Em assembleia com cerca de 500 funcionários, trabalhadores decidem paralisar atividades por uma hora na quinta 28 em protesto à imposição do plano de funções pela direção da empresa
São Paulo - Os bancários de São Paulo, Osasco e região irão intensificar a mobilização para pressionar a diretoria do Banco do Brasil a rever o novo plano de funções. A decisão foi tomada pela maioria dos 500 bancários que participaram da assembleia realizada na noite de segunda 25, na Quadra.
O primeiro protesto ocorrerá na quinta 28, com a interrupção por uma hora das atividades nos complexos administrativos no período da manhã. Também foi aprovada a realização de outra assembleia em 5 de março, novamente na Quadra, para organizar paralisação de 24 horas no dia 7 de março.
“Os bancários deram um recado à direção da empresa nessa assembleia: não estão satisfeitos com a posição do banco e que estão dispostos a se mobilizar para reverter essa situação”, diz a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.
No novo plano de funções, a direção do Banco do Brasil provocou redução de salário – em média 16,25% –, exclusão da CCV de parte dos comissionados, passou a exigir assinatura de termo de adesão para tentar impedir que o trabalhador cobre na Justiça o pagamento das horas extras referentes a anos passados, além de mudanças prejudiciais em unidades como a Ditec (diretoria de tecnologia) e na composição das verbas salariais.
Comando Nacional - O Comando Nacional dos Bancários, que reúne os maiores sindicatos e federações de trabalhadores do país, em reunião na sexta 22, também já havia definido ações em todo o país. Entre as manifestações, que serão agregadas às propostas aprovadas pelos bancários na assembleia da Quadra, ficou definida a organização de campanha nacional para denunciar ao governo e à sociedade as investidas da direção do Banco do Brasil contra seus trabalhadores.
Em 5 de março o Comando Nacional procurará parlamentares no Congresso Nacional, aos quais entregará documento com os problemas enfrentados pelos trabalhadores. No dia 6, após a Marcha das Centrais por Desenvolvimento, Cidadania e Valorização do Trabalho, ocorrerá reunião com o Ministério da Fazenda, Guido Mantega, para tratar das questões dos funcionários do BB. E no dia 20 de março haverá Dia Nacional de Luta com paralisações. Outro protesto nacional, com novas paralisações, ocorrerá no final de abril.
“É imprescindível mantermos a coesão e a unidade nacional nessa luta. A mobilização conjunta é imprescindível para pressionar a direção da empresa”, afirma o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, William Mendes.
Ações sindicais – Além da assembleia para organizar os funcionários na luta contra as alterações no plano de funções implantadas pela direção do banco sem negociação com os representantes dos trabalhadores, os funcionários realizaram na quarta-feira 20 Dia Nacional de Luta que, em São Paulo, envolveu empregados das concentrações Marambaia, SAC, Compensação, CSA (Luz e São Luiz), São João, CSI e XV de Novembro.> Nova mobilização contra plano de funções no BB
Foi a segunda grande manifestação em pouco mais de duas semanas. A primeira ocorrera em 6 de fevereiro com cerca de mil trabalhadores em frente ao Complexo São João, na região central da capital paulista.
> Reação forte contra plano de funções imposto pelo BB
Além dos atos, o Sindicato entrou em contato com o senador Wellington Dias (PT-PI) e o deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP), denunciando a postura da direção da empresa.
A entidade já realizou reuniões com funcionários de setores do banco, como Ditec e Reseg, para os quais já estão sendo propostas ações judiciais.
> Reunião com Reseg e Ditec sobre plano de funções do BB
Foi realizada também plenária na Quadra, com a participação de mais de 400 trabalhadores. O Sindicato conquistou, ainda, liminar ampliando em 30 dias o prazo para assinatura do chamado termo de posse à função comissionada para os cargos de oito horas. O termo visa impedir que funcionários questionem futuramente o pagamento das sétima e oitava horas como hora extra.
> Plenária: funcionários do BB nas ruas contra plano de funções
A Contraf-CUT acionará o Ministério Público do Trabalho questionando a redução de direitos dos trabalhadores com a implantação do novo plano.
