Páginas

29.9.11

Bancários param 7.672 agências no terceiro dia da greve nacional

Desenho de Dédora Vaz - Ceará
A greve nacional dos bancários seguiu crescendo em seu terceiro dia nesta quinta-feira (29), ao paralisar 7.672 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em 25 estados e no Distrito Federal. O número representa um aumento de 1.424 unidades fechadas a mais do que ontem. Em relação à terça-feira, primeiro dia do movimento, são 3.481 unidades a mais.



O balanço foi feito pela Contraf-CUT, a partir dos dados enviados pelos sindicatos até as 18h30. Único estado ainda fora da mobilização, os bancários de Roraima aprovaram a deflagração de greve a partir da próxima segunda-feira (3).


"O silêncio dos bancos e do governo tem indignado os trabalhadores e fortalecido a greve, que caminha para ser uma das maiores dos últimos anos", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários. "Enquanto a Fenaban não apresentar uma proposta decente, o movimento seguirá crescendo em todo o país. Mantemos a disposição para o diálogo para construirmos uma convenção coletiva com avanços econômicos e sociais para a categoria. A retomada das negociações depende dos bancos e do governo", sustenta.


Cordeiro destaca a reivindicação dos trabalhadores pela geração de mais empregos pelos bancos. "Queremos mais contratações para melhorar o atendimento aos clientes, reduzir as filas intermináveis nas agências e garantir condições dignas de trabalho aos bancários, que estão estressados com a pressão pelo cumprimento de metas abusivas, impostas pelos banqueiros", diz o presidente da Contraf-CUT. "Nossas reivindicações são justas e as empresas têm todas as condições de atendê-las, diante dos lucros gigantescos que vêm acumulando", sustenta.


Os bancários entraram em greve por tempo indeterminado após a quinta rodada de negociações com a Fenaban, ocorrida na última sexta-feira, dia 23, em São Paulo. Os trabalhadores rejeitaram a proposta de reajuste de 8% sobre os salários. Os bancários reivindicam reajuste de 12,8% (5% de aumento real), valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, fim da rotatividade, melhoria do atendimento aos clientes, fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança e igualdade de oportunidades.


Solidariedade - Os bancários estão realizando em várias capitais passeatas e atos conjuntos com os trabalhadores dos Correios, em greve há 16 dias. "Estamos realizando atividades de esclarecimento da população e mobilização dos trabalhadores. A intransigência dos patrões e do governo tem aumentado a união e solidariedade entre as duas categorias na luta por melhores condições de vida", sustenta Carlos Cordeiro.
Fonte: Contraf-CUT

28.9.11

Leiam: Greve chega a 6.248 agências; palhaçadas do bb; e um belo desenho da categoria em luta!

Belo desenho de Débora Vaz, estudante de Ciências Sociais do Ceará.
Valeu companheira!!
Greve cresce no segundo dia e bancários param 6.248 agências em todo o país



A greve nacional dos bancários se fortaleceu nesta quarta-feira (28), seu segundo dia, e aumentou para 6.248 o número de agências e centros administrativos de bancos públicos e privados fechados em 25 estados e no Distrito Federal. São 2.057 unidades fechadas a mais do que no primeiro dia de greve, quando foram paralisadas 4.191 unidades, de acordo com o balanço feito pela Contraf-CUT, a partir dos dados enviados pelos sindicatos até as 18h. Único estado ainda fora da mobilização, os bancários de Roraima aprovaram a deflagração de greve em assembleia realiza na noite desta terça e deverão se juntar ao movimento a partir do dia 3. (fonte Contraf-CUT)


Banco do Brasil usa MENTIRAS e TERRORISMO para assediar bancários e ELOGIA FURA GREVES em comunicado interno

O bb está se superando em palhaçadas nesta campanha dos bancários. Além de não apresentar NADA em 3 rodadas de negociação, permite que seus gestores ASSEDIEM os bancários MENTINDO que não receberão PLR se fizerem greve, que serão descomissionados e faz comunicado interno com eufemismos elogiando os bancários que estão desrespeitando as decisões das assembleias e furando a greve.

Os bancários do bb irão AUMENTAR A ADESÃO À GREVE nesta quinta-feira em resposta às afrontas do banco, que não propõe nada e ainda tenta humilhar os bancários com práticas antissindicais.

- COLEGAS DO BB, A PALAVRA DE ORDEM É "PONTO FECHADO"!! VAMOS AMPLIAR A GREVE COM MAIOR PARTICIPAÇÃO DOS COMISSIONADOS!!

- NÃO PERMITAM QUE O BB HUMILHE VOCÊS!! É GREVE NELE!!


Interdito proibitório: o que é e o que fazer?


Bancos usam instrumento jurídico para tentar forçar trabalhadores a furar greve

São Paulo – O interdito proibitório é uma ação jurídica relacionada a situações nas quais o direito de posse ou de propriedade está sendo ameaçado. Ou seja, não se aplica à greve dos bancários, que se constitui apenas e tão somente na legítima mobilização dos trabalhadores por uma proposta que melhore os salários e as condições de trabalho. Apesar disso, os bancos recorrem a esse subterfúgio para tentar forçar seus funcionários a trabalhar.



Lei de Greve – Além de ser um instrumento desviado de sua verdadeira função de preservação da posse e do patrimônio, é importante lembrar que o Sindicato cumpriu todas as exigências previstas na Lei de Greve, ou seja, está agindo de acordo com todos os parâmetros constitucionais que preveem esse direito do trabalhador. Editais de Convocação de Greve e de Aviso de Greve foram publicados em jornais de grande circulação, respeitando todos os prazos legais. A federação dos bancos também recebeu o comunicado e foram veiculados informes publicitários em emissoras de rádio e TV para esclarecer a população sobre os motivos que levaram a categoria à greve.


O que fazer – A chegada de um oficial de Justiça com o interdito não significa que os bancários têm de retomar suas atividades. Quem define a continuidade ou não de uma greve é a assembleia dos trabalhadores, que é soberana. Os bancários devem estar conscientes de seu papel no movimento, dizer não à pressão e prosseguir a paralisação.

Fonte: Redação Seeb SP - 28/09/2011


SUGESTÃO: 

- COMPANHEIRADA, USEM O PAPELZINHO DA JUSTIÇA BURGUESA PARA MEXER COM OS BRIOS E O ORGULHO DE NOSSOS BANCÁRI@S. SE OS COLEGAS ADERIREM AO MOVIMENTO, FECHANDO O PONTO E INDO PRA GREVE NÃO TEM INTERDITO QUE DÊ CONTA.

27.9.11

Bancários fecham 4.191 agências em todo o país no primeiro dia da greve




Nesta terça-feira (27), primeiro dia da greve nacional, os bancários fecharam 4.191 agências e centros administrativos em 25 estados e no Distrito Federal e todos os bancos, públicos e privados. O balanço foi feito pela Contraf-CUT a partir dos dados enviados pelos sindicatos até às 18h. Os bancários de Roraima estão realizando assembleia na noite desta terça e deverão se juntar ao movimento nesta quarta.


"A greve começou mais forte que a do ano passado, uma das maiores que fizemos nos últimos 20 anos, quando fechamos 3.864 unidades no primeiro dia de paralisação", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários. "Isso mostra a grande insatisfação dos funcionários com a postura dos bancos, que em cinco rodadas de negociação não apresentaram uma proposta decente que atenda às reivindicações da categoria", sustenta.


Os bancários entraram em greve por tempo indeterminado após a quinta rodada de negociações com a Fenaban, ocorrida na última sexta-feira, dia 23, em São Paulo, quando foi recusada a segunda proposta de reajuste de 8% sobre os salários. "A proposta também não contempla mais contratações, fim da rotatividade, melhoria do atendimento aos clientes, fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança e igualdade de oportunidades", diz Cordeiro.


"A proposta representa apenas 0,56% de aumento acima da inflação do período, o que está longe da reivindicação da categoria, de 12,8% (5% de aumento real). Enquanto isso, os seis maiores bancos que operam no Brasil lucraram R$ 25,9 bilhões no primeiro semestre, segundo levantamento do Dieese e da Contraf-CUT", afirma Cordeiro. "Isso quer dizer um aumento de R$ 4,3 bilhões em relação ao lucro do mesmo período do ano passado, com um crescimento médio de 20,11%. É preciso repartir esses ganhos com os bancários, maiores responsáveis pela enorme lucratividade das empresas", completa.


"A experiência de anos anteriores mostra que a tendência é o índice de paralisação aumentar nos próximos dias. Estamos abertos para a retomada das negociações, pois continuamos apostando no diálogo. Mas também estamos preparados para intensificar a mobilização e fazer a maior greve das últimas décadas para garantir avanços econômicos e sociais", acrescenta Carlos Cordeiro.



Fonte: Contraf-CUT

Banco do Brasil força interdito proibitório antes da greve


(BANCÁRIO, MOSTRE SUA INDIGNAÇÃO E FECHE O PONTO!! O BB VAI TER QUE NOS RESPEITAR!!)

