09/09 - Jornada, saúde e condições de trabalho: BB abre negociação com a Contraf/CUT
A manhã desta sexta-feira, 9, marcou o início das negociações com a Contraf/CUT para a construção do Acordo Coletivo de Trabalho específico do Banco do Brasil. Na pauta deste primeiro encontro estavam temas como: jornada e emprego, saúde e condições de trabalho; e previdência.
O BB esteve representado pelo negociador José Roberto Mendes do Amaral e pela equipe responsável pela análise da pauta. Antes de especificar cada tema, José Roberto falou sobre a vinculação que é feita da quantidade de reivindicações com o crescimento do resultado do BB. “É importante ressaltar que o resultado do Banco tem sido bom, mas não tem sobras. Todo lucro obtido tem destinação, para o Governo, para os acionistas, para os funcionários, por meio da PLR; e ainda para novos investimentos, na Empresa e no próprio quadro pessoal”.
As próximas reuniões foram agendadas para os dias 14/09 (em Brasília) e 20/09 (em São Paulo). Confira, abaixo, o posicionamento do BB sobre os principais itens apresentados:
Contratação de mais cinco mil funcionários: nos últimos três semestres, foram 15 mil novos funcionários contratados. Para garantir a melhoria total das condições de trabalho, está em andamento o Projeto BB 2.0, envolvendo diversas ações, algumas ainda a serem implantadas. Diante desse cenário, em que o projeto não foi totalmente concluído, o Banco não pode simplesmente solicitar ao governo mais contratações;
Terceirização: o Banco está cumprindo o que a legislação prevê e o que está sendo praticado pelo mercado. Não há nenhuma política de substituição de funcionários por terceirizados, tanto é que existe um aumento grande do quadro de pessoal do BB nos últimos anos;
Vinculação de aplicativos ao ponto eletrônico: trata-se de um tema interessante e o debate será realizado internamente. É importante destacar, no entanto, a dificuldade de vinculação de aplicativos proprietários de texto, apresentações e planilhas;
Jornada de 6 horas para os comissionados, sem redução salarial: o Banco tem uma posição definida de não incluir o seu plano de comissões na negociação do Acordo Coletivo. Sobre este tema, estão sendo concluídos estudos e a Empresa terá um posicionamento em breve;
Descomissionamento: o Banco informou que a média anual de descomissionamentos no BB é ínfima. Números serão apresentados ainda durante a negociação e estudos também estão sendo feitos para mostrar o tempo para readequação dos funcionários descomissionados;
COMENTÁRIO: É INTERESSANTE COMO O BANCO TRATA UM DOS MAIORES PROBLEMAS HOJE NA EMPRESA. A GESTÃO PARA CUMPRIMENTO DE METAS ABUSIVAS É FEITA ATRAVÉS DA AMEAÇA DE DESCOMISSIONAR - O QUE EQUIVALE MUITAS VEZES A PERDER MAIS DA METADE DA REMUNERAÇÃO - E DIZ QUE A "MÉDIA ANUAL É ÍNFIMA"!! VAI FALAR ISSO PRA CADA COMISSIONADO COM A ESPADA E A FORCA NO PESCOÇO SENDO ASSEDIADO O DIA TODO COM AMEAÇA DE PERDER SUA REMUNERAÇÃO...
Integração do intervalo de 15 minutos à jornada: o Banco cumpre a CLT;
Questões relacionadas à CABB (trava, remoção, entre outros): o Banco entende que isso pode ser discutido durante a campanha, em data posterior, por conta de levantamentos e análises que estão sendo realizados internamente, pela área responsável;
Folga para certificação e garantias para o estudo dentro do expediente: no que diz respeito à certificação interna, o Banco entende que o processo de formação é pessoal e o conhecimento é patrimônio do funcionário que, para tanto, deve utilizar horário fora da jornada de trabalho, assim como ocorre na graduação, pós-graduação, etc. É importante lembrar também que a certificação é voluntária. Já a questão relativa à CPA 10 e 20, exigidas para o exercício profissional, o Banco analisará aspectos relativos a essa certificação durante a campanha;
COMENTÁRIO: OUTRA POSIÇÃO INFELIZ DO BB. FORMAÇÃO É PROBLEMA PESSOAL... É A CARA DA REVISTA DO BANCO... BB.COM.VOCÊ... (SE VIRE VOCÊ MESMO!!!)
