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29.8.24

Previ: dirigentes eleitos alertam sobre fake news




Apresentação do blog:

Reproduzo abaixo o manifesto das eleitas e eleitos de nossa Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil, a Previ, em face da quantidade absurda de mentiras que andam circulando por esses dias em relação a supostos riscos de ingerências externas à gestão de nosso fundo de pensão. São ilações infundadas, mas comuns nos tempos nos quais vivemos.

William Mendes

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Manifesto dos dirigentes eleitos: associados precisam ficar alertas com fake news sobre Previ

28/08/24

A reunião ocorrida na semana passada no Palácio do Planalto, amplificada pelo noticiário da imprensa, tem gerado manifestações e movimentos políticos de pessoas ativistas de má-fé divulgando fake news. Muitos associados, em razão disso, têm relatado insegurança e medo com os rumos da Previ.

Para restabelecer a tranquilidade dos associados e de seus familiares, e que possam continuar usufruindo dos benefícios da Previ sem maiores preocupações, queremos fazer os seguintes esclarecimentos:

1. A Previ tem uma governança madura e sólida, composta de forma paritária por representantes do Banco do Brasil e eleitos pelos associados. Todos os dirigentes precisam ter, pelo menos, 10 anos de filiação a um dos nossos planos de benefícios, o que evita a presença de oportunistas de plantão na gestão da nossa Entidade.

2. Além dessa governança, temos também uma estrutura organizacional segregada, composta 100% por associados ao Plano 1 ou ao Previ Futuro, com processos de tomada de decisão colegiados, sem decisões monocráticas, e com tramitação tanto nas diretorias dos indicados pelo banco quanto dos eleitos pelos associados.

3. Assim, governança e estrutura organizacional segregada, somadas, blindam a Previ de interferências externas, seja do mercado privado, seja do poder público.

4. Esses alicerces já foram inúmeras vezes testados ao longo dos últimos anos e provaram com sucesso que, na Previ, sempre prevalecem as decisões técnicas e a atuação em defesa do associado. O que, inclusive, foi reconhecido por parlamentares em duas CPIs.

5. Também é sempre importante lembrar que na Previ nunca executamos planos de equacionamento e o Plano 1, mesmo em uma conjuntura desafiadora, permanece em equilíbrio e com superávit superior a R$ 3 bilhões de reais.

6. Receber propostas de investimentos da iniciativa privada ou do poder público é algo natural, pois somos o maior investidor institucional do país e temos necessidade de investir no curto, no médio e, sobretudo, no longo prazo, para atendermos aos nossos compromissos com quase 200 mil associados.

7. Da mesma forma, é natural também dialogarmos com agentes do mercado e também com o poder público, seja o Executivo ou o Parlamento. Isso faz parte do nosso trabalho.

8. Outra frente importantíssima de atuação junto ao poder público é a defesa das nossas posições em relação ao ambiente regulatório para o fortalecimento do sistema fechado de previdência complementar. São exemplos recentes dessa nossa atuação a aprovação neste ano da Lei 14.803, que permitiu a opção pelo regime de tributação ao final do período de acumulação da poupança previdenciária, e a recente vitória na votação do PLP 68/2024 na Câmara dos Deputados, quando conquistamos a aprovação pelos deputados da isenção de pagamento dos novos impostos sobre serviços e consumo, desonerando os associados na acumulação de sua poupança previdenciária.

9. A reunião que ocorreu entre os presidentes dos quatro fundos de pensão com patrocínio estatal e o presidente da República e seu ministro teve como pauta exatamente essa linha da nossa atuação institucional.

10. O que foi publicado pela mídia e a sequência de reações políticas de jornalistas e alguns associados, como se estivesse ocorrido algo ilegal, não passam de ilações, fake news e oportunismo político da pior qualidade e que merecem o nosso repúdio pelo desserviço que prestam às pessoas que confiam na gestão de longo prazo de seus recursos.

