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29.1.14

Contraf-CUT promove curso de especialização em previdência complementar


William Mendes e Sasseron fazem abertura do curso.

A Contraf-CUT em parceria com a Anapar promove curso de formação com especialização em Previdência Complementar. O objetivo é formar lideranças sindicais em todas as bases e regiões do País, com capacidade de representar, produzir e reproduzir conhecimento sobre o tema. Com isso, as entidades filiadas à Contraf-CUT aumentam o potencial de informar, organizar e defender os direitos dos trabalhadores do ramo financeiro em relação aos seus planos de previdência complementar existentes ou que vierem a ser criados.

O curso será ministrado em 4 dias em período de manhã e tarde (32h) entre os dias 10 e 13 de fevereiro (segunda a quinta-feira), no Hotel Braston, em São Paulo. Há 30 vagas disponíveis. As inscrições devem ser feitas através das federações filiadas à Contraf-CUT.

"Ao definirem os nomes dos participantes, as entidades devem inscrever pessoas que se comprometam com a tarefa de estudar o tema, desenvolver conhecimento para o enfrentamento dos problemas relativos ao tema da previdência complementar, com a finalidade de tornarem-se multiplicadores e que possam contribuir em todos os espaços de formulação, debates, representação pública e, principalmente, ações práticas, locais, regionais e nacionais", orienta William Mendes, secretário de formação da Contraf-CUT.

Um critério imprescindível a ser cumprido é a exigência de cota de gênero, como estabelece a CUT, para o caso dos sindicatos que inscreverem mais de um(a) participante. Cada federação deve inscrever ao menos 30% de um dos gêneros.


Projeto de formação

Cada vez mais, a Contraf-CUT tem trabalhado para se aproximar dos sindicatos e do/as dirigentes sindicais e para oferecer condições de formação a novas lideranças e para que sua ação seja cada vez mais qualificada. Para isso, vem investindo muitos recursos na formação sindical. Seja através de módulos formativos, elaboração de documentos que servem como subsídios, como os Cadernos Contraf-CUT, e mais recentemente com a promoção de cursos de especialização em temas relevantes para a classe trabalhadora e da atualidade.

O foco na formação sindical e política do/as dirigentes sindicais da estrutura da Contraf-CUT abrange hoje tanto o viés classista quanto o corporativo. O conceito é o de Formação Permanente, seguindo a Política Nacional de Formação da CUT, e busca aliar um percurso formativo que congrega os cursos classistas da Rede Nacional de Formação da CUT com os cursos oferecidos pela própria Confederação, estes mais focados nos desafios enfrentados na organização e representação do ramo financeiro.

Para a Contraf-CUT, os dirigentes sindicais precisam se especializar para atuarem de forma mais incisiva na sociedade, sobretudo nas disputas de hegemonia que se apresentam, bem como na representação dos trabalhadores e nos espaços de negociação coletiva, criando assim um processo rico e participativo de construção coletiva.

"O capital é organizado. Dentre esses, os banqueiros mais ainda. Por isso os trabalhadores devem ter organização ainda maior para atingir seus objetivos", alerta William.


Foco na ação sindical

Essa nova etapa do processo formativo encaminhado pela Contraf-CUT, focando temas de alta relevância para a classe trabalhadora e particularmente os/as bancários/as, teve início em 2012, com a realização de dois cursos de especialização em Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora do Ramo Financeiro. 

"Depois realizamos em 2013 o curso de especialização no combate à Terceirização, que foi tão importante que catalisou o enfrentamento e a mobilização contra o projeto de terceirização total, que vinha sendo debatido no Congresso Nacional, através do PL 4330 e seus substitutivos", lembra o diretor da Contraf-CUT. "Os participantes do curso saíram com uma grande quantidade de informações e um engajamento tão grande, que os bancários e suas federações e sindicatos aumentaram e lideraram a mobilização junto com os demais ramos da CUT e os trabalhadores conseguiram adiar e retirar o famigerado projeto da pauta do Congresso em 2013", salienta.

Outros temas estão na ordem do dia, como Segurança Bancária, Negociação Coletiva, Nova Regulamentação para o Sistema Financeiro Nacional e Igualdade de Oportunidades, dentre outros.

"Especialmente neste momento conjuntural em que tanto se discute a questão da Previdência Pública quanto da Previdência Complementar no Brasil e no mundo, a Contraf-CUT convoca suas entidades filiadas a inscreverem até 30 dirigentes sindicais e assessores para buscarem especialização na temática da Previdência Complementar", conclui William.

Mais informações sobre o curso e os procedimentos para inscrições se encontram no comunicado enviado pela Contraf-CUT aos sindicatos e federações.


Fonte: Contraf-CUT

28.1.14

Reserva Matemática do Plano 1 cresce porque seus compromissos crescem


Artigo de José Ricardo Sasseron*


A afirmativa parece óbvia e é mesmo. Como o Plano 1 está fechado a novas adesões, o número de aposentados e pensionistas cresce a cada ano enquanto diminui o número de associados na ativa. Ativos só recolhem contribuições, aposentados recebem muito mais do que pagam e pensionistas só recebem, sem contribuir. Ao aposentar, o participante adquire direito a um benefício vitalício e a Previ contabiliza o compromisso correspondente, expresso através da reserva matemática que aumentará até quando todo o pessoal da ativa estiver aposentado. 

Relatórios anuais da Previ mostram: em 2008 o Plano 1 tinha 35.668 associados ativos, 67.494 aposentados e 14.597 pensionistas (ou famílias que recebiam pensão). No terceiro trimestre de 2013 eram 27.203 ativos, 70.891 aposentados e cerca de 16.400 pensionistas. Neste período, a reserva matemática passou de R$ 66,2 bilhões para quase R$ 112 bilhões. 

A reserva quase dobrou, e não foi só pelo aumento do número de aposentados.