Horas extras: hoje, 50% do valor é pago e 50% fica para compensação, até o mês seguinte. Nas agências até 20 funcionários, paga-se 100% das horas extras, sem compensação. O modelo de hoje permite a possibilidade de compensação e tem parcela do funcionalismo que opta por essa forma. A Empresa não vê a necessidade de acabar com o banco de horas;
Combate ao assédio e às metas abusivas: o entendimento do Banco é que não deverá discutir, neste Acordo, novas ações relacionadas a este tema. Os instrumentos para isso já estão implantados (Comitês de Ética/Ouvidoria Interna) e este é o momento de aperfeiçoar a utilização dos mesmos. Ações como o curso de lideranças mostram também o tipo de postura que o Banco espera de seu gestor, buscando resultados sustentáveis, sem qualquer desvio de conduta ou comportamento inadequado;
Saúde e previdência para os funcionários incorporados: o Banco não vai encerrar isso em Campanha Salarial, porque não há como garantir um parecer final nesse período. Foi fechado convênio de reciprocidade entre a Cassi e o Economus (plano dos funcionários vindos do BNC) e estamos em fase final de formalização do mesmo convênio com o plano de saúde do Besc. Tudo isso para que os funcionários oriundos dos bancos incorporados tenham garantias de atendimento em todo o País. Vale ressaltar que não existe possibilidade de estender a Cassi para funcionários aposentados antes da incorporação. O Banco vai avaliar a sugestão de realização de uma mesa temática para discussão (e não para negociação) do tema em data posterior, ainda no período de Campanha;
COMENTÁRIO: É IMPORTANTE ESCLARECER O QUE O BB ESTÁ DIZENDO. NÓS NÃO SUGERIMOS MESA TEMÁTICA. NÓS QUEREMOS NEGOCIAR DURANTE A CAMPANHA. O BANCO JÁ ESTÁ ANALISANDO... ANALISANDO... ANALISANDO... HÁ UNS DOIS ANOS.
Plano Odontológico: o BB informou que vem realizando ponto de controle com a diretoria responsável e a Odontoprev. A expansão do plano para aposentados foi apresentada para debate dentro do Banco;
Sesmt: O Banco informou que o concurso externo acontecerá ainda neste ano e a expectativa é que o Banco inicie 2012 com os quadros do Sesmt completos. Os funcionários selecionados internamente para exercer esses cargos já foram nomeados;
Fim da trava de dois anos para transferências: esta trava, na verdade, é um instrumento de gestão, cujo foco é a organização do trabalho na Empresa, o melhor funcionamento de suas dependências. A medida foi necessária para o Banco, mas este é um assunto que está em discussão. Não houve tempo suficiente ainda para o banco avaliar os resultados efetivos da trava de dois anos e, por este motivo, não haverá alterações globais nesse sentido. Mudanças pontuais, no entanto, podem ser analisadas ainda nesta campanha salarial;
PAS aos funcionários incorporados: está sendo discutida a viabilização do acesso, pelos funcionários incorporados que aderiram o regulamento do BB, do PAS por meio dos planos de assistência médica dos bancos incorporadas.
Fonte: www.bb.com.br/negociacaocoletiva
COMENTÁRIO FINAL: A MESA FOI RESPEITOSA, O QUE SEMPRE É BOM. MAS A SENSAÇÃO QUE FIQUEI É QUE TODOS OS GRANDES TEMAS COMO PREVIDÊNCIA, SAÚDE E CASSI, JORNADA, CABB, TRAVAS CONTRA O DESCOMISSIONAMENTO, PLANO DE COMISSÕES... O BANCO TENTA ESVAZIAR A MESA DE NEGOCIAÇÃO ENTRE NÓS TRABALHADORES EM CAMPANHA SALARIAL E ELES BANCO. É COMO SE O BANCO NÃO ENTENDESSE QUE NÓS QUEREMOS MELHORAR NOSSOS DIREITOS AGORA, NA RENOVAÇÃO DE DIREITOS COLETIVOS. TUDO É QUESTÃO DE "GESTÃO"... É LÓGICO! É ASSIM QUE FUNCIONA O CAPITAL...
PREPAREM MUITA MOBILIZAÇÃO PARA O BANCO ENTENDER QUE QUEREMOS PROPOSTAS PARA OS GRANDES TEMAS!
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