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31.1.11

Semana de 31.jan a 4.fev.2011

SEGUNDA-FEIRA

Planejamento da Contraf-CUT


TERÇA-FEIRA

Planejamento da Contraf-CUT


QUARTA-FEIRA

Planejamento da Contraf-CUT


QUINTA-FEIRA

Dia de trabalho na Contraf-CUT


SEXTA-FEIRA

Pela manhã, encaminhando questões da secretaria de formação e, à tarde, reunião do Coletivo BB no Sindicato.

Ministério da Fazenda aprova acordo sobre distribuição do superávit da Previ

O Ministério da Fazenda aprovou nesta sexta-feira 28, e a Previ já protocolou para análise da Previc, o novo regulamento do Plano 1 do fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, que incorpora o benefício especial temporário de 20% e trata da destinação da Reserva Especial acumulada em 2009. Agora só falta a aprovação da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) para que seja feito o crédito das doze primeiras parcelas.



Os três diretores eleitos da Previ - Paulo Assunção, José Ricardo Sasseron e Vitor Paulo - têm acompanhado diariamente o andamento desse processo e dialogado permanentemente com todas as autoridades envolvidas, para agilizar a aprovação e o pagamento dos benefícios.


Conforme determina a legislação, a incorporação de novos benefícios e a destinação da Reserva Especial precisa ser aprovada pela Diretoria e Conselho Deliberativo da Previ e pelo patrocinador Banco do Brasil. Por ser uma empresa controlada pela União, o BB tem de ouvir previamente os órgãos de controle e supervisão a que ele está vinculado - Ministérios do Planejamento e da Fazenda - para fazer alterações no regulamento do plano de benefícios, por força da Lei Complementar 108.


A Diretoria e o Conselho Deliberativo da Previ elaboraram o regulamento em conformidade com o Memorando de Entendimentos assinado pela Contraf-CUT, pelas entidades representativas do funcionalismo do BB, pelos diretores eleitos e pelo Banco do Brasil no dia 24 de novembro do ano passado, e referendado pelos associados em dezembro, em consulta nacional. Assim que for aprovado pela Previc, o novo regulamento será publicado e disponibilizado a todos os associados.


O processo de aprovação do acordo teve de ser reiniciado depois que o Ministério da Fazenda determinou na semana passada alterações no texto que já estava aprovado pelas demais instâncias. Agora falta apenas a aprovação da Previc.


Fonte: Contraf-CUT, com eleitos da Previ

28.1.11

Negros no BB - O racismo no Brasil é real e muito há que se fazer para resolver esse problema histórico

Lendo uma matéria da revista bb.com.você de 2005, encontrei uma tabela interessante mostrando os números do quadro de funcionários do banco separados por raça/etnia.

POR DENTRO DO BB:

Cargos...................qtde....................cor

Administradores
.................................66....................amarela
............................3.413....................branca
...................................6....................indígena
...............................584....................parda
.................................54....................preta

Altos executivos
...................................2....................amarela
...............................161....................branca
...................................8....................parda
...................................5....................preta

Assessor operacional
...............................605....................amarela
..........................13.515....................branca
.................................80....................indígena
............................2.509....................parda
...............................287....................preta

Assessor tático
...............................110....................amarela
............................2.111....................branca
.................................15....................indígena
...............................303....................parda
.................................36....................preta

Gerência média
...............................557....................amarela
..........................14.573....................branca
.................................59....................indígena
............................2.695....................parda
...............................285....................preta

Não comissinados
............................1.051....................amarela
..........................31.607....................branca
...............................195....................indígena
............................6.808....................parda
...............................908....................preta

Sem classificação..3.683

Total...................86.291

(Fonte dos dados: Dires/Diage - julho/2005)

Fonte:
Revista bb.com.você Ano 5 n. 33 jul/ag 2005.

26.1.11

No aniversário da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro reforça unidade nacional

Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e da UNI Américas Finanças

"Quanto maior nossa unidade, maiores serão nossas conquistas", reafirmou em entrevista Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e da UNI Américas Finanças e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, ao comemorar o aniversário de 5 anos de fundação da Confederação que ocorre nesta quarta-feira, dia 26 de janeiro. Ele lembrou a história da organização nacional dos bancários, resgatou as principais conquistas, destacou o valor da unidade nacional, apontou os desafios para 2011 e salientou a importância do dirigente sindical.


Para ele, "precisamos avançar ainda mais e consolidar essa unidade com representações dos trabalhadores que ainda estão fora do Comando Nacional dos Bancários". Carlos Cordeiro observa que "o Brasil está crescendo economicamente mas, mais do que crescimento econômico, nós queremos desenvolvimento econômico e social, com mais e melhores empregos, e também melhores salários".


O presidente da Contraf-CUT ressaltou o significado do movimento sindical nas lutas dos trabalhadores do ramo financeiro, bem como na construção de um país mais justo e solidário para a classe trabalhadora. "Será importante a participação de cada dirigente sindical bancário, seja nas negociações por banco e nas temáticas, mas especialmente na disputa de projetos nacionais que beneficiem não apenas os bancários, mas todos os trabalhadores".

Leia a íntegra da entrevista de Carlos Cordeiro:


1. O que significa comemorar 5 anos da Contraf-CUT?

Comemorar os cinco anos da Contraf-CUT é, antes de mais nada, reconhecer a história nacional dos bancários de lutas e conquistas, desde o Departamento nacional dos Bancários (DNB-CUT), passando pela Confederação Nacional dos Bancários (CNB-CUT), até chegarmos à nossa Contraf-CUT. Essa bela história foi construída por pessoas sérias, bancários de base, dirigentes sindicais, funcionários e militantes políticos que ousaram romper com o modelo então vigente. Portanto, hoje colhemos o que outros plantaram.


2. Quais foram os principais avanços conquistados?

Sem dúvida nenhuma, a maior conquista foi a consolidação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para todos os bancários e bancárias, de todas as regiões do Brasil, para todos os bancos públicos, privados nacionais e estrangeiros. Ou seja, todos os trabalhadores têm os mesmos direitos e a garantia da mesma data-base, o que fortalece a mobilização e a solidariedade entre os sindicatos, elementos fundamentais para os avanços que tivemos nesse período.


Do ponto de vista econômico, durante o governo Lula, foram os reajustes salariais acima da inflação, pois reajustar salários é garantir impacto positivo na vida futura do trabalhador, como férias, fundo de garantia e aposentadoria. Importante dizer, especialmente para os bancários novos, que essa conquista foi fruto de muita mobilização, greve e unidade nacional.