Neste período a Previ baixou a taxa de juros atuarial do Plano 1 de 6% para 5% ao ano. Isto porque a Previ projeta, com base em análises e projeções econômicas, que a rentabilidade dos investimentos cairá no futuro – vai render 5% acima da inflação, não os 6% anteriores. Se a taxa de juros cai, parcela menor dos compromissos com os benefícios contratados vai ser coberta pelo retorno das aplicações, e é preciso contabilizar uma reserva matemática maior. A cada 1% de queda na taxa de juros, a reserva sobe cerca de 10%. 

A reserva matemática também cresceu por conta dos aumentos reais de salário conquistados ano a ano pela luta sindical e pela progressão dos associados do Plano 1 na carreira. Salários crescem, os benefícios calculados pela média dos últimos 36 salários crescem, os compromissos da Previ crescem e aumenta a reserva. O pessoal da ativa chega perto da aposentadoria, deixará de contribuir, passará a receber e provoca aumento na reserva. 

A reserva matemática também cresceu pelo aumento da longevidade, fenômeno mundial. Os associados da Previ estão vivendo mais, foi preciso aumentar a expectativa de vida e contabilizar um compromisso maior, pois as pessoas receberão benefícios por mais tempo.

Outro fator que provocou aumento na reserva matemática neste período foi a incorporação definitiva de benefícios como o aumento do teto de 75% para 90% do salário da ativa e os aumentos decorrentes da revisão da proporcionalidade da Parcela Previ. Estes benefícios, negociados em 2007 e pagos de maneira provisória através de fundos previdenciários específicos, foram incorporados definitivamente no regulamento do Plano 1 em 2010.

A redução das contribuições também provoca aumento da reserva matemática, mas isto tinha sido feito em 2006, quando as contribuições caíram 40%. 

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Vários fatores levaram ao aumento da reserva. Ao contrário de alguns que se consideram entendidos do assunto e acusam gratuitamente a Previ de errar os cálculos de maneira proposital, eu prefiro avaliar dados e fatos concretos. É sempre importante questionar, perguntar, duvidar. Mas com base em fatos concretos e não de maneira leviana.

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Por último, não custa repetir: todo o aumento do compromisso da Previ com os associados foi coberto com recursos do superávit. Na grande maioria dos planos de previdência complementar estas mudanças geram déficit, coberto pelo aumento das contribuições dos participantes e patrocinadores. Em nosso Plano 1, tudo foi coberto com recursos do superávit, sem onerar ninguém. Graças à boa gestão da Previ, mas esta é outra história que vou contar depois.


*José Ricardo Sasseron, ex-diretor de Seguridade da Previ, eleito pelos associados.

27.1.14

Cassi faz 70 anos com melhorias no atendimento e expectativa de avanços


Maior plano de saúde de autogestão do País, a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) completa 70 anos de existência nesta segunda-feira (27). A caixa conta atualmente com mais de 700 mil assistidos em todo o território nacional. Para marcar a data, a Diretora eleita de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes da Cassi, Mirian Fochi, destaca a importância do plano, as conquistas da entidade, as mudanças em curso promovidas pela pasta e as expectativas da sua gestão para o futuro. 

"A Cassi completa em 2014 setenta anos de vida. São setenta anos de muito orgulho para os funcionários do Banco do Brasil. Orgulho pela iniciativa de criação da caixa e orgulho pelo propósito e o papel que ela ocupa no dia a dia dos associados e de seus familiares", afirma Mirian Fochi. "Primeiro gostaria de homenagear os fundadores da Cassi que em sua inquietude, visão de futuro e luta criaram o que é hoje a maior autogestão do Brasil. Os desafios não são mais os mesmos, mas o propósito continua vivo dentro de nós", salienta.

A realidade do atual sistema de saúde brasileiro apresenta diferentes desafios e exige dos gestores e associados dedicação e disposição para encontrar soluções que continuem mantendo a Cassi entre os melhores planos de saúde do Brasil.

"Tenho discutido esses desafios em todos os locais que tenho visitado e nos textos que tenho disponibilizado tentando dar maior compreensão aos associados. Nesses encontros também tenho colhido muitas opiniões e sugestões que me ajudam na construção de um projeto mais aderente às nossas necessidades", observa. 

Segundo Mirian Fochi, "não podemos apenas nos concentrar no presente, temos que continuar olhando para o futuro, e o futuro é cada vez mais pensar na saúde e não na cura de doenças. Nesse contexto, a saúde do trabalhador dos funcionários do Banco do Brasil precisa mudar sua direção e sair do papel coadjuvante para ser protagonista da atuação de nossa caixa". 

As cobranças de desempenho impostas pelo BB ao funcionalismo para cumprimento de metas têm levado ao adoecimento, muitas vezes um adoecimento silencioso por medo da perda da sua função ou da interrupção precoce da carreira. A maneira como os dados da saúde de trabalhador são interpretados, e que segundo o Banco não apresentam crescimento, diferem do aumento da utilização e dos custos do Plano de Associados.

"Me orgulho muito de estar como diretora nesta importante data e ainda mais por estar representando os associados. A mesma inquietude e vontade de construir, dispendida pelos fundadores da Cassi, tem orientado a minha conduta frente à gestão da caixa com o único propósito de fazer com que ela se perpetue como a mãe cuidadosa que está sempre disposta a ajudar quando precisamos", finaliza Mirian. 

Para a Contraf-CUT, o aniversário da Cassi é motivo de satisfação e de renovação da luta pela melhoria da saúde no BB. "Ao longo desses 70 anos, aumentou a preocupação do movimento sindical com a prevenção da saúde dos funcionários, sobretudo diante da pressão no ambiente de trabalho em função das metas abusivas e do assédio moral, o que prejudica a saúde e a qualidade de vida dos trabalhadores", afirma o secretário de formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, William Mendes.