Portanto, é preciso deixar bem claro para os nossos associados e associadas que nessa reunião:

• Não foi apresentada qualquer proposta de investimento em PAC ou em qualquer outro projeto.

• Não houve qualquer pedido de flexibilização das nossas políticas de investimentos ou qualquer outro documento da nossa Entidade.

• Foram debatidos assuntos fundamentais para o setor de previdência, e que precisam ser tratados e encaminhados no governo e no Parlamento, para fortalecer a previdência complementar dos trabalhadores. Entre eles estão o retorno da permissão para que os fundos de pensão possam voltar a investir diretamente em imóveis, sem ter que pagar taxa de administração ao mercado para gerir algo que temos expertise para fazer, e o fim da obrigatoriedade de marcação de títulos públicos a mercado, quando a Previ tem capacidade de caixa e interesse de carregá-lo até o vencimento, porque essa prática traz volatilidade e prejuízo aos associados dos planos de contribuição variável, como é o caso do Previ Futuro.

Tudo o mais que está sendo explorado em redes sociais não passa de fantasia e tentativa de manipular opiniões.

Hoje, a previdência complementar representa apenas 12% do PIB do Brasil, enquanto em países desenvolvidos ela chega a representar mais do que 100% do Produto Interno, garantindo benefícios previdenciários dignos e dotando o país de origem de uma fundamental capacidade de investimentos.

Nós, diretores e conselheiros eleitos da Previ, queremos ver isso se tornar uma realidade também no Brasil. E, por isso, seguiremos em nossa militância previdenciária em defesa dos legítimos interesses dos associados e associadas, combatendo com firmeza e serenidade as mentiras e os detratores do nosso sistema.

Diretores e conselheiros eleitos da Previ

Fonte: associadosprevi.com.br

26.8.24

Diário e reflexões

 


Segunda-feira, 26 de agosto de 2024.

Opinião (7)


DIPLOMAÇÃO DA RESISTÊNCIA

Estive hoje em nossa Universidade de São Paulo, na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), para uma reparação histórica, a Diplomação da Resistência a 15 jovens estudantes que foram vítimas da ditadura brasileira, a diplomação é um projeto de iniciativa do mandato da vereadora Luna Zarattini (PT), presidenta da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de São Paulo, em parceria com a USP, em especial com a Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento e o IGc-USP).

Foi uma data histórica e necessária a Diplomação das jovens mulheres e homens que lutaram pela liberdade de todos nós e não puderam concluir suas graduações por causa da violência da ditadura civil-militar que se instalou no Brasil a partir de 1964. A iniciativa é um resgate da trajetória desses estudantes e contribui para a manutenção da memória coletiva de todos nós.

Linhas de Sampa,
sempre presente!

O evento foi muito emotivo! Como um cidadão paulistano formado pela FFLCH-USP e militante do movimento estudantil e sindical senti fortes emoções durante a cerimônia de reparação histórica e diplomação das guerreiras e guerreiros que lutaram por todos nós. A reparação e o resgate histórico demoraram décadas, mas foi uma homenagem importante aos familiares e amig@s das e dos estudantes.

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Conforme informação do site da Universidade (publicação de 12/8/24):

"A iniciativa faz parte de um projeto mais amplo, a Diplomação da Resistência, que busca homenagear ao todo 31 estudantes da USP e é fruto de uma parceria entre a Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento (PRIP), Pró-Reitoria de Graduação (PRG), Gabinete da vereadora e ex-aluna da USP Luna Zarattini e o coletivo de estudantes Vermelhecer. 'Essa homenagem concedida aos ex-estudantes da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, que foi substituída pela atual FFLCH, tem uma importância simbólica imensa', destaca Paulo Martins, professor e diretor da FFLCH."