Direção esbanja intransigência, não apresenta proposta na mesa específica, tenta retirar direitos e impedir funcionários de parar

--------------------------------------------------------------------------------

São Paulo – Intransigência, truculência, falta de respeito. Esses são apenas alguns dos termos utilizados pelos funcionários do Banco do Brasil para expressar a postura da direção da empresa nesta Campanha Nacional Unificada dos bancários.


Nas rodadas de negociação específicas, a direção do banco, além de não apresentar qualquer proposta para as reivindicações dos bancários, ameaçou retirar direitos conquistados, como a trava que coíbe os descomissionamentos, dizendo que “prejudica a gestão da empresa”.


Para completar essa péssima atuação, a direção do BB, antes mesmo do primeiro dia da greve, acionou o interdito proibitório, usando logo no início do movimento o instrumento jurídico por meio do qual os bancos tentam forçar os bancários a voltar ao trabalho, desrespeitando o legítimo direito de manifestação dos trabalhadores.


“Vamos apresentar uma denúncia à Organização Internacional do Trabalho (OIT) contra o Banco do Brasil. A greve é um direito previsto na Constituição, ao qual os trabalhadores estão recorrendo depois de um mês e meio de negociações sem avanços”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “O BB, sozinho, lucrou mais de R$ 6 bi nos primeiros seis meses deste ano, graças ao trabalho dos seus funcionários. Em vez de reconhecer isso, vai à mesa de negociação sem qualquer disposição e desrespeitando as necessidades dos trabalhadores”, completa a presidenta do Sindicato.


Como evitar o interdito – O interdito é uma ação jurídica relacionada a situações nas quais o direito de posse ou de propriedade está sendo ameaçado. O que não se aplica à greve, que se constitui apenas e tão somente na luta por uma proposta que melhore as condições de trabalho de uma categoria.


Além disso, a chegada de um oficial de Justiça com o interdito não significa que os bancários têm de retomar suas atividades, pois quem define a continuidade ou não de uma greve é a assembleia dos trabalhadores. Os bancários devem estar conscientes de seu papel no movimento, dizer não à pressão e prosseguir a paralisação mesmo com a chegada do interdito.


Fonte: Seeb SP

GREVE!! A PALAVRA DE ORDEM NO BB É "PONTO FECHADO!!"

Camaradas do Banco do Brasil e demais bancários, a PALAVRA DE ORDEM para o diálogo com os comissionados é "PONTO FECHADO!!"



O banco só fará proposta séria quando grande parte dos bancários ESTIVEREM FORA DO PONTO!!


Vai dar certo, a adesão no bb deve ser de dentro pra fora!! Ajudem a parar os bancos privados!!


ESPALHEM VIA TWITTER, TORPEDOS E REDE SOCIAL.


COMISSIONADOS, FECHEM O PONTO E SAIAM DAS AGÊNCIAS!! O BB VAI TER QUE NOS RESPEITAR!!

Saudações de luta, William Mendes - Contraf-CUT

26.9.11

Assembleias deflagram greve nacional dos bancários por tempo indeterminado

Assembleia de DF
Os bancários deflagraram greve nacional por tempo indeterminado, a partir da zero hora desta terça-feira (27), com o objetivo de pressionar a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) a retomar as negociações e apresentar uma proposta que atenda às reivindicações da categoria. A paralisação atingirá bancos públicos e privados.



A decisão foi tomada em assembleias realizadas na noite desta segunda-feira (22) pelos Sindicatos dos Bancários de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Campo Grande, Mato Grosso, Paraíba, Piauí, Alagoas, Espírito Santos, Campinas, Piracicaba, Juiz de Fora, Dourados, Vitória da Conquista e Teresópolis, entre outros, conforme levantamento feito até as 21h45 pela Contraf-CUT, que coordena o Comando Nacional dos Bancários.


Conforme orientação do Comando Nacional, a categoria recusou a proposta de 8% de reajuste, feita pela Fenaban, durante a quinta rodada de negociações, na sexta-feira, dia 23, em São Paulo. "Isso significa apenas 0,56% de aumento real, continuando distante da reivindicação de 12,8% de reajuste (5% de ganho real mais a inflação do período)", afirma o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional, Carlos Cordeiro.


Além disso, a proposta dos bancos não contém valorização do piso salarial, não amplia a participação nos lucros, e muito menos traz avanços em relação às reivindicações de emprego e melhoria das condições de trabalho. Os bancários reivindicam fim da rotatividade, mais contratações, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, mais segurança, igualdade de oportunidades e inclusão bancária sem precarização, dentre outras itens.


"Esperamos que a força da greve faça com que os bancos apresentem uma proposta que garanta emprego decente aos bancários. Com lucros acima de R$ 27,4 bilhões obtidos somente no primeiro semestre deste ano, os bancos possuem todas as condições de atender as reivindicações da categoria, de modo a valorizar o trabalhador, distribuir renda, reduzir desigualdades e contribuir para o desenvolvimento do país", avalia o dirigente sindical.


"Contamos com o apoio e a compreensão dos clientes e usuários, que sofrem com as altas taxas de juros, as tarifas exorbitantes, as filas intermináveis pela falta de funcionários, a insegurança e a precarização do atendimento bancário", conclui Carlos Cordeiro.


Veja os resultados das assembleias dos sindicatos até as 21h45:

Aprovaram greve por tempo indeterminado:

São Paulo
Rio de Janeiro
Brasília
Belo Horizonte
Porto Alegre
Curitiba
Bahia
Alagoas
Ceará
Paraíba
Mato Grosso
Espírito Santo
Piauí
Pernambuco
Campo Grande
Campinas
(e outras dezenas de sindicatos)

Fonte: Contraf-CUT

Artigo: O papel dos bancos - Carlos Cordeiro

O jornal O Globo, do Rio de Janeiro, publicou no último sábado, dia 24, o artigo "O papel dos bancos" do presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro. O texto trata do processo de bancarização, que foi objeto de reportagem de página interna do veículo há três semanas, onde foi divulgado um estudo sobre o papel dos correspondentes bancários.



"Com esse novo artigo, buscamos reforçar a posição dos bancários e aprofundar este importante debate que interessa o conjunto da sociedade. Nós queremos a inclusão bancária de todos os cidadãos brasileiros, mas com atendimento de qualidade, sem precarização, com assistência financeira, com segurança e com sigilo bancário protegido de todos os clientes", afirma o dirigente sindical.


Esse é o terceiro artigo produzido pela Contraf-CUT sobre os correspondentes e veiculado na grande imprensa. Antes, foram publicados os textos "Pela verdadeira universalização dos serviços bancários", também de Carlos Cordeiro, no jornal Brasil Econômico, em 26 de julho, e "O BC e os correspondentes bancários", de Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro, no jornal Valor Econômico, em 26 de maio.


Leia a íntegra do artigo publicado em O Globo:


O PAPEL DOS BANCOS


Carlos Cordeiro


O grande desafio brasileiro é transformar o crescimento em desenvolvimento econômico, promovendo a inclusão social de toda a população brasileira.


A inclusão bancária envolve acesso ao crédito e o direito de ter conta em banco, sem discriminação de qualquer espécie. Mas o sistema financeiro nacional, a despeito de ser o setor mais rentável da economia (somente os sete maiores bancos apresentaram R$ 26,5 bilhões de lucro líquido no primeiro semestre de 2011), não está cumprindo esse papel.


O Brasil tem hoje 20.021 agências bancárias, o mesmo número de duas décadas atrás. Os dados do Banco Central mostram que, dos 5.587 municípios do país, 1.969 (35,3% do total) não possuíam nenhuma agência e nenhum posto de atendimento bancário (PABs) em 31 de julho último.


Mais da metade (54,7%) das agências e PABs estão concentrados no Sudeste, sendo um terço (33,38%) somente no Estado de São Paulo. Inversamente, no Nordeste não há sequer uma agência ou posto de atendimento em 51,95% dos municípios, chegando a 79,91% no Piauí. O resultado é que 40% dos brasileiros - e 52,6% dos nordestinos - não têm conta em banco.


Os correspondentes bancários foram criados para levar atendimento para regiões onde os bancos não chegavam, como na Amazônia. O que se vê hoje é que eles estão localizados, sobretudo, nas grandes cidades para atender as pessoas de baixa renda e os pobres. Não é à toa que, dos 161 mil correspondentes existentes hoje no país, 45% estão concentrados no Sudeste, sendo 25,6% somente em São Paulo. Apenas 20,9% estão no Nordeste (e 1,23% no Piauí).


As resoluções nº 3.954 e 3.959, de fevereiro e março de 2011, baixadas pelo Conselho Monetário Nacional, no lugar da regulamentação do sistema financeiro pelo Congresso Nacional, permitem na prática que os correspondentes exerçam quase as mesmas funções que as agências e, por isso, vão agravar o problema.


