Olá prezad@s associados aposentados, pensionistas e idosos de nossa Caixa de Assistência. Atenção vocês que são aposentáveis (pessoal da ativa).
Dirijo-me a vocês para reforçar meu compromisso e de nossa Chapa 1 Em Defesa da Cassi em seguir lutando pela manutenção dos direitos de todos os aposentados, pensionistas e idosos de nosso Plano de Associados, plano criado por nós funcionários do Banco do Brasil em 1944 baseado no princípio da solidariedade no custeio mutualista intergeracional.
É importante que vocês saibam que a base de nosso mandato eleito pelos associados da Cassi nesses 4 anos à frente da Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento (rede própria, as 65 CliniCassi) foi a defesa da solidariedade. A Cassi poderia não ter déficit se cobrasse mais dos participantes, mas ela não seria uma CASSI PARA TODOS porque a cada ano estaria expulsando segmentos de associados por não conseguirem se manter custeando o plano de saúde. Seria uma CASSI PARA POUCOS.
Boa parte de minhas divergências com o patrocinador Banco do Brasil ao longo do mandato foi por causa dos enfrentamentos que fiz a ele em defesa dos direitos dos associados da ativa, aposentados, pensionistas e dependentes porque fui um defensor ferrenho, radical, dos direitos dos aposentados e idosos de nosso plano de saúde (são 123 mil idosos no Plano).
O PORQUÊ DOS DÉFICITS NO PLANO DE ASSOCIADOS
Em primeiro lugar é importante que vocês saibam que os déficits recorrentes do Plano de Associados não são por culpa dos bancários e ocorrem desde os anos 90 (Relatórios Anuais Cassi de 2004, pág. 57, item 4, e 2005, pág. 5, 1º parágrafo) e têm dois motivos principais:
- no eixo da despesa assistencial por causa do custo da compra de serviços de saúde no mercado (rede prestadora credenciada), cujo crescimento dos valores cobrados chega a ser de 17% ao ano. Por isso defendemos e fortalecemos tanto o modelo assistencial preventivo da Cassi, porque se usa melhor os recursos quando se utiliza a rede prestadora;
- no eixo das receitas operacionais por causa das reduções da base de cálculo das receitas do Plano: a folha de pagamento da ativa e dos benefícios dos aposentados e pensionistas. Ou seja, por culpa do Banco do Brasil S.A.
A Cassi foi prejudicada na receita operacional cada vez que o patrocinador BB reduziu a folha nesses 22 anos após a proposta de custeio feita por ele e aceita por nós associados e registrada no Estatuto Social de 1996 (7,5% das remunerações e aposentadorias - 3% nós e 4,5% banco): reduziu receita por congelamento salarial (de 1995 a 2002), reduziu receita por mudança nos interstícios das 12 letras do Plano de Cargos e Salários (PCS) de 12% e 16% para 3% (desde 1996), reduziu receita pela retirada do anuênio (desde 1998), e reduz receita cada vez que o Banco faz reestruturações diminuindo quadro, reduzindo ou tirando comissões e salários, terceirizando serviços etc. Ele Banco do Brasil vem afetando as receitas operacionais do Plano de Associados desde que firmou o contrato conosco.
Por isso ao longo do mandato nesses 4 anos não aceitamos nenhuma proposta do Banco e seus representantes para "resolver" os déficits operacionais onerando mais os associados e se desonerando de seus compromissos com o custeio. A Cassi poderia ser equilibrada e superavitária em todos os exercícios contábeis: era só aceitarmos as propostas do Banco e repassar anualmente aos associados as diferenças entre receitas e despesas operacionais (cujo Banco é um dos responsáveis). Seria uma CASSI PARA POUCOS!
Se aceitássemos isso nesses 4 anos e se a chapa vencedora aceitar nos próximos anos, a Cassi superavitária será para quantos associados? 100 mil, 200 mil? Porque o que mantém os 410 mil participantes no Plano de Associados é o acesso ao Plano pelo valor acessível de custeio solidário. Nós sempre defendemos e defenderemos UMA CASSI PARA TODOS e não para parte dos ativos e aposentados que possam pagar por terem maiores remunerações e benefícios (num determinado momento...)
Propor despesas assessorias aos associados como fez o Banco do Brasil diversas vezes nesse período em que estamos à frente da Cassi - E REJEITAMOS TODAS ELAS - é ruim para os participantes e interessante para o patrão: franquia na internação de R$1.500, aumentar coparticipações sobre consultas e exames, tirar o teto das coparticipações sobre exames, cobrar por dependente, cobrar por idade, cobrar por uso, cobrar por perfil epidemiológico, rejeitar entrada de novos participantes, diminuir ressarcimentos, suspender ou cancelar programas de saúde etc. Nós DISSEMOS NÃO!
Algumas chapas tentam confundir os associados querendo responsabilizar quem esteve na gestão neste período recente e difícil em que os déficits vêm ocorrendo. Não se combate déficits com bravatas. Eu estudei 30 anos de história da Cassi e todos sabem que conheço profundamente a entidade e o histórico dela e dos trabalhadores associados.
