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30.9.16

Opinião e agradecimentos a Mirian Fochi




Olá companheir@s,amig@s e colegas do Banco do Brasil,

Estamos fechando mais uma semana de trabalho em nossa gestão da Caixa de Assistência dos Funcionários do BB, a maior autogestão em saúde do país, e que assiste a mais de 700 mil vidas.

Eu não abro mão de escrever para vocês e registrar o nosso trabalho, nossa opinião, nossas preocupações e nossas propostas a respeito do setor em que atuamos, saúde suplementar, e para quem atuamos: os associados da Cassi. 

Postar um texto numa sexta-feira à tarde, no 25º dia de greve nacional da categoria que representamos e com os banqueiros querendo derrotar os trabalhadores e ainda na véspera das eleições municipais é saber que não temos espaço na atenção de nossos colegas da comunidade BB, mas eu me sinto bem em prestar contas do que fizemos.

Esta foi a semana de reuniões da governança da Cassi. Hoje, sexta-feira 30, esteve reunido o Conselho Fiscal da entidade e nós Diretores Executivos tivemos um bom debate com os conselheir@s. Na quarta-feira 28 foi o dia de reunião do Conselho Deliberativo. E toda semana temos também as reuniões de Diretoria Executiva às terças-feiras.

A prática como critério da verdade

Eu passei boa parte de minha vida adulta envolvido na organização das lutas sociais, sejam elas estudantis ou do mundo do trabalho. Desde bem jovem, já me envolvia com movimentos dos estudantes e tive a felicidade de ser dirigente sindical bancário entre 2002 e 2015, em mandatos eleitos por bancários em São Paulo Osasco e região e na confederação dos bancários, a Contraf-CUT. (já fui síndico de condomínio também, onde pagamos todos os pecados que temos)

Nenhuma faculdade, extensão, pós, mestrado e "emebiei" me daria o conhecimento que adquiri ao lidar com gente, com povo, com trabalhadores que representamos e com o outro lado, o patrão, o capitalista. Procuro usar todos os dias de minha vida os ensinamentos e experiências que adquirimos em ouvir, propor, aceitar, negar, enfim, intermediar as relações entre pessoas e segmentos sociais.

Meu mandato eleito como Diretor de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi é feito exatamente com as mesmas concepções e práticas que aprendi na formação sindical da CUT, onde inclusive fui formador pela confederação por quase 6 anos. Ou seja, ao longo de nossa jornada de representação, são ações práticas em nossa vida:

- não abrir mão de ir às bases sociais que representamos;
- ouvir as demandas e necessidades dos trabalhadores;
- dar informações adequadas a eles até quando percebemos que eles têm opiniões diferentes ou equivocadas por desconhecimento do tema que estamos tratando;
- desenvolver propostas após essas discussões coletivas e após estudos para buscar soluções aos problemas que enfrentamos;
- pensar e encaminhar estratégias de organização e mobilização para criar correlação de forças e condições de negociar melhorias para a área que atua e para os trabalhadores que representa;
- fechar a melhor proposta possível, tendo sabedoria para definir qual é esse limite analisando contexto e conjuntura;
- e por fim, comunicar sempre, InFormando e prestando contas.

Foi exatamente o que determinei a mim mesmo fazer desde o primeiro dia de gestor da Cassi. E estamos fazendo isso e vou seguir fazendo até o fim de meu compromisso com os associados, com as entidades representativas que me convidaram para disponibilizar meu nome em eleição e com o patrocinador Banco do Brasil, pois mesmo estando do lado da mesa que representa os associados, sou um defensor deste banco público que escolhi para trabalhar ao longo de minha vida. 

E lembro que, na nossa opinião, a Cassi estar cumprindo em sua plenitude o que foi pensado para ela, ou seja, reorganizar seu sistema de serviços de saúde a partir da Atenção Integral e Estratégia Saúde da Família, com foco na missão de promover saúde, prevenir doenças, reabilitar e recuperar seus participantes é algo "Bom Pra Todos" pra ficar em uma expressão da comunidade onde estou inserido.

Por que estou falando sobre isso? 

Porque os contextos mudam ao longo de nosso mandato. Quando comecei minha representação eleita em junho de 2014, o patrocinador da entidade em que partilhamos a gestão paritária estava sob a gestão de um governo e hoje está sob outro. 

A composição política eleita em que cheguei à gestão era uma, agora é outra. Dificuldades de entendimento sempre existem, mas as diferenças no relacionamento são muito grandes da gestão eleita anterior para a atual. Em poucos meses de nova gestão, pude perceber que agora sou minoria na Diretoria Executiva. E terei que atuar com consciência disso e sempre no foco do que defendemos para os associados e a Cassi. Agir com inteligência e muita prestação de contas, até quando formos tolhidos de realizar nosso programa e projetos.