Em vez de levar crédito e assistência financeira a regiões distantes e carentes, sua razão de existir, os correspondentes estão na verdade sendo utilizados para segregar e excluir. Eles estão geograficamente situados nas imediações das agências e é para onde os bancos estão empurrando a clientela de baixa renda.


Essas novas resoluções permitem ainda que os próprios bancos criem correspondentes, que podem ser terceirizados e quarteirizados para reduzir custos. Os clientes, além de segregados, ficam desprotegidos de orientação financeira e correm riscos adicionais tanto em relação ao sigilo bancário quanto à segurança física. Se a violência já é grande, com três mortes em média por mês em assaltos envolvendo bancos, o risco é ainda maior nos correspondentes, desobrigados de cumprir a Lei nº 7.102/83, que exige plano de segurança para as unidades com movimentação de numerário.


Não defendemos o fim dos correspondentes, mas a sua transformação em postos de atendimento e agências pioneiras para levar serviços bancários para as regiões desassistidas, com assistência financeira a toda a população, sem discriminação de condição econômica e social, com segurança e sigilo bancário preservado. Os bancos são o segmento que mais lucra na economia. Essa deveria ser a sua contrapartida social para ajudar o Brasil a se desenvolver.


Carlos Cordeiro é economista e presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT)


Fonte: Contraf-CUT com O Globo

24.9.11

Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão...

"Não me entrego sem lutar
Tenho, ainda, coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então..."

(Metal contra as nuvens - Legião Urbana)



Das batalhas da vida e da militância diária, lutarei mais algumas nesses dias próximos...

LUTAR AS BATALHAS, SEM PERDER MEUS PRINCÍPIOS, SEMPRE!



ESTAREMOS EM GREVE NA SEMANA DE 27 A 30 DE SETEMBRO!!

22.9.11

Comando Nacional indica rejeição da proposta da Fenaban nas assembleias de hoje e greve a partir de terça 27 caso não saiam propostas melhores na negociação de amanhã

Os bancários avaliam em dezenas de assembleias hoje a proposta insuficiente dos banqueiros de 7,8% e nada em relação aos demais direitos econômicos e cláusulas sociais.

O Comando Nacional dos Bancários, que reúne os maiores e principais sindicatos e federações do País, tem conseguido realizar fortes campanhas salariais nos últimos 3 anos, mesmo sob a crise mundial, devido ao fato de haver forte coesão no Comando Nacional e à sabedoria dos bancários em seguir as orientações dos sindicatos.

Nas campanhas entre 2008 e 2010, os bancários conseguiram derrotar banqueiros, governos, grande mídia e tribunais e conseguiram, sob forte unidade da campanha nacional avanços importantes:

- PISOS MAIORES
- PLR MELHOR - com aditivo de 2% linear e teto aumentado para 2,2 salários
- PLR SOCIAL NA CAIXA FEDERAL
- AUMENTOS REAIS
- MAIS CONTRATAÇÕES NO BB E CAIXA - 15 mil
- 180 DIAS DE LICENÇA MATERNIDADE
- ACORDO DE COMBATE AO ASSÉDIO MORAL
- PCR NO BB
- TRAVA CONTRA DESCOMISSIONAMENTOS NO BB
- CLÁUSULA DE SEGURANÇA NA CCT que exige B.O. em assaltos, possibilidade de realocação em caso de sequestros, dados estatísticos sobre assaltos, assistência médica e psicológica às vítimas de assaltos

Nesta campanha, a estratégia do Comando Nacional dos Bancários está se mostrando correta.

Os bancários já denunciaram os excelentes resultados do setor financeiro e estão dialogando com a sociedade da necessidade dos bancos melhorarem o atendimento bancário com mais segurança, mais trabalhadores bancários, e a incoerência dos banqueiros caso não apresentem propostas que dialoguem com o próprio resultado do setor.

Os bancários já mostraram que querem propostas negociadas e que são uma categoria de negociação e de LUTA.

Também está correta a estratégia de seguir todos os ritos legais em relação à lei de greve e fazer assembleias hoje e na próxima segunda 26 para avaliar novas propostas, se houver, ou decretar a greve a partir de 27 de setembro. Assim não damos argumentos para os banqueiros nos derrotarem em tribunais.

OS BANCÁRIOS QUEREM PROPOSTAS DECENTES!!

QUEREMOS RESPEITO DOS BANQUEIROS, MAS VAMOS À LUTA NA PRÓXIMA TERÇA 27 CASO PROPOSTAS NÃO NOS ATENDAM!

SOMOS BANCÁRIOS EM CAMPANHA! SOMOS CUT!


(ATUALIZAÇÃO ÀS 23:40H)
PRATICAMENTE TODAS AS BASES SINDICAIS DO PAÍS VOTARAM COM A PROPOSTA DO COMANDO NACIONAL

20.9.11

Banco do Brasil não apresenta proposta específica e afirma que segue Fenaban


A negociação entre o Banco do Brasil e o Comando Nacional, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB), terminou sem a apresentação de propostas para as reivindicações específicas debatidas e deliberadas pelos funcionários no 22º Congresso Nacional dos Funcionários do BB. O banco afirmou ainda que acompanhará os resultados da mesa principal de negociação com a Fenaban, que debate a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários.

Diante disso, o Comando Nacional orienta que os bancários do Banco do Brasil participem ativamente das assembleias da categoria que serão realizadas nesta quinta-feira, dia 22, em todo o país, e preparem uma forte greve nacional a partir do dia 27 caso o banco continue não apresentando propostas para as reivindicações do funcionalismo.


"Lamentamos que o Banco do Brasil não tenha apresentado as propostas específicas esperadas por seus funcionários", afirma Eduardo Araújo, coordenador da CEBB. "Esperamos que o banco marque uma nova negociação e traga respostas o mais rápido possível, assim como a Fenaban fez", sustenta.


O Comando Nacional iniciou o debate reafirmando a necessidade de o banco apresentar propostas que dialoguem com os eixos de reivindicações como, por exemplo, melhorias no PCR - Plano de Carreira e Remuneração, no PCC - Plano de Cargos Comissionados, nas questões de saúde, condições de trabalho, combate ao assédio moral e fim das terceirizações com a contratação de mais bancários.


Em relação à carreira dos bancários, é fundamental que o BB aumente o piso, melhore itens como interstício na carreira A, redução do tempo para adquirir os 1095 pontos das letras da carreira de mérito, bem como pontuar todos os funcionários incluindo os escriturários e caixas. É importante também que a pontuação no mérito respeite o histórico funcional. Os caixas devem ser efetivados após 90 dias na função e pertencer à dotação das agências.


Uma reivindicação muito forte é em relação à garantia de manutenção da função comissionada para bancários que se afastem por licenças saúde e acidente de trabalho. A proposta do Comando Nacional é a volta das substituições de funções, com os afastados retornando às suas funções após o tratamento.


No que diz respeito à jornada de trabalho os bancários cobraram que as funções comissionadas tenham jornada de 6 horas e a que os 15 minutos de pausa estejam incluídos na jornada, como já ocorre em outros grandes bancos como Santander e Caixa Econômica Federal.


Em relação à saúde e condições de trabalho, além de estender a Cassi e a Previ para todos, os bancários reivindicam melhorias no plano odontológico e extensão aos aposentados. "Também é fundamental atender às reivindicações dos bancários das Centrais de Atendimento (CABBs), locais onde a natureza do trabalho é bastante dura e há várias demandas acumuladas", afirma Eduardo.


Ainda sobre carreira, os trabalhadores reivindicaram do banco que o Plano de Cargos Comissionados tenha concursos internos e valorizem as comissões como, por exemplo, a dos fiscais e da gerencia média, além de melhorias contra o descomissionamento arbitrário. O banco apresentou dados comparando o número de comissionados e a proporção de perdas de função. Entre 2009 e o primeiro semestre de 2011, o coeficiente de descomissionamento reduziu-se de 0,57 para 0,27. "Houve uma redução nos descomissionamentos da ordem de 50%, o que evidencia a importância da regra da trava conquistada pelos bancários comissionados em 2010", afirma Eduardo.


O banco terminou a negociação dizendo que segue avaliando as propostas apresentadas pelos bancários e que consultará o Departamento de Controle das Estatais (Dest) sobre as possibilidades de fazer qualquer proposta específica.


"Os bancários não aceitarão qualquer retrocesso no processo negocial, com retirada de direitos ou cláusulas no aditivo ao acordado com a Fenaban. Estamos dispostos a defender essa posição de forma intransigente e esperamos que o banco não aposte em derrotar a mobilização dos trabalhadores", conclui Eduardo.


Vejam abaixo as principais questões debatidas nas negociações com o BB:

- Banco do Brasil atuando como banco público, com mais contratações.

- PCR para todos com aumento do piso, com aceleração da carreira (2 anos no primeiro nível), interstício de 6% na carreira A.

- 6 horas de trabalho para todos, com 15 minutos incluídos na jornada.

