de avaliar a proposta entre seus associados e representados.

A Direção da Anabb publicou comentários a respeito da proposta do Banco. Eu achei os apontamentos muito bons. Reproduzo abaixo a matéria.


Eu tenho divergências importantes em relação à proposta da direção do BB, a partir da minha posição de diretor eleito da Cassi e representante do Corpo Social. Minha agenda de trabalho foi uma loucura desde a semana passada. Eu não tive como escrever, mas reafirmo a proposta dos eleitos em aprofundar o modelo assistencial da Cassi e defendemos que o Banco do Brasil faça duas contribuições extraordinárias em 2015 e 2016, cada uma de R$ 300 milhões. Essa proposta não cria obrigação ao BB em fazer provisões sobre responsabilidades futuras com pós-laboral como o Banco afirma por causa da CVM 695.

Se tem um responsável maior pelo modelo assistencial da Cassi de Atenção Integral à Saúde com serviços próprios (CliniCassi) e Estratégia Saúde da Família (ESF) não ter sido completamente implantado na Cassi até o momento, mesmo depois de ter entrado mais de 1,5 bilhão de receitas novas ou extraordinárias, esse responsável é o Banco do Brasil. O modelo foi definido em 1996, 2001 e 2007 e deve atender à 100% do Plano de Associados e 100% dos doentes crônicos do Cassi Família. Desde 2007, implantação está parada na casa dos 40% do Plano de Associados. Isso é fato!

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento

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Comentários da ANABB sobre a proposta do BB para a Cassi


Na reunião de negociação ocorrida dia 19 de maio, o Banco do Brasil concordou com as entidades representativas dos associados sobre algumas premissas básicas que deveriam nortear a busca de soluções para a Cassi. 

Entre estes consensos estava o de que o Modelo de Atenção Integral à Saúde, por intermédio da Estratégia Saúde da Família, é a maneira mais adequada de garantir a saúde das pessoas, com ênfase na prevenção e não na cura, com menor custo e maior resolubilidade. Por isso, o BB afirmou que estava disposto a apoiar as medidas estruturantes apresentadas inicialmente pelos dirigentes eleitos da Cassi e agora encampadas pelas entidades que participam da mesa de negociação, enfatizando que entende que a gestão da Caixa deve ser aperfeiçoada para que o modelo que está em execução há quase 20 anos possa dar resultados mais concretos, tanto do ponto de vista da melhoria da saúde dos participantes, quanto do ponto de vista da viabilidade econômica. 

O Banco também concordou que nenhum funcionário, da ativa ou aposentado, pode ficar desamparado em relação à saúde.

A proposta apresentada pelo BB na mesa de negociação, de fato, não altera o nível de contribuição pessoal ordinária e procura viabilizar a implantação das medidas estruturantes com vistas a perenizar a sustentabilidade econômica e financeira da Cassi. Também preserva a solidariedade em relação às contribuições ordinárias, já que todos os participantes continuariam contribuindo com 3% dos seus salários.

Entretanto, a proposta também traz pontos extremamente preocupantes, como abordaremos a seguir.


Primeira parte da proposta – a transferência de R$ 5,83 bilhões para a Cassi

O próprio Banco reconhece que a transferência para a Cassi das provisões pós-laborais existentes em seu balanço por conta do que dispõe a CVM 695, somadas ao adicional de 0,99% nas contribuições patronais mensais para os ativos, serviriam apenas e tão somente para manter o nível das contribuições feitas hoje pelo BB. Isso, obviamente, se auditorias nos números, sob controle dos associados, confirmarem que as premissas utilizadas nos cálculos estão corretas. Ou seja, esta parte da proposta não melhora em nada o sistema de custeio da Cassi. Na melhor das hipóteses, mantém as contribuições do BB nos níveis de hoje, sem avaliação ou projeção do crescimento do custo da saúde para os próximos anos.