Diplomação

Alexandre Vannucchi Leme, Instituto de Geociências (IGc) (dez/2023)
Ronaldo Queiroz, Instituto de Geociências (IGc) (dez/2023)

e hoje:

Antonio Benetazzo, Filosofia
Carlos Eduardo Pires Fleury, Filosofia
Catarina Helena Abi-Eçab, Filosofia
Fernando Borges de Paula Ferreira, Ciências Sociais
Francisco José de Oliveira, Ciências Sociais
Helenira Resende de Souza Nazareth, Letras
Ísis Dias de Oliveira, Ciências Sociais
Jane Vanini, Ciências Sociais
João Antônio Santos Abi-Eçab, Filosofia
Luiz Eduardo da Rocha Merlino, História
Maria Regina Marcondes Pinto, Ciências Sociais
Ruy Carlos Vieira Berbert, Letras
Sérgio Roberto Corrêa, Ciências Sociais
Suely Yumiko Kanayama, Letras
Tito de Alencar Lima, Ciências Sociais
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Como aluno da FFLCH e militante das causas populares, deixo aqui a minha gratidão a cada pessoa que participou dessa luta histórica. Deixo meu agradecimento especial para a companheira Luna Zarattini, que honra a memória de seu avô e todas as lideranças que lutaram pela nossa democracia e liberdade.

William Mendes


Fonte das informações: site da USP e página do mandato de Luna Zarattini

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Post Scriptum: o texto anterior dessa série sobre democracia e eleições municipais pode ser lido aqui.

24.8.24

Diário e reflexões



ELEIÇÕES EM SÃO PAULO 

Sábado, 24 de agosto de 2024.


Opinião (6)


Vamos mudar São Paulo elegendo Boulos e Luna Zarattini

A esperança é apostar na juventude progressista e humanista e na renovação para recuperar os direitos das pessoas nas cidades brasileiras. 

Como tenho apontado nesta série de textos sobre as eleições municipais, a realização da vida diária das pessoas se dá no cotidiano onde elas vivem, nas cidades. 

Neste sábado, logo pela manhã, um grande evento na região do Campo Limpo contou com a presença do presidente Lula e diversas lideranças populares para conversar com a população paulistana sobre a importância da participação massiva do povo humilde e trabalhador nas eleições de 6 de outubro. 

A campanha para elegermos Guilherme Boulos prefeito de São Paulo segue apresentando propostas para melhorar a vida das pessoas. Boulos tem história de luta, é jovem e experiente na defesa da moradia, um direito básico de todas as pessoas. 

Votar em partidos comprometidos com o povo como o Partido dos Trabalhadores e o PSOL é a certeza de elegermos pessoas e partidos com propostas para melhorar a vida do povo, sempre foi assim em nossa história brasileira. 

São Paulo foi governada pelo PT em três oportunidades, com Luiza Erundina, Marta Suplicy e Fernando Haddad, e nas três gestões a vida das pessoas melhorou efetivamente com milhares de moradias sendo entregues à classe trabalhadora, a melhora do transporte público, a educação em todos os níveis como a criação de creches e os CEUS e a cidade avançou na economia e na criação de empregos e renda: o povo foi incluído no orçamento da cidade mais rica do país.

Votar em Boulos e Marta Suplicy é a garantia de um governo gerindo a maior cidade do país para humanizar São Paulo e melhorar a vida da classe trabalhadora. 

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A professora Ione e eu na 
Plenária com Luna Zarattini.

ELEGER VEREADORAS E VEREADORES COMPROMETIDOS COM O POVO, COM LULA E BOULOS

Da mesma forma que vamos mudar São Paulo elegendo Boulos, vamos conversar com todas as pessoas para elegermos mulheres e homens, jovens e experientes na luta por direitos, para termos uma Câmara de Vereadores comprometida com o projeto de Boulos, Marta e Lula.

Luna Zarattini 13131 representa todas essas questões que descrevi sobre a melhoria da vida das pessoas na cidade de São Paulo. Tenho acompanhado esse ano e meio de trabalho dela como a vereadora mais jovem da Câmera e única mulher da bancada do PT. 

Que trabalho de representação combativo e popular o de Luna Zarattini! Aqui no Butantã, Jaguaré, Continental, Rio Pequeno e demais bairros da Zona Oeste, Luna esteve o tempo todo conosco.