Nossas campanhas não só meramente economicistas. Tivemos avanços importantes como a mesa única de negociação com todos os bancos públicos e privados, ampliação da licença maternidade de quatro para seis meses, garantia aos homoafetivos dos mesmos direitos dos casais heterossexuais, em especial ao colocarem seus companheiros no plano de saúde.


E a última grande conquista foi o combate ao assédio moral, através de um instrumento na CCT, onde os bancários denunciam ao sindicato, o sindicato encaminha ao banco e este tem prazo de até 60 dias para apurar a denúncia e informar as providências tomadas.


3. A unidade nacional está consolidada?

A unidade nacional foi fundamental para nossa história de lutas e conquistas, em especial para a renovação com avanços da nossa CCT. Em 2010, a Contraf-CUT ainda teve um papel importante na coordenação junto com as federações e sindicatos nas campanhas e negociações no BNDES, Finep e Banco da Amazônia, resultando em acordos avaliados como muito positivos pelos trabalhadores.


Agora precisamos avançar ainda mais. Hoje representamos 90% da categoria e a unidade da Contraf-CUT junto com outras centrais como CTB, UGT, Nova Central e Intersindical foi fundamental para nossas conquistas. Porém, precisamos avançar ainda mais e consolidar essa unidade com representações dos trabalhadores que ainda estão fora do Comando Nacional dos Bancários. Quanto maior nossa unidade, maiores serão nossas conquistas.


4. Quais são os desafios da Contraf para 2011?

Os desafios da Contraf-CUT para 2011 são o de manter e ampliar as conquistas, o de incluir outros trabalhadores do sistema financeiro que estão foram da nossa convenção coletiva e o de aprofundar as relações internacionais para aumentar a ação global dos trabalhadores.


Estamos em momento importante de nossa história, com a eleição de Dilma Roussef, a primeira mulher a governar o nosso país com o projeto que o povo optou: a continuidade dos oito anos sob a coordenação do presidente Lula. O Brasil está crescendo economicamente, mas, mais do que crescimento econômico, nós queremos desenvolvimento econômico e social, com mais e melhores empregos, e também melhores salários.


Para isso, será importante a participação de cada dirigente sindical bancário, seja nas negociações por banco e nas temáticas, mas especialmente na disputa de projetos nacionais que beneficiem não apenas os bancários, mas todos os trabalhadores. É preciso estar preparados para debates junto à sociedade, como a regulamentação do artigo 192 da Constituição Federal que trata do papel do sistema financeiro, do crédito, taxas de juros, da reforma política, tributária e fiscal.


Somos dirigentes sindicais da classe dos trabalhadores. Temos que ser então a sua principal referência nesses debates e para isso não basta apenas boa vontade. Outras campanhas já estão em andamento como a correção da tabela do Imposto de Renda, fim do trabalho escravo e a valorização do salário mínimo. A Central Única dos Trabalhadores já está trabalhando muito nessa agenda. Precisamos dar a nossa contribuição.


Além disso, precisamos aprofundar cada vez mais a nossa atuação continental e mundial, reforçando parceiras que já acumulamos com entidades sindicais de vários países. Somos filiados à UNI Global Union, o sindicato mundial que representa cerca de dois milhões de trabalhadores da área de serviços. A Contraf-CUT e a história de lutas dos bancários do Brasil são hoje referências para os trabalhadores de todo mundo.


Na presidência da UNI Américas Finanças, vamos trabalhar para ampliar a organização e a mobilização dos bancários do continente americano, buscando negociações para obter conquistas e acordos, sobretudo nos bancos internacionais para garantir igualdade de direitos e reconhecimento do valor de cada trabalhador nos resultados mundiais dessas empresas.


Estamos construindo uma história repleta de sonhos, lutas, conquistas e compromissos, tendo sempre como foco uma vida digna e uma sociedade justa, democrática e igualitária, com as pessoas em primeiro lugar.


Fonte: Contraf-CUT

24.1.11

SÃO PAULO FAZ ANIVERSÁRIO. REPRODUZO ARTIGO DE EDUARDO GUIMARÃES QUE ASSINO EMBAIXO. É UMA BIOGRAFIA DA CIDADE!

Você conhece São Paulo?

Por: Eduardo Guimarães


Como definir a cidade e o povo de São Paulo? Aliás, como definir o que é a cidade de São Paulo, se a dita “grande São Paulo” interconecta-se com o município que sedia a capital do Estado que leva o mesmo nome que o seu? E por último: existe uma única cidade de São Paulo, do ponto de vista da organização social, política e econômica?



Ao se aproximar o 457º aniversário da capital paulista, é obrigatório escrever sobre essa cidade que concentra amores e ódios de todo o país. Uma cidade que sustenta, como nenhuma outra, os políticos de direita que se tornaram a cabeça de um dos dois pólos do grande embate político nacional, mas que também abriga a resistência mais aguerrida a eles.


São Paulo abriga e privilegia a direita demo-tucana de prominência nacional. Foi e continua sendo o “quartel-general” de Fernando Henrique Cardoso, Geraldo Alckmin e José Serra. E como a maioria da população autóctone apóia esses políticos, a cidade atrai uma antipatia política imensa.


Sobre o conceito que o resto do país tem dos paulistanos, apesar do discurso de que São Paulo seria amistosa, abrigaria imigrantes de todas as partes do Brasil e do mundo etc., etc., o fato é que esse povo é considerado frio, inamistoso, arrogante e preconceituoso, apesar de ser o mais mesclado do país, tanto do ponto de vista étnico quanto de origem geográfica.


É injusta a má fama política de São Paulo? É verdadeiro o discurso da grande imprensa e da elite étnico-financeira-empresarial de que é “acolhedora” e “plural? É possível extrair uma única conclusão sobre a cidade e seu povo?


Em primeiro lugar, há que entender que São Paulo é muitas. A cidade é marcada, talvez como nenhuma outra, pela desigualdade, que se torna mais visível devido a não haver a separação entre pobres e ricos que se vê, por exemplo, no Rio de Janeiro, onde rico fica perto da praia e pobre, longe.


Nesse aspecto, apesar de ter bairros miseráveis e abandonados nas franjas da cidade, em um nível de carestia e precariedade que muitas vezes lembra o de países intermediariamente pobres da África – há bairros da capital paulista que lembram os bairros pobres de Luanda, em Angola, por exemplo –, não separa ricos de pobres, ao menos geograficamente.


A convivência entre mansões, condomínios de luxo, shoppings e centros empresariais com favelas em que o esgoto corre a céu aberto ou com famílias entrincheiradas sob viadutos em habitações precárias, é chocante e comum por toda a região metropolitana da capital paulista.