Já para o Banco do Brasil, esta proposta traz vantagens extremamente significativas, dentre elas o aumento do seu patrimônio líquido e o consequente incremento da capacidade de emprestar dinheiro, potencializando o lucro do BB ao longo do tempo. Esse fato, por sua vez, deve trazer uma considerável elevação no valor de mercado das ações do Banco. 

O BB vem afirmando ao longo dos debates recentes que não pode aumentar sua contribuição mensal, nem fazer aportes extraordinários porque isso, de acordo com o previsto na CVM 695, o obrigaria a fazer provisões gigantescas. Para cada 1% de aumento na sua contribuição mensal, o BB alega que teria que elevar as provisões para o pós-laboral em R$ 1,3 bilhões. 

Com a transferência das provisões e do compromisso com os aposentados para a Cassi, o Banco não teria mais este impacto. Por isso, a ANABB entende que ele estaria em condições de apresentar proposta de incremento em sua contribuição mensal para a Caixa de Assistência, além dos 0,99% que considera necessários para manter o fundo capitalizado.


Segunda parte – BB concorda com a implantação das ações estruturantes


Na segunda parte de sua proposta, o BB registra que concorda com a implantação das medidas estruturantes defendidas pelos negociadores dos associados, as quais têm custo estimado em R$ 150 milhões. No entanto, a conta fica só com a Cassi. O argumento utilizado pelo BB é que o fundo de R$ 5,83 bilhões, ao passar para o nome da Caixa de Assistência, serviria para garantir as atuais reservas obrigatórias, como a PEONA. Com isso, segundo o Banco, as reservas atuais da Cassi para este fim estariam liberadas para uso. Poderiam cobrir o déficit previsto para este ano e para 2016, além de viabilizar a implantação das medidas estruturantes, as quais preveem, a partir de 2017, economia significativa de despesas comparando-se o futuro custo com o custo projetado antes das medidas.

Há sérias dúvidas, em primeiro lugar, de que o novo fundo em nome da Cassi libera as atuais reservas obrigatórias que a Caixa precisa manter para cumprir a regulamentação da ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar. Mesmo que libere, a ANABB entende que não é justo que o BB não entre com recursos para o projeto, já que continuará fazendo parte da gestão da Caixa de Assistência e não teria mais o ônus da CVM 695. Sem falar que, ao propor que o fundo fique na BB DTVM, o Banco teria outros ganhos indiretos.

Na visão da ANABB, se a discussão sobre a proposta do BB avançar, é imprescindível que a instituição financeira participe com recursos extraordinários para a implantação das medidas estruturantes defendidas pelos negociadores dos associados. 

Aliás, para fazer uma análise mais aprofundada do impacto que tais medidas terão na estrutura de despesas da Cassi, os representantes dos associados que participam da mesa de negociação precisam conhecer em profundidade tudo que está previsto no seu bojo, para avaliar com maior segurança os impactos positivos previstos na Cassi. 


Terceira parte – repartição de eventuais déficits futuros apenas entre os participantes

Aqui, na avaliação preliminar da ANABB, está o ponto mais preocupante de todos em relação à proposta do BB. 

Ora, se o Banco do Brasil sempre esteve presente na gestão da Cassi, e pretende continuar na administração da Caixa de Assistência – ainda mais ocupando a Presidência e a área financeira da Diretoria Executiva –, não tem a menor racionalidade a hipótese de que apenas os participantes paguem a conta de eventuais déficits futuros. O BB estancaria as possibilidades de ele aportar recursos e todos os riscos ficariam nas costas dos participantes.

Entre esses riscos estão os problemas de gestão (sendo que o Banco é uma parte importante dela), o aumento da longevidade dos associados, o descasamento entre a inflação da saúde e o reajuste dos salários e benefícios dos associados, entre outros. Isso sem falar que o próprio Banco pode dar causa à diminuição das receitas da Cassi, como aliás já fez em passado recente, quando modificou unilateralmente o Plano de Cargos e Salários ou quando, na década de 90, deu reajuste zero aos salários dos seus funcionários por vários anos.