"Neste aniversário da Cassi, aproveito para saudar a diretora eleita Mirian Fochi, cuja atuação está em sintonia com a luta do movimento sindical, que não se cansa de levar para as negociações com o BB os problemas de saúde dos funcionários e as propostas para melhorar as condições de trabalho e garantir trabalho decente em todas as unidades", ressalta William.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb Brasília

Inicia votação ao Conselho do Saúde Caixa. Contraf-CUT apoia Chapa 1


Chapa 1 é formada por empregados ativos e aposentados

Começa nesta segunda-feira (27) a eleição para escolha dos representantes dos empregados no Conselho de Usuários do Saúde Caixa, integrado paritariamente por integrantes eleitos pelos trabalhadores e por indicados pela Caixa. A votação é eletrônica e vai até sexta-feira (31).

A Contraf-CUT apoia a Chapa 1 - Movimento pela Saúde, formada por empregados ativos e aposentados, contando também com o apoio da maioria dos sindicatos, federações e Apcefs, Fenae, Fenacef, Fenag e Unei.


Mais quatro chapas disputam as eleições. O resultado será divulgado no dia 4 de fevereiro. A posse dos conselheiros eleitos está marcada para o dia 14 de fevereiro, em Brasília.

O Conselho de Usuários é uma instância autônoma, mas sem caráter deliberativo, composta de forma paritária por cinco membros titulares eleitos pelos participantes e por cinco indicados pela Caixa, além de seus respectivos suplentes.


Vote Chapa 1

Para a Contraf-CUT, a Chapa 1 é a mais preparada para enfrentar os atuais desafios, ampliar os direitos e lutar pela melhoria dos serviços oferecidos pelo Saúde Caixa. Os conselheiros eleitos têm mandato de 36 meses.

"Apoiamos com entusiasmo a Chapa 1 porque é integrada por candidatos comprometidos com a manutenção e a ampliação dos direitos no Saúde Caixa. Todas as conquistas já obtidas foram resultado da ousadia, unidade e mobilização dos empregados da Caixa ao longo dos anos, mostrando que esse é o caminho seguro para seguir avançando cada vez mais", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

"O Saúde Caixa não é um plano de saúde qualquer, mas é um programa financeiramente mais justo para todos, que garante a responsabilidade conjunta da empresa para a sua manutenção e assegura a participação dos empregados na sua gestão", destaca Jair Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco. "Com toda certeza, a Chapa 1 será a voz dos usuários junto à gestão do Saúde Caixa", ressalta Jair.


Alguns dos compromissos da Chapa 1

- manter e aperfeiçoar o plano de saúde, sustentando o princípio da solidariedade;

- defender a ampliação do atendimento odontológico;

- garantir os direitos dos aposentados;

- implantar um canal de comunicação do Conselho de Usuários com os beneficiários;

- lutar pela ampliação e qualificação da rede credenciada;

- apoiar a criação de representações do Saúde Caixa nos estados;

- buscar a redução da burocracia;

- realizar estudo atuarial para melhoria de cobertura, sem comprometer a viabilidade do plano; e

- realizar estudo para inclusão de pais com baixa renda, sem comprometer financeiramente o plano.


Conheça os candidatos da Chapa 1

Titulares
Adeir José da Silva: aposentado (MG)
Alexandro Tadeu do Livramento: São Paulo (SP)
Ivanilde Moreira de Miranda: São Paulo (SP)
Paulo Roberto Borges de Lima: Fortaleza (CE)
Vanessa Sobreira Pereira: Brasília (DF)

Suplentes
Álvaro Roberto de Figueiredo Murce: aposentado (RJ)
Antônio Abdan Teixeira Silva: Brasília (DF)
Ivoneide Gomes Brandão: Garanhuns, PE
Lílian Minchin: São Paulo (SP)
Tiago Vasconcelos Pedroso: Porto Alegre (RS)


Como votar

Empregados efetivos devem acessar o sistema de comunicação da Caixa, no endereço eletrônico www.gesad.mz.caixa/eleicao

No caso dos aposentados, a orientação é para que se dirijam a uma unidade da Caixa portando documento de identificação com foto, e o número do cartão do Saúde Caixa ou da matrícula.


Fonte: Contraf-CUT

24.1.14

Contraf-CUT completa 8 anos de muitas lutas e conquistas neste domingo



1º Congresso da Contraf-CUT em 2006.
Comentário: vendo o breve histórico da matéria abaixo, não tem como não nos emocionarmos e também sentirmos o peso do mundo em nossos ombros porque os desafios da luta de classes foram, são e serão sempre grandes, principalmente contra os gestores do capitalismo atual (o financeiro).

Eu busco há muito tempo compreender o que sou e porque a vida nos levou para onde estamos hoje. Desde muito cedo em minha vida de subproletário e depois de proletário, tive clareza sobre minha natureza. Eu nunca tive perfil para perseguir aquele objetivo que inculcam em nós desde pequenos de sermos capitalistas ou servidores desse sistema. Nunca quis acumular dinheiro e poder e propriedades e porcarias como essas. Olhando para trás, vejo que meus valores nunca foram esses.

Quando venho a casa de meus pais, onde estou neste minuto, e vejo toda essa simplicidade e falta de recursos, quando vejo que meus pais não conseguem atendimento médico digno, quando meu pai enfrenta as injustiças normais (infelizmente) na sociedade dos que têm poder e posses contra os simples e humildes, quando piso aqui e lembro de toda a raiz de minha vida, percebo quem sou e não quero mudar de lado no sistema. Quero mudar essa porcaria de sistema capitalista. (podem não entender, mas nunca me senti à vontade em usar plano de saúde, pois minha família sofre sem atendimento na fila do SUS)

Então, percebi logo que tenho uma natureza de servidor público, quero trabalhar direito, servir à coisa pública e gostaria que ela funcionasse. As coisas públicas são FUNDAMENTAIS para a imensidão de gente no país como meus pais, tios, avós etc. Aliás, é de minha natureza usar uniforme (me convenci mais ainda depois de um debate que fiz com um professor em 1997). Usei as camisetas do BB por dez anos nas agências... hoje, sempre busco apresentar a marca daquilo que represento, a CUT.

