Blog de William Mendes, ex-dirigente sindical bancário e ex-diretor eleito de saúde da Caixa de Assistência dos funcionários do Banco do Brasil
28.3.18
Eleições Cassi - Agradecimentos da Chapa 1 Em Defesa da Cassi pelos 30.632 votos recebidos (2a colocada)
Olá prezad@s associados da Cassi e companheir@s de lutas pelos direitos dos trabalhadores.
Terminou nesta quarta-feira, 28 de março de 2018, o processo de consulta ao corpo social da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil, a Cassi, para renovação de parte de sua direção. A entidade é a maior e mais antiga autogestão em saúde do país, pertence aos funcionários da ativa e aposentados do BB e tem gestão compartilhada entre patrão e trabalhadores, de forma paritária.
Quatro chapas se inscreveram para o processo eleitoral e a chapa vitoriosa foi a Chapa 4 - Mais União, com 36.942 votos recebidos, liderada pelo colega aposentado Satoru. A posse dos novos membros será no dia 1º de junho.
Nossa Chapa 1 Em Defesa da Cassi ficou em segundo lugar, recebendo 30.632 votos. A Chapa 3 Você na Cassi recebeu 16.659 votos, e a Chapa 2 Vem pra luta, a Cassi é nossa recebeu 11.312 votos. As três que defenderam princípios semelhantes de solidariedade e fortalecimento da ESF/CliniCassi e participação social e representativa (política) receberam 58.603 votos.
Apesar do cansaço físico e mental do momento, quis fazer a postagem hoje mesmo, 28 de março, sobre o resultado das eleições. Também tentei fazer umas três vezes um vídeo para deixar nesta postagem, mas não deu certo.
Meus agradecimentos são muitos e vou tentar ser breve, mas sei que posso acabar não citando algum segmento para o qual somos gratos. Se isso acontecer, eu corrijo depois ou já peço perdão. Detesto ingratidão, e pode ser que eu esqueça pelo cansaço que estou.
Agradeço em nome da Chapa 1 os votos recebidos pelos associad@s. Foram 22.897 na ativa e 7.735 nos aposentados. Vencemos bem na ativa, o que acaba sendo uma consequência do trabalho que fizemos ao longo do mandato junto ao conjunto das entidades sindicais e associativas e por nossa origem no movimento sindical.
Agradeço com gratidão ao apoio de grande parte das entidades sindicais do país, aos dirigentes e aos funcionários, que se dedicaram de forma diligente durante o processo eleitoral, mesmo estando os trabalhadores brasileiros passando por um dos ataques mais severos da história da classe trabalhadora no país da Casa-grande e Senzala. As entidades compreenderam o quanto a Cassi e o mandato em defesa dos direitos em saúde eram parte da agenda de lutas dos bancários do BB.
Agradeço de coração a forma espontânea com que diversos colegas da ativa e aposentados, de todo o país, abraçaram a nossa campanha nessas semanas. Nos emocionou muito os depoimentos de apoio e o engajamento das lideranças por acreditarem que nossa chapa era a melhor para a Cassi e os associad@s.
Agradeço aos funcionários da Cassi que atuaram conosco e sob nossa direção nesse período de 4 anos. Que equipe maravilhosa nós tivemos nas nossas áreas, tanto na sede em Brasília, quanto nas Unidades Cassi e CliniCassi espalhadas pelo país. São 92 unidades que estiveram sob nossa direção. Atenderam a tudo que pedimos, e pedimos de forma dialogada, e a base de sustentação da Cassi, seu modelo assistencial, cresceu e voltou a ser referência. Ampliamos a cobertura da ESF, demos qualidade à gestão de saúde e tudo graças a cada funcionário e funcionária da sede e das unidades. Agradeço aos demais funcionários e áreas da Cassi pela convivência cordial e produtiva.
Agradeço a todos de nossa equipe eleita na chapa em 2014, que se somaram aos eleitos que já estavam na Cassi e que, juntos, a equipe da Mirian Fochi até maio de 2016 e a equipe do Humberto Almeida até agora, buscamos defender os direitos dos associados nos debates na governança da entidade partilhada com o patrocinador BB através de seus representantes.
Agradeço aos companheir@s da nossa Chapa 1 Em Defesa da Cassi, grandes lideranças da comunidade Banco do Brasil, da ativa e aposentados, das entidades representativas, que depositaram confiança em nosso trabalho e muito nos honraram com a composição da Chapa 1 ao nos colocarmos à disposição dos associad@s. Agradeço ao comitê da nossa Chapa 1, ao comitê que tivemos em Brasília e a todo tipo de apoio que obtivemos nos Estados.
Agradeço à minha família, pela compreensão por minhas ausências durante anos. A família sabe o quanto eu sou dedicado às causas que me destacam a defender.
PARA REFLETIR
Eu deixo uma questão para reflexão de todas as lideranças do movimento social da comunidade Banco do Brasil, principalmente o movimento organizado a partir das entidades sindicais e associativas, ou seja, entidades políticas e de representação.
Durante o mandato, contribuímos para a organização de uma unidade nacional em defesa da Cassi e dos direitos dos associados, uma unidade na luta que levou à construção de uma mesa negocial com o patrocinador Banco do Brasil, que se baseou em princípios consensados por todos nós:
- A defesa da solidariedade; do modelo assistencial de Estratégia Saúde da Família (ESF) e melhoria das CliniCassi; a gestão paritária entre os associados e o patrão patrocinador; um Plano de Associados que fosse para ativos, aposentados, pensionistas e dependentes com custeio do BB e dos associados (60/40 sem cobranças extras aos associados). E também que as questões da Cassi fossem construídas através das representações dos associados e com forte participação social.
Pois é, não soubemos, mais uma vez, construir uma unidade que permitisse aos associados obterem um resultado que refletisse o que a maioria acredita. 58.603 associados votaram nas propostas que defendem a solidariedade, fortalecimento da ESF e CliniCassi, a representação política dos associados através de suas entidades representativas e lideranças. A soma dos votos das três chapas que defendem esses princípios (1, 2 e 3) mostra um desejo de maioria, mas não foi o resultado final. Até quando nos dividiremos?