Portanto, a improvável concordância com a ausência do BB na repartição de eventuais déficits futuros representaria um suicídio mais do que retórico dos associados. Por isso, é imprescindível que o Banco também se responsabilize por eventuais déficits futuros.

Além disso, a ANABB entende que a repartição de parte de eventual déficit futuro entre os associados não pode ser pautada pelos fatores propostos pelo BB, como idade, grupo familiar (número de dependentes) ou mesmo a utilização do plano. Entendemos que isso é, sim, rompimento do princípio da solidariedade, segundo o qual cada um paga na medida da sua capacidade e utiliza o plano de acordo com suas necessidades. Se alguma coisa neste sentido for em frente, a ANABB avalia que o único fator que deve pautar uma eventual repartição de déficit entre associados é a renda, ou seja, o mesmo fator que fundamenta a contribuição de hoje, 3% do salário de cada associado.

Conclusão

A ANABB continua aberta a conversar com todas as representações de funcionários, da ativa e aposentados, assim como com o Banco do Brasil, na busca de soluções perenes para a sustentabilidade da Cassi.
Podemos avançar no estudo e aperfeiçoamento da proposta apresentada pelo BB e da que nasceu com os dirigentes eleitos da Cassi e depois foi encampada pelos negociadores dos associados, como também podemos estudar outras alternativas. 

O fundamental é que continuemos a respeitar as principais premissas que unem as diversas representações de associados: cobertura digna e suficiente para a saúde de todos (ativos, aposentados, dependentes, pensionistas), dentro de um modelo solidário de atenção integral à saúde, priorizando a prevenção e não a cura, com o BB sendo co-responsável de fato, em todos os sentidos, pela saúde dos associados.



Fonte: Anabb

25.5.15

Conferência no Recife discute a sustentabilidade da Cassi (matéria Sindicato)


(reprodução de matéria)



Funcionários ativos e aposentados do Banco do Brasil participaram nesta quinta-feira, dia 21, da 8ª Conferência de Saúde da Cassi (Caixa de Assistência dos Funcionários do BB) de Pernambuco, cujo tema foi “Sustentabilidade da Cassi”. Durante o encontro, realizado na sede da AABB, tomaram posse os novos representantes do Conselho de Usuários, para a gestão de 2015 a 2017: Luiz Freitas e Renato Brito são os representantes do Sindicato.

A palestra “Sustentabilidade da Cassi” foi ministrada pelo Diretor eleito de Saúde e Rede de Atendimento da Caixa de Assistência, William Mendes de Oliveira. Diante dos sérios problemas financeiros enfrentados pela Cassi, representantes dos funcionários e do banco têm negociado soluções para torná-la sustentável.

De acordo com William, “retomar a cultura de pertencimento dos beneficiários em relação à Cassi é essencial para que possamos achar a solução de sustentabilidade. Os bancários são os donos da Cassi e devem se comportar como tal”.

No exercício de 2014, a Cassi fechou as contas com déficit de R$ 108 milhões. E o plano Cassi Associados, composto por funcionários da ativa, aposentados e seus dependentes, não se sustenta há mais de uma década.



William explicou que o sistema de saúde fragmentado, baseado no modelo curativo e centrado no atendimento de doenças agudas, está em crise, pois a principal necessidade da população está no tratamento nas doenças crônicas.

“É preciso ampliar o modelo integrado, que prioriza a atenção integral à saúde, com atenção primária e uso mais inteligente dos serviços”, completou o diretor.

Na última terça-feira, dia 19, o Banco do Brasil apresentou proposta sobre a sustentabilidade da Cassi, que será analisada pelos representantes dos funcionários. Para mais informações sobre a proposta clique aqui.