O Diretor de Saúde agradece à Mirian Fochi por sua área poder hoje estar centrada nas melhorias do PCMSO e EPS

A relação que eu tive com a Diretora Mirian contribuiu para avançarmos nos objetivos de cumprir o programa que apresentamos ao Corpo Social. 

Para vocês terem uma ideia dos frutos da relação de parceria prioritária entre os eleitos durante a nossa gestão conjunta 2014/2016, a companheira Mirian teve um gesto de grandeza pouco comum nas instâncias de poder. 

Uma das propostas centrais do nosso programa eleito é criar um foco de atenção à saúde dos 100 mil bancários e associados na ativa e a melhor perspectiva para isso era atuar a partir do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e do Exame Periódico de Saúde (EPS) e esta área estava sob a alçada* da Diretoria em que a Mirian atuava. 

(*Post Scriptum 03/10/16, às 16:52h): quando dizemos "alçada" estamos nos referindo à gestão do Contrato com o Banco, que era da outra Diretoria)

Não é comum nos espaços de poder alguém ceder áreas de controle, mas a companheira compreendeu minha proposta de trazer para a Diretoria de Saúde o programa conveniado com o patrocinador BB e propusemos a alteração à governança, que aprovou. Acredito que todos ganharam - Cassi, Banco do Brasil e bancários. 

O programa é uma área de grande atenção nossa ao longo desse período de gestão, e em parcerias necessárias com o BB - em nível nacional (Dipes) e local nos Estados e DF -, para avançarmos na promoção de saúde e prevenção de doenças. E sempre teremos espaço de melhorias porque o tema é robusto e com o trabalho intenso no setor bancário, cada dia teremos mais desafios a superar. 

Agradeço muito esse gesto que a Diretora Mirian fez para os associados e bancários do BB em geral, em nos permitir trabalhar fortemente em uma área que é da Saúde e pode promover a saúde de milhares de colegas da ativa. Isso sim eu chamo de um gesto para demonstrar que a Cassi é maior que todos os interesses individuais ou de segmentos diversos. E afirmo que os mandatos da companheira Mirian e dos conselheir@s que aqui estiveram em seu período foram de muita dedicação e com bons frutos. Eu vi o trabalho e não há nada que desabone o feito. E não quero dizer com isso que não tenha críticas a fazer a qualquer gestão, mas devemos reconhecer um trabalho realizado por nossos colegas.

Fim de semana de fortalecer a Política e a Democracia

Bom, semana de trabalho se encerrando. Tive derrotas internas na governança, mas cada vez que vejo o trabalho abnegado e competente de nossas equipes rendendo frutos, tanto na sede como nas 27 unidades administrativas e nas 65 de atendimento à saúde (CliniCassi), áreas que sou responsável, fico feliz e de energia renovada. 

Também renovo as esperanças cada vez que vamos à base social da Cassi, que é o País todo, e levamos informações à comunidade e trazemos demandas e sugestões, de lideranças dos associados, dos funcionários da Cassi e do BB. Esse é o verdadeiro papel de um gestor eleito, se alimentar e beber na mesma fonte onde seu representado está.

As soluções para os desafios que temos como sociedade humana estão no fortalecimento da Política e na democracia e não fora delas. Sou representante de trabalhador eleito porque acredito nisso. Fora da democracia, é a barbárie.

Abraços a tod@s os meus pares da classe trabalhadora.

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento

27.9.16

Opinião do Diretor de Saúde - Judicialização e o "não pertencimento"




"Quantos cegos serão precisos para fazer uma cegueira" (Ensaio sobre a cegueira, José Saramago)


Olá companheir@s, amig@s e colegas do Banco do Brasil,

Hoje volto ao tema da judicialização, da sustentabilidade dos planos de saúde da Cassi, principalmente o dos funcionários da ativa, aposentados e pensionistas - o Plano de Associados -, e da questão central do "sentimento de pertencimento" no que tange à característica necessária na relação entre qualquer associação e seus associados.

Eu só estou exercendo um mandato de gestor eleito por trabalhadores em entidade de saúde porque acredito na educação e na formação de pessoas cidadãs cientes de seus direitos e deveres. Se eu não acreditasse na formação política e intelectual de meus pares, eu jamais teria disponibilizado meu nome para concorrer a qualquer cargo de representação. 

O que estamos fazendo há dois anos na Cassi é um grande esforço em dar informações e educar uma população que utiliza um sistema privado de saúde, organizado em autogestão, solidário e igualitário no atendimento aos seus participantes, e que sofre grandes impactos e influências do setor onde opera, o setor de saúde, que vive em meio a crises.