Nesse aspecto, portanto, São Paulo é uma só. E não termina nos limites oficiais do município, pois as cidades limítrofes padecem dos mesmos males, todas oferecendo péssimos serviços públicos e baixas condições de vida para os mais humildes. Tanto é assim que se passa de São Paulo a Osasco, por exemplo, e não se nota diferença alguma.


Também não se pode dizer que São Paulo é amistosa e acolhedora. Você não hospeda uma visita debaixo da escada. Pelo contrário: São Paulo é hostil com os imigrantes. A população mais antiga da cidade tem ódio deles, principalmente quando vêm do Norte e do Nordeste.


Felizmente, porém, a necessidade de atrair mão-de-obra de outras partes do país para fazer os serviços pesados e insalubres que a população mais antiga da cidade não queria e não quer fazer, tornou esses paulistanos “da gema” uma inexpressiva minoria, encastelada nos bairros ditos “nobres”, onde as administrações municipais – com raras exceções –, ao longo da história, sempre gastaram a maioria dos impostos de todos.


Há, porém, uma dissidência de natureza político-sindical-acadêmica, em São Paulo, que faz barulho, que luta com unhas e dentes e que grita, desesperada, para que a maioria prejudicada por falta de instrução formal e política perceba que é usada para manter os privilégios das classes mais abastadas, sendo convencida pela mídia local a votar em seus candidatos.


Paradoxalmente, uma população que, em ampla maioria, não lê, não quer saber de política, nada entende de política, sofre imensa influência da grande imprensa escrita local, que vende suas teses conservadoras a uma elite que a massa empobrecida acha que deve seguir na esperança de que algum dia poderá emular se adotar as suas convicções políticas e ideológicas.


Um dos aspectos mais impressionantes da falta de cultura política e cidadã dos paulistanos reside no discurso que entoam diante das tragédias que as chuvas provocam todos os anos. Do mais rico ao mais pobre, do doutor ao faxineiro, todos acusam “esse povo” de ser o responsável pelas enchentes por “atirar lixo na rua”.


Acredite quem quiser: os nomes dos governadores e prefeitos que, nos últimos anos, permitiram que as enchentes aumentassem tanto, não apareceram na imprensa local ao longo das últimas semanas. Em vez disso, a grande maioria dos paulistanos execra a si mesma e a Lula pelo problema que enfrenta ano após ano.


A vida em São Paulo se tornou insuportável. Sair de automóvel, por exemplo, virou risco de enorme prejuízo material e até à própria vida. Em um fim de semana, quem mora longe das regiões que abrigam shoppings, restaurantes ou casas noturnas, para desfrutar dessa ampla gama de prazeres consumistas tem que se meter em congestionamentos intermináveis.


Com uma imprensa chapa-branca, que trata os governantes locais a pão-de-ló – menos quando são do PT –, o paulistano não sabe de quem cobrar melhora na qualidade de vida. E, mais do que isso, não acha possível que melhoras ocorram, conformando-se com tudo de ruim que a cidade vai colocando em seu caminho de forma progressiva, ano após ano.


São Paulo é a cidade de um povo absolutamente domesticado, em sua imensa maioria. Não sendo capaz de cobrar melhoras dos governos municipal e estadual, não tem muita chance de se tornar uma cidade com melhor qualidade de vida, até porque cobra do governo federal aquilo que ele não tem competência legal para fazer.


E o que é pior: quando o governo federal foi ocupado pelo PSDB, o povo cobrava da oposição petista os problemas municipais e estaduais, o que induz à crença de que mesmo no dia em que os coronéis políticos locais governarem tudo – cidade, Estado e país –, continuará sem saber cobrar quem tem que ser cobrado.


Apesar da pujança econômica, auferida através dessa escravização de corações, mentes e corpos da população, São Paulo é isso: o cemitério da cidadania, o Olimpo da arrogância racial e de classe; uma terra de injustiça, violência, sujeira, egocentrismo, superficialidade, xenofobia e ignorância.


Todavia, por ser filho, neto, bisneto e tetraneto de paulistanos, este blogueiro não saberia viver em outro lugar. Talvez porque, lá no fundo, acalente a esperança de que um dia será possível despertar a sua comunidade desse transe profundo em que foi atirada pela pior imprensa e pelos políticos mais calhordas do país.

Fonte: Blog da Cidadania

22.1.11

Para Contraf-CUT, Febraban se desvia dos direitos dos bancários

Proposta da entidade patronal procura desvincular estabelecimentos de crédito das instituições financeiras, inclusive em relação a funcionários



São Paulo – Para o secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Marcel Barros, a proposta da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) quer passar por cima das atuais leis, abrindo uma brecha para que as instituições bancárias possam precarizar os direitos trabalhistas.



A Febraban encaminhou na semana passada proposta ao Banco Central que visa a evitar que estabelecimentos comerciais que recebem contas e ofertam crédito sejam consideradas instituições financeiras, além de considerar que os funcionários dessas instituições não devem ter os mesmos direitos dos bancários.


"Eles (Febraban) continuam espertinhos demais para o nosso gosto. Eles querem agora legislar em causa própria para garantir que bancários tenham direito algum, porque eles começam a perder na Justiça", criticou o secretário. Além da questão dos direitos, a nomenclatura da categoria também pode ser modificada. "O nome, no caso, mudaria de correspondente bancário e não-bancário. Neologismo", ironizou.


Segundo matéria publicada no jornal Valor Econômico, o BC propõe aos correspondentes atuarem somente nos pontos onde haja formalização de vínculo entre empresa-funcionário. Também há possibilidade de que os empregados tenham treinamento e noções de operação de Crédito Direto ao Consumidor (CDC). Já a proposta da Febraban sugere que o reconhecimento seja restrito às entidades que realizam operações de crédito e arrendamento mercantil, por órgão certificador reconhecido.


Questionado sobre um cenário onde o Febraban tenha suas propostas contempladas, Barros garantiu que a Contraf irá mostrar ao Banco Central seu posicionamento. "Primeiro que, quem trabalha dentro de banco e estabelecimento de crédito não é correspondente bancário, e sim, bancário. É mais uma manobra para empurrar as filas que eles não querem das agências bancárias, se desviando do peso dos direitos dos trabalhadores fora das agências", pontuou.


Fonte: Rede Brasil Atual, com Contraf-CUT

Ampliar correspondente é investir na precarização, diz sindicato dos bancários

Sindicato dos Bancários de São Paulo repudia iniciativa e questiona motivos alegados pelo Banco Central para alterar atual marco regulatório

São Paulo – O Banco Central está preparando, com intensa colaboração da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), um novo marco regulatório para a atividade de correspondente bancário no Brasil, com a finalidade de substituir as regras vigentes desde 2003. O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região repudia e considera essa iniciativa um incentivo à precarização do trabalho bancário.