A plenária de lançamento da candidatura de Luna Zarattini 13131 aqui no Jaguaré, Butantã, foi cheia de lideranças das comunidades e do povo que precisa de uma São Paulo mais humana e acolhedora, utilizando os recursos da cidade em benefício das pessoas. 

Compartilhem essa esperança de uma São Paulo melhor e vamos juntos até 6 de outubro para elegermos Luna Zarattini 13131 e Boulos 50 prefeito!

Abraços fraternos!

William  Mendes 


Post Scriptum: o texto anterior, no qual falo sobre o poder do dinheiro e das mentiras nas eleições municipais pode ser lido aqui.


19.8.24

Diário e reflexões



Opinião (5)

Osasco, 19 de agosto de 2024. Segunda-feira. 


Democracia (povo no poder)?

"Os livros servem para nos lembrar quanto somos estúpidos e tolos. São o guarda pretoriano de César, cochichando enquanto o desfile ruge pela avenida: 'Lembre-se, César, tu és mortal'. A maioria de nós não pode sair correndo por aí, falar com todo mundo, conhecer todas as cidades do mundo. Não temos tempo, dinheiro ou tantos amigos assim. As coisas que você está procurando, Montag, estão no mundo, mas a única possibilidade que o sujeito comum terá de ver noventa e nove por cento delas está num livro..." (Fahrenheit 451, 1953, Ray Bradbury, p. 125)


Ou damos um passo atrás com essas plataformas digitais e o poder do dinheiro nas eleições ou já era a sociedade humana e as democracias 

Os entusiastas da internet e do mundo virtual e digital, diriam que os livros físicos de ontem são as "nuvens" de hoje, que "guardam" todo o conhecimento do mundo. Essa é, na minha opinião, a mãe de todas as mentiras, a maior das ilusões inventadas pelos donos do poder. Baboseira! 

As "nuvens" digitais não resistem a uma tempestade solar de maior intensidade que as usuais. Não resistem a uma guerrazinha de destruição de estruturas de um país. Não resistem a falta de energia elétrica.

E o pior é que tem muita gente séria que acredita nisso... uma tragédia para a humanidade! Parte do conhecimento humano criado nas últimas décadas pode desaparecer assim como as nuvens no céu ao sabor dos ventos.

Acompanho há mais de duas décadas como ser político o surgimento da internet e mundo digital como os conhecemos hoje, 2024. 

Eu era dirigente da Executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região em 2004 quando me envolvi num debate sobre terceirizar ou não nossa estrutura de dados e de comunicação. Eu era contrário e felizmente prevaleceu a estrutura própria do Sindicato. 

Poucos anos depois, o mundo descobriria as denúncias de Snoden e Assange e as invasões do governo norte-americano até nos emails das presidentas do Brasil e da Alemanha. Até porque os bancos de dados da internet estavam todos lá nos EUA: as nuvens.

Depois virei secretário de imprensa da nossa confederação dos bancários e lidei com toda a novidade da internet e mundo digital de novo. Surgiam as grandes redes sociais das plataformas que hoje chamamos de big techs. 

Após tudo o que sabemos nessas duas últimas décadas, só é inocente quem quer em relação a não acreditar que essas corporações controlam nossas vidas como na ficção Matrix (1999). Somos as baterias dessas corporações globais do capital, as mercadorias somos nós, nossos dados.

Ao reler Fahrenheit 451 fiquei pensando na atualidade da ficção distópica, lançada nos anos cinquenta por Ray Bradbury. Também fiquei pensando na temática da "economia da atenção", um conceito criado nos anos 70 por Herbert Simon. Há muito tempo, o capitalismo vem se apropriando desse "recurso limitado e valioso" um bem econômico: a nossa atenção humana. 

No fundo, o mundo hoje é a síntese global da sociedade do espetáculo (Guy Debord) e a tecnologia da informação concentrada cada dia mais na mão de poucos humanos (das big techs). Estamos chegando no momento do xeque-mate no jogo de xadrez da história humana na terra. Ou desfazemos esse poder de poucos humanos no planeta Terra ou já éramos enquanto espécie e sociedade humana. 

