Já li mensagens emocionantes de pessoas dizendo por que votam em Lula. Também já li algumas escabrosas dizendo por que não votam nele.
Para mim é uma questão bastante clara: voto em Lula porque tenho lado.
Esta eleição, principalmente o 2º turno, trouxe à tona algo que andava meio disfarçado: a sociedade está em disputa. Não existe uma suposta harmonia de classes.
Voto em Lula, pois:
Ao invés do privado, sou o público;
Ao invés do neoliberal, sou o progressista;
Ao invés da elite, sou o povo;
Ao invés do desemprego, sou o emprego formal;
Ao invés de criminalizar os movimentos sociais, sou o diálogo;
Em vez da "competência" em esconder a corrupção (e a midiaelite nem ligar);
Sou mais a competência de enfrentar o desafio da inclusão social, mesmo com a má vontade dos conservadores.
Enfim, chega dessa hipocrisia de se dizer imparcial, isento, neutro, apolítico etc.
Tudo e todos têm lado. O meu lado é o do trabalhador e do povo brasileiro.
William Mendes (bancário do BB, sindicalista, Secretário de Imprensa da Contraf-CUT e estudante de letras)
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Post Scriptum:
Dias antes, em 18 de outubro, era assinado o ACT do BB, aditivo à CCT dos bancários. Eu era dirigente tanto do Seeb SP, quanto da Contraf-CUT. Veja matéria abaixo do site do Seeb SP.
BB assina a Convenção Coletiva e PLR
PLR será paga nesta sexta, dia 20. Dias parados na greve não serão descontados
São Paulo – Os representantes dos bancários assinaram nesta quarta-feira, dia 18, o acordo coletivo e de PLR com a direção do Banco do Brasil. O Banco vai cumprir todas as cláusulas acordadas com a Fenaban, que garantem, entre outros pontos, melhoras no auxílio-creche ou babá, a ajuda de deslocamento noturno, desconto do vale-transporte, gratificação de função, gratificação de compensador de cheques e ausências legais.
Os bancários do BB receberão em até 48 horas, PLR semestral de 95% do salário, parte fixa de R$ 412, mais R$ 1.819,49 (equivalente a 4% do lucro líquido linear dividido por todos os funcionários), além do módulo-bônus que varia de acordo com a referência salarial da função. O valor total do módulo será pago para as agências que atingirem os 400 pontos do ATB e proporcional para as agências que garantirem no mínimo 325,5 pontos.
“A PLR deste ano teve um avanço no Banco do Brasil e pode servir de parâmetro para os trabalhadores de outras instituições. Agora, no BB, temos pela frente mais desafios nas negociações específicas, como o PCS, a Cassi e a questão de isonomia”, disse o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.
Greve – “Os bancários do BB de São Paulo, Osasco e Região, tiveram a garantia de que não haveria desconto dos dias parados nas assembleias realizadas na campanha salarial”, destaca o funcionário do BB e diretor do Sindicato William Mendes.
“Também temos garantido o acordo da Fenaban na compensação dos dias de greve, cujo prazo termina em 31/12/2006. Até que as negociações sobre o tema se encerrem, os funcionários devem aguardar, pois é nossa intenção melhorar o acordo”, acrescentou o diretor.
Para os bancários de outras praças que estenderam a greve além do dia 11, foi necessária a intervenção da Contraf-CUT para evitar que o Banco descontasse os dias parados. Além disso, a entidade garantiu para todos os funcionários um crédito extra-folha no próximo dia 20, para anular o débito dos dias parados de setembro, que será cobrado na folha de pagamento de outubro.
Fonte: Redação do Seeb SP - 18/10/2006
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