Desejo que a política de representação dos trabalhadores e associad@s através de entidades sindicais e associativas e dos Conselhos de Usuários se fortaleça, encontre unidade e possa seguir defendendo os direitos em saúde e, sobretudo, o modelo assistencial, que pode voltar a retroceder ou ser desconfigurado como aconteceu por muito tempo na Cassi.
Abraços a tod@s. Vou descansar! Estou com uma leveza de dever cumprido que ninguém pode me tirar. Tinha feito boas avaliações nos vídeos, mas nenhum deles deu certo.
William Mendes
26.3.18
Eleições Cassi - A satisfação de conversar com milhares de associad@s
Olá prezad@s associados da Cassi, colegas do Banco do Brasil e companheir@s de lutas pelos direitos dos trabalhadores.
Estamos chegando ao final da campanha de renovação de parte da direção de nossa Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil. Os associad@s escolherão uma das quatro chapas inscritas para definir o(a) Diretor(a) de Saúde e Rede de Atendimento e parte dos Conselhos Deliberativo e Fiscal para o período de 2018 a 2022.
A Cassi é a maior e mais antiga autogestão em saúde no Brasil, foi criada por colegas em 1944, como uma associação solidária. É a única autogestão que tem poder de governança paritário entre patrão e trabalhadores, sem voto de minerva (de qualidade). As decisões devem ser alcançadas por maioria ou por consenso com a outra parte e por isso é importante que os eleitos sempre estejam blocados em sua metade, para fortalecer as negociações com o patrão. Isso é muito sério!
É uma autogestão cujo plano de saúde dos funcionários da ativa e aposentados - Plano de Associados - é regido por um Estatuto Social que garante um custeio solidário mutualista intergeracional. Todos contribuem com uma porcentagem de seu salário ou benefício de aposentadoria (3%) e o patrão patrocinador com 4,5% sobre a folha de pagamento e de benefícios. Essa relação de custeio 60/40 é importante para os associados. E TODOS utilizam de acordo com suas necessidades, sem planos especiais ou com melhores coberturas por cargo, remuneração etc.
Faz anos que o Banco vem tentando criar novas formas de onerar mais os associados, arrecadar mais deles ou reduzir as despesas assistenciais onerando eles com "fatores moderadores", tipo coparticipações maiores e sem tetos, franquias na internação, cobrar por idade, por dependente, por uso, por perfil epidemiológico etc. Onerações que expulsariam os participantes ao longo de suas vidas no Plano. A Cassi não seria para todos, e sim para parcela dos trabalhadores da ativa e aposentados. Não aceitamos isso nestes 4 anos à frente da gestão como eleitos.
O CONTATO COM A BASE SOCIAL QUE REPRESENTAMOS É A NOSSA RAZÃO EM SER UM ELEITO, FOI ASSIM O MANDATO TODO QUE ESTAMOS TERMINANDO À FRENTE DA DIRETORIA DE SAÚDE DA CASSI
Hoje foi mais um dia de fazer o que mais gosto em minha vida de representação dos funcionários do Banco do Brasil: conversar com os colegas sobre a Cassi, as questões da saúde, os desafios que a comunidade vai enfrentar para manter os direitos no próximo período e para perenizar e fortalecer a nossa Caixa de Assistência. Estou em São Paulo, minha base de formação política e onde aprendi a lutar e defender os bancários e a classe trabalhadora.
As reuniões foram muito legais. Estamos estimulando aquel@s que não votaram ainda a participarem das eleições porque isso irá fortalecer a Cassi e a democracia na comunidade BB. Ainda não votaram milhares de colegas da ativa e aposentados. Até às 18h de hoje, 26 de março, haviam votado mais de 96 mil associados da ativa e aposentados. Mais de 65 mil colegas podem votar até quarta 28.
Calculo que nessas mais de 5 semanas de campanha pelo Brasil afora, eu tenha participado de mais de 200 reuniões em locais de trabalho. Nossa mensagem foi sempre propositiva, apresentando características de nossa Chapa 1, nossas propostas para a Diretoria de Saúde, e os motivos pelos quais entendemos estar preparados para liderar os associados e suas entidades EM DEFESA DA CASSI.
Eu agradeço de coração a forma respeitosa como fomos acolhidos nessas mais de 200 reuniões que fizemos sobre a nossa Caixa de Assistência. Sempre estive acompanhado de uma ou mais lideranças dos associados da Cassi. Isso aumenta nossa responsabilidade e nos emociona por saber que criamos laços firmes pelo mandato inclusivo, transparente e participativo que fizemos pelo país todo, sem discriminar nenhuma força política da comunidade BB.
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Afinal de contas, mostramos na prática no mandato que estamos terminando o quanto foi prioridade para nós a transparência, o fortalecimento da participação social, o desejo de fazer promoção de saúde e prevenção de doenças ampliando a cobertura do modelo assistencial e recolocando a Cassi como referência em Atenção Primária e Medicina de Família. Estivemos 154 vezes em agendas de saúde nos Estados/DF, nos reunimos 64 vezes com os Conselhos de Usuários, tivemos participação real na realização de 54 Conferências de Saúde, a maior parte delas sem recursos da Cassi, fizemos 41 boletins do mandato com estudos e resultados sobre Cassi e os direitos dos associados e fizemos mais de 600 postagens públicas para os associados no blog.
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Quero reforçar meu agradecimento e minha gratidão às lideranças do movimento sindical bancário que estão nos apoiando nessa jornada de defesa da Cassi e dos associad@s. Tenho me emocionado em ver também tantas pessoas apoiadoras de forma espontânea e engajadas na eleição da Chapa 1 Em Defesa da Cassi porque acreditam no trabalho que fizemos à frente de nossa querida Caixa de Assistência.
A Cassi já sairá muito fortalecida desse processo democrático. Minha avaliação é muito positiva em relação à participação dos colegas associad@s.
Abraços a tod@s,
William Mendes
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William Mendes
21.3.18
Eleições Cassi - Chapa 1 propõe solidariedade e ampliar a Estratégia Saúde da Família
Olá prezad@s associados da Cassi e companheir@s de lutas pelos direitos dos trabalhadores.