Eu trago nesta postagem (logo abaixo), matéria da grande imprensa que aborda o expressivo aumento da judicialização no setor de saúde pública e privada em nosso país. Eu fico lembrando das frases metafóricas e de profunda sabedoria constantes no livro de Saramago - Ensaio sobre a Cegueira.

Quando o cidadão lê a matéria abaixo, ele é induzido a retroalimentar o problema originário que a matéria está abordando. A judicialização aumenta no setor de saúde, mas a matéria diz que os usuários deveriam reclamar mais e reivindicar mais ainda (sempre na voz de um advogado), e a agência reguladora deveria tomar atitudes na defesa desses usuários, e assim por diante... e La nave va...

Aí a matéria mostra números comprovando o aumento nas demandas de judicialização. Os planos de saúde e o SUS claramente aparecem como os vilões... enfim, é interessante e trágica a auto-alimentação do modelo de aumentar a judicialização. Enquanto isso, os planos de saúde e o SUS vão caminhando para a falência e para o não atendimento dos cidadãos.

"Costuma-se até dizer que não há cegueiras, mas cegos, quando a experiência dos tempos não tem feito outra coisa que dizer-nos que não há cegos, mas cegueiras." (Saramago)


Que se passa?

Estamos tratando de Sistemas de Serviços de Saúde, de organização ou reorganização de sistemas de saúde. Estamos falando de modelos fragmentados e integrados: qual deles vamos estabelecer para cuidar de nossa população assistida? Qual deles tem melhores resultados em saúde e no uso dos recursos? É disto que estamos tratando desde que começamos nosso trabalho na Cassi. 

Este que vos fala, o Diretor de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi, uma associação dos funcionários do Banco do Brasil, a maior autogestão em saúde do país, está há dois anos levando para o conjunto da comunidade que assiste, mais de 700 mil participantes, explicações de como funcionam os sistemas de saúde, o modelo hegemônico em que estamos organizados no Brasil - o fragmentado -, centrado nos profissionais de saúde e hospitais, curativo e não inteligente e interligado, cheio de fraudes, desperdícios, abusos por parte de segmentos dos prestadores de saúde na estrutura da Saúde Complementar ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Ao mesmo tempo, estamos informando a toda a comunidade BB, inclusive ao próprio banco patrocinador, que indica a metade da gestão desta Caixa de Assistência, que a melhor perspectiva de sustentabilidade da entidade é ampliar e fortalecer o Modelo de Atenção Integral e Estratégia Saúde da Família (ESF), modelo que é baseado em Atenção Primária à Saúde (APS) e na promoção de saúde, prevenção de doenças, reabilitação e recuperação de seus participantes, com o acompanhamento e monitoramento dos assistidos com condições crônicas. E temos que superar "gargalos" do modelo e do sistema que ainda não foram superados. 

A Cassi ainda não deixou de ser uma mera "pagadora" de serviços de saúde como já deveríamos ter nos reorganizado nesses 20 anos de reforma estatutária de 1996

Nos falta ter mais estrutura física e de recursos humanos, mais equipes de família porque temos 142 e já estamos na capacidade instalada (180 mil cadastrados no país), temos que ter investimentos em tecnologia, precisamos de ter Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) do conjunto dos assistidos (mais de 700 mil), temos que estabelecer um Plano de Cargos e Salários (PCS) para os funcionários da Cassi, porque o retrato que temos hoje é que treinamos e preparamos bons profissionais e eles vão embora para o mercado.

Como gestor da rede própria de atenção à saúde - as CliniCassi -, precisamos melhorar as unidades, mudar algumas de lugar, inaugurar outras. Enfim, falta investimento no Modelo Assistencial para atender a mais participantes na Cassi ao invés de serem atendidos na Rede Credenciada. Precisamos estabelecer as parcerias com prestadores estratégicos para orientar as demandas para uma rede referenciada à Cassi. Até para as questões básicas hoje, necessitamos de dinheiro e investimento; não há milagre, e não há como reter o crescimento absurdo das despesas assistenciais que chegam para a Cassi da rede prestadora, mais de 3 bilhões de reais. 

Aliás, se não houver um pacto de gestão e normas adequadas que nos permitam gerir a área em que somos responsáveis, também não conseguiremos sequer definir as equipes de trabalho para nossos projetos.

Conseguiremos nesta discussão de sustentabilidade atual estabelecer o caminho para superar os gargalos estruturantes e avançar no modelo integrado?

E a grande questão que faço a mim mesmo e aos meus pares, lideranças e interlocutores nestas negociações que começamos em 2015 e estamos para concluir (espero) é se vamos poder avançar no modelo ou se vamos ficar pelo meio do caminho.