É por isso que tentei ser um bom funcionário do BB por dez anos atendendo pessoas da melhor forma possível. É por isso que sempre briguei contra carteiradas. É por isso que brigava contra as injustiças nos locais de trabalho por onde passei e nas escolas por onde estudei. Gostaria que as coisas funcionassem bem para todas as pessoas, não só para privilegiados. Sei que o que estou falando é difícil e, vez por outra, sou um dos privilegiados perto dos milhões de miseráveis por aí.

É por querer mudar o sistema e é por ter uma natureza de servidor público, que acredito que fiz com tanto amor e empenho esses 11 anos em que sou bancário do BB dirigente sindical eleito pelos trabalhadores. 

Eu tive a oportunidade de ajudar a organizar os bancários, mobilizá-los, construir propostas e buscar soluções através de negociações e greves, e acredito que a construção da campanha unificada a partir de 2003, desejo bem mais antigo dos bancários, passou a ser uma realidade após a mudança de governo na época (saiu PSDB e entrou o PT). Os bancários acertaram e avançaram bastante em votar na nossa estratégia. Estive no debate com os trabalhadores nesses 11 anos. E é claro que diariamente surgiram novos problemas a enfrentar, porque estamos falando de luta de classes!

Neste aniversário de 8 anos de criação da Contraf-CUT, eu tanto me orgulho quanto agradeço a oportunidade que tive de participar do projeto. No primeiro congresso fui eleito para atuar na imprensa da confederação e nos dois congressos seguintes, me designaram para tocar o projeto de formação da confederação, dando sequência a um trabalho que já vinha sendo feito pela companheira Deise Recoaro. Nunca começamos algo do zero, sempre damos sequência a um trabalho já realizado por dirigentes trabalhadores antes de nós.

Eu agradeço a oportunidade que tive nas gestões da Contraf-CUT. Só na área da formação, nós todos da direção, juntamente com a equipe de profissionais maravilhosos do Dieese, já tivemos a oportunidade de compartilhar conhecimentos e informações com cerca de 250 dirigentes e assessores de nossas entidades sindicais. Nos desafios que lideramos, sempre tem um quinhãozinho nosso, mas os resultados sempre são fruto de trabalho em equipe e coletivo.

Pensando meus mandatos na aniversariante Contraf-CUT, também não tem como não refletir sobre o quanto foi rica a minha experiência nos mandatos sindicais do maior sindicato de bancários da América Latina. Nestes 11 anos de mandatos dos trabalhadores no Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, tive o privilégio de dialogar com os bancários do BB nas 11 assembleias decisivas nas 11 campanhas com muita luta e muita greve que fizemos entre 2003 e 2013.

Aprendemos muito, muito mesmo, até este momento com a experiência de participar do movimento sindical e social. 

Somos humanos cheios de defeitos, mas quando as pessoas mais próximas observam que mudamos pra melhor após a vivência no movimento, só temos que agradecer pela oportunidade. Participar das lutas coletivas vale a pena e estar aberto a mudar todos os dias vale a pena. Temos que ter a humildade de murchar as orelhas quando erramos, e tentar melhorar até o último dia de nossa vida, pra sermos cidadãos melhores para nosso entorno e para uma sociedade mais justa, igualitária e melhor para todos viverem.

Acabei me alongando, mas é que estou em férias mesmo. Vamos lutar sempre pra fortalecer as entidades sindicais e de luta para que a classe trabalhadora tenha sempre a esperança de um amanhã em um mundo melhor.


Vida longa à nossa Contraf-CUT e às nossas entidades de classe!
Somos fortes, somos CUT!

William Mendes

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História: 1º Congresso da Contraf-CUT foi realizado em 2006

Fundada na histórica assembleia realizada em 26 de janeiro de 2006, em Curitiba, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) completa oito anos de muitas lutas e conquistas neste domingo. Com ousadia, unidade e mobilização, ela ampliou o espaço de atuação da extinta Confederação Nacional dos Bancários (CNB-CUT), construída em 1992, assumindo a representação dos trabalhadores do ramo financeiro. Os avanços são inegáveis, mas ainda há muito por fazer.

O primeiro presidente da Contraf-CUT foi o funcionário do Itaú, Luiz Cláudio Marcolino, que também presidiu o Sindicato dos Bancários de São Paulo e hoje é deputado estadual do PT de São Paulo. O 1º Congresso da Contraf-CUT aconteceu no dia 25 de abril de 2006, em Nazaré Paulista (SP). Vagner Freitas, empregado do Bradesco e hoje presidente nacional da CUT, foi eleito presidente.

O 2º Congresso da Contraf-CUT aconteceu nos dias 14 e 15 de abril de 2009, em São Paulo, que elegeu o bancário do Itaú e ex-secretário-geral Carlos Cordeiro para presidente. E o 3º Congresso da Contraf-CUT ocorreu nos dias 30 e 31 de março e 1º de abril de 2012, em Guarulhos (SP), onde Carlos Cordeiro foi reeleito presidente. 

A Contraf-CUT coordena o Comando Nacional dos Bancários e representa mais de 90% de todos os funcionários de bancos públicos e privados do Brasil.

A entidade é também referência internacional para os trabalhadores de todo mundo. É filiada à UNI Global Union, o sindicato mundial que representa cerca de 20 milhões de trabalhadores dos setores de serviços. Carlos Cordeiro é também o atual presidente da UNI Américas Finanças, que organiza os bancários do continente americano.


