Diários da história dos bancários (3)
Osasco, 21 de dezembro de 2024. Sábado.
Opinião
LULA, O PT E O NOVO SINDICALISMO QUE CRIOU A CUT
Tirei algum tempo deste sábado, véspera de Natal, para mexer nos papéis velhos de um ex-sindicalista dos bancários da CUT.
Li uma revista no formato HQ muito legal, contando a história de Lula. A revista é anterior à vitória de Lula nas eleições presidenciais de 2002.
Neste mês, Lula está completando a metade do terceiro mandato presidencial. As avaliações do nosso lado da classe são as mais diversas possíveis.
O debate franco é proibido no PT e na CUT. Quem tiver avaliação divergente dos chefes e das chefas não é convidado a falar nos espaços oficiais, e se for é sob risco severo de ser desconsiderado e cancelado.
Eu afirmo a vocês que compreendo essa realidade, compreendo. Lembrando aqui o ensinamento de Eric Hobsbawm, que compreender não é concordar nem aceitar, é entender o processo histórico daquele fato, daquela situação.
Eu já estava exercendo mandatos de representação da classe trabalhadora a partir de 2002 quando fui estudando nossa história diariamente, pois tinha muita necessidade de entender quem eu era sendo um membro da maior corrente política da CUT, a Articulação Sindical.
Só tomei plena consciência sobre quem éramos, de onde tínhamos vindo, quais eram nossas concepções e práticas sindicais e políticas quando estudei a história do Lula, a origem da CUT e do PT.
Passei a entender melhor o fato de nunca termos sido revolucionários e sim conciliadores.
Isso me ajuda a entender até hoje o que acontece na política dentro e fora do governo Lula, do PT e da CUT.
Não poderia tendo o conhecimento que acumulei em décadas de luta e representação esperar mais do que está na natureza dessas instituições da classe trabalhadora brasileira que citei aqui.
É isso!
William Mendes
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