A Cassi segue em processo de consulta ao corpo social para eleger parte de sua Diretoria Executiva e dos Conselhos Deliberativo e Fiscal. As eleições começaram na sexta-feira 16 e vão até a próxima quarta-feira 28. O pessoal da ativa vota pelo sisbb e os aposentados pelos terminais de autoatendimento.
Reforço o quanto é importante que todos os aposentados e todos os colegas da ativa participem da eleição e votem escolhendo uma das quatro chapas inscritas. Eu me coloquei à disposição dos associados e suas entidades sindicais e associativas para ser o Diretor de Saúde e Rede de Atendimento de nossa Caixa de Assistência neste período entre 2018 e 2022. Estamos na Chapa 1 Em Defesa da Cassi.
Junto comigo estão grandes lideranças da ativa e aposentados, homens e mulheres, que congregam uma representatividade expressiva para liderar os processos complexos que virão nesse período de ataques aos direitos em saúde dos trabalhadores associados à Cassi e demais autogestões de estatais federais.
Fabiano Felix, Amaral, Elisa e Ana Paula, candidatos ao Conselho Deliberativo e Diusa e Mano, candidatos ao Conselho Fiscal, trazem grande experiência em gestão e negociação e estamos preparados para construir a unidade nacional necessária para enfrentar os desafios colocados à Cassi e Associados para fortalecer o Modelo Assistencial de Atenção Primária e Estratégia Saúde da Família, ampliar e qualificar o acolhimento dos participantes nas CliniCassi, manter a solidariedade no Plano de Associados e negociar a sustentabilidade econômico-financeira com a direção do patrocinador Banco do Brasil.
Estamos terminando o mandato à frente da Diretoria de Saúde, eleitos pelos associados, com um saldo positivo no mandato de resistência que fizemos durante um dos períodos de maior crise na história da saúde brasileira e do setor de saúde suplementar. Defendemos uma CASSI PARA TODOS e não uma Cassi para poucos.
A Cassi tem déficits porque o Banco vem reduzindo a folha de pagamento (base do custeio) e o mercado de saúde cobra serviços cada vez mais caros. Ele BB nos propôs o custeio estatutário na relação 60/40 e ele BB tem processos de trabalho que contribuem para o adoecimento dos associados ao Plano. É por isso que entendemos que qualquer discussão de déficit precisa ter a contrapartida do BB para a solução de equilíbrio e sustentabilidade.
O patrocinador Banco do Brasil apresentou nos últimos anos diversas propostas para resolver o déficit do Plano de Associados onerando os participantes e se desonerando. Não concordamos! Quebrar a solidariedade cobrando franquia na internação, coparticipações maiores, cobrando por idade, por uso, por dependentes, diminuindo ressarcimentos e programas de saúde seriam "soluções" paliativas e momentâneas que na verdade expulsariam aqueles que não conseguiriam arcar com os custos da saúde no momento que mais precisarem. O Plano de Associados teria cada vez menos participantes e custaria cada vez mais caro.
Mantivemos todos os direitos dos associados, ampliamos a cobertura da ESF em 22 mil vidas, desenvolvemos estudos que comprovam que o modelo assistencial é o caminho a seguir para cuidar de pessoas e usar melhor os recursos; fortalecemos a participação social mesmo sem recursos disponíveis, mas por acreditar que o envolvimento da base e suas lideranças é a melhor alternativa para defender direitos em saúde. Fizemos um mandato transparente e aberto ao conjunto dos associados e suas entidades, com 154 agendas de gestão nos Estados e DF, com 64 reuniões com Conselhos de Usuários, com 54 Conferência de Saúde, com mais de 600 matérias publicadas no Blog e com 41 boletins Prestando Contas Cassi (AQUI).
A mesa nacional que vem debatendo o déficit e a sustentabilidade da Cassi nasceu a partir de nossa busca por apoio junto às entidades sindicais e representativas e nossa estratégia política se mostrou acertada. O patrocinador BB não reconhecia sua responsabilidade pelos resultados da Cassi e pela necessidade de colocar recursos na saúde dos trabalhadores da ativa e aposentados e nós mostramos através do apoio das entidades sindicais que lutam pelos direitos dos bancários que somos mais fortes quando estamos juntos.
Pedimos o voto e o apoio de cada colega associado da ativa e aposentado na Chapa 1 Em defesa da Cassi. Votem para que as perspectivas de negociações com o Banco do Brasil sejam de alto nível e soberanas a partir do início de abril, quando voltarão as mesas negociais que definirão o futuro da Cassi e os direitos dos associados.
Abraços a tod@s. Compartilhem com seus colegas associad@s.
William Mendes
Candidato a Diretor de Saúde
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17.3.18
Eleições Cassi - Mensagem aos aposentados, pensionistas e idosos (e aposentáveis)
Olá prezad@s associados aposentados, pensionistas e idosos de nossa Caixa de Assistência. Atenção vocês que são aposentáveis (pessoal da ativa).
Dirijo-me a vocês para reforçar meu compromisso e de nossa Chapa 1 Em Defesa da Cassi em seguir lutando pela manutenção dos direitos de todos os aposentados, pensionistas e idosos de nosso Plano de Associados, plano criado por nós funcionários do Banco do Brasil em 1944 baseado no princípio da solidariedade no custeio mutualista intergeracional.
É importante que vocês saibam que a base de nosso mandato eleito pelos associados da Cassi nesses 4 anos à frente da Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento (rede própria, as 65 CliniCassi) foi a defesa da solidariedade. A Cassi poderia não ter déficit se cobrasse mais dos participantes, mas ela não seria uma CASSI PARA TODOS porque a cada ano estaria expulsando segmentos de associados por não conseguirem se manter custeando o plano de saúde. Seria uma CASSI PARA POUCOS.
Boa parte de minhas divergências com o patrocinador Banco do Brasil ao longo do mandato foi por causa dos enfrentamentos que fiz a ele em defesa dos direitos dos associados da ativa, aposentados, pensionistas e dependentes porque fui um defensor ferrenho, radical, dos direitos dos aposentados e idosos de nosso plano de saúde (são 123 mil idosos no Plano).