- Prova de seleção interna para funções comissionadas e melhoria das comissões dos fiscais, assistentes das unidades táticas e demais funções abaixo do mercado bancário.

- Pagamento de substituições em todas as vacâncias.

- Alteração das regras de descomissionamentos, sem perda de função por conduta incompatível e por afastamentos por licenças médicas.

- Fim das travas para transferências e comissionamentos.

- Igualdade de direitos para egressos de bancos incorporados (abonos, ausências, PAS).

- Previ e Cassi para todos, com adesão da Cassi à NR 254 da ANS que incorpora tabelas novas de procedimentos médicos mínimos.

- Adesão a cláusula de assédio moral da Fenaban, com alteração da posição da Ouvidoria Interna e mudanças na composição e nas atribuições dos comitês de ética.

- VCP de 12 meses para reestruturações e retorno de licença saúde.

- Treinamento para todos no horário de expediente e retorno da verba de aprimoramento.

- Criação do auxílio-educação e de verbas para CPA 10 e 20.

Fonte: Contraf-CUT

Comando Nacional negocia com BB nesta terça e espera proposta decente

Acontece nesta terça-feira (20), às 16h, em São Paulo, nova rodada de negociação específica entre o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, e o Banco do Brasil. Os bancários esperam que a empresa apresente uma proposta que contemple as reivindicações da categoria. Após duas reuniões, o banco negou as demandas dos trabalhadores e adotou uma postura intransigente que frustrou os funcionários.



No primeiro encontro, realizado no dia 9, o BB rejeitou reivindicações importantes sobre jornada de trabalho e emprego, saúde, condições de trabalho e previdência. Na segundo reunião, o Comando reivindicou avanços no Plano de Carreira, com aumento no piso, nos interstícios, jornada de 6 horas para as funções comissionadas e critérios de ascensão mais claros e objetivos, como concursos e pontuação respeitada no TAO. O BB negou as propostas e ainda ameaçou com a retirada de algumas conquistas do acordo em vigor, como a trava contra descomissionamento.


"Já apresentamos praticamente todas as reivindicações da minuta específica nas negociações realizadas. Agora é a hora de o banco deixar de lado a postura de confronto que adotou até agora e apresentar uma proposta que atenda essas reivindicações", afirma Eduardo Araújo, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB), órgão da Contraf-CUT que assessora as negociações com o banco. "O banco nada apresentou durante as negociações. Continuamos apostando no diálogo e esperamos que o BB adote uma postura madura, diferente do que ocorreu até agora", diz.


Fonte: Contraf-CUT

POR ONDE ANDO... semana 19 a 23/9

SEGUNDA-FEIRA
Dia de trabalho na Contraf-CUT SP até 22h.

TERÇA-FEIRA
Dia de reunião do Comando Nacional, comissão de empresa do bb, negociações com a Fenaban e o bb em SP.

QUARTA-FEIRA
Reunião de delegados sindicais do bb no Seeb SP.
BASE: reunião na ag. Estilo São Paulo à tarde.

QUINTA-FEIRA
Em SP.  Na Contraf-CUT na parte da tarde e na Assembleia do Sindicato à noite.

SEXTA-FEIRA
Em SP. Negociação com a Fenaban à tarde.

18.9.11

MSM no Masp pela democratização da mídia - feliz por ter participado!


(atualizado 19/9/11)

TIVEMOS UM BELO SÁBADO DE SOL no ato promovido pelo Movimento dos Sem Mídia contra a corrupção dos corruptores detentores dos meios de comunicação no Brasil, comumente chamados por nós de PIG - Partido da Imprensa Golpista -, pois fazem jornalismo parcial e não atuam com ética para com os leitores e povo brasileiro.


Participaram do ato cerca de "CEM GIGANTES" como diz nosso companheiro Eduardo Guimarães. A qualidade dos participantes foi fantástica, a começar pela linda Victória e família, representando o Edu.


Acordei com um cansaço grande devido ao período que estamos vivendo de final de negociações com banqueiros para obter propostas decentes para a categoria bancária em nossa data base. 



Também tenho procurado achar tempo para ir à base conversar e organizar os bancários para um provável embate com os bancos, caso as propostas sejam insatisfatórias e não atendam aos eixos de nossa campanha salarial. Nesta semana tive a felicidade de conversar com cerca de 500 bancários.


Ao lembrar da importância do ato e de ser um militante do Movimento dos Sem Mídia, passou rapidamente o cansaço.


Chegamos por volta das 14h e esperamos os manifestantes já preparando nossas faixas. O Ato começou por volta das 15h e foi muito bom e tivemos a leitura do manifesto do MSM e da carta do Eduardo Guimarães. 



Depois tivemos algumas falas de cidadãos, e tanto falamos por alguns segmentos e movimentos sociais, como também por nós mesmos, por sermos todos sujeitos de cidadania.


16.9.11

Por ando ando... na Base, informando e mobilizando...


Nesta semana, tive a felicidade de conseguir conciliar minha agenda da Contraf-CUT com visitas aos locais de trabalho.


Na segunda-feira estivemos em reuniões de campanha dos bancários no Complexo do bb da São Luiz, onde falamos com uns 350 bancários sobre a importância da participação do segmento comissionado nas assembleias e na mobilização. Todas as propostas da minuta de reivindicações específicas do bb dialogam com esse público bancário.


Depois de importantes reuniões políticas e sindicais na segunda à noite e na terça com companheiros de todo o País, estive em Brasília para uma péssima reunião de negociação com o Banco do Brasil, pois o banco foi desrespeitoso na mesa e, além de não fazer proposta alguma, ameaçou os bancários com a retirada de direitos conquistados. NÃO ACEITAREMOS RETROCESSO E NEM PROVOCAÇÕES DESSES BANQUEIROS!


Hoje estive novamente com cerca de uma centena de bancários ao longo do dia para discutir sobre a campanha e a importância da mobilização no bb e na Caixa ser construída de dentro para fora, inclusive com a participação desses bancários na organização dos bancos privados.


O COMANDO NACIONAL ESPERA PROPOSTAS DOS BANQUEIROS NA PRÓXIMA RODADA DE NEGOCIAÇÃO NO DIA 20.

BANCÁRIOS: OS NOSSOS SINDICATOS PRECISAM DE ASSEMBLEIAS LOTADAS PARA TOMARMOS DECISÕES SOBRE O RUMO DE NOSSA CAMPANHA APÓS A NEGOCIAÇÃO COM BANQUEIROS E GOVERNO.


SOMOS FORTES, SOMOS CUT, SOMOS BANCÁRIOS EM LUTA!!

14.9.11

BB rejeita avanços no Plano de Carreira e aposta na gestão pelo medo

Na segunda rodada de negociação específica com o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, realizada nesta quarta-feira (14), em Brasília, os negociadores do Banco do Brasil mudaram o tom. Se na primeira reunião a empresa informou ser uma mesa respeitosa, nesta foi o inverso: o BB se mostrou agressivo e sem a mínima disposição em negociar e apresentar propostas que contemplem as reivindicações dos bancários.



O Comando Nacional manteve a disposição para o debate e reivindicou avanços no Plano de Carreira, com aumento no piso, nos interstícios, jornada de 6 horas para as funções comissionadas e critérios de ascensão mais claros e objetivos, como concursos e pontuação respeitada no TAO. Os bancários também cobraram soluções para as questões de saúde e previdência, bem como avanços em relação a auxílio educação e mais investimentos em formação.


"Queremos conquistar melhorias na carreira e nas condições de trabalho, com propostas que dialoguem com as demandas de todos os segmentos, incluindo escriturários, caixas e comissionados", diz Carlos Eduardo Bezerra, presidente da Fetrafi-NE, que participa das negociações com o BB.


O Banco do Brasil negou praticamente todas as propostas apresentadas pelos bancários e ainda ameaçou com a retirada de algumas conquistas do acordo em vigor, como a trava contra descomissionamento, e a aplicação de mais ressalvas a cláusulas da Convenção Coletiva Nacional da categoria (CCT), que está sendo negociada entre o Comando e a Fenaban.


"A trava contra o descomissionamento sempre incomodou os gestores do banco, que preferem continuar descomissionando por qualquer motivo. O banco insinua que não quer abrir mão da coação dos comissionados pelo medo, mas os bancários não aceitarão retrocessos em seus direitos conquistados", diz William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT, que participa das negociações com o banco.


Segundo o dirigente, o desrespeito do banco foi total. "Os negociadores chegaram a fazer chacotas com as demandas dos bancários, numa total falta de respeito com os trabalhadores. O banco está apostando no confronto, com uma postura intransigente e agressiva. Os bancários estão procurando resolver a campanha na mesa de negociação, mas, se necessário, estamos prontos para uma mobilização ainda mais forte que a do ano passado", diz William. "Nesse sentido, é fundamental fortalecer cada vez mais a mobilização de todos os segmentos do funcionalismo, inclusive os comissionados, cuja adesão tem fortalecido muito a campanha nacional", completa.