De acordo com o jornal Valor Econômico, que teve acesso às informações, dentre as sugestões dos bancos recebidas pelo BC estão mudanças que possibilitarão que os correspondentes avancem também na oferta de crédito para a população. Atualmente, é possível fazer saques, pagar contas ou receber benefícios. A intenção dos bancos com a edição dessa nova norma é evitar um passivo trabalhista maior.


Hoje, quando o funcionário do correspondente pede equiparação à categoria bancária alegando que faz serviços específicos dos bancários, os bancos não têm argumentos sólidos para rebater ações. Importante lembrar que a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria bancária é uma das que mais reserva direitos aos representados.


“Quando o correspondente só recebe contas é mais fácil de defender, porque, a rigor, qualquer estabelecimento pode se credenciar junto às concessionárias de serviços públicos para esse tipo de serviço, mas o crédito acentua essas questões”, afirma o diretor setorial de correspondente bancário da própria Febraban, Frederico Guilherme Fernandes de Queiroz Filho.


Para a secretária-geral do sindicato, Raquel Kacelnikas, qualquer trabalhador que exerça funções do setor financeiro tem de ser bancário. Ela diz ainda que a proposta do BC facilita o objetivo dos bancos de economizar às custas do trabalhador. “Se a Justiça brasileira enxerga nisso uma ilegalidade, ou seja, um desrespeito com os funcionários, como podemos aceitar que o Banco Central, crie mecanismos para facilitar a vida dos bancos, permitindo que precarizem o serviço e atendimento bancário no Brasil”, diz.


A categoria bancária, na década de 1980, era composta de mais de um milhão de trabalhadores. Hoje, são menos de 500 mil, mas a atividade bancária, especialmente a concessão de crédito, aumentou bastante. Boa parte dos postos de trabalho que estavam nos bancos hoje está nos correspondentes bancários. “É nítido que os bancos estão querendo economizar, transferindo serviço para trabalhadores que estão fora das agências e deixando de pagar o que a categoria conquistou, com muita luta, em décadas. Sem contar que isso também compromete a segurança física e financeira de clientes e empregados”, diz a sindicalista. “Se os correspondentes já são locais inseguros, com disponibilização de linhas de crédito isso deve se agravar.”


Raquel questiona ainda a intenção do BC, já que os representantes dos trabalhadores não foram procurados para debater a questão. “Só estão ouvindo os banqueiros e, até agora, não demonstraram o menor interesse em como essas mudanças afetarão os bancários. E isso já aconteceu outras vezes, em decisões passadas que permitiram a ampliação dos serviços e do espaço de atuação dos correspondentes bancários.” A intenção é que a nova norma seja votada pelo Conselho Monetário Nacional já nas próximas semanas.


Bancarização

Um dos principais argumentos do BC na defesa da atuação dos correspondentes é a inclusão financeira, alegando que servem para levar acesso bancário às classes menos favorecidas da população e a localidades em que, muitas vezes, os bancos não veem viabilidade econômica para instalar uma agência.


“Se não estivéssemos tratando de um tema que afeta a vida de milhões de pessoas, poderíamos dizer que é uma piada qualquer banco falar em inviabilidade econômica para instalar uma agência visto que o crescimento de seus lucros, já estratosféricos, segue índices de 20%, 25% ao ano já há muito tempo”, continua Raquel.


A secretária-geral do sindicato cita ainda estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) para mostrar que os correspondentes não cumprem a dita função de promover a “inclusão bancária”. Dados divulgados em 11 de janeiro último mostram que 40% da população economicamente ativa do país não tem conta bancária. O mapa mostra, ainda, que a grande maioria dos excluídos é de baixa renda, tem pouca escolaridade e está concentrada nas regiões menos desenvolvidas. No Norte e no Nordeste, 50% e 52,6%, respectivamente, enquanto que no Centro-Oeste, Sul e Sudeste esses percentuais caem para, respectivamente, 31,2%, 30% e 34,1%.


“Ou seja, nem com os correspondentes bancários os bancos promoveram inclusão. E isso fica fácil de entender quando se anda pelo centro de São Paulo e pela Avenida Paulista e se vê diversos correspondentes colados em agências bancárias. O mesmo não ocorre na periferia e em locais ermos e de força econômica menor”, acrescenta Raquel. “O sindicato vai continuar lutando contra medidas como essa que o BC pretende editar, e mobilizado ao lado dos trabalhadores, para que o correspondente bancário seja reconhecido como bancário que é”, completa.


Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo e Rede Brasil Atual

20.1.11

BB procura prédio na Avenida Paulista para concentrar operações

Valor Econômico

Fernando Travaglini

O Banco do Brasil pretende comprar ou alugar um novo prédio na região da Av. Paulista, em São Paulo, para concentrar todas as suas operações na capital paulista em uma única sede. Hoje, o BB está espalhado em diversos pontos da cidade. O principal prédio, na esquina da própria Av. Paulista com a Rua Augusta, é considerado acanhado para as novas ambições da instituição.


O BB vê o Estado de São Paulo como um mercado estratégico para ampliar sua atuação. Dessa forma, a compra de uma nova sede está inserida nessa política de ampliar seu peso no maior mercado do país. A compra da Nossa Caixa, por exemplo, já foi um passo nessa direção, alçando o banco à liderança em agências na região, antes era apenas a quarta instituição.


Os principais executivos do BB já passam mais tempo na capital paulista do que na própria capital federal, sede oficial do banco, em Brasília. Algumas reuniões importantes de diretoria também passaram a ser realizadas em São Paulo, assim como a divulgação das informações financeiras trimestrais. Mesmo a parte operacional do banco começou uma migração de parcela do seu corpo funcional para o Estado. Cada vez mais o banco transfere para São Paulo áreas estratégicas da instituição, como a diretoria de crédito, por exemplo. O objetivo claro é ficar mais próximo do principal mercado do país.

Fonte: Valor Econômico e Contraf-CUT
 
 
COMENTÁRIO:
A gestão do BB é totalmente comercial, disso ninguém tem dúvida. Aumenta para nós do movimento sindical paulistano a responsabilidade de fazer o contraponto social aos objetivos deste BB-mercado e também aumenta nosso desafio organizativo para que os trabalhadores não sejam só "mercadores".

18.1.11

Diretor eleito envia carta aos funcionários do BB sobre superávit da Previ

O diretor eleito de Administração da Previ, Paulo Assunção, divulgou nesta segunda-feira (17) carta ao funcionalismo do Banco do Brasil, na qual conclama os associados a se manifestarem diante da demora do governo na aprovação do novo regulamento do superávit do Plano 1 da Previ.