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Repito: ou desfazemos esse poder de poucos humanos em benefício da maioria ou já éramos enquanto sociedade humana!

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ELEIÇÕES EM SÃO PAULO

Vejam um exemplo que beira o absurdo (porém, nada mais é absurdo, tudo é "normalizado"):

Hoje, 19 de agosto, haveria um debate entre candidatos e candidatas à prefeitura de São Paulo e três deles - Boulos, Nunes e Datena - não aceitaram participar por causa do comportamento já sabido e "sendo normalizado" de um outro candidato. Pelo que apurei, participaram com ele as candidatas Tabata e Marina. 

Economia da atenção e uso de dinheiro na campanha - Desde o início da campanha eleitoral, as autoridades constituídas no país não estão fazendo nada de forma rápida e eficaz em relação ao que esse sujeito vem fazendo há dias. Isso é democrático? Estamos falando de democracia? Que poder do povo é esse? 

Qualquer cidadão comum, um bancário ou professor, por exemplo, dificilmente conseguiria amealhar 200 milhões de reais em suas vidas de classe trabalhadora. 200 milhões! É o valor declarado de patrimônio pelo sujeito.

Normalmente, após uns vinte anos de trabalho duro, talvez os trabalhadores tenham em sua declaração de imposto de renda um ou dois imóveis, de um milhão de reais, se tanto, e outros bens materiais como carros, por exemplo. Imaginem a realidade de dezenas de milhões de brasileiras e brasileiros.

O sujeito candidato tem 200 milhões de reais. Se lança candidato a prefeito. Paga milhares de pessoas por produtividade para fazer recortes de suas falas absurdas e consegue dezenas de milhões de visualizações nas redes sociais e na rede mundial (internet), visualizações compradas de uma forma imoral, imagino ilegal por abuso de poder econômico, e desproporcional com aquilo que chamaríamos de "igualmente de condições" e tudo fica por isso mesmo...

Estão normalizando isso... tudo seria normal... é como se não existissem normas legais no país. Uma anomia! Pode tudo!

DEMOCRACIA? PLUTOCRACIA? DITADURA DO DINHEIRO? Entendem o cerne do problema? Isso não é normal! Não condiz com os conceitos básicos de democracia!

É nesse mundo e sobre essa realidade objetiva que reafirmo que ou desfazemos essa lógica destruidora da sociedade humana ou já éramos!

William Mendes


Post Scriptum: o texto anterior sobre essa série eleições, pode ser lido aqui. O texto seguinte, dia de plenárias de lançamento da campanha de Boulos e de nossa vereadora Luna Zarattini, pode ser lido aqui.


Bibliografia:

BRADBURY, Ray. Fahrenheit 451. Tradução Cid Knipel. São Paulo: Globo, 2009. 


16.8.24

Diário e reflexões



ELEIÇÕES EM SÃO PAULO

Sexta-feira, 16 de agosto de 2024.


Opinião (4)


Começa nesta sexta-feira 16 a campanha para a eleição de prefeitas e prefeitos das cidades brasileiras e para as câmaras legislativas. Vamos dialogar com nossas leitoras e leitores durante esse período de exercício da democracia.

Eu sempre me lembro das conversas que tenho com lideranças da nossa categoria bancária quando penso em política. 

Uma de minhas referências desde que comecei na militância política, um companheiro do Banco do Brasil, costuma dizer algo mais ou menos assim quando compartilho com ele meus receios sobre o futuro: ele diz que as mudanças vão ser feitas pelos jovens e a nós, com mais idade e experiência, cabe apoiar os jovens e dar alguma contribuição na medida do possível.

Essa questão de apostar nos jovens para assumirem as funções políticas que definem a nossa vida em sociedade é algo a se pensar com zelo e sabedoria. A quem vamos confiar nosso presente e futuro na política?