Eduardo Araújo, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, que assessora o Comando nas negociações com o banco, cobra que o banco abandone essa postura e respeite as negociações. "Apresentamos e defendemos todas as cláusulas da minuta do acordo coletivo de trabalho, aditivo à CCT, além das resoluções do 22º Congresso Nacional dos Funcionários do BB. Agora queremos que seja apresentada uma proposta que atenda aos interesses dos bancários na rodada do dia 20, para não frustrar as negociações. Insistimos que apostamos na maturidade e no diálogo, e não no confronto", disse Eduardo.


Postura antidemocrática

O BB chegou a criticar o movimento sindical por realizar mobilizações com os trabalhadores para informar sobre as reinvindicações discutidas e aprovadas no 22º Congresso Nacional dos Funcionários e na 13ª Conferência Nacional dos Bancários. Também usou tom de ameaça quanto ao futuro, apontando o confronto e não propostas como solução.


"É uma posição que não tem sentido algum. O banco está criticando o movimento sindical por cumprir seu papel, que é justamente mobilizar a categoria. É uma postura antidemocrática da empresa", afirma William Mendes. "Vamos fortalecer a mobilização e dar uma resposta à altura da intransigência do banco", sustenta.


Para Wagner Nascimento, diretor do Sindicato de Belo Horizonte e representante da Fetraf-MG na Comissão de Empresa, o Banco do Brasil novamente pouco apresentou na mesa de negociação. "Em lugar de fazer propostas sobre as nossas reivindicações, o Banco retrocedeu no diálogo ao dizer que não vai renovar a cláusula sobre descomissionamento. Essa rasteira numa das maiores conquistas da campanha passada nos remete às intenções de alguns setores do banco em fazer descomissionamento sem nenhum critério", aponta. Ele reforça que os comissionados devem ficar atentos e mobilizados, pois o que está em xeque é a comissão de todos, de caixas e assistentes a gerentes.



Fonte: Contraf-CUT

13.9.11

Comando Nacional negocia remuneração nesta quarta com Banco do Brasil

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), retoma as negociações da pauta específica com o BB nesta quarta-feira (14), às 14h, em Brasília.


Na segunda rodada de negociações, os bancários discutem melhorias na remuneração. Entre os pontos da pauta específica estão Plano de Carreira e Remuneração (PCR), Plano de Cargos Comissionados (PCC).

"Vamos cobrar o Plano de Cargos Comissionados, um dos principais pontos da pauta, que até hoje o BB não admite discutir com os funcionários. Exigimos que seja negociado e construído com o movimento sindical", afirma Eduardo Araújo, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.


Próxima rodada

A terceira rodada de negociação, em que o banco deve apresentar propostas efetivas, será realizada na próxima terça-feira, dia 20 de setembro, em São Paulo, por volta das 16h. No mesmo dia ocorre também rodada de negociação com a Fenaban, na capital paulista.

Confira os principais pontos que estarão em discussão nesta terça:

Plano de Carreira e Remuneração

-Melhorar o PCR – Plano de Carreira e Remuneração com a majoração do interstício na tabela por antiguidade (A1 – A12) para 6%, e com isso a amplitude aumentará para 1,90 (hoje é de 1,38);


-TODOS os funcionários DEVEM PONTUAR DIARIAMENTE NA CARREIRA DE MÉRITO, enquadrando os caixas e escriturários nas faixas G1 a G4. As funções devem ser distribuídas nos grupos por níveis de responsabilidade e não por valores de remuneração. A contagem de pontos será da seguinte maneira: G1 = 2 anos, G2 = 1,5 ano, G3 = 1 ano, G4 = 6 meses, pois dessa maneira melhora-se a possibilidade da base da pirâmide atingir níveis mais altos da Carreira “M” após 35 anos de trabalho;

-AS FUNÇÕES SERÃO DE 6 HORAS, com valores apropriados de ABF (Adicional Básico de Função) respeitando sempre o parâmetro mínimo de 55% a mais sobre o salário-base da empresa (conforme cláusula 8ª: VP – E1 + gratificação semestral do E1 + anuênios do funcionário, ou seja, VCP do ATS). O VR segue existindo como PISO DE FUNÇÃO;

-Os funcionários em mandatos de representação pontuarão normalmente como os demais colegas de trabalho, conforme a função que cada um detinha à época da liberação para a atividade sindical, pois isso se trata de IGUALDADE DE OPORTUNIDADES para os representantes dos trabalhadores como qualquer outro trabalhador da empresa. Os bancários em cargos de representação como delegados sindicais, cipeiros e dirigentes sindicais são todos considerados DA ATIVA, ou seja, FORÇA REAL DE TRABALHO, INCLUSIVE PARA ELEIÇÕES EM CONSELHOS DE ÉTICA E DE ADMINISTRAÇÃO;

-AS SUBSTITUIÇÕES DE FUNÇÕES DEVEM SER PAGAS e também devem ser pontuadas conforme a faixa ou grupo G em que elas se encontrem, bem como deve ser considerado o HISTÓRICO FUNCIONAL anterior a 2006 de todos os trabalhadores pré-1998, pós-1998 e incorporados;

Plano de Cargos Comissionados

- Igualdade de oportunidades para as mulheres, com criação de regras para ampliar a presença de mulheres em cargos comissionados;

- Igualdade de oportunidades para negros e deficientes;

- Revisão das comissões a seguir: CABB - Unificação atendentes A e B, com VR no valor do piso do BB mais 55% de gratificação de função. - Enquadrar fiscais como analistas A, SAC SP - enquadrar os assistentes A como analistas, CSO Risco União - enquadrar os assistentes A como analistas, SERET/Nuval - criação da função de analista B e fim do desvio de função dos caiex destas unidades, Equiparação da remuneração dos Gerentes de Segmento do BB a Gerentes de Relacionamento da Caixa etc;

- Cabb - Concorrência/Remoção para outras unidades sem necessidade de descomissionamento;

- Caixas - revisão da gratificação/comissão de caixa, equiparando o valor ao da Caixa Federal, com criação do VR para o cargo. A dotação mínima em agências deverá ser de três caiex. Exigimos o fim do PSO;

- Retorno do pagamento de todas as substituições, fim da lateralidade e do desvio de função com campanha de denúncia feita pelos Sindicatos;

- VCP de 12 meses para funcionários atingidos por reestruturações;

- Revitalização da carreira técnico científica e da carreira de apoio;

- Revisão da pontuação do TAO da carreira dos egressos de bancos, considerando o histórico funcional com reconhecimento do tempo de serviço nos bancos incorporados, inclusive para efeito de contagem da carreira de mérito;

- Incorporação de 10% da comissão a cada ano de trabalho;

- Comissionamento: nomeação via provas de seleção interna;

- Reajuste da verba de aprimoramento profissional;

- Fim do modelo de segmentação BB 2.0 e da rotatividade de encarteiramento, que traz insegurança aos gerentes de contas, quanto à extinção de funções, ou cria expectativa de ascensão aos assistentes de negócios que criam carteiras, mas não são efetivados gerentes;

- Fim da trava de dois anos para comissionamentos e transferências.


Outros itens de Remuneração

- Estagiário: Garantir o salário de escriturário A1, além da concessão/manutenção dos benefícios de vale transporte, vale refeição e cesta alimentação;

- Anuênio, Licença Prêmio e Férias de 35 dias para todos os funcionários;


Funcionários oriundos de bancos incorporados optantes

- Igualdade de oportunidade em comissionamentos para todos;

- Extensão dos direitos e benefícios do aditivo sem restrição aos não optantes;

- Desmembramento do VCPI, em VCP-I e VCP de VP, com revisão dos reajustes do VCP de VP do acordo de 2010;

- Direito de uso do PAS para todos


Demais itens

- Vale Transporte: Garantir o uso de transporte intermunicipal;

- Criação do Auxilio Educação;

- Reajuste do valor das diárias de viagens a serviço e do valor do reembolso de combustível em caso de uso de automóvel próprio em 50% nos casos de serviços externos.


Fonte: Contraf-CUT

Caixa Federal tem de apresentar proposta

Trabalhadores estão indignados com falta de respostas da direção do banco às reivindicações dos empregados


São Paulo – Os representantes dos trabalhadores voltaram a cobrar que a direção da Caixa Federal apresente proposta às reivindicações dos empregados para renovação do acordo aditivo ao Contrato Coletivo de Trabalho (CCT).


A exigência foi reforçada durante a terceira rodada de negociação específica que ocorreu nesta terça-feira 13, em São Paulo, para discutir os temas relacionados à carreira, o respeito à jornada de seis horas dos empregados e a isonomia entre todos os trabalhadores.


“A direção do banco manteve a postura das negociações anteriores e não se posicionou em relação às prioridades dos empregados para melhorar as condições de trabalho. Os representantes do banco afirmaram que apresentarão uma proposta global na próxima rodada de negociação”, afirmou a dirigente sindical e integrante da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) Jackeline Machado.