Uma longa tradição de luta


Olhando para a história, a Contraf-CUT é a herdeira institucional de uma longa tradição de luta dos bancários brasileiros, que remonta ao início do século 20, quando os trabalhadores das casas bancárias fundaram suas primeiras associações.

Todas as conquistas da categoria foram obtidas com organização e unidade, em um século de lutas - desde a jornada de 6 horas em 1933 até os aumentos reais de salário, a valorização do piso e o avanço no combate ao assédio moral e à igualdade de oportunidades dos últimos anos.

Essa trajetória foi brutalmente interrompida pelo golpe militar de 1964 e retomada em meados da década de 1970, quando bancários, metalúrgicos, químicos, professores e outras categorias profissionais criaram o que ficou conhecido como o "novo sindicalismo", convergindo para a criação da CUT em 1983.

Com a ascensão das lutas sindicais na década de 1980, os bancários sentiram a necessidade de reorganizar suas entidades nacionais, a fim de articular a organização e as mobilizações em todo o país. Assim nasceu o Departamento Nacional dos Bancários da CUT (DNB-CUT), em 1985, sucedido de 1992 a 2006 pela Confederação Nacional dos Bancários (CNB-CUT).


Muitas conquistas


Ao longo desses oito anos de muitas batalhas, a Contraf-CUT fortaleceu a unidade nacional dos bancários e esteve à frente de todas as campanhas salariais, coordenando o Comando Nacional e consolidando a convenção coletiva nacional de trabalho, que completou 21 anos em 2013, válida para funcionários de bancos públicos e privados de todo país.

Com a força da unidade nacional e da mobilização, os bancários concretizaram sonhos e ampliaram conquistas. Em 2013, os trabalhadores arrancaram aumento real pelo décimo ano consecutivo, elevação dos pisos, melhoria na participação dos lucros, além de importantes avanços sociais, como o vale-cultura. 

Além disso, os bancários estiveram presentes em 2013 na árdua luta que garantiu o adiamento da votação do Projeto de Lei (PL) 4330, do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que libera a terceirização para todas as áreas das empresas. Se ele fosse aprovado, os bancos poderiam substituir caixas e gerentes por terceirizados, o que levaria à extinção da categoria bancária.


Desafios


"Apesar de todas essas vitórias, os desafios ainda são numerosos, como o emprego decente, condições dignas de saúde, segurança e trabalho, igualdade de oportunidades, a regulamentação do sistema financeiro, uma inclusão bancária sem precarização e sem exclusões, e a proteção à vida dos trabalhadores e clientes, dentre outras demandas", destaca Cordeiro.

"Também é fundamental atuar cada vez mais na discussão dos temas que mexem com os trabalhadores, como a reforma política e a reforma tributária. Nós, do movimento sindical, precisamos ser a referência dos trabalhadores e disputar os rumos da sociedade, buscando construir um país mais justo e solidário", aponta.

O calendário de 2014 traz eleições em grandes sindicatos, na Cassi, na Previ, na Fenae, na Funcef, além das eleições para presidente, governadores, senadores e deputados. "Acredito que continuaremos trabalhando muito e venceremos todos esses processos eleitorais, em especial a presidência da República, pois sabemos que precisamos continuar avançando, com mais e melhores empregos, com mais inclusão social e precisamos urgente começar a mexer na estrutura de distribuição de renda do Brasil", salienta o dirigente sindical.

Para ele, mesmo com os avanços conquistados, as condições de trabalho são cada vez mais precárias nos bancos. "Sabemos que os bancários estão sofrendo muito porque os bancos privados e também os públicos, seus acionistas, presidentes e executivos, se preocupam apenas com a gestão do lucro, enxergam os clientes como máquinas de fazer dinheiro e os trabalhadores como números, custos que se contrapõem a lucro". 

"Enquanto houver demissões, corte de postos de trabalho, rotatividade, baixos salários, desigualdades, assédio moral, adoecimentos, insegurança, mortes, estaremos desafiados a acabar com essas violências. O maior desafio é sermos esperança para os trabalhadores e convencê-los que lutando juntos somos fortes", conclui Cordeiro.


Fonte: Contraf-CUT

21.1.14

Contraf-CUT discute com Previ questões que preocupam participantes


Reunião com direção da Previ ocorreu no Rio de Janeiro.

A Contraf-CUT, federações e sindicatos, assessorados pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), se reuniram com a Previ nesta terça-feira (21), na sede do fundo de pensão no Rio de Janeiro, para buscar informações a respeito do fim do pagamento do Benefício Especial Temporário (BET), volta das contribuições no Plano 1, dados sobre os números e investimentos dos planos e sobre o estabelecimento de um teto de benefícios na Previ.

A reunião contou com a presença do presidente da Previ, Dan Conrado, e dos diretores eleitos Marcel Barros, Paulo Assunção e Vitor Paulo, e dos indicados pela patrocinadora, Marco Geovane e Emilio Mairynk (em exercício).

Pela parte dos trabalhadores, além das representações das entidades sindicais da Comissão de Empresa, participou também Rafael Matos, representante eleito pelos trabalhadores no Conselho de Administração do Banco do Brasil (Caref).


Fim do BET e volta das contribuições

As entidades sindicais levaram as preocupações dos participantes da ativa e aposentados do Plano 1 em relação às dificuldades naturais advindas com o fim do Benefício Especial Temporário, instituído e negociado a partir do superávit acumulado em 2010. A manutenção do BET foi uma reivindicação debatida e aprovada no 24º Congresso Nacional dos Funcionários do BB em 2013.