O PORQUÊ DOS DÉFICITS NO PLANO DE ASSOCIADOS
Em primeiro lugar é importante que vocês saibam que os déficits recorrentes do Plano de Associados não são por culpa dos bancários e ocorrem desde os anos 90 (Relatórios Anuais Cassi de 2004, pág. 57, item 4, e 2005, pág. 5, 1º parágrafo) e têm dois motivos principais:
- no eixo da despesa assistencial por causa do custo da compra de serviços de saúde no mercado (rede prestadora credenciada), cujo crescimento dos valores cobrados chega a ser de 17% ao ano. Por isso defendemos e fortalecemos tanto o modelo assistencial preventivo da Cassi, porque se usa melhor os recursos quando se utiliza a rede prestadora;
- no eixo das receitas operacionais por causa das reduções da base de cálculo das receitas do Plano: a folha de pagamento da ativa e dos benefícios dos aposentados e pensionistas. Ou seja, por culpa do Banco do Brasil S.A.
A Cassi foi prejudicada na receita operacional cada vez que o patrocinador BB reduziu a folha nesses 22 anos após a proposta de custeio feita por ele e aceita por nós associados e registrada no Estatuto Social de 1996 (7,5% das remunerações e aposentadorias - 3% nós e 4,5% banco): reduziu receita por congelamento salarial (de 1995 a 2002), reduziu receita por mudança nos interstícios das 12 letras do Plano de Cargos e Salários (PCS) de 12% e 16% para 3% (desde 1996), reduziu receita pela retirada do anuênio (desde 1998), e reduz receita cada vez que o Banco faz reestruturações diminuindo quadro, reduzindo ou tirando comissões e salários, terceirizando serviços etc. Ele Banco do Brasil vem afetando as receitas operacionais do Plano de Associados desde que firmou o contrato conosco.
Por isso ao longo do mandato nesses 4 anos não aceitamos nenhuma proposta do Banco e seus representantes para "resolver" os déficits operacionais onerando mais os associados e se desonerando de seus compromissos com o custeio. A Cassi poderia ser equilibrada e superavitária em todos os exercícios contábeis: era só aceitarmos as propostas do Banco e repassar anualmente aos associados as diferenças entre receitas e despesas operacionais (cujo Banco é um dos responsáveis). Seria uma CASSI PARA POUCOS!
Se aceitássemos isso nesses 4 anos e se a chapa vencedora aceitar nos próximos anos, a Cassi superavitária será para quantos associados? 100 mil, 200 mil? Porque o que mantém os 410 mil participantes no Plano de Associados é o acesso ao Plano pelo valor acessível de custeio solidário. Nós sempre defendemos e defenderemos UMA CASSI PARA TODOS e não para parte dos ativos e aposentados que possam pagar por terem maiores remunerações e benefícios (num determinado momento...)
Propor despesas assessorias aos associados como fez o Banco do Brasil diversas vezes nesse período em que estamos à frente da Cassi - E REJEITAMOS TODAS ELAS - é ruim para os participantes e interessante para o patrão: franquia na internação de R$1.500, aumentar coparticipações sobre consultas e exames, tirar o teto das coparticipações sobre exames, cobrar por dependente, cobrar por idade, cobrar por uso, cobrar por perfil epidemiológico, rejeitar entrada de novos participantes, diminuir ressarcimentos, suspender ou cancelar programas de saúde etc. Nós DISSEMOS NÃO!
Algumas chapas tentam confundir os associados querendo responsabilizar quem esteve na gestão neste período recente e difícil em que os déficits vêm ocorrendo. Não se combate déficits com bravatas. Eu estudei 30 anos de história da Cassi e todos sabem que conheço profundamente a entidade e o histórico dela e dos trabalhadores associados.
Na verdade fomos nós que defendemos os associados do desejo do patrão em se ver livre de sua responsabilidade com os aposentados excluindo eles de sua responsabilidade estatutária (proposta feita em maio/2015 em mesa negocial com entidades representativas: o Fundo de 6 bilhões e o desejo do Banco em ratear déficits entre associados que mais precisaram, que têm mais idade e têm grupo familiar maior). O tempo todo o Banco vem querendo cobrar por idade e por dependente (titular e cônjuge).
DEFESA INTRANSIGENTE DOS APOSENTADOS E IDOSOS DA CASSI
Uma das primeiras ações de nosso mandato a partir de junho de 2014, foi começar a percorrer o país visitando entidades e associações da ativa e de aposentados para convencer suas lideranças a pararem de defender a quebra da solidariedade. Muitos líderes dos aposentados defendiam cobrar por dependente e eu mostrei em números e expliquei que a desculpa ao se propor cobrar por dependente tinha como alvo cobrar por faixa etária, porque é ali que está a maior despesa assistencial da Cassi e do Plano de Associados.
Tive que procurar as entidades da ativa também, os sindicatos das mais diversas forças políticas, para dar subsídios a eles no diálogo com os bancários da ativa explicando que ao quebrar a solidariedade para cobrar mais dos idosos iria afetar e eles mesmos no amanhã. Tive um papel importante no convencimento de ativos e aposentados para fortalecer o princípio da solidariedade e a ampla maioria das entidades representativas e lideranças sabem disso.
TRANSPARÊNCIA - Enquanto alguns burocratas tentam criminalizar a política séria de representar pessoas, como se não trabalhássemos ao visitar as bases, nós mostramos na prática que política dá trabalho mas vale a pena, porque ao fazer 154 agendas nos Estados durante o mandato, 64 reuniões com os Conselhos de Usuários (boa parte com meus recursos próprios) dialogamos com lideranças da ativa e aposentados durante os 4 anos como representante eleito pelos colegas e levamos informações que ajudaram as lideranças e suas entidades representativas a defenderem conosco a solidariedade e perceberem que algumas teses defendidas pelo patrão seriam muito prejudiciais aos associados. E fui republicano no mandato. Tratei a todas as forças políticas e segmentos da mesma forma inclusiva, independente se tinham referências equivocadas a meu respeito.