Entre as exigências dos empregados para a ascensão profissional estão melhorias no Programa de Seleção Interno (PSI) que assegurem a sua transparência para evitar injustiças ou favorecimentos. O Comando Nacional também exigiu a criação de critérios claros para que o trabalhador acompanhe sua avaliação pela empresa e que seja garantido o direito de defesa do bancário antes que ocorra qualquer descomissionamento.


Os representantes da Caixa afirmaram que não voltarão a discutir as reivindicações em torno da jornada de seis horas para os comissionados e a isonomia, no que se refere à licença-prêmio e ao Adicional por Tempo de Serviço. “Não concordamos com essa postura da empresa e vamos continuar pressionando até que as exigências do movimento sindical sejam atendidas. Todos são trabalhadores de uma mesma empresa e nada justifica essas diferenças de direitos ou de tratamento”, destaca Jackeline.


O Comando Nacional dos Bancários e a Caixa Federal ainda não definiram a data da próxima rodada de negociação, quando a empresa deve apresentar sua proposta global aos trabalhadores para renovação do acordo aditivo.


“Os trabalhadores devem estar preparados para ampliar a mobilização caso a Caixa apresente proposta que não contemple as reivindicações dos empregados”, orienta Jackeline.


Encontro de isonomia – A Comissão Executiva dos Empregados decidiu pela realização do Encontro Nacional sobre Isonomia no dia 20 de setembro, em Brasília, em cumprimento à deliberação do 27º Conecef. Serão realizadas atividades na matriz do banco público e no Congresso Nacional.


Fonte: Seeb SP - Jair Rosa - 13/09/2011

12.9.11

Bancos desrespeitam bancários e nada apresentam de remuneração

Em mais uma demonstração de desrespeito e enrolação, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) negou todas as reivindicações apresentadas pelos bancários em relação aos itens de remuneração da pauta da categoria. Na reunião ocorrida nesta segunda-feira (12), o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, cobrou, entre outros pontos prioritários, reajuste salarial de 12,8% (inflação do período mais aumento real de 5%), PLR de três salários mais R$ 4.500, piso do Dieese (R$ 2.297,51 em junho).



A Fenaban também recusou a valorização do vale-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio creche/babá, no valor do salário mínimo, hoje em R$ 545, bem como rejeitou a implantação de Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS) e de planos de previdência complementar em todos os bancos. Como se não bastasse, os banqueiros negaram o pagamento de salário substituto e a gratificação semestral de 1,5 salário para todos os bancários.


"É inadmissível que setor financeiro com ganhos tão elevados se negue a valorizar os seus funcionários, enquanto altos executivos ganham até 400 vezes mais do que o piso do bancário. O Brasil está entre os dez países com a pior distribuição de renda do mundo e, para mudar essa situação, é necessário aumentar salários", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. "O discurso de que os bancos não podem elevar os seus custos não convence ninguém. Os maiores bancos do país lucraram mais de R$ 25 bilhões somente no primeiro semestre de 2011", sustenta.


Essa foi a terceira rodada de negociações da Campanha Nacional 2011. Nas duas primeiras rodadas, foram discutidos os temas de emprego, igualdade de oportunidades, saúde do trabalhador, segurança bancária e questões sociais.


"A Fenaban já está há um mês com as demandas dos bancários e, em três reuniões, discutindo as reivindicações da Campanha Nacional, os banqueiros não aceitaram nenhuma de nossas demandas e não apresentaram nenhuma proposta concreta", lamenta Cordeiro. "É uma sinalização muito ruim que revela um profundo descaso com quem produz os resultados fabulosos dos bancos", sustenta.


Uma nova rodada de negociação ficou agendada para o próximo dia 20, terça-feira, em São Paulo. A Fenaban prometeu apresentar uma proposta global para a categoria. "Esperamos que os bancos venham com uma proposta concreta que contemple as reivindicações da categoria, envolvendo remuneração digna, emprego, saúde, condições de trabalho, segurança e igualdade de oportunidades", alerta Carlos Cordeiro.


Mobilização cresce em todo Brasil


O Comando Nacional orientou a realização de três dias nacionais de mobilização nesta semana para discutir com a categoria os temas da minuta de reivindicações discutidos nas três reuniões realizadas entre bancários e Fenaban. Novamente a participação é determinante, pois precede a apresentação de propostas pelos bancos. "Vamos pressionar os bancos para que apresentem propostas sobre todos os temas que preocupam os bancários em seu dia a dia, a fim de que tenhamos emprego decente", sustenta Cordeiro.


A postura intransigente dos bancos, que não apresentaram propostas para garantir emprego decente, aposentadoria digna, aumento real, mais empregos, fim da rotatividade e combate à terceirização, dentre outras demandas, está aumentando a insatisfação dos bancários e intensificando a mobilização e a unidade nacional da categoria. Em vista disso, os bancos têm apelado para práticas antissindicais e ameaças de descontar os dias parados em caso de greve, como forma de tentar desmobilizar a categoria que desde 2004 conquista aumento real de salários com mobilização e greves.


"É um absurdo essa posição dos bancos que não trouxeram nenhuma proposta e já estão apostando no confronto", afirma Carlos Cordeiro. "A categoria deve mostrar que não vai aceitar essa postura e fazer uma campanha ainda mais forte que a de 2010, quando realizou a maior greve dos últimos 20 anos, que arrancou aumento real pelo sétimo ano consecutivo e a maior valorização do piso", completa.


Veja o calendário das mobilizações:

Dia 14 - emprego e igualdade de oportunidades
Dia 15 - saúde, condições de trabalho e segurança
Dia 16 - remuneração

Confira o calendário das negociações:

Dia 13 - negociação específica com a Caixa
Dia 13 - negociação específica com o Banco do Nordeste
Dia 14 - negociação específica com o Banco do Brasil
Dia 16 - negociação específica com o Banco da Amazônia
Dia 20 - quarta rodada de negociação com a Fenaban
Dia 20 - negociação específica com o Banco do Brasil


Fonte: Contraf-CUT

11.9.11

DEMOCRACIA REAL - VLADIMIR SAFATLE

Recupero aqui o texto muito bom do filósofo para relembrar o que está em jogo no próximo período e porque a política atual - com total controle do capital - não está resolvendo nada em favor dos povos e contra o próprio capital que está detonando o mundo como o conhecemos.


REFLITAM!


(publicado em 22.06.11 na Adital)


Democracia real


Vladimir Safatle
Filósofo - Adital


As atuais manifestações que sacodem a Europa trouxeram uma reivindicação que há muito não se ouvia em países como Reino Unido, Espanha, França: democracia real. Há algo de importante aqui.


Pois poderíamos nos perguntar o que haveria de fictício na democracia de países que aprendemos a ver como exemplos de sistemas políticos consolidados. Por que largas parcelas de sua população compreendem que há algo no jogo democrático que parece ter se reduzido exatamente à condição de mero jogo?


Talvez tais manifestantes entenderam que a democracia parlamentar é incapaz de impor limites e de resistir aos interesses do sistema financeiro. Ela é incapaz de defender as populações quando os agentes financeiros começam a operar, de modo cinicamente claro, a partir dos princípios de um capitalismo de espoliação dos recursos públicos.


Não é por outra razão que se ouve, cada vez mais, a afirmação de que a alternância de partidos no poder não implica mais alternativas de modelos de compreensão dos conflitos e políticas sociais. Por isso, o cansaço em relação aos partidos tradicionais não é sinal do esgotamento da política. Na verdade, ele é o sintoma mais evidente de uma demanda de política, de uma demanda de politização da economia.


Em momentos assim, devemos lembrar que a democracia parlamentar não é o último capítulo da democracia efetiva. A Islândia tem algo a nos ensinar sobre isso.


Um dos primeiros países atingidos pela crise econômica de 2008, a Islândia decidiu que o uso de dinheiro público para indenizar bancos seria objeto de plebiscito. Maneira de recuperar um conceito decisivo, mas bem esquecido, da democracia, a saber, a soberania popular. O resultado foi o apoio massivo ao calote.


Mesmo sabendo dos riscos de tal decisão, o povo islandês preferiu realizar um princípio básico da soberania popular: quem paga a orquestra, escolhe a música.


Se a conta vai para a população, é ela quem deve decidir o que fazer, e não um conjunto de tecnocratas que terão seus empregos garantidos nos bancos ou de parlamentares cujas campanhas são financiadas por esses bancos. Como disse o presidente islandês, Ólafur Ragnar Grímsson: "A Islândia é uma democracia, não um sistema financeiro".


O interessante é que, com isso, saímos dos impasses da democracia parlamentar para dar um passo decisivo em direção a uma democracia plebiscitária capaz de institucionalizar a manifestação necessária da soberania popular.


É tal processo que nos coloca nas vias de uma democracia real. Ele é a condição primeira para sair da crise. Pois a verdadeira questão que tal crise nos coloca é política: que regime político é este que permitiu um descalabro deste tamanho na calada da noite?

