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18.6.23

Memórias (XXXVIII)


Na mesa de assembleia com grandes lideranças:
Deli, Vaccari, Marcolino e Sasseron. Foto: Pepe.


Evocações

A leitura do livro Evocación, de Aleida March, me levou aos prantos. Aleida é uma mulher revolucionária, foi combatente na Revolução Cubana e companheira de Ernesto Che Guevara. A leitura de suas recordações e resgates de momentos vividos ao lado de Che me fez refletir sobre muita coisa e também me fez recordar o passado de lutas.

Em suas recordações, ela vai nos contando sua infância e adolescência, vivida em meio às dificuldades materiais e sob a violência que o povo sofria por parte do governo de Fulgencio Batista, ditador que assumiu o poder após o golpe de Estado de 1952. Ela encontrou a si mesma ao ler aos 20 anos de idade A história me absolverá, alegação de defesa de Fidel Castro no julgamento dos jovens revolucionários que atacaram o quartel de Moncada, em 26 de julho de 1953. 

Aleida disse: "sentí que en ese documento se expresaban todos mis ideales y la ruta a seguir para conquistar la plena dignidad patria."

Ao longo do livro o leitor passa a conhecer um Che Guevara que não se conhece lendo a farta biografia positiva e negativa que existe sobre ele. É diferente de outras biografias ler Aleida March compartilhando conosco a sua vida comum com Che, seu comandante, depois seu chefe, depois seu marido e pai de seus quatro filhos. Seu amante, seu amigo, seu professor e seu inspirador. Seu eterno apaixonado. 

Ao ler sobre o momento no qual Che se despede de Aleida e dos filhos em 1965, deixando fitas gravadas com declamações dos poemas que mais gostavam, para partir para a guerrilha de libertação do povo no Congo, foi impossível não chorar como ela diz que chorou...

Che acreditava na construção de um "homem novo", um novo ser humano, um ser humano educado, com cultura, com um forte espírito criador e focado na busca de uma sociedade mais justa e igualitária. Era muito forte em sua concepção e prática revolucionária a questão da ética e do caráter que as pessoas deveriam ter tanto nas questões pessoais e coletivas quanto nas relações sociais.

Com a leitura das evocações de Aleida March, foi inevitável reviver minhas próprias evocações dos tempos de lutas...

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NA REPRESENTAÇÃO DE CLASSE, PROCUREI FAZER NA PRÁTICA O QUE DEFENDÍAMOS NO CAMPO DAS IDEIAS DA ESQUERDA

Figuras humanas como a do médico revolucionário Ernesto Che Guevara sempre inspiraram o campo político da esquerda. No nosso caso brasileiro, a figura do metalúrgico humanista Luiz Inácio Lula da Silva nos inspira há décadas, sendo Lula um grande homem da prática como exemplo de vida e representação política.

Ao longo das evocações de Aleida March, relembrando posturas éticas e princípios inquebrantáveis no líder revolucionário Che Guevara, tive também as minhas recordações dos tempos de lutas sindicais e representação eletiva da classe trabalhadora. As evocações me trouxeram uma leveza que ninguém poderá me tirar, porque a ética foi a minha prática no dia a dia da luta empreendida entre capital e trabalho.

No movimento sindical, minha escola de formação política foi o Sindicato dos Bancários e depois a tendência política na qual militei por décadas. No dia a dia sindical, a minha formação foi sendo construída diariamente a partir das visitas às bases sociais e nas reuniões políticas e formativas do coletivo de banco ao qual eu pertencia, o do Banco do Brasil. 

Como dizíamos, tínhamos dois ouvidos e uma boca, então era importante ouvir a base e não só fazer pregação sem ouvir o outro lado. Fiz isso a vida toda. Sempre que estudamos um grande líder do nosso campo político - o democrático -, vemos que essa prática é central: ouvir as pessoas.

Dei sorte de vivenciar o momento áureo do sindicalismo bancário e cutista brasileiro. A divergência de opiniões e ideias era a prática e ninguém era excluído ou desconsiderado (hoje dizem "cancelado") por ter opinião própria, estávamos abertos a mudar de ideia e, por haver tolerância e paciência, todos saíam fortalecidos e unidos com os debates e as decisões construídas por consenso progressivo.

Com o passar do tempo na condição de dirigente eleito, fui assumindo novas tarefas no movimento e ao passar a coordenar e liderar temas importantes ou setores estratégicos, me esforcei para pôr em prática tudo o que havia aprendido no dia a dia da formação política advinda da relação com a base, com o coletivo de banco, com o conjunto da direção do Sindicato e com as demais forças políticas que atuavam no movimento e que eram "oposição" à corrente política que eu representava. E também exerci a ética e prática sindical na relação com o patronal, o capital.