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Quando o patrocinador Banco do Brasil propôs o Fundo de 6 bilhões para se ver livre do risco atuarial pós-laboral (os 4,5% estatutário sobre os aposentados), eu fui um dos primeiros a rejeitar a proposta porque prejudicava aposentados e aposentáveis. Eu já havia dito não ao Banco em consultas informais (imaginem se o Banco gostou?). E já havia convencido muitas lideranças de aposentados a não entrarem na canoa furada de quebrar a solidariedade que o patrão, o capital, propõe o tempo todo (o alvo são os aposentados). Não à toa, o governo ilegítimo soltou resolução autoritária em janeiro (CGPAR 23) para apoiar estatais federais que vêm tentando se desonerar de custeios de saúde, onerando os trabalhadores, fechando planos e acessos a aposentados.
Não se defende os aposentados e os idosos com discurso bonito e bravatas, nem vendendo facilidades panfletárias de "gestão competente". Se defende os aposentados e os idosos enfrentando quem quer mexer com seus direitos ou excluir esse segmento do Plano de Saúde. E nós fizemos isso! E fizemos porque buscamos unidade nacional e tivemos apoio das entidades sindicais e associativas.
Por fim, fizemos um mandato tão obstinado na defesa dos direitos dos idosos, aposentados e pensionistas e na manutenção deles nos direitos de custeio solidário pela ativa e pelo patrocinador BB que ao estudar diuturnamente o segmento, conseguimos construir gráficos provando que os idosos na Cassi com faixas etárias acima de 59 anos têm as despesas assistenciais crescendo menos que as primeiras faixas etárias porque são aqueles que mais são acompanhados pela Estratégia Saúde da Família (ESF). Isso é gestão em saúde na prática e competência na gestão.
Caros aposentados e idosos de nossa Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil, votem Chapa 1 Em Defesa da Cassi
Para continuar defendendo os direitos de cada um de vocês dos ataques constantes por parte dos representantes do capital e patronato, pedimos que tod@s participem do processo de eleições da Cassi e votem na CHAPA 1 EM DEFESA DA CASSI, porque nós fizemos neste período a defesa firme dos direitos legítimos dos segmentos das faixas etárias a partir dos 60 anos.
Leiam, conversem com os colegas sobre este artigo e compartilhem. Passamos o mandato produzindo estudos e informações sobre a Cassi para sairmos das armadilhas e falácias que se criam para desinformar as pessoas detentoras de direitos.
William Mendes
Candidato a Diretor de Saúde (e atual Diretor de Saúde eleito - 2014/18)
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14.3.18
Eleições Cassi - Chapa 1 está incomodando aqueles que atuam contra associados e trabalhadores (que bom!)
"Incomodo (patrões e apaniguados), logo existo!"
Olá prezad@s associados da Cassi e companheir@s de lutas em defesa dos direitos dos trabalhadores.
A Cassi está em processo de consulta ao corpo social para renovação de parte da sua Diretoria e dos Conselhos Deliberativo e Fiscal. As eleições começam nesta sexta-feira 16 e vão até 28 de março. É a única autogestão das estatais federais onde os trabalhadores associados têm poder na governança e vetam, impedem, que patrão e seus representantes façam o que bem entendam com os direitos dos trabalhadores. Isso incomoda muito o patronato!
"Incomodo, logo existo!" - esse foi meu lema de representante dos bancários desde a primeira vez que fui eleito para defender direitos de trabalhadores.
Estou terminando o mandato eletivo em nome dos associados da Caixa de Assistência na Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento de nossa autogestão. Esta diretoria é responsável pelas políticas e programas de saúde da Cassi, pela gestão das unidades regionais Cassi e de atendimento em saúde CliniCassi e também pela relação com os Conselhos de Usuários e fortalecimento da participação social.
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O mandato fortaleceu a ESF e ampliou a cobertura do programa em 22 mil vidas (mesmo sem investimento novo). Fez o Banco colocar 850 milhões na Cassi (contra sua vontade) e fortaleceu os conselhos de usuários. Os associados não perderam nenhum direito durante a crise de déficit.
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A Cassi e o setor de saúde suplementar estão enfrentando já há alguns anos a maior crise de sustentabilidade e equilíbrio econômico-financeiro da história da saúde brasileira. A Cassi compra serviços de saúde na rede prestadora com custos que crescem entre 13 e 18% ao ano. A receita operacional não acompanha este crescimento porque é baseada em folha de pagamento dos funcionários do BB e dos aposentados. O patrão, Banco do Brasil, é o responsável por reduzir as receitas do Plano de Associados ao congelar salários, reduzir PCS, reestruturar, tirar funções, enxugar o quadro etc.
O trabalhador associado é a vítima do processo de déficit operacional, ocasionado pelo mercado e pelo Banco do Brasil e nós não aceitamos como eleitos nesses 4 anos nenhuma proposta do patrão que onerasse o trabalhador associado à Cassi e desonerasse ele, patrão BB. Porque não é justo e porque o Banco tem responsabilidades sobre a Cassi. O BB tentou se ver livre dos aposentados e nós enfrentamos e rejeitamos sua proposta. Quis ratear déficits entre associados e nós não permitimos. Quis tirar direitos de governança dos eleitos e nós não deixamos. (o patrão usa de apoios na burocracia para esses ataques aos direitos)
É por isso que não aceitamos quebrar a solidariedade cobrando por dependentes, por idade, por uso, por perfil epidemiológico, franquia de R$ 1.500 nas internações, dobrar coparticipações, reduzir programas de saúde etc. Propostas assim podem trazer centenas de milhões a mais para a Cassi, em prejuízo dos associados e livrando o Banco de sua responsabilidade estatutária de custeio na base de 60/40. Defendemos uma Cassi Para Todos e não somente para os segmentos de rendas mais elevadas (porque no final, as pessoas acabam sendo excluídas por não conseguirem pagar a Cassi e os custos assessórios)
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Estamos concorrendo às eleições pela Chapa 1 Em Defesa da Cassi porque nos tornamos um militante das causas da saúde, do modelo assistencial da Cassi, dos direitos em saúde da comunidade BB e por entender que temos experiência na gestão da Cassi e no enfrentamento ao Banco na defesa dos direitos dos associados que representamos e nossa chapa 1 tem a representatividade da ampla maioria dos sindicatos e entidades de lutas do funcionalismo do BB. Apoio esse fundamental para os desafios que teremos nesse próximo período.