Por onde ando... semana 12 a 17/set/11

SEGUNDA-FEIRA
BASE: reuniões de campanha salarial no BB na região da Paulista. Hildo e eu fizemos reuniões nas 6 agências da "large corporate" e nas 2 CSA das corporate (Falei com uns 350 bancários).
Posse de funcionários novos na Gepes à tarde.
Depois fizemos reunião do coletivo do BB no Sindicato até a entrada da noite.

TERÇA-FEIRA
Reunião nacional sobre questões do BB na Contraf-CUT SP.
BASE: faria reuniao na ag. Boulevard, porém houve um imprevisto no saguão da agência. Uma vigilante passou mal e desmaiou e foram quase 50 minutos para o resgate chegar.

QUARTA-FEIRA
2a rodade de negociação com BB em DF.

QUINTA-FEIRA
BASE: reuniões de campanha salarial no BB na região de Osasco. Pela manhã Felipe, eu e o funcionário do Sindicato fizemos reunião na ag. Osasco. Fomos visitamos a outra ag. do BB no centro de Osasco. No fim da tarde fizemos reunião na ag. Empresarial Osasco.
PLENÁRIA: o Sindicato fez plenária sobre a campanha nas sete regionais. Eu participei na regional Osasco. Falei com cerca de 100 bancários.

SEXTA-FEIRA
Reunião de diretoria sobre campanha salarial no Sindicato à tarde.

SÁBADO
Manifestação do Movimento dos Sem Mídia contra o Golpismo de falso-moralismo do PIG na Av. Paulista às 14h.

9.9.11

1a NEGOCIAÇÃO ENTRE BB e CONTRAF-CUT - versão do site do BB

09/09 - Jornada, saúde e condições de trabalho: BB abre negociação com a Contraf/CUT

A manhã desta sexta-feira, 9, marcou o início das negociações com a Contraf/CUT para a construção do Acordo Coletivo de Trabalho específico do Banco do Brasil. Na pauta deste primeiro encontro estavam temas como: jornada e emprego, saúde e condições de trabalho; e previdência.



O BB esteve representado pelo negociador José Roberto Mendes do Amaral e pela equipe responsável pela análise da pauta. Antes de especificar cada tema, José Roberto falou sobre a vinculação que é feita da quantidade de reivindicações com o crescimento do resultado do BB. “É importante ressaltar que o resultado do Banco tem sido bom, mas não tem sobras. Todo lucro obtido tem destinação, para o Governo, para os acionistas, para os funcionários, por meio da PLR; e ainda para novos investimentos, na Empresa e no próprio quadro pessoal”.


As próximas reuniões foram agendadas para os dias 14/09 (em Brasília) e 20/09 (em São Paulo). Confira, abaixo, o posicionamento do BB sobre os principais itens apresentados:


Contratação de mais cinco mil funcionários: nos últimos três semestres, foram 15 mil novos funcionários contratados. Para garantir a melhoria total das condições de trabalho, está em andamento o Projeto BB 2.0, envolvendo diversas ações, algumas ainda a serem implantadas. Diante desse cenário, em que o projeto não foi totalmente concluído, o Banco não pode simplesmente solicitar ao governo mais contratações;


Terceirização: o Banco está cumprindo o que a legislação prevê e o que está sendo praticado pelo mercado. Não há nenhuma política de substituição de funcionários por terceirizados, tanto é que existe um aumento grande do quadro de pessoal do BB nos últimos anos;


Vinculação de aplicativos ao ponto eletrônico: trata-se de um tema interessante e o debate será realizado internamente. É importante destacar, no entanto, a dificuldade de vinculação de aplicativos proprietários de texto, apresentações e planilhas;


Jornada de 6 horas para os comissionados, sem redução salarial: o Banco tem uma posição definida de não incluir o seu plano de comissões na negociação do Acordo Coletivo. Sobre este tema, estão sendo concluídos estudos e a Empresa terá um posicionamento em breve;


Descomissionamento: o Banco informou que a média anual de descomissionamentos no BB é ínfima. Números serão apresentados ainda durante a negociação e estudos também estão sendo feitos para mostrar o tempo para readequação dos funcionários descomissionados;

COMENTÁRIO: É INTERESSANTE COMO O BANCO TRATA UM DOS MAIORES PROBLEMAS HOJE NA EMPRESA. A GESTÃO PARA CUMPRIMENTO DE METAS ABUSIVAS É FEITA ATRAVÉS DA AMEAÇA DE DESCOMISSIONAR - O QUE EQUIVALE MUITAS VEZES A PERDER MAIS DA METADE DA REMUNERAÇÃO - E DIZ QUE A "MÉDIA ANUAL É ÍNFIMA"!! VAI FALAR ISSO PRA CADA COMISSIONADO COM A ESPADA E A FORCA NO PESCOÇO SENDO ASSEDIADO O DIA TODO COM AMEAÇA DE PERDER SUA REMUNERAÇÃO...

Integração do intervalo de 15 minutos à jornada: o Banco cumpre a CLT;


Questões relacionadas à CABB (trava, remoção, entre outros): o Banco entende que isso pode ser discutido durante a campanha, em data posterior, por conta de levantamentos e análises que estão sendo realizados internamente, pela área responsável;


Folga para certificação e garantias para o estudo dentro do expediente: no que diz respeito à certificação interna, o Banco entende que o processo de formação é pessoal e o conhecimento é patrimônio do funcionário que, para tanto, deve utilizar horário fora da jornada de trabalho, assim como ocorre na graduação, pós-graduação, etc. É importante lembrar também que a certificação é voluntária. Já a questão relativa à CPA 10 e 20, exigidas para o exercício profissional, o Banco analisará aspectos relativos a essa certificação durante a campanha;

COMENTÁRIO: OUTRA POSIÇÃO INFELIZ DO BB. FORMAÇÃO É PROBLEMA PESSOAL... É A CARA DA REVISTA DO BANCO... BB.COM.VOCÊ... (SE VIRE VOCÊ MESMO!!!)


Horas extras: hoje, 50% do valor é pago e 50% fica para compensação, até o mês seguinte. Nas agências até 20 funcionários, paga-se 100% das horas extras, sem compensação. O modelo de hoje permite a possibilidade de compensação e tem parcela do funcionalismo que opta por essa forma. A Empresa não vê a necessidade de acabar com o banco de horas;


Combate ao assédio e às metas abusivas: o entendimento do Banco é que não deverá discutir, neste Acordo, novas ações relacionadas a este tema. Os instrumentos para isso já estão implantados (Comitês de Ética/Ouvidoria Interna) e este é o momento de aperfeiçoar a utilização dos mesmos. Ações como o curso de lideranças mostram também o tipo de postura que o Banco espera de seu gestor, buscando resultados sustentáveis, sem qualquer desvio de conduta ou comportamento inadequado;


Saúde e previdência para os funcionários incorporados: o Banco não vai encerrar isso em Campanha Salarial, porque não há como garantir um parecer final nesse período. Foi fechado convênio de reciprocidade entre a Cassi e o Economus (plano dos funcionários vindos do BNC) e estamos em fase final de formalização do mesmo convênio com o plano de saúde do Besc. Tudo isso para que os funcionários oriundos dos bancos incorporados tenham garantias de atendimento em todo o País. Vale ressaltar que não existe possibilidade de estender a Cassi para funcionários aposentados antes da incorporação. O Banco vai avaliar a sugestão de realização de uma mesa temática para discussão (e não para negociação) do tema em data posterior, ainda no período de Campanha;

COMENTÁRIO: É IMPORTANTE ESCLARECER O QUE O BB ESTÁ DIZENDO. NÓS NÃO SUGERIMOS MESA TEMÁTICA. NÓS QUEREMOS NEGOCIAR DURANTE A CAMPANHA. O BANCO JÁ ESTÁ ANALISANDO... ANALISANDO... ANALISANDO... HÁ UNS DOIS ANOS.


Plano Odontológico: o BB informou que vem realizando ponto de controle com a diretoria responsável e a Odontoprev. A expansão do plano para aposentados foi apresentada para debate dentro do Banco;


Sesmt: O Banco informou que o concurso externo acontecerá ainda neste ano e a expectativa é que o Banco inicie 2012 com os quadros do Sesmt completos. Os funcionários selecionados internamente para exercer esses cargos já foram nomeados;


Fim da trava de dois anos para transferências: esta trava, na verdade, é um instrumento de gestão, cujo foco é a organização do trabalho na Empresa, o melhor funcionamento de suas dependências. A medida foi necessária para o Banco, mas este é um assunto que está em discussão. Não houve tempo suficiente ainda para o banco avaliar os resultados efetivos da trava de dois anos e, por este motivo, não haverá alterações globais nesse sentido. Mudanças pontuais, no entanto, podem ser analisadas ainda nesta campanha salarial;


PAS aos funcionários incorporados: está sendo discutida a viabilização do acesso, pelos funcionários incorporados que aderiram o regulamento do BB, do PAS por meio dos planos de assistência médica dos bancos incorporadas.