Ao longo do livro de recordações de Aleida March, ela nos conta passagens nas quais Che não aceitava absolutamente nenhuma ação que pudesse parecer privilégio, não admitia nenhum excesso de gasto pessoal com o recurso que era coletivo, era de uma disciplina incrível nas ações e práticas que exercia em nome da revolução e da causa pela qual lutava, a leitura e o estudo permanentes eram uma questão de princípio, educação e formação para construir-se o homem novo para uma nova sociedade.

De certa forma essas foram as mesmas concepções e práticas sindicais que embasaram a minha formação política de esquerda, através do movimento que ganhou o nome de Novo Sindicalismo a partir do final dos anos setenta, com a luta de metalúrgicos, bancários, professores e outras categorias contra a carestia, pela volta da democracia e por um Brasil mais justo e igualitário. Os anos oitenta foram o momento áureo dessas lutas: a criação do Partido dos Trabalhadores, a Conclat e depois a CUT, o MST, as Diretas Já, a Constituinte e a Constituição Cidadã de 1988 deram as bases ideológicas ao movimento sindical ao qual me integrei no final dos anos oitenta e ao longo das décadas seguintes.

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EVOCAÇÕES SINDICAIS (2003-2018)

A formação da minha ética política se deu nos primeiros anos do movimento sindical. E seguiu ano após ano, nas lutas constantes e dilemas vividos nas funções que desempenhei como dirigente da classe trabalhadora.

Diria até que minha ética de trabalhador de categoria organizada sindicalmente e nacionalmente se deu assim que entrei na categoria bancária em 1988, e com embates reais entre capital e trabalho. No entanto, a ética como liderança se deu após 2003.

TER OPINIÃO DIFERENTE NÃO É SER INIMIGO DA DIREÇÃO DO SINDICATO - Ainda como trabalhador de base nos anos noventa, me lembro, por exemplo, de quando o nosso sindicato entrou com ação judicial contra o governo federal para que os trabalhadores bancários da base pudessem abater todas as despesas com educação. Falei com a direção sindical que isso iria dar merda...

Eu já era formado em Ciências Contábeis e entendi que isso tinha um risco enorme de dar errado e a liminar ser cassada porque os bancários vivem no mesmo mundo do restante da classe trabalhadora. Por que só nós teríamos esse direito, esse privilégio?

Não deu outra... liminar cassada e teve trabalhador que precisou vender carro para pagar o fisco. Os bancários ficaram bravos pra caramba com o sindicato. Eu avisei onde trabalhava que era uma fria utilizar essa liminar. A intenção do sindicato até era legítima, mas estava na cara que esse atalho para se fazer justiça tributária não era o mais adequado. 

A FORMAÇÃO POLÍTICA COMO DIRIGENTE SINDICAL

Me lembro das assembleias decisivas dos bancários do Banco do Brasil naquele primeiro ano sob o governo do presidente Lula (2003). 

Era uma segunda-feira quando veio a proposta final do governo para ser apreciada em assembleia à noite na Quadra dos Bancários. 

Eu havia dito ao nosso coordenador da comissão de negociação que seria difícil a aprovação da proposta arrancada na mesa de negociação porque os trabalhadores esperavam ao menos uma proposta idêntica ao índice que a categoria havia conseguido na mesa da Fenaban. 

Isonomia e campanha unificada eram eixos congressuais nossos, mesmos direitos entre todos os bancários, de bancos privados e públicos em geral. 

Defendemos a aprovação da proposta negociada em mesa - isso é uma ética de mesa de negociação entre capital e trabalho. Os bancários rejeitaram a proposta e construímos uma forte greve entre a terça e a quinta-feira. 

A direção do Sindicato foi impecável em nossa ética sindical, os trabalhadores decidiram e nós encaminhamos uma greve muito forte. 

Na quinta-feira, iríamos apreciar nova proposta negociada com o governo e patrão sob uma correlação de forças melhor - a greve forte - e agora com o índice cheio da categoria (12,6%), e com diversas conquistas novas: um acordo de PLR que não havia nos bancos públicos, isonomia nos tíquetes e auxílio creche que eram menores no BB, um aumento grande na cesta alimentação, 5 dias de abonos para funcionários pós-1998, a volta do direito de eleger delegados sindicais com estabilidade, e abono dos dias de greve. Uma proposta vitoriosa mediante a greve daqueles 3 dias.

A assembleia à noite foi tensa, quadra lotada. 

Na passeata que fizemos durante a tarde, parte da militância me disse que queria aceitar a proposta e encerrar a greve vitoriosa. Outra parte queria rejeitar a proposta e queria muito mais, talvez a revolução (rsrs). 

Na reunião da direção nos bastidores da assembleia, decidimos que eu faria uma das defesas da proposta, eu já tinha muita inserção na base social. 