BET - A direção da Previ informou os números que balizaram a decisão de interromper o pagamento do BET a partir de janeiro. Com os resultados das ações em bolsas de valores no ano de 2013, a Previ continua com equilíbrio contábil nos planos e acumula superávit de cerca de 20 bilhões no Plano 1. Porém, as reservas de contingência ficaram abaixo dos 25%, o que levou a direção a cumprir a legislação em vigor e os regulamentos da entidade em não poder distribuir superávits quando esta reserva está abaixo desta porcentagem.


Benefícios voltam aos valores normais - As entidades sindicais questionaram qual seria o percentual médio de redução da renda mensal dos aposentados e pensionistas com a volta do valor normal do complemento de aposentadoria da Previ.

Os valores variam entre 12% e 16%. Os maiores benefícios foram cerca de 16% menores sem o BET e as faixas de benefícios menores reduziram cerca de 12% a partir de janeiro. Isso ocorre porque a remuneração total dos assistidos é a soma do complemento de aposentadoria da Previ mais o benefício pago pela previdência social. Também tem efeitos relativos à correção da tabela de Imposto de Renda.

"A informação que a direção da Previ nos passou é que com o crédito do mês de janeiro, os aposentados e pensionistas perceberam que os valores recebidos não foram diminuídos em 24,8%, ou seja, o fim do BET de 20% mais a volta da contribuição de 4,8%. No entanto, o impacto não deixa de ser muito grande na vida de nossos aposentados, pois eles receberam remuneração extra por três anos" informa William Mendes, coordenador da CEBB e secretário de formação da Contraf-CUT.

Segundo explicações da Previ, um dos grupos de assistidos que teve um impacto maior na renda mensal foi o grupo de aposentados que recebe o complemento de aposentadoria baseado no Benefício Mínimo (cerca de 2 mil participantes). Isso ocorreu porque, durante a renda extra do BET, o grupo também recebeu uma remuneração bem maior que os 20% a mais. Esse grupo recebia R$ 960 de Benefício Mínimo + R$ 1.400 de BET + Aposentadoria da Previdência Pública. Agora, o grupo voltou a receber o Benefício Mínimo + Aposentadoria Pública.

O presidente da Previ reforçou a informação de que não houve nenhuma redução de benefício.


Volta das contribuições de participantes e Banco do Brasil - em relação à volta das contribuições para os participantes do Plano 1, as entidades sindicais sugeriram que a Previ abra a possibilidade do pessoal que está na ativa de optar por utilizar as reservas acumuladas pela distribuição do BET em contas individuais (siBET - saldo individual do BET) para manter as contribuições suspensas. 

A Previ explicou em primeiro lugar que não há risco algum para os cerca de 27 mil participantes da ativa do Plano 1 em relação a estas reservas individuais. Elas estão em um fundo específico, rendendo atuarialmente o que é previsto (INPC + 5%) até que cada um aposente e receba o montante.

Quanto à proposta de opção por utilizar os valores do siBET para descontar contribuições mensais, a Previ afirmou que tem alguns impedimentos na legislação e que fez uma consulta à Previc.


Suspensão das prestações de empréstimos - A CEBB sugeriu para a Previ a possibilidade de suspensão por até seis meses nas prestações dos empréstimos simples. A Previ tem cerca de 70 mil contratos de empréstimos de 56 mil tomadores. Até o dia 17 de janeiro a entidade recebeu o pedido de 18 mil participantes para a suspensão das prestações por 3 meses.

"A direção da Previ não negou a possibilidade de estender a suspensão para seis meses mas, até o momento, eles avaliam que foram poucas as demandas (um terço dos tomadores de empréstimos). Caso os participantes ainda não tenham feito o pedido de suspensão das prestações, devem fazê-lo o mais breve possível" afirma o dirigente sindical.


Empréstimos imobiliários - A Previ alegou também dificuldades em suspender as prestações dos empréstimos imobiliários porque os contratos têm escrituras públicas e as mudanças gerariam custos para os participantes e haveria problemas de resíduos nos empréstimos ao final.


Investimentos dos planos Previ 1 e Previ Futuro

A Contraf-CUT e as entidades sindicais têm recebido muitas demandas com preocupações dos trabalhadores da ativa e aposentados sobre a saúde financeira dos fundos e aplicações dos planos da Previ. Também tem circulado muitas informações sobre problemas de déficits e perdas nos fundos de pensão brasileiros, tanto pelo efeito das ações em bolsas de valores como de grandes empresas com perdas enormes em seus papeis.

Uma das questões levantadas pela CEBB é se houve alguma perda da Previ nas empresas do Grupo X e se a Previ tem algum investimento no banco BVA.

A direção da Previ informou que não houve nenhuma aplicação no banco BVA e que no Grupo X houve uma perda residual no Previ Futuro porque as ações deles compunham o índice que a Previ persegue em seus investimentos. No entanto, a perda foi pequena porque a Previ saiu antes das grandes perdas daquele grupo.

Segundo a direção da entidade, a política de investimentos é feita com planejamentos de médio e longo prazo, de 5 anos adiante. As ferramentas de gestão e de investimentos já têm quase vinte anos de acúmulo de expertise e raramente a Previ é surpreendida com perdas significativas em seus investimentos.


Resultados da Previ foram melhores que bolsa de valores - os dados ainda são da contabilidade gerencial e não finais, após os trâmites e aprovações contábeis e de auditoria, mas a direção informou que enquanto a bolsa perdeu no ano de 2013 perto de 15% a Previ terá crescido em torno de 6%.


Previ Futuro - perguntada sobre os investimentos e os resultados do Plano Previ Futuro, a direção da entidade afirmou que o Previ Futuro é um plano em fase de acumulação e os investimentos são de longo prazo. O histórico tem sido de boas rentabilidades na última década. É um plano com cerca de 80 mil participantes.

As entidades sindicais cobraram que é necessário melhorar a comunicação sobre o que tem ocorrido com os planos e é necessária uma maior assessoria e educação financeira na questão da escolha dos perfis de investimentos. 

