William e companheira Fabi falam do DIA DO BANCÁRIO! |
Olá bancári@s e cutistas,
Cheguei há pouco da rua e da negociação com os banqueiros. Vou madrugar amanhã e preciso dormir um pouco, mas vamos registrar aqui a importante data.
A companheira Fabi Proscholdt fez no Facebook um rápido resgate histórico da data:
Dia do bancário
Foi em 28 de agosto de 1951 que começou uma das mais longas e vitoriosas campanhas salariais da categoria. Os bancários reivindicavam um reajuste de 40%, salário mínimo profissional e adicional por tempo de serviço. A contraproposta dos patrões, de 20% de aumento, foi considerada insuficiente e os bancários decidiram entrar em greve. Foram 69 dias de paralisação, até que, em 5 de novembro, a Justiça concedesse um reajuste de 31%, pondo fim à paralisação.
Os grevistas enfrentaram forte repressão, mas os banqueiros, que ameaçavam retirar direitos como salário profissional e adicional por tempo de serviço, ficaram surpresos com a capacidade de organização e mobilização da categoria.
E tivemos outros ganhos:
Dieese – A greve de 1951 trouxe outras repercussões importantes, como a criação do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), quatro anos mais tarde. As sementes do hoje respeitado instituto foram lançadas a partir do questionamento dos índices oficiais de custo de vida do governo, que por pressão dos bancários tiveram de ser refeitos naquele ano e pularam inexplicavelmente de 15,4% para 30,7%. O Dieese surgiu com o objetivo de municiar os trabalhadores com dados estatísticos confiáveis.
CUT – Outro acontecimento histórico lembrado no dia 28 de agosto é o aniversário da CUT (Central Única dos Trabalhadores), fundada durante o 1º Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), em 1983. Numa época em que o Brasil ainda vivia sob o jugo da ditadura militar, o plano aprovado pelos cerca de 5 mil trabalhadores reunidos em São Bernardo do Campo previa lutas pelo fim da lei de segurança nacional e por eleições diretas para presidente.
Mais um pouco de história:
A greve de 1951 foi a primeira contra o Decreto 9.070 da ditadura do Estado Novo, que proibia greves e amordaçava o movimento sindical dos trabalhadores. Foi um movimento pela liberdade sindical, em favor da democracia, contra os "atestados de ideologia" exigidos pelo Ministério do Trabalho dos candidatos a cargos sindicais, pela participação dos sindicatos na fiscalização das condições de trabalho e emprego, pela eleição de representantes dos bancários para a direção dos antigos Institutos de Aposentadorias e Pensões (o atual INSS) e pela participação dos sindicatos na fiscalização e elaboração das leis trabalhistas.
A data começou a ser comemorada já no ano seguinte, em 1952, por decisão do IV Congresso Nacional dos Bancários, realizado em Curitiba. Em 1957, a Assembleia Legislativa oficializou a data no Estado de São Paulo e, em 1959, o Congresso Nacional estendeu a data para todo o Brasil ao aprovar projeto do deputado federal bancário Salvador Romano Lossaco.
Não existem conquistas sem luta!!!!
E não lutamos só por melhores condições de trabalho, valorização, saúde e remuneração. Por consequência, lutamos também por uma sociedade mais justa, digna e humana. E a luta não pára...
Fonte: blog Categoria Bancária e Fabi Proscholdt
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