A proposta ainda encontra-se no Ministério da Fazenda e, depois de aprovada, será encaminhada à Superintendência Nacional de Previdência Complementar - Previc.


Leia, abaixo, a íntegra da carta divulgada:

Companheiros de todo o Brasil

Tenho recebido diariamente cobranças vindas de todo o país. Todos querem saber porque até agora não creditamos o valor da primeira parcela do Benefício Temporário criado com a negociação do Superávit do Plano 1 da Previ. Acho que todos têm razão de cobrar. Afinal, se negociamos o superávit, a implementação do acordo tem que se dar no menor tempo possível. O tempo urge para todos. Cada um de nós tem suas necessidades.

Como aposentado e diretor de Administração eleito da Previ, participei ativamente da negociação, juntamente com os demais eleitos da Previ, por acreditar que a negociação é o melhor caminho para resolver as pendências. Que agir é uma imposição quando temos a expectativa de realizar algo. Que ficar parado, reclamando, não leva a nada.

Acho que o resultado alcançado nas negociações entre Banco do Brasil e entidades representativas dos funcionários foi o melhor que se poderia alcançar nesta conjuntura. A negociação, de forma inédita, juntou forças de mais de 120 sindicatos, representados pela Contraf-CUT e Comissão de Empresa do Banco do Brasil, da Anabb, das associações de aposentados, representadas pela Federação das Associações de Aposentados do Banco do Brasil-FAABB, pela AAFBB-Associação dos Antigos Funcionários do Banco do Brasil, pelas AFABBs de SP, RS e PR.

Durante todo o processo de negociação foram consultados, várias vezes, representantes dos ministérios e órgãos governamentais responsáveis pela aprovação do acordo. O próprio fechamento do acordo entre entidades do funcionalismo e Banco do Brasil na tarde do dia 24 de novembro de 2010 foi precedido de uma reunião ocorrida no mesmo dia no Ministério do Planejamento, com a presença do ministro Paulo Bernardo, dos secretários da Fazenda e do Tesouro, Nelson Machado e Arno Augostin, pelo Ministério da Fazenda, e dos representantes do Banco do Brasil e das entidades representativas dos funcionários. Isso garantiu que o acordo (Memorando de Entendimento) fosse fechado como uma vontade expressa dos associados, do Banco do Brasil e do Governo Federal.

Nós aqui da Previ fizemos nossa parte o mais rapidamente possível. Aprovamos na Diretoria e no Conselho Deliberativo. O Dest - Departamento de Controle das Estatais fez sua parte rapidamente. O ritual exige ainda a aprovação do Ministério da Fazenda e Previc, que é o órgão do Ministério da Previdência que fiscaliza fundos de pensão.

O processo empacou no Ministério da Fazenda, contrariando nossa expectativa de uma aprovação rápida. Precisamos por em marcha a nossa força. Precisamos arrancar essa aprovação que já tarda. Nesse movimento a participação de todos é fundamental. E, tenho certeza, cada um de nós fará sua parte. Se cada um de nós enviar um e-mail ou carta ou telegrama para as autoridades abaixo, teremos a aprovação que queremos.


Sugestão de texto:

"Sr.Ministro(a), Sr.Secretário, Sr. Superintendente, Sr. Presidente. Nós, associados da Previ, queremos a rápida aprovação do Regulamento do Plano 1 que espelha o acordo firmado entre Banco do Brasil e entidades representativas dos funcionários sobre o uso do Superávit".


Você pode acrescentar a esse texto o que mais você quiser dizer à autoridade destinatária. Se não quiser acrescentar nada, não precisa.

Envie e-mail para:

Guido Mantega - ministro da Fazenda
secretarias.df.gmf@fazenda.gov.br


Arno Augostin - secretário do Tesouro
gab.df.stn@fazenda.gov.br


Paulo Bernardo - atual ministro das Comunicações, ex-ministro do Planejamento, fiador do acordo
gabinete@mc.gov.br


Miriam Belchior - ministra do Planejamento
ministra@planejamento.gov.br

Aldemir Bendine - presidente do Banco do Brasil
presidência@bb.com.br


Não tenho nenhum receio de pedir isso a você, pois sempre achei que a força dos trabalhadores não está nas salas de reunião das autoridades ou nos gabinetes das chefias, mas está no movimento e na união que podem arrancar as conquistas.


Paulo Assunção
Diretor de Administração eleito da Previ


Fonte: Previ

11.1.11

Presidenta, sim!


Marcos Bagno

11 de janeiro de 2011 às 10:58h

Se uma mulher e seu cachorro estão atravessando a rua e um motorista embriagado atinge essa senhora e seu cão, o que vamos encontrar no noticiário é o seguinte: “Mulher e cachorro são atropelados por motorista bêbado”. Não é impressionante? Basta um cachorro para fazer sumir a especificidade feminina de uma mulher e jogá-la dentro da forma supostamente “neutra” do masculino. Se alguém tem um filho e oito filhas, vai dizer que tem nove filhos. Quer dizer que a língua é machista? Não, a língua não é machista, porque a língua não existe: o que existe são falantes da língua, gente de carne e osso que determina os destinos do idioma. E como os destinos do idioma, e da sociedade, têm sido determinados desde a pré-história pelos homens, não admira que a marca desse predomínio masculino tenha sido incrustada na gramática das línguas.

Somente no século XX as mulheres puderam começar a lutar por seus direitos e a exigir, inclusive, que fossem adotadas formas novas em diferentes línguas para acabar com a discriminação multimilenar. Em francês, as profissões, que sempre tiveram forma exclusivamente masculina, passaram a ter seu correspondente feminino, principalmente no francês do Canadá, país incomparavelmente mais democrático e moderno do que a França. Em muitas sociedades desapareceu a distinção entre “senhorita” e “senhora”, já que nunca houve forma específica para o homem não casado, como se o casamento fosse o destino único e possível para todas as mulheres. É claro que isso não aconteceu em todo o mundo, e muitos judeus continuam hoje em dia a rezar a oração que diz “obrigado, Senhor, por eu não ter nascido mulher”.


Agora que temos uma mulher na presidência da República, e não o tucano com cara de vampiro que se tornou o apóstolo da direita mais conservadora, vemos que o Brasil ainda está longe da feminização da língua ocorrida em outros lugares. Dilma Rousseff adotou a forma presidenta, oficializou essa forma em todas as instâncias do governo e deixou claro que é assim que deseja ser chamada. Mas o que faz a nossa “grande imprensa”? Por decisão própria, com raríssimas exceções, como CartaCapital, decide usar única e exclusivamente presidente. E chovem as perguntas das pessoas que têm preguiça de abrir um dicionário ou uma boa gramática: é certo ou é errado? Os dicionários e as gramáticas trazem, preto no branco, a forma presidenta. Mas ainda que não trouxessem, ela estaria perfeitamente de acordo com as regras de formação de palavras da língua.