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Já estivemos conversando com os associados de diversas partes do país e fizemos uma campanha limpa, com propostas e sem ataques baixos e de bastidores, e pelo fato de termos feito um mandato muito próximo às bases que representamos (154 agendas de gestão e 64 reuniões com conselhos de usuários) e por conhecermos profundamente as áreas que somos responsáveis na Diretoria de Saúde, temos sido muito bem recebidos e nossas propostas de ampliação do modelo de Atenção Primária e Estratégia Saúde da Família têm sido muito bem recebidas.
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O caminho da sustentabilidade sem perdas de direitos é a prevenção e promoção de saúde.
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EX-AUDITOR DA CASSI "AMIGO" DO BANCO SE POSICIONA A FAVOR DA CHAPA 3 E FAZ ILAÇÕES CONTRA A CHAPA 1
Hoje, quarta-feira 14, um sujeito que foi gestor da área de auditoria na Cassi até meados de 2017, entrou nas redes sociais para dizer que apoia a chapa 3 (isso é legítimo) e apresentar ilações a respeito da minha pessoa, se denunciando como o provável autor de carta anônima ridícula e mal escrita (estranhamente, a carta lixo anônima foi aceita para me prejudicar na Cassi, aceita pelos indicados do Banco mais uma pessoa que apoia a mesma chapa 3). A carta lixo acusa o diretor de saúde, eu William Mendes, de não trabalhar, de ser ditador do proletariado, de ser "mal-educado", de viver viajando com recursos da Cassi, de sindicatos e entidades representativas, de ser assediador, que meu assessor não trabalhava, mais um monte de bobagens etc etc. (Eu sou terrível!)
BUROCRATA ACHA QUE PRESTAR CONTAS E IR ÀS BASES FORTALECER A CASSI E A PARTICIPAÇÃO SOCIAL É "NÃO TRABALHAR"
É interessante! A tese e o conteúdo das "denúncias" de que eu não trabalharia (só às terças...) são as mesmas que ex-diretoras da Cassi haviam "denunciado" alguns meses depois que começamos a trabalhar na Cassi. Também apoiadoras da chapa 3...
Ao longo do mandato, enquanto eu estava nas Unidades Cassi, com os Conselhos de Usuários, em visitas aos órgãos do Banco (Super e Gepes), com associados e entidades representativas, fortalecendo a ESF e a participação social, achava triste mas engraçado ver burocratas dizendo que um eleito nas bases "não trabalhava".
Esse sujeito ex auditor ficou conhecido dentro da Cassi por enfrentar a minha oposição firme aos seus "relatórios" onde a evidência maior era ser "amigo" do Banco e de suas áreas de gestão na Cassi, fazendo vista grossa a não conformidades, e, pelo contrário, atuando com excessos questionáveis para paralisar áreas dos eleitos na Cassi, prejudicando áreas de atividades fim.
Assim como ele diz ter "sigilo profissional" ao jogar suas ilações no ar, e ele não gostou de ser questionado por mim durante sua estadia na Cassi, eu também tenho que respeitar o sigilo profissional, mas tenho muita documentação guardada por questionar as práticas desse sujeito contra eleitos e suas áreas. Mas ele tinha uma certa preferência por inviabilizar as áreas afetas a mim e a diretora anterior de Planos de Saúde.
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Enfim, se nas redes sociais em véspera da votação da Cassi o sujeito ex auditor está me atacando é bom sinal, porque eu nunca compactuei com amigos e simpatizantes de patrão nas lutas entre capital e trabalho.
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Já salvei as imagens das ilações feitas por esse sujeito nas redes sociais. Podem acreditar, esse sujeito é impiedoso com as pessoas e trabalhadores nas posições menos importantes na pirâmide social e nos locais de trabalho, mas adora agraciar e puxar o saco dos patrões bem ao estilo capataz de casa-grande.
Senhor Xavier, obrigado pela deferência! Suas ilações contra mim é sinal que estou do lado certo, do lado dos trabalhadores, dos associados, e das pessoas das primeiras escalas da pirâmide social, como aquelas que o senhor não pensou duas vezes ao tentar prejudicar para proteger gestores na entidade em que trabalhou. Mas, felizmente, consegui reverter as injustiças que seriam praticadas a partir de seu dedo de amigo da casa-grande.
Essa estratégia de lançar ilações contra candidaturas em vésperas de votações é uma prática que vem sendo adotada por pessoas e grupos inescrupulosos e que não respeitam a política e os processos democráticos. Fiquem atentos colegas associados da Cassi.
Para ler uma síntese de nossa atuação na Diretoria de Saúde da Cassi, peço que leiam um dos textos de balanço que fizemos (AQUI) e ajudem a divulgar a verdade.
A VERDADE vai vencer as ilações feitas para interferir em eleições.
William Mendes
Diretor de Saúde da Cassi e candidato a Diretor de Saúde pela Chapa 1 Em Defesa da Cassi
8.3.18
8 de Março - Emprego precário no BB sem Cassi é Ruim Pra Todos!
Opinião
É com tristeza que vemos neste 8 de Março, Dia Internacional das Mulheres, data que nos chama a atenção para as lutas das mulheres por igualdade de oportunidades e direitos, o edital de concurso para escrituári@s do maior banco público do país, o Banco do Brasil.
É possível que essa data marque negativamente a história de nosso banco público bicentenário.
Será o "8 de Março" do emprego precário no Banco do Brasil, que passou a oferecer emprego sem plano de saúde e odontologia, sem igualdade de direitos a mulheres e homens que passarão a trabalhar ao lado de colegas oriundos do próprio quadro do Banco com direito ao Plano de Associados da Cassi (enquanto ele durar, pois fechado para entrada de novos, acabará por se tornar inviável e impagável ao longo do tempo).