Eu tenho visto o trabalho militante e engajado da jovem vereadora de São Paulo, Luna Zarattini, a única mulher na bancada de vereadores do Partido dos Trabalhadores na atual legislatura. Que mandato combativo! Que trabalho incansável!

Luna trabalha de segunda a segunda, a qualquer hora do dia, desde que assumiu seu mandato na Câmara de Vereadores de São Paulo. Está sempre presente nas reuniões nas comunidades nas regiões mais carentes da cidade. Ela é um exemplo de representação popular!

Quando vejo a energia e a dedicação de Luna Zarattini, me lembro das melhores sindicalistas que conheci ao longo de décadas de luta e representação sindical. Luna está sempre nas bases, em contato com as pessoas.

Quem viu meu trabalho de representação sindical por duas décadas, sabe que estar na base, ouvir as pessoas, organizar as reivindicações e fazer boas campanhas para conseguir direitos sempre foi uma das características de nossos mandatos, desde o início. 

Luna é assim, que mulher trabalhadora e com a sensibilidade de ouvir e encaminhar as demandas das pessoas que mais precisam do apoio das instituições da cidade para melhorar suas vidas.

É por experiência no dia a dia e por acreditar na juventude e na energia de uma mulher que atua incansavelmente pela população paulistana que eu vou apoiar a eleição de Luna Zarattini 13131 para vereadora de São Paulo, para que ela e as bancadas progressistas possam lutar ao lado de Guilherme Boulos e Marta Suplicy para mudar e melhorar a maior cidade das Américas.

Vamos conversando! 

William Mendes

Ex-dirigente da categoria bancária


Post Scriptum: clique aqui para ler o texto anterior sobre essa série: eleições municipais 2024. O texto seguinte sobre o tema eleições pode ser lido aqui.



12.8.24

Diário e reflexões



Por mais que as plataformas digitais (big techs) estejam dominando e manipulando a vida das pessoas, temos que apostar na política verdadeira focada na melhoria coletiva da vida do povo

Segunda-feira, 12 de agosto de 2024.


Opinião (3)


Está se aproximando o início formal das campanhas eleitorais no Brasil para elegermos prefeitas e prefeitos e as mulheres e homens que vão nos representar nas câmaras legislativas. A campanha começa na sexta-feira, 16 de agosto.

Através deste blog vou compartilhar minha experiência política de décadas como representante eleito por milhares de bancárias e bancários e pretendo abordar candidaturas e propostas que acredito serem dignas do voto e apoio das pessoas que leem nossos textos no blog.

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PLATAFORMAS DIGITAIS  

O que são elas?

Comento rapidamente hoje sobre a transformação de nossas vidas através dessas corporações monopolistas que em duas décadas concentraram um poder de manipulação global de massas nunca visto na história das sociedades humanas. As big techs.

Fiquei muito impactado por uma palestra do professor Sérgio Amadeu, da UFABC, sobre o poder dessas empresas de plataformas digitais em dominar e alterar o mercado e os direitos do trabalho: está em curso uma "plataformização" da vida. 

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De onde são elas?

A quase totalidade do mercado de plataformas digitais é dominado pelas empresas norte-americanas. 

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Isso é bom para o povo? Isso é bom para as comunidades e países do mundo?

Não! Isso traz um risco seríssimo de perda da soberania do país e as consequências impactam negativamente a vida das pessoas, os seus cotidianos que se realizam na plenitude nas cidades (ou não), como disse nos textos anteriores (ler aqui).

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O que vendem as plataformas digitais (big techs)? 

As empresas de plataformas digitais operam com uma mercadoria: nossos dados. Elas vendem acesso a nossos dados. 

Tudo que fazemos pelo celular, por um perfil na internet, é coletado e vendido por essas corporações capitalistas norte-americanas.

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O que isso tem a ver com a política?

Tudo! Essas empresas concentraram o poder de pautar temas e agendas na vida de comunidades inteiras, países, e também têm o poder de apagar, inviabilizar, tornar invisível, cancelar temas, pautas e agendas populares, influenciando diretamente as escolhas das pessoas e os direitos essenciais na vida das pessoas, vida que se realiza nas cidades.