Assim procederam os chilenos com a presidenta Bachelet, os nicaraguenses com a presidenta Violeta Chamorro, assim procedem os argentinos com a presidenta Cristina K. e os costarricenses com a presidenta Laura Chinchilla Miranda. Mas aqui no Brasil, a “grande mídia” se recusa terminantemente a reconhecer que uma mulher na presidência é um fato extraordinário e que, justamente por isso, merece ser designado por uma forma marcadamente distinta, que é presidenta. O bobo-alegre que desorienta a Folha de S. Paulo em questões de língua declarou que a forma presidenta ia causar “estranheza nos leitores”. Desde quando ele conhece a opinião de todos os leitores do jornal? E por que causaria estranheza aos leitores se aos eleitores não causou estranheza votar na presidenta?


Como diria nosso herói Macunaíma: “Ai, que preguiça…” Mas de uma coisa eu tenho sérias desconfianças: se fosse uma candidata do PSDB que tivesse sido eleita e pedisse para ser chamada de presidenta, a nossa “grande mídia” conservadora decerto não hesitaria em atender a essa solicitação. Ou quem sabe até mesmo a candidata verde por fora e azul por dentro, defensora de tantas ideias retrógradas, seria agraciada com esse obséquio se o pedisse. Estranheza? Nenhuma, diante do que essa mesma imprensa fez durante a campanha. É a exasperação da mídia, umbilicalmente ligada às camadas dominantes, que tenta, nem que seja por um simples -e no lugar de um -a, continuar sua torpe missão de desinformação e distorção da opinião pública.


Marcos Bagno é professor de Linguística na Universidade de Brasília

Fonte: CartaCapital


COMENTÁRIO:


Olá prof. Marcos Bagno. PARABÉNS PELO TEXTO! Quando entrei na Usp em 2001 passei o primeiro semestre reprogramando a mente em relação à línguas e literatura. Seus textos abriram minha visão sobre a língua e a linguística. Como militante de esquerda e sindicalista, sempre digo que TODAS AS ESCOLHAS SÃO POLÍTICAS, INCLUSIVE AS TÉCNICAS! O resto é tecnicalidades e blá-blá-blá usadas pelo status quo contra o povo... As chamadas decisões "técnicas" nunca olham o que deveria ser o mais importante na vida e na sociedade - a humanidade toda.


Como sindicalista, nunca gostei dessa ideia de ficar pondo "a" em tudo e duplicando palavras em dois gêneros, pois já vi delegações passarem horas em congressos de trabalhadores discutindo isso e deixando a pauta em segundo plano. Mas, pelos argumentos de seu texto, somados ao desejo de nossa presidente Dilma, e lembrando que a língua é fato social, passo a chamar a partir de agora as presidentas de "presidenta tal". Obrigado pela aula!

William Mendes

7.1.11

Para BC, há "resistências" ao acesso dos mais pobres ao sistema financeiro

O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, admitiu nesta quinta-feira (6), sem citar nomes, que "há resistências tanto à inclusão bancária quanto na questão do tratamento do cliente bancário". Mas reafirmou que a inclusão financeira, "com qualidade e eficiência", é uma das prioridades do BC para reduzir as desigualdades sociais.


Segundo ele, a inclusão bancária também fortalece o próprio sistema financeiro e ajuda a reduzir o custo do controle da inflação. Por isso, o BC deve priorizar a educação financeira para que o processo de inclusão avance com qualidade. "Queremos qualidade, eficiência, transparência e respeito às regras e aos clientes", enfatizou Tombini.

Perguntado se um dos focos de resistência à ampliação da bancarização estaria nas altas taxas cobradas pelos bancos, Tombini não respondeu diretamente, mas lembrou que, em 2007, foi feita uma grande reforma que elevou o nível de transparência e unificou a nomenclatura dos serviços bancários. Também houve avanço, segundo ele, na regulamentação das tarifas de cartão de crédito, no fim do ano passado.

"Melhoramos a capacidade dos custos de serviços, com barateamento das tarifas", disse ele. Agora, o BC está estudando a adoção de medidas de regulação para possibilitar maior absorção, pelo sistema financeiro, de jovens que chegam ao mercado de trabalho e das populações de menor renda que ascendem social e economicamente.

Números da Diretoria de Normas e Organização do Sistema Financeiro mostram que, nos últimos anos, a inclusão financeira foi bastante ampliada, a ponto de, atualmente, todos os 5.564 municípios brasileiros terem, pelo menos, um canal de acesso ao sistema financeiro.

Hoje funcionam, em todo o país, quase 20 mil agências bancárias, mais de 150 mil correspondentes bancários, aproximadamente 50 mil postos de atendimento e 165 mil caixas eletrônicos para 142 milhões de contas-corrente e poupança.

No discurso de posse, na última segunda-feira (3), Tombini deixou claro que a promoção da inclusão financeira com qualidade só é possível por meio da difusão do conhecimento e da compreensão das noções básicas de finanças pessoais, de orçamento doméstico e do funcionamento dos produtos e serviços financeiros. "Os novos clientes e os mais humildes precisam deter esse conhecimento e essa compreensão", ressaltou.

Fonte: Agência Brasil

COMENTÁRIO: DISCORDO DO BC. A VERDADE É QUE "HÁ RESISTÊNCIAS" DOS BANCOS EM AMPLIAR O ATENDIMENTO BANCÁRIO RESPEITANDO OS DIREITOS DOS TRABALHADORES BANCÁRIOS. DAÍ A OPÇÃO E O LOBBY PELA TERCEIRIZAÇÃO E AMPLIAÇÃO DOS CORRESPONDENTES BANCÁRIOS COM A EXTINÇÃO DE POSTOS DE TRABALHO BANCÁRIO REGULAMENTADOS. E O BC E O GOVERNO FEDERAL ESTÃO SE LIXANDO PARA A CATEGORIA PROFISSIONAL!

4.1.11

Insegurança bancária: colega do BB é baleado em assalto na Bahia


Funcionário baleado em assalto a banco em Iaçu (BA) passa bem


Ele e outras três pessoas, entre elas o delegado, foram feitos reféns pelo grupo


Redação CORREIO

Um funcionário do Banco do Brasil assaltado na manhã desta terça-feira (4) em Iaçu, na Chapada Diamantina, foi atendido no Hospital Municipal dr. Valdir Calvacanti Medrado. Segundo o hospital, o estado de saúde dele é considerado bom. Ele foi medicado e encaminhado em seguida a outro hospital não informado para retirar a bala, que ficou alojada próximo ao nariz.