É lamentável ver isso acontecer! Fiquei pensando a condição de trabalho de uma mulher que seja convocada para uma das 30 vagas (Interessante o número de vagas: 30 vagas! E o Banco segue reestruturando e enxugando o quadro nacional com quase 100 mil trabalhadores).
O Banco do Brasil lança o certame cumprindo as "regras" da Resolução 23 da CGPAR, editadas pelo governo federal no mês de janeiro, proibindo as estatais federais de oferecerem planos de saúde.
Tenho lido e concordo com as críticas que o movimento sindical, que representa as trabalhadoras e trabalhadores, tem feito ao BB por fechar agências, extinguir funções, descomissionar funcionários, reduzir quadro, salários e folha de pagamento (e a Cassi sofre com isso!), perder papel de relevância no sistema bancário num dos momentos em que o país mais precisaria do papel de bancos públicos impulsionando a economia brasileira.
CENÁRIO DE PRECARIZAÇÃO DO EMPREGO NO BB
A nova colega sem direito à Cassi chega para seu primeiro ano de trabalho e passa a cumprir as metas cada vez mais "desafiadoras" como os bancos gostam de dizer, ao lado de colegas que têm direito à Cassi e que cumprem as mesmas metas "desafiadoras" (talvez alguns bancári@s já estejam tomando remédios controlados por causa do estresse que vivem no trabalho e já sejam acompanhados por médicos das CliniCassi ou credenciados).
Imaginem o sentimento ruim da nova colega sem Cassi ao ver ao longo de seu primeiro ano de trabalho uma ou outra colega curtindo a felicidade de uma gravidez com os acompanhamentos adequados, e a futura mamãe comentando que faz parte do Plano de Associados da Cassi, e que o plano é essencial em sua vida e que o valor que ela paga é 3% de seu salário.
Imaginem ainda a colega nova sem o mesmo direito e acesso ao Plano de Associados, ao custo de 3% de seu salário, vendo tod@s ao seu redor tendo algo tão essencial em suas vidas. Essa colega não pode sequer adoecer, porque não tem plano de saúde. E ficar grávida então? Sequer ser acompanhada pela Atenção Primária (APS) e Estratégia Saúde da Família (ESF), modelo reconhecido pelo setor de saúde suplementar e pela própria ANS como referência em promoção e prevenção em saúde.
A nova bancária vai ganhar R$ 2.718,73 por mês, sem direito a adoecer, sem recursos para ter uma gravidez acompanhada e o Banco do Brasil vai economizar R$ 122,34 (4,5% do salário dela) ao não permitir que ela entre no Plano de Associados da Caixa de Assistência dos Funcionários (Cassi) contribuindo com os seus 3% (R$ 81,56) para o custeio mutualista do sistema Cassi, fruto de décadas de lutas e conquistas do funcionalismo ao criar a Caixa de Assistência.
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Essa falta de isonomia e de solidariedade terá um preço caro para todos: o Plano de Associados se tornará inviável. Sou gestor eleito da Cassi, é meu dever de ofício opinar a respeito do que equivale a não entrada de novos participantes no Plano de Associados.
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Como bancário do Banco do Brasil há 25 anos, como cidadão que passou mais da metade de sua vida laboral representando os bancários e lutando pelos direitos da categoria, me sinto mal com esse cenário futuro sendo desenhado pelo banco público ao qual sempre nos dedicamos para ser um banco de referência para o sistema financeiro e para o povo brasileiro.
Fechar o Plano de Associados para entrada de novos funcionários é ruim para o custeio mutualista intergeracional solidário porque o Plano terá sinistralidade cada vez maior a um custo cada vez mais insustentável para os que nele estão. Falo com sinceridade isso. O Banco do Brasil sabe disso porque está na gestão da Cassi e acompanha os cálculos atuariais dos planos.
Aliás, a famigerada Resolução 23 da CGPAR orienta que as estatais federais passem a contribuir com menos para os planos de autogestão e que onere mais os trabalhadores. A ordem é não custear mais que 50%. Cumpra-se em 48 meses!
No caso da Cassi, cujo custeio do Plano de Associados foi firmado, acordado, contratado, consensado por livre e espontânea vontade da empresa Banco do Brasil S.A. e seus funcionários na relação de 60% para o patrocinador e 40% para os associados (1,5 x 1,0), reduzir a parte do BB e cobrar ela dos associados vai prejudicar mais ainda a condição de permanência dos associados que teriam "direito adquirido" como a Resolução canta 3 vezes para ver se engana aposentados e aposentáveis que já estariam no plano atacado.
Enfim, não conseguiria deixar de expressar neste dia 8 de Março a minha indignação ao ver algo que é ruim para a Cassi, é ruim para as mulheres e homens da ativa e aposentados do Banco do Brasil e é ruim para o Banco do Brasil em diversos sentidos, inclusive sob a ótica da responsabilidade social.
Me coloco a disposição do movimento sindical e da comunidade BB para lutar para mudar isso, para incluir as novas bancárias e bancáios na Cassi, inclusive os incorporados de outros bancos, pois sempre achamos um absurdo não dar acesso à Cassi para colegas que estão no mesmo regulamento, com as mesmas metas e que estão expostos aos mesmos riscos ocupacionais e assistenciais. Os incorporados poderiam estar na Estratégia Saúde da Família.
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Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, inicia-se uma nova bandeira de luta por isonomia e igualdade de oportunidades no Banco do Brasil.
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Emprego precário no BB sem Cassi é Ruim Pra Todos!
William Mendes
Bancário do Banco do Brasil desde 1992
(reprodução de matéria da Contraf-CUT)
Edital do BB não prevê plano de saúde para novos funcionários
Contraf-CUT já enviou edital para Banco solicitando reunião para discutir o assunto
O Banco do Brasil (BB) publicou nesta quarta-feira (7) um edital para contratação de 30 escriturários para trabalharem em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Seguindo determinações da Resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR), o edital não prevê o plano de saúde, nem odontológico entre as “vantagens” dos aprovados no concurso que forem contratados.
“Esse é mais um dos ataques que o governo Temer está colocando em prática contra a classe trabalhadora. Querem aumentar a rentabilidade das empresas às custas da exploração dos funcionários”, disse o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Wagner Nascimento.