"A Previ deve reforçar a explicação de como funcionam os perfis de investimentos. Qualquer mudança de perfil deve ser avaliada com cautela neste momento em que as bolsas tiveram resultado ruim no exercício de 2013, pois mudanças podem levar os participantes de perfis mais agressivos a realizarem prejuízos. No entanto, visto no longo prazo, como é característica de planos de previdência, os resultados dos investimentos da Previ têm sido muito positivos", alerta William.

A Previ deve reforçar a educação financeira e previdenciária para explicar que mudanças devem ser de médio e longo prazos. Hoje a carência para se mudar de perfil é de um ano. Isso preserva os próprios participantes.


Teto de benefícios

A Contraf-CUT e as entidades sindicais questionaram da direção da Previ como está a discussão no âmbito da entidade sobre o estabelecimento de um teto remuneratório para os benefícios. Tem saído na imprensa que haveria um acordo sendo discutido entre o patrocinador BB e a Previc. Essa questão também é uma deliberação do 24º Congresso dos Funcionários do BB.

A direção da Previ disse que já se manifestou sobre a questão e que apontou que o teto de benefícios deveria ser o salário de diretor do banco (maior função que exige quadro de carreira) como corte no momento da implantação. A partir dali o reajuste seria de acordo com os reajustes dos participantes da ativa, definidos em suas campanhas salariais.

O presidente da Previ disse também que um TAC está sendo construído entre patrocinador e Previc, mas não cabe à Previ falar a respeito enquanto não for formalizado.

Em valores atuais, a remuneração de diretor é cerca de R$ 44 mil. O maior valor pago hoje entre os assistidos como Benefício da Previ é de cerca de R$ 39 mil.


Negociações e resoluções congressuais do funcionalismo

No encerramento da reunião, a Contraf-CUT e as entidades sindicais reforçaram que as participações dos trabalhadores nas gestões dos fundos de pensão foram fundamentais para os avanços que vêm ocorrendo desde a reforma estatutária da Previ, que permitiu a eleição direta para diretorias e conselhos do Fundo. 

Em todos os momentos importantes e decisivos da Previ, as entidades sindicais lideraram as negociações como legítimas representantes dos bancários. Isso ocorreu em 2001 e 2002, quando a luta e os sindicatos impediram os interventores à época de sacar recursos da Previ. Mais tarde, os recursos do Fundo Paridade foram negociados como melhorias de benefícios em 2005. O mesmo se deu com as negociações dos superávits em 2007 e 2010, também sendo revertidos como melhorias e rendas aos participantes.

A Contraf-CUT vai buscar negociações com o Banco do Brasil para estabelecer em definitivo um teto de benefícios, conforme deliberações do 24º Congresso dos Funcionários do BB, porque qualquer acordo que esteja sendo construído entre o patrocinador e a Previc não resolverá a questão do teto, por se tratar de competência do Conselho Deliberativo da Previ, segundo o regulamento da entidade.

As entidades sindicais também estão na luta contra as resoluções da CGPC 26, pois entendem que elas favorecem os patrocinadores de fundos e expõem os direitos dos trabalhadores a riscos.


Fonte: Contraf-CUT

18.1.14

Aeroporto de Recife retira bebedouros em desrespeito aos usuários



Aeroporto de Guararapes (PE) retira bebedouros
para forçar passageiros a comprarem água.

Acabei de fazer uma reclamação na Ouvidoria da Infraero. É minha obrigação de cidadão não ficar calado com os abusos que são feitos com as pessoas em nossa sociedade.

Quando chegamos a Pernambuco na madrugada de domingo (12/1) percebi que haviam retirado o bebedouro na área de desembarque do Aeroporto de Guararapes. Não havia sequer comércio aberto e alguns pais não puderam matar a sede de suas crianças.

Na hora de embarcar de volta para São Paulo neste sábado (18/1) ocorreu a mesma coisa. Após passar pelo controle de bagagens e me dirigir para o portão de embarque (9) encontrei outra área de banheiros com o bebedouro retirado. 

Detalhe: do lado do banheiro está uma cafeteria cobrando R$ 3,50 por uma garrafinha de água.

Aí está o segredo de não ter água...
Outro senhor de idade que foi procurar água no bebedouro, pois ele conhece o local, ficou revoltado dizendo que fazem isso para obrigar as pessoas a comprarem água.

Comprei a água para minha esposa, mas fiquei indignado pelo abuso e desrespeito às pessoas, que são consumidores, passageiros e cidadãos.

Após entrar no site da Infraero e fazer uma reclamação, continuei indignado. Conversando com uma trabalhadora da limpeza, acabei descobrindo por informação dela que ainda tem um bebedouro lá no canto do aeroporto em frente ao último portão de embarque. Ou seja, retiraram o bebedouro ao lado da praça de café e, talvez por legislação (não tenho certeza), deixaram um lá nos cafundós...

Que merda esse desrespeito com as pessoas!

Ahh, acredito que a tendência é de piorar a situação. Eu não sei se a Infraero vai me responder, nem o que ela vai responder. Mas lá no site deles já está avisado que nos aeroportos privatizados, se quisermos reclamar, que o façamos diretamente para as empresas que “administram” os espaços.

OU SEJA, DANOU-SE!