A agência bancária foi assaltada por cerca de dez homens encapuzados e fortemente armados. Os assaltantes chegaram ao município em duas caminhonetes – uma F250, cor branca, e outra S10, placa de Salvador, e após render o delegado Renato Flores da Cunha, eles invadiram o Banco do Brasil.

Durante a ação, o grupo fez um escudo humano com cerca de 30 pessoas em frente ao banco. Eles quebraram as portas de vidro da agência, e levaram dinheiro dos caixas eletrônicos. Na fuga, o delegado e outros três funcionários da agência, entre eles o que foi baleado, foram levados como reféns.


Fuga

O delegado foi o primeiro dos reféns a conseguir escapar. Segundo ele, os assaltantes pensavam que ele era advogado. O grupo chegou à delegacia procurando pelo delegado e arrombou a porta da sala dele. No entanto, o titular da cidade não estava no local. Ele havia saído da sala e estava no cartório no momento na ação.

Ao ser questionado se era o responsável pela unidade policial, o delegado respondeu que era um advogado. “O primeiro lugar que eles vieram foi na delegacia. Eu estava desarmado porque tinha largado a arma dentro da minha sala. Eu estava no cartório da delegacia, quando eles chegaram perguntando pelo delegado e me pegaram achando que eu fosse talvez um advogado, já que eu estava com gravata e vestido com uma camisa de manga cumprida”, diz.

Após o assalto, o titular conseguiu fugir quando os assaltantes pararam na saída da cidade para libertar o funcionário baleado. “Eu aproveitei o momento e pulei de cima da caminhonete. Dei um pique, peguei uma motocicleta que estava parada na rua e fui direto para o pelotão da PM”.

Os outros reféns foram libertados na BA 046, nas proximidades do distrito de Santo André. A quadrilha também ateou fogo na S10 sobre a Ponte do Rio Paraguaçu, principal via de acesso ao município de Itaberaba.


Buscas

Equipes das polícias civil e militar fazem buscas ao grupo por terra, contando com o apoio de helicópteros do Grupamento Aéreo da Polícia Militar da Bahia (Graer). Outra equipe de policiais está a caminho de uma propriedade rural, também em Iaçu, onde estariam escondidas armas utilizadas pela quadrilha.


BB abre edital de concurso para suprir ZERO VAGAS. Publico abaixo artigo que fiz em 2008 a respeito dessa imoralidade e a matéria sobre o concurso em 2011

31/03/2008
ARTIGO: BB avança nas ilegalidades e agora, na imoralidade


Por William Mendes*


É necessária alguma medida por parte do Ministério Público Federal para barrar o caminhão de ilegalidades e/ou imoralidades que vêm sendo praticadas pelo maior banco público do país - o Banco do Brasil SA.


Não é de hoje que o movimento sindical bancário, representado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro - Contraf-CUT - tem denunciado as seguidas práticas lesivas do Banco do Brasil aos funcionários, sociedade e acionistas (ou seja, o próprio Governo).


A Contraf-CUT, federações e os sindicatos de bancários já estiveram presentes no Congresso Nacional (2007), nos parlamentos estaduais e municipais e em diversos órgãos públicos de controle levando denúncias sobre a reestruturação feita pela atual diretoria do banco (gestões Cássio Casseb, Rossano Maranhão e agora Sr. Antônio Lima Neto), que custou 3 vezes mais o planejado e que retirou 7 mil profissionais no auge de suas faculdades administrativas para receberem seus proventos e demais direitos por até 10 anos sem trabalhar (ou recebendo do BB para prestar serviços para a concorrência ou como terceirizado no próprio banco - ou seja, recebendo duas vezes).


O banco tem terceirizado setores cujos serviços são estritamente bancários e, vez por outra, tem sofrido condenações na justiça que chegam a custar R$ 500 mil reais por esta prática ilegal.


Respeito aos concursados


Recentemente, o BB foi condenado na 5ª Vara Cível do TJ-DFT a dar posse a uma concursada aprovada e mal-convocada pelo banco.


Estamos lutando por mais contratações no BB (atualmente são regionais) e aumento no número de funcionários por dependência. Isso não quer dizer que concordamos com a recente decisão do banco de não prorrogar a validade dos concursos em vigor (como em São Paulo e Brasília).


Não concordamos com a não-prorrogação por algumas questões fundamentais:


1- Existem algumas premissas no preenchimento de cargos em empresas públicas que precisam ser respeitadas como as citadas no artigo 37 da CF que faz referência aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.


Até 2003, os editais do BB enunciavam o concurso para o "provimento de vagas no nível inicial da carreira administrativa..."


A partir de 2006, o BB inventou uma artimanha nos seus concursos que, se pode parecer legal, é, no mínimo, IMORAL. Passou a enunciar nos editais "seleção externa regional para formação de cadastro de reserva para provimento de vagas..."


Ora, na prática, o BB está dizendo que não precisa chamar nenhum aprovado. Que segurança jurídica o candidato (lado mais fraco da relação) tem após perseguir um caminho longo, estreito e sinuoso para ser aprovado em concurso público se a empresa não precisa chamar ninguém em 2 anos?


2- O BB não tem justificativa para não renovar a validade dos concursos em vigor, pois os quesitos para tal não podem ser preenchidos (como, por exemplo, se houvesse excesso de quadro funcional) porque os aprovados estão esperando há 2 anos para serem chamados e não o foram por incompetência ou má-fé do próprio banco, haja vista que há vagas desde 2006 e, para piorar, saíram 7 mil pessoas no primeiro semestre de 2007 e, MESMO ASSIM, o banco não os chamou. Pergunto: a quem interessa ficar fazendo novos concursos sem promessa de vagas ao custo de R$ 40 por pessoa, onde normalmente centenas de milhares de cidadãos se empenham em disputar tais vagas que podem nem existir? Onde está o respeito aos princípios do artigo 37 da CF?


3- O movimento sindical continua exigindo novos concursos para os locais onde não há mais concursados aguardando e quer a prorrogação dos concursos em vigor e a posse desses cidadãos que já percorreram o caminho e estão na boa-fé do aguardo da chamada.


Conclamamos os sindicatos e os bancários a se envolverem na campanha "Acorda BB" para que possamos ter um "Banco para o Brasil" e não para poucos.

*William Mendes: na época era secretário de Imprensa da Contraf-CUT (2006/09) e funcionário do Banco do Brasil S.A.
Fonte: Contraf-CUT



04/01/2011


Banco do Brasil abre concurso para estados de AL, AM, CE, PB e PR (2011)


O Banco do Brasil lançou edital de concurso público e abriu as inscrições nesta terça-feira 4 para formação de cadastro de reserva para o cargo de escriturário, que exige nível médio completo.