Foi difícil aquela fala com a massa de trabalhadores, gente querida gritando e ofendendo, queriam continuar a greve. 

Aprovamos a proposta e a categoria saiu vitoriosa daquela campanha. 

Eu me sentei atrás do palco e chorei. Foi tenso demais. Iniciei ali uma relação de liderança com a categoria baseada em muita honestidade e ética sindical. Eu fiz a coisa certa naquele momento.

A militância que ficou brava na hora depois me procurou e nos deu razão. Foi uma campanha vitoriosa.

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A LIBERDADE DE OPINIÃO FOI CENTRAL NA MINHA FORMAÇÃO POLÍTICA

Depois dessa primeira assembleia decisiva em 2003, fiz nas assembleias em São Paulo as defesas das propostas finais das negociações entre a direção do Banco do Brasil e nós das confederações de bancários da CUT (CNB e Contraf) entre os anos de 2004 e 2013, foram 11 anos de muitos debates com a massa de trabalhadores bancários de nossa categoria.

Cada ano, uma história. A campanha de 2004 e a greve de 30 dias. A campanha de 2005 (e essa tem uma história antes mesmo de começar)... e assim sucessivamente até a última campanha que atuei no sindicato e na confederação em 2013. Em 2014 fui eleito para a direção da Caixa de Assistência dos Funcionários do BB (Cassi) e no congresso daquele ano deixei a coordenação do movimento no banco.

Estabeleci uma relação ética com os trabalhadores e com as lideranças de todas as forças políticas que atuavam na categoria bancária. Essa ética na postura e na defesa daquilo que acreditava marcou momentos políticos interessantes em nossas vidas de direção sindical nos anos dois mil.

Cheguei a fazer falas em congressos de bancários dividindo tempo com pessoas da oposição contra a minha própria corrente política porque eu entendia que a proposta em questão era um absurdo completo, contrária aos princípios que norteavam as nossas bandeiras políticas da CUT. 

É claro que houve um consenso em nosso grupo de que a corrente estava dividida naquele tema e foi aberta essa possibilidade de defesa a favor e contra a proposta em questão - algo que o pessoal conhecia com o apelido de "cláusula Zé Lourenço". Nunca fui porraloca como dirigente. Minha atuação naquele momento foi consentida pelo grupo político ao qual eu pertencia. No final, a proposta "Zé Lourenço" foi rejeitada com votação apertada após contagem de crachás.

E nem por isso, ter opinião divergente de parte de minha corrente, deixei de ser uma liderança nacional, coordenador de nossas bancadas e negociações etc. Havia uma ética no movimento sindical que permitia a opinião divergente e o debate de ideias sem a pessoa ser demonizada e cancelada por isso. Todos ganhavam com a construção do consenso progressivo, a Política e a Democracia eram fortalecidas.

Essa política saudável de debate de ideias e construção de consensos foi sumindo do seio de nossa democracia sindical e partidária na última década. Avalio que isso não é bom para o movimento dos trabalhadores. Isso não fortalece a unidade e o pertencimento às causas que defendemos.

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NA COMUNICAÇÃO E NA FORMAÇÃO POLÍTICA O CORPO FALA, A PRESENÇA NO AMBIENTE É CENTRAL (ONTEM E HOJE)

A leitura das evocações de Aleida March, companheira de Che Guevara, me trouxe várias lembranças ao longo dos quatro dias de leitura. Várias. Tem uma passagem no livro onde ela fala do incomodo do Che quando algum companheir@ deixava de participar dos eventos presencialmente.

"Es en esta época en que el Che comienza a asistir a las recepciones de gobierno, porque entendía que era un compromiso ineludible y una escuela de formación para los nuevos cuadros de la Revolución. En realidad se molestaba muchísimo cuando algún compañero no asistía, al considerarlo como parte de sus funciones. Como siempre, iba vestido con su uniforme verde olivo, que ya en la noche había sufrido el rigor de la faena de todo el día: reuniones, actos, en fin, las tareas cotidianas." (ALEIDA March, Evocación, p. 102)

Aproveito a passagem acima para refletir em uma postagem de Memórias no blog sobre essa questão da "escuela de formación" quando se trata da participação presencial em eventos formais da política. 

Tenho observado que algumas das direções sindicais e partidárias deixaram de fazer encontros e assembleias presenciais quando o assunto pode gerar algum enfrentamento político. 

Entendo todas as alegações que as direções apresentam para só fazerem assembleias e eleições virtuais, mas acho uma perda de oportunidade não aproveitar esses eventos políticos para educar e formar a classe trabalhadora que se quer organizar e representar.