Para a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, o Banco do Brasil precisa avançar nas negociações para solucionar os problemas da Cassi. “Infelizmente, não estamos vendo boa vontade do banco nas negociações. Inclusive esta Conferência da Cassi sempre foi apoiada pelo banco, mas, desta vez, o BB não ajudou em nada. Inclusive, o próprio Sindicato teve de ajudar financeiramente para viabilizar a realização do evento este ano”, explica Jaqueline.

Conselho de Usuários - O secretário de Aposentados do Sindicato, Luiz Freitas, e o secretário de Relações Intersindicais, Renato Brito, foram empossados representantes do Conselho de Usuários da Cassi, para gestão 2015-2017.


Fonte: Camila Lima - Seec PE / Fotos: Cláudio Vaz

Criado por: Fábio Jammal e Postado em: 22/5/2015 19:56:19

Cassi em Natal RN (Matéria do Sindicato)


Déficit da Cassi, essa conta é do BB

Apresentação sobre a Cassi na Conferência no RN.
Crédito da foto: Sindicato dos Bancários.

O Sindicato dos Bancários participou na noite desta quarta-feira da VIII Conferência de Saúde da Cassi, ocorrida na AABB Natal. O evento contou com a palestra do Diretor de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi, William Mendes de Oliveira, que falou sobre a sustentabilidade da Caixa de Assistência do BB. Ao final do encontro foram empossados os novos integrantes do Conselho de Usuários da Cassi no RN.

A solenidade foi aberta com a apresentação do coral Vozes do Sol, formado por associados da AFABB. A apresentação de canções como Rosa Amarela, de Villa-Lobos, Só quero um xodó, de Dominguinhos e Tocando em frente, de Almir Sater e Renato Teixeira, suavizaram o ambiente.

Em seguida, a mesa de abertura foi composta pelo gerente da Cassi no RN, Flávio Almeida, superintendente estadual do BB no RN, Raimundo Ferraz Júnior, pelo diretor eleito da Cassi, William Mendes de Oliveira, pela gerente da Gepes, Saneli Pinheiro Cruz de Medeiros e pela coordenadora estadual do Conselho de Usuários da Cassi RN, Irene Stédile.

A palestra sobre a sustentabilidade da Cassi foi ministrada pelo diretor eleito, William Mendes. Ele defende que é preciso fazer a mudança imediata de modelo de gestão. A assistência à saúde é a opção mais viável para se evitar déficits futuros no plano.

Segundo ele, durante as duas negociações ocorridas com o Banco, este foi um dos pontos de consenso, mas infelizmente, a questão do déficit ainda não foi solucionado, uma vez que o Banco propõe cobrir agora, mas se livrar dele futuramente.

O diretor do SEEB RN, foi enfático em seu discurso. “O BB não é nosso parceiro, foi ele que criou esse déficit e agora chama os funcionários para repartir a conta, não devemos aceitar isso”, declarou.

Após as proposições dos presentes, o gerente da Cassi no RN, Flávio Almeida, deu posse ao novo Conselho de Usuários da Cassi para o biênio 2015-2016.

Fonte: Sindicato dos Bancários do RN

22.5.15

Agenda da semana foi de contatos com o Corpo Social (DF, RN, PE)



Bancári@s da ativa e aposentados participam da
Conferência em Recife PE, na sede da AABB. 
Foto: Sindicato.

Olá companheir@s, amig@s e colegas do Banco do Brasil,

Estamos participando do Seminário da Anabb, cujo tema deste ano é: "A Relação dos Funcionários do BB com o Banco do Brasil". O evento começou nesta sexta 22 e vai até domingo 24. Avalio mais este seminário como muito importante porque os temas que a Anabb abordou nos quatro seminários entre 2012 e 2015 contribuíram para mobilizar seus associados e a comunidade do funcionalismo do BB de uma forma geral. O evento conta com a participação de dezenas de pessoas da ativa e aposentados.

Ao longo desta semana que passou, tivemos uma agenda de gestão da Cassi que nos proporcionou um bom contato com o Corpo Social da Caixa de Assistência.