Fonte: www.bb.com.br/negociacaocoletiva
 
 
COMENTÁRIO FINAL: A MESA FOI RESPEITOSA, O QUE SEMPRE É BOM. MAS A SENSAÇÃO QUE FIQUEI É QUE TODOS OS GRANDES TEMAS COMO PREVIDÊNCIA, SAÚDE E CASSI, JORNADA, CABB, TRAVAS CONTRA O DESCOMISSIONAMENTO, PLANO DE COMISSÕES... O BANCO TENTA ESVAZIAR A MESA DE NEGOCIAÇÃO ENTRE NÓS TRABALHADORES EM CAMPANHA SALARIAL E ELES BANCO. É COMO SE O BANCO NÃO ENTENDESSE QUE NÓS QUEREMOS MELHORAR NOSSOS DIREITOS AGORA, NA RENOVAÇÃO DE DIREITOS COLETIVOS. TUDO É QUESTÃO DE "GESTÃO"... É LÓGICO! É ASSIM QUE FUNCIONA O CAPITAL...
 
PREPAREM MUITA MOBILIZAÇÃO PARA O BANCO ENTENDER QUE QUEREMOS PROPOSTAS PARA OS GRANDES TEMAS!

POR ONDE ANDO... em negociação com o bb sobre questões específicas

Estamos neste momento na primeira rodada de negociação com o Banco do Brasil.

De nossa parte, a bancada dos trabalhadores, estamos apresentando toda a pauta específica discutida e aprovada no 22º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil realizado em julho em São Paulo, Capital.

Nesta primeira rodada, estamos tratando de temas como Jornada de Trabalho e Emprego, Saúde e Condições de Trabalho e Previdência Complementar.

Pelo que estou avaliando, apesar do processo respeitoso na mesa, só arrancaremos alguns avanços com muita mobilização, pois o banco é banco e o lado patronal tem uma visão em negociação: reduzir custo e aumentar a mais valia em relação aos seus funcionários.

É isso, preparem-se para uma provável greve com FORTE PARTICIPAÇÃO DE ESCRITURÁRIOS, CAIXAS E COMISSIONADOS, pois a forte mobilização pode fazer as propostas aparecerem com mais rapidez.

6.9.11

Cassi deve cumprir Resolução 254 da ANS


Rol de procedimentos é cobertura mínima para os planos de saúde e não teria porque não acatar


A Agência Nacional de Saúde Suplementar edita a cada dois anos um rol de procedimentos mínimos que os planos de saúde devem oferecer a seus associados.

Em geral, os procedimentos da Cassi sempre abrangeram a grande maioria dos procedimentos. Quando sai a nova lista com alguns procedimentos não abrangidos pela Cassi, pouco depois acabam sendo incorporados.

O que a Resolução 254 da ANS determina é que os regulamentos dos planos de saúde já constem a regra de atualização automática de procedimentos de cobertura para os seus associados.

A Resolução iria entrar em vigor em 5 de agosto deste ano. Por pressões de vários setores e empresas envolvidos com planos de saúde, a data foi prorrogada para 2012.

O movimento sindical e os associados da Cassi exigem que o regulamento de procedimentos e coberturas seja atualizado agora, pois havia uma regra na resolução que previa que nenhum plano que não se adequasse poderia receber novas adesões, ou seja, o plano estaria fechado para os novos funcionários do Banco do Brasil.

Isso levaria o plano Cassi Associados, que é um plano solidário e autossustentável, mantido por funcionários e Banco do Brasil, a entrar em um processo de colapso financeiro e encarecimento futuro por não entrar novos participantes.

Vamos debater isso com o banco e cobrar a alteração no regulamento da Cassi já.

5.9.11

INFORMAÇÃO E CONTRA-INFORMAÇÃO EM CAMPANHA SALARIAL

BANCÁRIOS DO BB, ESTEJAM ATENTOS ÀS VERSÕES DURANTE AS NEGOCIAÇÕES



É COMUM durante as negociações entre nós bancários e eles os banqueiros a disputa de versões sobre as negociações.


NÃO TENHAMOS DÚVIDA, a informação do lado dos trabalhadores é a dos sindicatos e das nossas entidades como a CONTRAF-CUT e as federações.


Se já não bastasse a (DES)informação da grande imprensa, que nada mais é que meia dúzia de “famiglias”, que são financiadas pelos bancos, e são sempre contrárias à greves e aumento de direitos dos trabalhadores, agora os bancos disputam minuto a minuto a informação e a versão com os representantes dos bancários.


Antes, era através do SISBB (sistema interno do banco). Agora, o Banco do Brasil tem a revista bb.com.você que traz a palavra do presidente dizendo barbaridades, como a revista de agosto, onde o “colega” Bendine fala da maravilha de usar os trabalhadores dos Correios para fazer o nosso trabalho de bancário, “rentabilizando” todas as contas das classes C, D e E. A questão é que a remuneração deles e do segmento comercial é menos da metade da remuneração dos bancários. VAMOS LUTAR PARA O PISO DOS CORREIOS SER, ENTÃO, O DOS BANCÁRIOS!


O que o presidente Bendine está dizendo é que quer reduzir substancialmente o custo de sua folha de pagamento terceirizando e transferindo o nosso serviço para o setor dos comerciários.


Também serão passadas VERSÕES sobre as negociações através da intranet e do site de negociações coletivas. Em outros anos, os representantes do BB chegaram a pedir aos bancários que não fizessem greve, pois não propunham nada melhor porque não podiam devido às negociações da mesa única e por já estarem sendo muito bonzinhos em fazer melhoras internas durante os últimos anos. (como o BB é bonzinho, não! Antes da campanha unificada, o reajuste era ZERO e não tínhamos direitos maiores da Convenção Coletiva e nem ao menos PLR da categoria)


Bancários, leiam todas as versões – seja a de nossas entidades sindicais, seja a da imprensa golpista, seja a do patrão, seja a de correntes minoritárias que não ganharam as eleições sindicais e que tiveram suas propostas rejeitadas nos fóruns que construíram a pauta entregue aos banqueiros.


MAS NÃO SE ENGANEM: OS SEUS REPRESENTANTES E NEGOCIADORES SÃO A CONTRAF-CUT, AS FEDERAÇÕES E OS SINDICATOS, QUE CONSTRUÍRAM A ÚNICA CONVENÇÃO NACIONAL DE TRABALHADORES NO PAÍS.

Por onde ando... Agenda da semana 5 a 10/set

SEGUNDA-FEIRA
Na Contraf-CUT à tarde.

TERÇA-FEIRA
Na Contraf-CUT

QUARTA-FEIRA
Feriado.

QUINTA E SEXTA
Em Brasília, nas negociações do BB

SÁBADO
Encontro com bancários.

1.9.11

Lucro do BB é inflado com recursos da Previ

Bancários contestam no STF resolução que permite destinação de superávit às empresas


--------------------------------------------------------------------------------

São Paulo - O Banco do Brasil aumentou seu lucro no 1º semestre de 2011 com R$ 1,9 bilhão da Previ ao contabilizar metade da diferença entre o superávit e 10% dos ativos da caixa de previdência dos funcionários como outros resultados operacionais.


Desde 2009, a direção do banco já contabilizou R$ 14,8 bilhões em seus demonstrativos. Sem o superávit, o lucro líquido da empresa cairia de R$ 6,3 bilhões para R$ 4,4 bilhões.


De acordo com a Lei Complementar 109, de 2001, o superávit deve ser destinado para reserva de contingência e reserva especial para reduzir ou suspender contribuições, rever premissas atuariais, como taxas de juros e tábua de mortalidade, ou rever benefícios para adequá-los ao valor das reservas existentes.


Por conta disso, os bancários ingressaram no Supremo Tribunal Federal, por meio da Contraf-CUT e da Associação Nacional dos Participantes dos Fundos de Pensão (Anapar), com Ação Direta de INconstitucionalidade (Adin) para questionar a legalidade dos artigos da resolução 26 do Conselho de Gestão da Previdência Complementar (CGPC), que preveem reversão de valores da reserva especial dos planos de benefícios para os patrocinadores e participantes e assistidos. A justificativa é que uma norma infralegal - a resolução 26 - não pode se sobrepor à lei complementar sobre previdência complementar, a qual NÃO prevê destinação do valor para o patrocinador ou participantes.


Os bancários já haviam contestado a resolução 26 na Justiça por meio de sindicatos. "A direção do banco infla seu resultado para demonstrar números mais bonitos, mas antes de qualquer coisa tem de negociar com seus funcionários a revisão dos planos de benefício. Queremos a redução da parcela Previ, fim do voto de minerva, volta da consulta ao corpo social, eleição da diretoria de participações, melhoria dos benefícios mínimos" diz Ernesto Izumi, diretor do Sindicato.


Fonte: Seeb SP