CCV rejeitada - Os bancários decidiram também na assembleia pela não instalação da Comissão de Conciliação Voluntária (CCV) para discutir a sétima e oitava horas e aprovaram ingresso imediato de ações na Justiça a partir de grupos homogêneos.
Leia mais
> Tire suas dúvidas sobre o plano de funções
Jair Rosa - 25/2/2013
(Atualizada às 23h57)
“Os bancários deram um recado à direção da empresa nessa assembleia: não estão satisfeitos com a posição do banco e que estão dispostos a se mobilizar para reverter essa situação”, diz a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.
No novo plano de funções, a direção do Banco do Brasil provocou redução de salário – em média 16,25% –, exclusão da CCV de parte dos comissionados, passou a exigir assinatura de termo de adesão para tentar impedir que o trabalhador cobre na Justiça o pagamento das horas extras referentes a anos passados, além de mudanças prejudiciais em unidades como a Ditec (diretoria de tecnologia) e na composição das verbas salariais.
Comando Nacional - O Comando Nacional dos Bancários, que reúne os maiores sindicatos e federações de trabalhadores do país, em reunião na sexta 22, também já havia definido ações em todo o país. Entre as manifestações, que serão agregadas às propostas aprovadas pelos bancários na assembleia da Quadra, ficou definida a organização de campanha nacional para denunciar ao governo e à sociedade as investidas da direção do Banco do Brasil contra seus trabalhadores.
Em 5 de março o Comando Nacional procurará parlamentares no Congresso Nacional, aos quais entregará documento com os problemas enfrentados pelos trabalhadores. No dia 6, após a Marcha das Centrais por Desenvolvimento, Cidadania e Valorização do Trabalho, ocorrerá reunião com o Ministério da Fazenda, Guido Mantega, para tratar das questões dos funcionários do BB. E no dia 20 de março haverá Dia Nacional de Luta com paralisações. Outro protesto nacional, com novas paralisações, ocorrerá no final de abril.
“É imprescindível mantermos a coesão e a unidade nacional nessa luta. A mobilização conjunta é imprescindível para pressionar a direção da empresa”, afirma o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, William Mendes.
Ações sindicais – Além da assembleia para organizar os funcionários na luta contra as alterações no plano de funções implantadas pela direção do banco sem negociação com os representantes dos trabalhadores, os funcionários realizaram na quarta-feira 20 Dia Nacional de Luta que, em São Paulo, envolveu empregados das concentrações Marambaia, SAC, Compensação, CSA (Luz e São Luiz), São João, CSI e XV de Novembro.> Nova mobilização contra plano de funções no BB
Foi a segunda grande manifestação em pouco mais de duas semanas. A primeira ocorrera em 6 de fevereiro com cerca de mil trabalhadores em frente ao Complexo São João, na região central da capital paulista.
> Reação forte contra plano de funções imposto pelo BB
Além dos atos, o Sindicato entrou em contato com o senador Wellington Dias (PT-PI) e o deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP), denunciando a postura da direção da empresa.
A entidade já realizou reuniões com funcionários de setores do banco, como Ditec e Reseg, para os quais já estão sendo propostas ações judiciais.
> Reunião com Reseg e Ditec sobre plano de funções do BB
Foi realizada também plenária na Quadra, com a participação de mais de 400 trabalhadores. O Sindicato conquistou, ainda, liminar ampliando em 30 dias o prazo para assinatura do chamado termo de posse à função comissionada para os cargos de oito horas. O termo visa impedir que funcionários questionem futuramente o pagamento das sétima e oitava horas como hora extra.
> Plenária: funcionários do BB nas ruas contra plano de funções
A Contraf-CUT acionará o Ministério Público do Trabalho questionando a redução de direitos dos trabalhadores com a implantação do novo plano.
CCV rejeitada - Os bancários decidiram também na assembleia pela não instalação da Comissão de Conciliação Voluntária (CCV) para discutir a sétima e oitava horas e aprovaram ingresso imediato de ações na Justiça a partir de grupos homogêneos.
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Jair Rosa - 25/2/2013
(Atualizada às 23h57)
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