Segundo levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), desde 2009, quando os funcionários passaram a ter direito à assistência odontológica, este é o primeiro edital de contratação de funcionários que não inclui a concessão destes direitos. A Contraf-CUT já enviou um ofício ao BB solicitando reunião para discutir o assunto.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e as federações e sindicatos a ela filiados vêm denunciando as armadilhas da Resolução 23 da CGPAR desde sua publicação. “Continuaremos nessa luta com ações políticas e jurídicas para derrubar essa e outras resoluções da CGPAR que prejudicam os trabalhadores”, afirmou o coordenador da CEBB
Sustentabilidade da Cassi
O Banco do Brasil (BB) publicou nesta quarta-feira (7) um edital para contratação de 30 escriturários para trabalharem em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Seguindo determinações da Resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR), o edital não prevê o plano de saúde, nem odontológico entre as “vantagens” dos aprovados no concurso que forem contratados.
“Esse é mais um dos ataques que o governo Temer está colocando em prática contra a classe trabalhadora. Querem aumentar a rentabilidade das empresas às custas da exploração dos funcionários”, disse o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Wagner Nascimento.
Segundo levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), desde 2009, quando os funcionários passaram a ter direito à assistência odontológica, este é o primeiro edital de contratação de funcionários que não inclui a concessão destes direitos. A Contraf-CUT já enviou um ofício ao BB solicitando reunião para discutir o assunto.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e as federações e sindicatos a ela filiados vêm denunciando as armadilhas da Resolução 23 da CGPAR desde sua publicação. “Continuaremos nessa luta com ações políticas e jurídicas para derrubar essa e outras resoluções da CGPAR que prejudicam os trabalhadores”, afirmou o coordenador da CEBB
Sustentabilidade da Cassi
Para o coordenador da CEBB, ao não constar no Edital a concessão do plano de saúde, o BB e o governo não apenas retiram direitos conquistados dos trabalhadores, mas põem em risco a sustentabilidade da Cassi. “Pairam dúvidas se as pessoas contratadas entrarão na Cassi. O não acesso vai inviabilizar o plano”, observou o dirigente sindical.
Fonte: Contraf-CUT
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5.3.18
Propostas da Chapa 1 - Em Defesa da Cassi (em SP, MS, MG)
Vamos para mais um Estado conversar com os associados da Cassi. |
Olá prezad@s associados da Cassi e companheir@s de lutas em defesa dos direitos dos trabalhadores.
Estamos finalizando mais um dia de debates com os bancários e apresentação de nossas propostas para a Caixa de Assistência e também estamos compartilhando nossa leitura dos desafios que os trabalhadores do Banco do Brasil, associados à nossa autogestão, terão pela frente.
Nesta segunda, 5 de março, estivemos em Belo Horizonte (MG) e desde já agradeço muito o apoio de nossas lideranças do Sindicato dos Bancários por nos acompanhar na visita aos locais de trabalho. Foram treze reuniões ao longo do dia e agradeço a recepção que tivemos por parte dos bancários.
Não estou conseguindo fazer postagens como gostaria porque estamos dormindo muito pouco para poder estar em vários Estados e conversar com nossos associados. Na semana passada, estive na sexta-feira 2 em Campo Grande (MS) e nosso dia de debates com os bancários foi muito legal. Fiz um vídeo curto sobre a agenda de campanha lá (ver AQUI).
Por falar em vídeos, aos interessados em acompanhar os nosso vídeos curtos sobre a Cassi, os direitos dos associados e demais questões afetas à saúde dos trabalhadores, é só se cadastrar para nos seguir no canal do youtube.
Na quinta e quarta, dias 1º de março e 28 de fevereiro, estivemos em São Paulo conversando com os bancários nos prédios do Banco do Brasil. A capital paulista é minha base de origem e agradeço o apoio do Sindicado e das lideranças e a recepção que tivemos nos locais. Revi colegas e amigos de muitas agendas de lutas.
A CASSI DEVE SER SOLIDÁRIA E PARA TODOS OS BANCÁRIOS DO BB, DA ATIVA, APOSENTADOS E FUTUROS BANCÁRIOS
Uma de nossas propostas e princípios é a manutenção da solidariedade no Plano de Associados da Cassi, sem nenhuma imposição do governo de plantão como as medidas das resoluções da CGPAR e não somos favoráveis a nenhuma proposta do Banco do Brasil e da consultoria paga por ele que quebre a solidariedade.
Os déficits no plano de saúde dos trabalhadores do BB têm duas origens principais:
- no eixo das receitas porque o Banco alterou a remuneração dos bancários congelando salários vários anos após 1996 e retirou o anuênio e reduziu o PCS, que garantia uma receita adequada no sistema mutualista de custeio.
- a outra origem dos déficits é a compra de serviços de saúde na rede prestadora e a melhor forma de lidar com isso é ampliando o modelo assistencial de Atenção Primária (APS) e Estratégia Saúde da Família (ESF) porque os participantes têm melhor condição de saúde e o uso dos recursos é mais racional ao se usar a rede com orientação da Cassi, e não se perde nenhum direito histórico dos associados.
Defendemos fortalecer e ampliar a ESF e as CliniCassi, os programas e políticas de saúde e já mostramos que isso é possível e bom para todos no sistema Cassi.
Em relação ao custeio e readequação do orçamento da Cassi, das receitas operacionais, qualquer recurso novo tem que ter a parte do patrocinador Banco do Brasil como prevê o Estatuto Social assinado pelo Banco com os trabalhadores: 60% para o Banco e 40% para os associados.
Não concordamos com nenhum subterfúgio que só onere associados e alivie o custeio do patrão como cobrar por dependente, por idade, por uso, por perfil epidemiológico, impor franquia nas internações, aumentar coparticipações, reduzir ou extinguir programas de saúde etc.
Vamos juntos organizar uma grande mobilização da comunidade Banco do Brasil EM DEFESA DA CASSI.
Pedimos o voto e o apoio de cada associado da ativa e aposentado para os desafios que teremos em nossa querida Cassi.
Abraços,
William
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