William Mendes

14.1.14

Contraf-CUT and CWA launches bilingual magazine for Banco do Brasil workers in the US


(Comentário: logo abaixo vem a matéria em português)



Published in Portuguese and in English, it highlights the first meeting with Banco do Brasil in the U.S.
The Communication Workers Union of America ( CWA ), which represents over 700,000 workers in various service sectors in the United States, Canada and Puerto Rico, is distributing a new bilingual English edition of the magazine “O Espelho / The Mirror”  for Banco do Brazil employees in the United States.
The Portuguese edition is already available for Brazilian bank workers’ unions to be delivered to employees of BB in Brazil.
The bilingual publication is part of an international campaign, which aims to start a process of unionization of American bank workers, a sector that does not have unions in that country.
The four-page magazine, like the first publications released in February and September 2013, was edited by Contraf-CUT in partnership with UNI Global Union, CWA and Bank Workers Union of São Paulo.
First meeting with BB in the U.S.The main focus of the publication is the first meeting between Banco do Brasil and the international trade union movement, which took part in New York on December 5. The meeting was requested by UNI Americas and its affiliated unions organizations, including Contraf- CUT and Bank Workers Union of São Paulo, to strengthen the Global Framework Agreement renewed with BB in 2013. CWA representatives also attended the meeting.

“This meeting is a historic milestone because it is the first time we meet with the bank's management in the United States, as a result of the Global Framework Agreement. We are supporting American workers’ union organization so that we they create unions in the US banking sector because this is the best way to improve their collective and social rights, “stated Carlos Cordeiro, president of Contraf-CUT and of UNI Americas Finance.

For the secretary of union education of Contraf-CUT and coordinator of the National Committee of BB Workers in Brazil “the best way to solve conflicts inherent to capital-labor relation is through collective bargaining with labor unions. It is the modern way of defining labor and social rights. Companies that claim to have social responsibility must respect both national labor principles and rights and international conventions".

The president of Bank Workers Union of São Paulo, Juvandia Moreira, highlighted the process of collective bargaining in Brazil with the federation of banks, the employers’ organization, and the gains achieved through struggles and strikes of Brazilian bank workers in the last decades. The CWA Representatives explained how union organization takes place in the US and talked about the difficulties they are facing to have access to BB workplaces in the country.

Mobilization and achievements in Brazil

The magazine also points out that, thanks to the courage of the banking sector working class, to strong mobilization and national unity, Brazilian bank workers held in 2013 the largest strike in more than 20 years, gaining real wage increase for the tenth year in a row (salary increase over the annual inflation rate), higher increase in the sector wage floors, improvement in the profit share (PLR) schemes and important economic and social gains.
Besides the National Collective Bargaining Agreement, which covers all Brazilian bank workers, Banco do Brasil employees’ participation in the campaign was a remarkable one. They got extra achievements in their additional agreement on specific issues in the bank, mainly in relation to career progress, social rights and protection from bullying. And the bank will hire over three thousand employees until August 2014, as well as it will promote hundreds as bank tellers (those holding temporarily the position). Just to mention some of the agreement clauses.

The right to organize in the US

Another important issue in the magazine is the union organization of American bank workers. The Committee for Better Banks released a report in December exposing the low wages and difficult working conditions of front-line bank workers.
The report found that 39 percent of bank tellers were paid so little, they had to seek public assistance. The report garnered widespread national press coverage.  
CWA has been working in alliance with the Brazilian unions to help U.S. based workers build their own organization.The union is the most important tool that workers have to defend their rights.
Source: Contraf-CUT


UNI Sindicato Global destaca revista bilíngue aos bancários do BB nos Estados Unidos

Dirigentes sindicais brasileiros e norte-americanos se reuniram com BB

O lançamento da nova edição bilíngue em inglês da Revista O Espelho/The Mirror aos funcionários do Banco do Brasil nos Estados Unidos foi notícia de destaque nesta segunda-feira (12) no site da UNI Sindicato Global, a qual é filiada a Contraf-CUT. A publicação está sendo distribuída aos bancários norte-americanos pelo Sindicato dos Trabalhadores em Comunicações da América (CWA), que representa mais de 700 mil trabalhadores de vários segmentos de serviços dos Estados Unidos, Canadá e Porto Rico.

Clique aqui para ler a notícia em diversas línguas no site da UNI.

A revista possui quatro páginas e, a exemplo das primeiras publicações em fevereiro e setembro de 2013, foi editada pela Contraf-CUT em parceria com a UNI Sindicato Global, a CWA e o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região.

A publicação bilíngue integra uma campanha internacional, que visa deflagrar o processo de sindicalização dos bancários norte-americanos, categoria que não possui sindicatos naquele país.


Primeira reunião com BB nos EUA


O principal destaque da publicação é a primeira reunião entre o Banco do Brasil e o movimento sindical internacional, que ocorreu no último dia 5 de dezembro, em Nova Iorque. O encontro foi solicitado pela UNI Américas e suas entidades sindicais filiadas, entre elas a Contraf-CUT e o Sindicato de São Paulo, para fortalecer o Acordo Marco Global renovado com o BB em 2013. Também participaram representantes da CWA.

"Esse encontro é um marco histórico, pois é a primeira vez que nos reunimos com a direção do banco nos Estados Unidos, fruto do Acordo Marco Global. Nós estamos apoiando a organização sindical junto aos trabalhadores americanos para criarmos os sindicatos de bancários nos EUA porque essa é a melhor forma de se aumentar os direitos coletivos e sociais", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e da UNI Américas Finanças.

Para o secretário de formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, William Mendes, "a melhor maneira de resolver os conflitos inerentes à relação capital/trabalho é por meio de negociação coletiva com sindicatos de trabalhadores. É a forma moderna de se contratar direitos trabalhistas e sociais. As empresas que afirmam ter responsabilidade social devem respeitar os princípios e direitos laborais nacionais e das convenções internacionais".

A presidenta do Sindicato de São Paulo, Juvandia Moreira, frisou o processo de negociação coletiva no Brasil com a Fenaban e os avanços conquistados com lutas e greves dos bancários brasileiros em décadas de mobilizações. Os representantes da CWA explicaram no encontro como são os modelos de organização sindical nos EUA e abordaram as dificuldades que estão enfrentando para ter acesso aos bancários do BB naquele país.


Fonte: Contraf-CUT