VIII CONFERÊNCIA DE SAÚDE DA CASSI PE - SUSTENTABILIDADE

Nesta quinta 21, realizamos em Recife a Conferência de Saúde da Cassi PE e a renovação do Conselho de Usuários. É sempre bom reforçar o nosso agradecimento às entidades representativas pelo apoio logístico e financeiro para a realização das conferências porque o Banco do Brasil, através de seus indicados na governança da Caixa de Assistência, não aprovou os recursos necessários para a realização do evento, que é previsto estatutariamente na Cassi e é de responsabilidade da Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento.

Antes da Conferência, pudemos conhecer a Unidade Cassi e a CliniCassi Recife-Aflitos. Bela instalação! Os bancários merecem o melhor. Também realizamos uma excelente reunião com os funcionários.


Visita ao Sindicato. Na foto, 
companheiras Azenate e Jaqueline.

Depois nos encontramos com as lideranças do Sindicato dos Bancários. Apesar de parte da diretoria estar no Seminário da Contraf em SP, fomos recebidos pela presidenta Jaqueline, por Renato e por Azenate, também representante do Conselho de Usuários da Cassi PE.

Agradecemos à Anabb e ao Sindicato dos Bancários de Pernambuco por apoiar a realização da Conferência deste ano. Também agradecemos à AABB que nos cedeu o espaço para o evento. Por fim, agradecemos a tod@s que de alguma forma contribuíram para o sucesso da Conferência - funcionários da Cassi, na figura do gerente da unidade Daylton, entidades representativas e a grande participação de nossos bancári@s da ativa e aposentados.

PERCALÇOS SUPERADOS - O dia não havia começado em condições normais na madrugada porque ao chegar ao aeroporto de Natal para ir a Recife, às 4h da manhã, descobrimos que a GOL havia cancelado o voo e disse aos clientes que se virassem. Tive que liberar minha natureza por hora e meia e armar um "barraco sindical" até que me enviassem de carro para Recife. Umas quatro horas depois, chegamos ao destino e tudo correu bem.


RESUMO DA SEMANA

Ainda na quarta 20, realizamos a VIII Conferência de Saúde do RN e a renovação do Conselho de Usuários da Cassi no Estado. Já fiz matéria com os agradecimentos.

Na terça 19, participamos da 2ª mesa de negociação entre o Banco do Brasil e as entidades representativas do funcionalismo para debater a questão da Sustentabilidade da Cassi. Após o evento, saí direto para a agenda de Natal e Recife.

Na segunda 18, tivemos a reunião da Diretoria Executiva da Cassi na Sede em Brasília.

Entre terça e hoje, dormi pouco mais de dez horas, mas estou com o coração leve porque a recepção que tive foi acolhedora e fraterna em todos os espaços sociais entre DF, RN e PE. Fizemos apresentação do histórico recente da implantação do modelo assistencial da Cassi (após 1996), demos a nossa opinião sobre os motivos em ser fundamental avançar no modelo e falei das nossas propostas para a questão do déficit atual.

Acredito ser possível mudar a trajetória atual de desequilíbrio do Plano de Associados com nosso Programa de Excelência no Relacionamento, entregue ao Banco em dezembro, e com o fortalecimento da cultura de pertencimento dos bancários da nova geração de funcionários e a geração que já era associada da Caixa há décadas.

É isso! Temos estratégias pensadas para isso e vou continuar seguindo firme nelas.

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento

Artigo - Projeto dos eleitos para a Cassi abrange avanços em regulação e negociação com prestadores


Conforme nos comprometemos recentemente, os representantes eleitos pelo patrocinador Corpo Social vão expor suas opiniões a respeito dos boletins emitidos pelo patrocinador Banco do Brasil sobre a atual situação de desequilíbrio do Plano de Associados da Caixa de Assistência dos Funcionários do BB. O déficit atual da Cassi, evidenciado em 2014 por não ter havido nenhuma receita extraordinária como ocorreu nos anos anteriores, levou as partes a abrirem negociações para a busca de soluções mais perenes sobre o modelo assistencial da entidade conjugado com as formas de custeio. Já ocorreram duas mesas entre BB e entidades representativas: em 12/05 e 19/05.