Em uma assembleia ou congresso de trabalhadores, tudo ensina, tudo educa. Até as movimentações dos grupos políticos pelos cantos, definindo as posições e as defesas, demonstram aos participantes a pujança da política e do debate de ideias. Demonstra inclusive que as pessoas com ideias diferentes não são inimigas, só têm ideias diferentes... a política deve ser civilizada, ela é para se evitar a violência e a guerra.

Quando eu coordenava as negociações nacionais do Banco do Brasil e os congressos e assembleias, sempre pedia para a nossa militância fazer falas e defesas que fossem didáticas ao falar para o plenário. Não era necessário ficar só nas provocações com os outros grupos. A fala deveria ser formativa. Quem atuou comigo vai se lembrar disso.

Ao fazer uma defesa sobre a campanha unificada, ou sobre o porquê de ser melhor reivindicar ganho real ao invés de perdas desde Cabral, ou por quê salário fixo é melhor que remuneração variável, eu pedia que o dirigente desse o histórico do tema para centenas de participantes que iriam votar a seguir. A política deve educar o trabalhador e a trabalhadora.

Outra questão muito importante é a própria postura das mesas que coordenam congressos e assembleias, os ritos democráticos, se não existir eventos presenciais toda essa construção democrática desaparece. Ela sempre foi meio consuetudinária, ritos construídos entre nós trabalhadores e não registrados em papéis. E funcionavam!

Outro dia, fui a uma assembleia presencial do meu condomínio e ao ver a desorganização e a falta de tato para coisas básicas, precisei pedir o microfone e dar algumas orientações sobre apresentação de propostas, processos de defesas, questão de ordem, que não se fala ou debate durante período de votação etc. As pessoas perderam a noção de quase tudo.

Enfim, como vamos convencer a classe trabalhadora a ir para as ruas defender ideias abstratas como democracia, direitos trabalhistas e previdenciários, meio ambiente etc se não exercitarmos a participação presencial em uma assembleia ou congresso de trabalhadores para decidir a vida imediata deles como o emprego, o salário etc? É o mínimo para se preparar uma pessoa a participar de algo como ir para as ruas lutar contra um golpe militar ou golpe fascista chamá-la para ir a uma assembleia umas duas vezes ao ano!

FAZER OU NÃO FAZER ASSEMBLEIA PARA COMEÇAR UMA CAMPANHA SALARIAL?

Fecho esta Memória com uma evocação lá de 2005, quando eu estava em meu primeiro mandato eletivo como dirigente da classe trabalhadora.

Íamos começar os processos democráticos de organização das bases de trabalhadores bancários. As assembleias de base são os fóruns onde tudo começa. É assim há séculos... não é exagero. Essa prática democrática das assembleias vem de muito longe...

Na assembleia é onde as forças políticas se apresentam, onde se definem eixos de campanha e quem vai representar e liderar a categoria nos fóruns decisórios de uma campanha salarial. Já falei acima sobre os ritos democráticos numa assembleia presencial.

Em um certo momento interno em nosso sindicato, a direção procurou todas as forças políticas que atuavam na categoria em nossa base e em nome da unidade desenhou-se uma distribuição da delegação que participaria dos fóruns estaduais e no fórum nacional que definiria a pauta de reivindicações daquele ano.

Assim que eu entendi direito a proposta, questionei o método definido naquele fórum interno porque não haveria assembleia de base. Aleguei que definir as delegações assim, por distribuição de forças políticas sem a assembleia da categoria era uma opção que deseducaria a base e nós mesmos, dirigentes cutistas.

Aberta a polêmica, todas as pessoas da direção envolvidas naquela fase de decisões foram ouvidas e como não houve consenso progressivo porque eu não concordei, a reunião foi suspensa e remarcada para que cada participante fizesse suas consultas e se organizasse para a definição do método dias depois.

Bom, felizmente, fui feliz no meu questionamento democrático. Após idas e vindas, prevaleceu a decisão de se fazer assembleia de base para definir as questões centrais e as delegações para as etapas seguintes da campanha salarial daquele ano de 2005.

Foi algo muito parecido com aquele clássico filme "Doze homens e uma sentença". Nossa democracia interna baseada na paciência e na construção de política ouvindo a divergência, o consenso progressivo, evitou que iniciássemos em 2005 na maior base bancária do país, uma campanha sem assembleia inicial.

Tenho uma leitura do momento atual de que se isso acontecesse hoje, eu não seria ouvido, a opinião divergente sequer teria sido ouvida e a proposta inicial seria automática... campanha salarial sem assembleia de base...

Juro pra vocês que isso aconteceu em 2005. Foi um aprendizado para todos nós da direção do Sindicato. Fizemos uma ótima campanha salarial naquele ano.

William


Post Scriptum: para ler o texto de Memorias XXXVII anterior, é só clicar aqui. O capítulo seguinte pode ser lido aqui.


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