Osasco, 19 de maio de 2025. Segunda-feira.
CULTO À FUTILIDADE
Dó. Acho uma pena tanto conhecimento disponível acumulado pela espécie humana para nada, para chegarmos a 2025 em um mundo hegemonizado pela idiotização das pessoas como moda e objetivo.
Cultura do nada, da futilidade normalizada como o bom, época dos "influenciadores" da imbecilização das massas humanas. Dó.
Se ao menos a gozação, o humor, o passatempo, a descontração levassem a algum tipo de reflexão ou cultura ligada às grandes questões sociais de nosso tempo, tipo o mundo do trabalho e a exploração capitalista, como nos lembra o velho Marx, ou a questão ambiental do planeta, ainda teríamos algum contentamento. Mas até isso está escasseando ultimamente.
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PRIVILEGIADO POR MINHA COR E GÊNERO
Olhando os conteúdos das pilhas de materiais de formação política - neles os de igualdade de oportunidades -, materiais que acumulei da época sindical, me lembrei de meu percurso de vida como trabalhador pobre branco. Minhas características biológicas influenciaram meu destino no Brasil, um dos países mais racistas do mundo.
Me lembro do emprego que tive em uma escola de idiomas entre a demissão do Unibanco em 1990 e a entrada no Banco do Brasil em 1992. Quando trabalhava lá, a ordem da dona era nunca contratar mulheres porque elas engravidavam, tinham enxaqueca e faltavam muito... a dona da escola não era uma "mulher", era uma capitalista. Provavelmente, entrei na vaga por ser homem, e sendo o Brasil o que é, talvez tenha tirado a vaga de um rapaz negro...
Foda isso tudo!
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PAPÉIS VELHOS
Passei o dia olhando mídias de formação e de história da classe trabalhadora.
Se hoje meu corpo chegasse ao fim ficaria tudo aqui onde está essa papelada toda.
O destino das mídias seriam os sacos pretos e os caminhões de lixo para os lixões.
As imensas quantidades de revistas, xerox e apostilas universitárias, livros e papéis entulham os espaços do ambiente faz tempo.
É sempre essa indefinição quando manuseio esses papéis velhos.
William
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