Na verdade fomos nós que defendemos os associados do desejo do patrão em se ver livre de sua responsabilidade com os aposentados excluindo eles de sua responsabilidade estatutária (proposta feita em maio/2015 em mesa negocial com entidades representativas: o Fundo de 6 bilhões e o desejo do Banco em ratear déficits entre associados que mais precisaram, que têm mais idade e têm grupo familiar maior). O tempo todo o Banco vem querendo cobrar por idade e por dependente (titular e cônjuge).
DEFESA INTRANSIGENTE DOS APOSENTADOS E IDOSOS DA CASSI
Uma das primeiras ações de nosso mandato a partir de junho de 2014, foi começar a percorrer o país visitando entidades e associações da ativa e de aposentados para convencer suas lideranças a pararem de defender a quebra da solidariedade. Muitos líderes dos aposentados defendiam cobrar por dependente e eu mostrei em números e expliquei que a desculpa ao se propor cobrar por dependente tinha como alvo cobrar por faixa etária, porque é ali que está a maior despesa assistencial da Cassi e do Plano de Associados.
Tive que procurar as entidades da ativa também, os sindicatos das mais diversas forças políticas, para dar subsídios a eles no diálogo com os bancários da ativa explicando que ao quebrar a solidariedade para cobrar mais dos idosos iria afetar e eles mesmos no amanhã. Tive um papel importante no convencimento de ativos e aposentados para fortalecer o princípio da solidariedade e a ampla maioria das entidades representativas e lideranças sabem disso.
TRANSPARÊNCIA - Enquanto alguns burocratas tentam criminalizar a política séria de representar pessoas, como se não trabalhássemos ao visitar as bases, nós mostramos na prática que política dá trabalho mas vale a pena, porque ao fazer 154 agendas nos Estados durante o mandato, 64 reuniões com os Conselhos de Usuários (boa parte com meus recursos próprios) dialogamos com lideranças da ativa e aposentados durante os 4 anos como representante eleito pelos colegas e levamos informações que ajudaram as lideranças e suas entidades representativas a defenderem conosco a solidariedade e perceberem que algumas teses defendidas pelo patrão seriam muito prejudiciais aos associados. E fui republicano no mandato. Tratei a todas as forças políticas e segmentos da mesma forma inclusiva, independente se tinham referências equivocadas a meu respeito.
---------------------------------------------------
Quando o patrocinador Banco do Brasil propôs o Fundo de 6 bilhões para se ver livre do risco atuarial pós-laboral (os 4,5% estatutário sobre os aposentados), eu fui um dos primeiros a rejeitar a proposta porque prejudicava aposentados e aposentáveis. Eu já havia dito não ao Banco em consultas informais (imaginem se o Banco gostou?). E já havia convencido muitas lideranças de aposentados a não entrarem na canoa furada de quebrar a solidariedade que o patrão, o capital, propõe o tempo todo (o alvo são os aposentados). Não à toa, o governo ilegítimo soltou resolução autoritária em janeiro (CGPAR 23) para apoiar estatais federais que vêm tentando se desonerar de custeios de saúde, onerando os trabalhadores, fechando planos e acessos a aposentados.
Não se defende os aposentados e os idosos com discurso bonito e bravatas, nem vendendo facilidades panfletárias de "gestão competente". Se defende os aposentados e os idosos enfrentando quem quer mexer com seus direitos ou excluir esse segmento do Plano de Saúde. E nós fizemos isso! E fizemos porque buscamos unidade nacional e tivemos apoio das entidades sindicais e associativas.
Por fim, fizemos um mandato tão obstinado na defesa dos direitos dos idosos, aposentados e pensionistas e na manutenção deles nos direitos de custeio solidário pela ativa e pelo patrocinador BB que ao estudar diuturnamente o segmento, conseguimos construir gráficos provando que os idosos na Cassi com faixas etárias acima de 59 anos têm as despesas assistenciais crescendo menos que as primeiras faixas etárias porque são aqueles que mais são acompanhados pela Estratégia Saúde da Família (ESF). Isso é gestão em saúde na prática e competência na gestão.
Caros aposentados e idosos de nossa Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil, votem Chapa 1 Em Defesa da Cassi
Para continuar defendendo os direitos de cada um de vocês dos ataques constantes por parte dos representantes do capital e patronato, pedimos que tod@s participem do processo de eleições da Cassi e votem na CHAPA 1 EM DEFESA DA CASSI, porque nós fizemos neste período a defesa firme dos direitos legítimos dos segmentos das faixas etárias a partir dos 60 anos.
Leiam, conversem com os colegas sobre este artigo e compartilhem. Passamos o mandato produzindo estudos e informações sobre a Cassi para sairmos das armadilhas e falácias que se criam para desinformar as pessoas detentoras de direitos.
William Mendes
Candidato a Diretor de Saúde (e atual Diretor de Saúde eleito - 2014/18)
Nenhum comentário:
Postar um comentário