Informo que por respeito ao definido na mesa de negociação, não escrevi ainda a respeito da proposta feito pelo BB na terça-feira 19. As entidades nacionais fizeram uma matéria comum naquele dia e ficaram de fazer o debate com as suas entidades e forças políticas para se manifestarem. Naquele mesmo dia, comentei para os representantes das entidades meus senões a respeito da proposta. Também expressarei minha opinião a partir da semana que vem.


Sobre o boletim do Banco que fala de Negociação e Regulação

Na edição do boletim de 18 de maio, o BB procura enfocar dois processos finalísticos da gestão da Cassi, regulação e negociação, que agregados ao processo de assistência, compõem o tripé de gestão de qualquer sistema de serviços de saúde. Antes de abordar as questões tratadas no referido documento, é importante registrar aquilo que é do conhecimento de muitos, ou seja, a crise no setor permeia os sistemas de saúde suplementar e saúde pública do Brasil, e também grande parte do mundo ocidental.

As principais causas da crise no setor já estão sendo debatidas há bastante tempo. São elas: envelhecimento da população, transição epidemiológica, incorporação acrítica de tecnologias, medicalização da sociedade, processo de urbanização e, no Brasil, também a grave questão da judicialização indiscriminada, mesmo antes da tentativa de recursos administrativos com os planos, principalmente os de autogestão. Portanto, não é uma situação exclusiva da Cassi e nem mesmo do Brasil. Todavia, ao se pensar em estratégias de enfrentamento dessas chamadas “forças expansivas de custos”, é necessário adotar medidas estruturantes e não apenas paliativas, como tem sido comum principalmente por parte de gestores que pouco entendem da dinâmica complexa de funcionamento do setor. A organização dos serviços de saúde se manteve por muitos anos privilegiando a concentração de capital em detrimento ao atendimento das mudanças sociais, que se refletem nos condicionantes e determinantes de saúde da população.

Tal cenário demanda investimentos cada vez mais vultosos em saúde. Entretanto, os sistemas e serviços de saúde atualmente disponíveis não estão preparados para essa demanda, bem como os profissionais de saúde ainda não apresentam formação voltada para atendimento das múltiplas necessidades de saúde decorrentes desse cenário.
Diante dos reflexos da chamada sociedade contemporânea, países em desenvolvimento, como por exemplo o Brasil, que ainda devem lidar com alta incidência de doenças infectocontagiosas e altos índices de eventos de trauma como acidentes de trânsito e atendimentos oriundos da violência urbana, convivem com tripla carga de doenças, o que demanda investimentos ainda mais amplos.

Diante desse cenário, a prioridade é a reorganização do sistema assistencial, com a adoção de uma forte atenção primária e a estruturação de uma rede de qualidade referenciada para atender tanto às demandas de eventos imediatos quanto aos de adoecimentos crônicos. Adicionalmente são necessárias estratégias competentes e modernas de regulação e de negociação.

Conscientes dessas necessidades na gestão de serviços de saúde para o conjunto dos participantes da Caixa de Assistência, os Diretores Eleitos elaboraram um projeto, inclusive com acompanhamento do Patrocinador Banco do Brasil, através de área interna da Cassi, para aperfeiçoar o Sistema de Serviços de Saúde da entidade. O projeto já é de conhecimento do Banco há meses e contém ações relacionadas aos referidos macroprocessos, bem como ações de suporte à gestão, em especial as de organização das informações.


