Blog de William Mendes, ex-dirigente sindical bancário e ex-diretor eleito de saúde da Caixa de Assistência dos funcionários do Banco do Brasil
12.7.12
Debate sobre jornada causa revolta no BB
Banco afirma que não negocia implantação das seis horas para todos comissionados sem redução de salários
São Paulo - A jornada de seis horas no Banco do Brasil foi a principal pauta da mesa de negociação permanente entre representantes dos bancários e da empresa. A direção do BB não quer negociar, segundo informou na reunião de terça-feira 10, em Brasília, deixando indignados os dirigentes sindicais. Os bancários reivindicam a carga horária para todos os comissionados sem redução de jornada.
O funcionário do Banco do Brasil e diretor do Sindicato Cláudio Luis participou da mesa de negociação e critica a postura do banco, lembrando que a instituição já vem perdendo ações na Justiça. “Consideramos uma falta de respeito com os trabalhadores, com o movimento sindical e o processo de negociação. Nossa resposta será a mobilização.”
Durante a negociação foram debatidos Sinergia e assédio moral, a Plataforma de Suporte Operacional (PSO), a redução da trava para remoção das Centrais de Atendimento do Banco do Brasil e o pagamento do interstício de 3% sobre o VCPI dos incorporados, entre outras questões.
Sinergia e assédio – Os representantes dos trabalhadores apontaram os problemas do Sinergia que acarreta mais assédio moral. A situação foi denunciada em diversas ocasiões. Gerentes são obrigados a assinar termos de compromisso para cumprir metas ou, caso contrário, seriam descomissionados. O banco informou que não compactua com isso.
PSO – Os trabalhadores reafirmaram na mesa de negociação o debatido no 23º Congresso dos Funcionários do BB: a implantação da Plataforma de Suporte Operacional (PSO) reduziu o número de caixas e está causando muitos transtornos nas agências com filas enormes e muita reclamação de clientes e funcionários.
- Sindicato protesta em agências caóticas do BB
Intimidação – O movimento sindical expressou repúdio também ao uso irregular da avaliação de desempenho profissional, conhecida como GDP, quando reprime o trabalhador por participar de manifestações organizadas pelo Sindicato, como aconteceu na CABB e na CSO do complexo São João.
Interstício e trava – Os representantes dos trabalhadores voltaram a cobrar o pagamento de 3% sobre o VCPI e a redução da trava para remoção da CABB, que atualmente é de dois anos. O banco não deu resposta para nenhuma das questões.
Redação, com informações da Contraf-CUT - 11/7/2012
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