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Entendem a seriedade do tema plataformas digitais em nossas vidas de cidadãs e cidadãos paulistanos, osasquenses, uberlandenses e das demais cidades brasileiras?

O mundo viu as plataformas digitais serem utilizadas por pessoas e empresas para influenciar consultas populares de grandes comunidades como, por exemplo, o Reino Unido, que decidiu a saída da comunidade comum europeia (Brexit) e isso afeta milhões de pessoas até hoje.

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Tem sentido a questão que trago para debate e reflexão? Vamos aos poucos abordando temas de nosso interesse de classe trabalhadora. 

A participação popular na política real, presencial e a partir dos espaços das comunidades é fundamental para lidarmos com essas máquinas de manipulação e produção de mentiras (fake news). 

As propostas e candidaturas que quero debater aqui devem trazer oportunidades e melhorias de vida para as pessoas nas cidades.

Abraços e se gostaram da reflexão, compartilhem com as pessoas as ideias que trouxe aqui. O texto seguinte desta série sobre eleições pode ser lido aqui.

William Mendes 


Post Scriptum: a postagem anterior pode ser lida aqui.


8.8.24

Diário e Reflexões



Por que voto no Partido dos Trabalhadores desde que tirei meu título de eleitor?

Quinta-feira, 8 de agosto de 2024.


Opinião (2)


Como disse no texto anterior (ler aqui) sobre essa série de reflexões relativas às eleições municipais brasileiras, vou escrever a respeito de temas centrais de nossas vidas nas cidades, locais onde nossas vidas se realizam na plenitude, ou não. 

A participação política é central em nossas vidas, ela define o que acontecerá comigo e com vocês em todos os dias do ano e em todos os lugares por onde vamos ou estamos.

Saí da casa de meus pais em MG aos 17 anos e voltei para São Paulo em 1987. Fiz 18 anos, me alistei e fui dispensado, vendi minha mercadoria força de trabalho em diversos empregos e tirei meu título de eleitor. 

Meu primeiro exercício de cidadania política foi nas eleições municipais de 1988. Votei na candidata do Partido dos Trabalhadores, Luiza Erundina, em 15 de novembro. Ela foi eleita! 

Tenho certeza até hoje que fiz a escolha certa. A prefeita do PT e seu secretariado fizeram um mandato focado em gente como eu, um membro da classe trabalhadora. Foram avanços em educação, saúde, moradias populares, transporte, cultura etc. Por isso é importante a nossa participação política. 

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O PARTIDO DOS TRABALHADORES É ESTRATÉGICO PARA O POVO BRASILEIRO 

Meus primeiros votos no PT, em Luiza Erundina (1988) e em Lula para presidente (1989), foram votos intuitivos, pois era pouco politizado.

Com o passar do tempo, virei trabalhador da categoria bancária, me sindicalizei, e fui compreendendo melhor como a vida funcionava para a nossa classe. 

Em 2002, fui eleito dirigente sindical pelos meus colegas bancários e aí me politizei mais ainda e passei a organizar e politizar uma das principais categorias do país. 

À medida que fui estudando a história das lutas de classes, a organização sindical e política do povo brasileiro, a história do Novo Sindicalismo, a criação da CUT e do PT, fui adquirindo pertencimento às nossas lutas enquanto classe, como trabalhador.

Hoje, por mais divergências que tenha em relação ao dia a dia do Partido dos Trabalhadores, tenho um respeito imenso pela história do PT, por cada liderança e militância, e sou grato por ter sido politizado pelos bancários da CUT e pelo nosso partido. 

Como estudioso da história das lutas de classes no Brasil, tenho a clareza que a Central Única dos Trabalhadores e o Partido dos Trabalhadores são estratégicos para o povo brasileiro. 

Vamos aos poucos falando de política neste espaço. Se vocês gostarem dos textos, divulguem para as pessoas que se interessam por história e cultura.

