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8.3.14

O dia internacional das mulheres e a dura realidade



Parabéns pela força, pela luta, pela resistência
e pelo amor, mãezinha.

Hoje é dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher. 

Dia de luta, de reflexão, de conscientização e também de dar os parabéns pela resistência que as mulheres do mundo têm tido há milhares de anos para seguirem buscando os seus direitos e para estarem onde sempre deveriam ter estado, em todos os lugares da sociedade, em igualdade de condições.

Em relação a dados para mostrarmos a desigualdade e a diferença de tratamento para com as mulheres no mundo, e no Brasil, basta estes exemplos do espaço da política:

- Câmara Federal (*): dos 513 deputados federais, apenas 44 são mulheres (8,6% do total).

- Senado (*): dos 81 senadores, 13 são mulheres (16%).

- Prefeituras: as mulheres são menos de 10% das prefeitas.

- Câmaras Municipais: mulheres são cerca de 12% dos vereadores.

(*) Dados da IPU (Inter-Parliamentary Union): situação em 01/04/2013; no ranking de 189 nações, o Brasil está atrás de países como o Iraque e o Afeganistão.


Fonte: matéria da Contraf-CUT


A MULHER E A DURA REALIDADE AO NOSSO REDOR

Mas para falar da questão das mulheres, eu quero falar da dura realidade das mulheres que eu conheço, que estão ao meu redor, para mostrar o quanto a situação está ruim neste 8 de março de 2014.

A melhor forma de tomada de consciência de um militante de esquerda e de uma pessoa para seguir com os pés no chão e focado em seus princípios e seguir lutando para mudar a realidade e termos um mundo melhor é olhar a dura realidade no cotidiano.


VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

- uma mulher, mãezinha que conheço há muito tempo, foi vitima recentemente da violência de seu "companheiro", pai de seu filho. Todos nós que a conhecemos, sabemos o doce de pessoa que sempre foi, a filha dedicada, uma trabalhadora exemplar. O animal que vivia com ela a espancou violentamente e se matou pulando do 13º andar, levando consigo o filhinho de seis anos que ela tanto sonhou em ter. Que dizer para essa mãezinha, mulher, trabalhadora?

- uma mulher que conheço desde menininha foi espancada covardemente por seu "companheiro", pai de seu filho, meses atrás. Ela quase morreu. Só soubemos dias atrás. O covarde que fez isso, está por aí, na boa.

Existe uma lei chamada Maria da Penha, mas essa lei não impede que o pai espancador de mulheres tenha direito de continuar vendo o filho, de ameaçá-las se quiser. Essa lei não impediu que uma mãezinha perdesse o filho covardemente como ocorrido semanas atrás. 

Muita gente não tem noção de como é a vida real nas periferias do mundo. Eu cresci e vivi em periferias e posso afirmar que a vida da classe trabalhadora e povo simples está muito além daquilo que está escrito nas leis. A lei não pega, não funciona.

As mulheres continuam sofrendo e morrendo por violência mais que ontem. A realidade não mudou.


BANCO DO BRASIL MACHISTA

"Suas ideias não correspondem aos fatos..."

Entrei agora neste 8 de março de 2014 no site do maior banco do país, e contei 52 nomes de homens no staff do banco: presidente, vice-presidentes, diretorias e principais unidades. 52 HOMENS.

Preciso falar mais alguma coisa sobre a situação das mulheres bancárias?


SAÚDE DA MULHER

- uma trabalhadora de nosso condomínio está aguardando por uma cirurgia de útero na fila do SUS faz tantos meses que a gente já não sabe o que fazer. Ela chegou a ir para a mesa de cirurgia em um hospital em Osasco, mas teve que se vestir novamente porque faltou anestesista e ela voltou para a fila por mais meses.

- minha irmãzinha, negra, mãe, pobre, moradora em Uberlândia MG, dependente de assistência médica pública, também precisa retirar um cisto no útero. Faz meses que ela está aguardando e o problema se agravando. E ela não consegue fazer a cirurgia.

- minha mãezinha, branca, idosa de 67 anos, moradora em Uberlândia MG, passa tantos apertos para conseguir fazer uma consulta ou ser atendida, está há muitos meses esperando o SUS chamá-la para uma consulta de coração. Ela vive com dores no peito. Ela também tem problema de coluna e está com muitos problemas de osteoporose. Ela está por sua conta e risco porque não consegue atendimento médico.

Como vocês podem ver, este dia 8 de março de 2014 é um dia para reflexão sobre como nós, sociedade mundial, estamos tratando as nossas cidadãs mulheres em todos os espaços sociais.

Eu tiro o chapéu para as mulheres do mundo porque elas são muito mais resistentes que nós, estão aí lutando contra tudo e todos em nossas vidas e nos locais de trabalho.


Mamãe, professora e esposa Ione. Grande mulher!

E finalizo mandando um grande beijo para minha companheira Ione que é uma mulher de muita fibra, trabalhadora como todos nós proletários do mundo. 

Mãe zelosa, professora apaixonada pelo que faz e que apaixona seus aluninhos naquilo que ensina. 

Mulher, amiga, amante de um militante que está sempre viajando e cumprindo seu papel na luta social, mas que muitas vezes penaliza a família nesta ausência. 

Parabéns pela resistência e pela fibra professora, esposa e mamãe Ione. 

Um grande beijo a você, que homenageio por ser uma mulher que simboliza esta luta histórica das mulheres do mundo.

William

Um comentário:

Anônimo disse...

Oh meu Amor.....que linda homenagem....Amei!!!!
Obrigada por ser essa pessoa tão querida e que compreende minhas fases e sempre está pronto para me ajudar e passar por momentos dificeis que já passei....sei que para vc é complicado e difícil, pois muitas vezes está trabalhando ou viajando.....mas tento ser compreensiva e me virar sozinha. Te Adoro Muito....nunca se esqueça disso!!! Bjs e obrigada pela homenagem tão linda!!!! Noni <3