O concurso abrange os estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Paraíba e Paraná. O salário mensal é de R$ 1.280,10, mais gratificação semestral de 25%, totalizando R$ 1.600,00 (piso conquistado na Campanha Nacional dos Bancários 2010). A jornada de trabalho é de 30 horas semanais.


A convocação dos aprovados respeita a demanda da instituição financeira e também o prazo de validade do concurso, que é de um ano, prorrogável por igual período.


Do total de vagas que vierem a ser oferecidas durante o prazo de validade da seleção externa, 5% serão reservadas às pessoas com deficiência.


As inscrições devem ser feitas até o dia 10 de janeiro pelo site www.concursosfcc.com.br ou em postos de inscrição listados no edital, em dias úteis, das 9 às 12h e das 13h às 17h. A taxa é de R$ 40.


A aplicação das provas objetivas está prevista para o dia 6 de fevereiro. As provas serão aplicadas nas cidades de Maceió, Penedo, União dos Palmares, Santana do Ipanema, Arapiraca (estado de Alagoas), Manaus, Parintins, São Gabriel da Cachoeira, Tefé, Tabatinga, Humaitá (estado de Amazonas), Fortaleza, Itapipoca, Sobral, Quixadá, Crateús, Juazeiro do Norte (estado do Ceará), Campina Grande, Patos, João Pessoa, Guarabira (estado da Paraíba), Curitiba, Campo Largo, Paranaguá, Rio Negro, Guarapuava, Pato Branco, Ponta Grossa, Cascavel, Foz do Iguaçu, Campo Mourão, Umuarama, Maringá, Paranavaí, Londrina e Jacarezinho (estado do Paraná).


A Fundação Carlos Chagas também foi a organizadora do último concurso do banco, aberto em maio de 2009, para o interior de São Paulo.

Fonte: Contraf-CUT e G1

Justiça manda empresa reintegrar sindicalista (TRT DF e TO)

Empregado foi demitido pela empresa porque sindicato da categoria ainda não tinha registro junto ao Ministério do Trabalho

São Paulo – O Tribunal Regional do Trabalho do Distrito Federal e Tocantins condenou a empresa Procter & Gamble a reintegrar um ex-empregado que foi demitido sem justa causa quando estava no período de estabilidade provisória decorrente de cargo sindical.



O trabalhador foi eleito para exercer mandato em nova entidade sindical constituída para representar a classe operária. Apesar de fundado o sindicato, a Carta Sindical ainda não havia sido expedida pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Diante da falta de registro, a empresa demitiu o funcionário alegando que a classe não havia sido reconhecida.


Os desembargadores que analisaram o caso concluíram que a legislação não condiciona a estabilidade à efetivação do registro do sindicato e que a constituição do mesmo não se resume apenas em um registro.


Para o relator do processo, Braz Henriques de Oliveira, a aquisição de personalidade legal pela entidade sindical é feita antes do registro. “Como a existência do sindicato precede o registro sindical no MTE, e a proteção ao dirigente é garantida a partir de sua candidatura, a estabilidade no emprego não pode ser condicionada à efetivação do registro perante o MTE”, concluiu o magistrado.


Fonte: Seeb SP/Elenice Santos, com informações do jornal Correio Braziliense e TRT-DF - 03/01/2011

2.1.11

"Deus foi brasileiro no Governo Lula" disse Bresser-Pereira. SERIA UMA PIADA, SE NÃO SE TRATASSE DE UM "INTELECTUAL"

Olha, sinto muito pelos simplórios que acham que simplórios são os que conseguem ver o quanto o governo Lula foi profundamente diferente daquele anterior.


Como não partilho dessas explicações que deus ou o espírito santo ajudaram o governo Lula, é preciso deixar claro aos de boa-fé que:

- um governo (PSDB 1994-2002) afundou o Brasil com desemprego, congelamento salarial e previdenciário, recessão, altas taxas de juros, redução da máquina pública indutora da economia, dependência nas exportações para os imperialistas EUA e Europa, conceitos burros de que distribuição de renda e programas sociais são assistencialismo, a maior taxa de juros nominal e real da história do país, não incentivo ao crédito, corrupção de colarinho branco com compadrio e benesses aos chegados e à imprensa (grande mídia), carga tributária que saiu de 23 para 35%, estouro da dívida pública interna e externa, etc...

- E OUTRO GOVERNO (PT 2003-2010) que refundou o Brasil. Um governo que conseguiu conciliar democracia republica (o PT não é e nunca foi revolucionário) com recuperação da máquina pública indutora da economia, um governo que provou que distribuir renda para a classe trabalhadora aquece o círculo virtuoso da economia capitalista, um governo que ressucitou a classe média extinta pelo governo anterior, um governo que tem uma distribuição de suas exportações para o mundo todo (fortaleceu o mundo sul-sul) de maneira que, se alguns parceiros comerciais quebram, existem outros que mantêm a economia funcionando (vejam o coitado do México, que seguiu com a política estilo PSDB).

- UM GOVERNO (PT) que em momento de crise internacional FEZ O INVERSO DO CONSENSO DE WASHINTON E DO PSDB/ELITE ILETRADA BRASILIS. Aumentou o crédito para o mercado via bancos públicos e máquina pública, aumentou os salários e benefícios que giram a economia interna, um governo que reduziu as taxas de juros e não o inverso como os imbecis do PSDB sempre fizeram. As diferenças são tantas, que é preciso ser muito ignorante em conceitos básicos de economia e política para fazer de conta, de maneira simplória, que um governo é continuação do outro e que não tem diferença alguma.


HAJA PACIÊNCIA PARA ESSES DISCURSOS DE LIBERAIS VIRA-LATAS DO ANTIGO IMPÉRIO!


Bom 2011 aos simplórios e aos que ajudaram o Brasil a seguir no rumo certo, ao invés de voltar ao atraso do PSDB/DEM/PPS.

CLIQUE AQUI para ver o texto de Bresser-Pereira no blog do Nassif

1.1.11

Agenda sindical de janeiro de 2011

FÉRIAS!!!

Boas Festas e Realizações em 2011


Olá colegas e leitores!


Como não tenho religião e respeito as crenças de cada pessoa, aproveito o período natalino ocidental para desejar boas reflexões, boas leituras, união com as pessoas queridas e um ano de 2011 cheio de lutas unidas da classe trabalhadora contra os capitalistas e que tenhamos cada dia mais consciência de que devemos mudar o mundo em que vivemos para algo mais solidário, equânime e que respeite a alteridade.


Aprendi muito com as pessoas com quem convivi neste último período de minha vida como sindicalista.


ESTAREI EM FÉRIAS EM JANEIRO/2011