William Mendes


6.8.24

Diário e reflexões



Mais direitos para melhorar a vida das pessoas nas cidades

Terça-feira, 6 de agosto de 2024.


Opinião (1)


As cidades são organismos vivos e seus sistemas podem estar organizados para que a vida das pessoas se desenvolva em sua plenitude, ou não. 

O Brasil é um grande país quando pensamos suas dimensões geográficas. Ele está dividido em Estados e municípios ou cidades. São mais de 5,5 mil cidades. São nelas que vivemos, que a vida se desenvolve no cotidiano.

Após milhares de anos de experiências sociais e de criação de tecnologias para ampliar as possibilidades humanas, podemos pensar e colocar em prática ambientes mais acolhedores para o conjunto dos seres vivos que neles convivem.

Os conhecimentos que os seres humanos acumularam em sua caminhada pela Terra nos permitem desenvolver comunidades humanas mais acolhedoras, sustentáveis, focadas na qualidade de vida de todas as espécies que convivem no mesmo espaço geográfico - seres humanos, animais e vegetação -, e a definição do tipo de ambiente de convívio que teremos depende em grande parte das decisões das pessoas nas comunidades onde elas vivem. 

São as pessoas que definem como se dará o funcionamento das cidades, respeitando as normais e regras que já existem em relação ao país e ao Estado no qual a cidade pertence. Ou se organizando para mudar o que já está "definido". Não há norma ou lei "eterna". Como ensina o professor Pedro Serrano, direito não é lei natural, é criação humana, e se não for preservado, já era!

As definições das normas de convívio e direitos se dão pela participação ou pela não participação das pessoas, pois quem não participa da política delega aos que participam definir como será a vida de todas as pessoas, inclusive a "neutra", a "imparcial" ou "apolítica". A vida é regida por normas de convivência que alguém fez em alguma época.

Por quase duas décadas, este blog desempenhou um papel importante em minha vida de cidadão brasileiro, trabalhador de uma categoria profissional organizada e com mais de um século de história de lutas e conquistas de direitos, a categoria bancária. 

Trabalhei por três décadas neste setor da economia do país e sigo me sentindo parte da categoria como um bancário aposentado pelo Banco do Brasil. 

Nossa comunidade é bastante ativa na política, mesmo quando saímos dos locais de trabalho, porque seguimos organizados na defesa de nossos direitos.

O Brasil viverá nos próximos meses o processo político de renovação dos mandatos de milhares de prefeitos e prefeitas e de dezenas de milhares de parlamentares das câmaras legislativas das cidades brasileiras. 

Como disse acima, as cidades são os locais onde efetivamente nossas vidas se realizam na plenitude, ou não. Quanto mais direitos tivermos nas cidades, melhores serão nossas vidas.

Nesse período de eleições de prefeitas e prefeitos e dos legislativos municipais pretendo escrever aqui no blog sobre os temas envolvidos nessas escolhas tão importantes que faremos para definir as condições nas quais se darão as nossas vidas pelos próximos 4 anos. Vou focar bastante as eleições da cidade de São Paulo, onde nasci, e Osasco, onde resido hoje.

Por mais de duas décadas como trabalhador da categoria bancária, fui politizado através da presença constante de meus colegas representantes do sindicato e pela militância dos partidos relacionados com a classe trabalhadora, os partidos de esquerda, principalmente PT, PCdoB, PSOL, PDT, PSTU, PCO, PSB e alguns outros mais ligados a questões identitárias e do mundo do trabalho e meio ambiente. Sou filiado ao Partido dos Trabalhadores. 

Neste espaço de cultura, história e reflexões sobre o mundo do trabalho e das causas populares, pretendo me manifestar, dar informações e apoiar candidaturas que avalio serem benéficas para a classe trabalhadora a qual pertenço.

É isso. Vamos aos poucos postando um pouco do que penso e defendo para as eleições municipais brasileiras de 2024.

William Mendes


Post Scriptum: o texto seguinte dessa série sobre eleições pode ser lido aqui.