Programa de Excelência no Relacionamento

São iniciativas estratégicas propostas pelos eleitos, entregues ao Banco do Brasil em dezembro, que têm cinco eixos estruturantes:

1- Aperfeiçoamento dos mecanismos de regulação
2- Gestão da rede de prestadores
3- Acesso qualificado através do Sistema Integrado de Saúde
4- Gestão integrada de informações de estudos estatísticos e atuariais
5- Aperfeiçoamento dos processos orientados ao Sistema de Saúde Cassi

Como as questões relacionadas à organização do modelo assistencial da Cassi já foram debatidas em informes anteriores nos boletins dos eleitos, vamos nos ater neste momento mais especificamente aos aspectos da negociação, regulação e gestão da informação ou do conhecimento, insumo estratégico fundamental para a evolução das demais ações.

No boletim do Banco de 18 de maio, o Diretor de Relações com Funcionários e Entidades Patrocinadas destaca alguns indicadores de utilização, que no seu entendimento, comprovam a necessidade de aperfeiçoamento da gestão. Inicialmente, é necessário que tenhamos cuidado na análise desses dados, pois a forma de apuração, a segregação das informações por faixa etária e outras variáveis como, por exemplo, utilizar base contábil para interpretar indicadores assistenciais, exige um conhecimento amplo de fatores e áreas do conhecimento, como epidemiologia, bioestatística, saúde coletiva, dentre outros fatores que possuem uma alta correlação com o tema, não à toa que os eleitos estão o tempo todo consultando as equipes técnicas da Cassi para contribuir nos debates acerca dos rumos da nossa Caixa de Assistência.

De outro lado, ao tratar especificamente de negociação e regulação, o boletim aborda questões e propostas que também já estão contempladas no projeto dos eleitos, o que é bom porque mostra que há caminhos e consensos a respeito de soluções para a sustentabilidade da Cassi, sem perda de direitos para os associados. Portanto, a inspiração do BB não tem originalidade exclusiva, uma vez que há algum tempo seus representantes tem conhecimento do conteúdo do projeto dos eleitos. Tudo, mas tudo mesmo, que aparece no boletim do Banco e que tem pertinência técnica, já foi objeto de discussão e de proposições internas na atual governança da Cassi. Aliás, algumas ações e processos já poderiam estar em estágios bem avançados se não fosse uma certa burocracia cotidiana de áreas afetas ao Banco em criar dificuldades e obstáculos para sua plena execução.

Por fim, em relação à gestão do conhecimento, que é o resultado do uso racional e inteligente das informações e dados disponíveis na instituição e fruto de um sistema eficaz integrado por pessoas competentes e criativas (inovação), máquinas, softwares e processos eficientes, há muito que avançar e a gestão do conhecimento é peça fundamental para a Cassi na condução desse novo caminho. Também estão previstos no projeto eixos estruturantes na gestão de conhecimento.

Apesar do grande investimento em tecnologia nos últimos anos, a Cassi deixou para trás a obrigação de evoluir na geração de conhecimento no que tange às áreas de Regulação, Negociação e Saúde. A ênfase tem sido o foco em processos operacionais e burocráticos das áreas meio que pouco contribuem para a construção de soluções e potencialização dos resultados. Como exemplo, dispomos de um banco de dados, porém ele está estruturado na lógica de pagamento, o que já evidencia um limite, mas que mesmo assim seria muito útil se não fosse o pouco conhecimento para estruturá-lo em informação de maneira que possa servir à gestão dos negócios da Cassi.

Enfim, o momento é de conjugar a solução da questão mais imediata do déficit da Cassi, porque consome reservas, e partir para o trabalho conjunto da implantação do projeto que aperfeiçoa o modelo assistencial da Cassi e sua missão de cuidar do conjunto dos associados e seus dependentes com Atenção Integral à Saúde, através dos serviços próprios nas CliniCassi, que contêm as equipes de família e realizam Atenção Primária e mapas epidemiológicos da população local, e organizam as Redes Referenciadas de especialidades.


William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento

(texto contou com o apoio técnico dos profissionais da Cassi)