Na nossa opinião de gestor eleito da Cassi, se não pudermos fazer o que estamos apresentando como perspectivas de avanços nos próximos anos, a Cassi e qualquer outra autogestão, além de vários planos até do mercado, não conseguirão sobreviver com os problemas exponenciais que existem no crescimento desordenado das despesas assistenciais que os segmentos de Saúde Complementar repassam aos planos privados (Saúde Suplementar). A judicialização é um dos casos, fator pesado, mas tem outros. Temos explicado isso em nossos textos, boletins e palestras.

Tenho percorrido o Brasil, todas as bases sociais da Cassi e do BB para envolver gestores e representantes da comunidade no processo de melhor informação e educação em saúde e no conhecimento pleno do que é a Cassi, como ela funciona e qual a melhor forma de utilizá-la e, na nossa opinião, não é judicializando contra a Caixa de Assistência.

Não vou me alongar mais. 

Abraços a tod@s os meus pares da classe trabalhadora, tão necessitada de assistência à saúde por viver num mundo de caos. E não sei se meus pares, nós todos, sairemos vitoriosos em nossas lutas, mas temos que manter o bom combate.

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (mandato 2014/18)

(matéria da imprensa)

Judicialização se mantém como gargalo no setor

Volume de processos contra o SUS ou contra os planos de saúde mostra que relação com clientes ainda está longe de ser tranquila.

Um levantamento feito pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo em março de 2014 mostrou que, na época, a Secretaria estava envolvida em mais de 39 mil demandas judiciais. Somente em 2013, essas demandas geraram um gasto de mais de R$ 900 milhões. No mesmo ano, um levantamento feito pelo Ipea Data mostrava que tinham sido abertas mais de 220 mil ações judiciais no Brasil, todas com o objetivo de obter medicamentos e dispositivos médicos. 

Para o advogado especialista em questões de saúde, Vinícius Zwarg, sócio do Emerenciano, Baggio & amp; Associados, a quantidade de pessoas que se sentem desassistidas no Brasil continua muito grande. Ele comenta que um estudo realizado pelo escritório mostra que, entre 2014 e 2016, houve um crescimento de 25% nas reclamações em relação aos serviços de saúde prestados pelos 20 maiores planos de saúde do País. 

O comparativo, feito com base nos registros do site Reclame Aqui, revela que foram 20.737 reclamações em 2014 e que, no primeiro semestre deste ano, o volume era de 13.038. Para Zwarg, o maior vilão aqui é a chamada negativa de atendimento. “A grande maioria das pessoas que vai ao Judiciário teve negativa de atendimento em situações dramáticas, após pagar 20 ou 30 anos de planos de saúde”, afirma. 

E este número poderia ser ainda maior. O advogado lembra que muitas pessoas acham injusto demandar seus planos de saúde e outras ainda têm medo de represálias. “Elas não percebem que já estão vivendo uma represália”, diz, justificando a existência de uma grande demanda reprimida no mercado. 

O mesmo ocorre contra o Sistema Único de Saúde (SUS), em que o maior problema é o acesso a medicamentos. “O estatuto do idoso obriga o Estado a fornecer medicamentos e, na prática, vemos que em muitos casos não há tratamento disponível. Há uma série de medicamentos caríssimos que só são conseguidos por meio de medidas judiciais”, comenta. Zwarg elogia o trabalho realizado pelos Procons, mas reconhece que esta não é a instância comumente procurada pelos consumidores. 

“A grande verdade é que há um problema crônico de gestão, que se vê na regulação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Um exemplo é o fim dos planos individuais que obriga as pessoas a entrarem em planos coletivos por adesão em condições muito diferentes do que ela tinha no original”, diz. Por conta disso, ele acredita que os processos devem continuar aumentando.

Negociações 

Se de um lado existe a perspectiva de que as disputas entre pacientes e o SUS, ou os planos de saúde, aumentem, de outro a ANS vem trabalhando para tentar criar novos canais de entendimento entre as partes. A diretora de fiscalização do órgão, Simone Freire, explica que as demandas que chegam ao Judiciário se dividem entre regulatórias e não regulatórias. 

As primeiras tratam de clientes que vão à Justiça pedir cobertura de algo que está de fato previsto no rol de procedimentos ou no contrato firmado com as operadoras de saúde. “São ações que tratam de serviços que deveriam ter sido entregues e, por algum motivo, não foram”, explica. No segundo grupo estão as ações que buscam serviços não previstos. “As ações não regulatórias estão crescendo bastante, não só na medicina privada, mas também contra o SUS”, alerta. 

Não por acaso, somente em 2015 foram registradas mais de 100 mil reclamações regulatórias na ANS. Quando isso acontece, abre-se a oportunidade de a operadora responder ao cliente e, com isso, evitar a judicialização. Segundo Simone, o índice de soluções chega a 90% nesses casos. “Podemos dizer que 90 mil pessoas não chegam à Justiça por conta dos acordos firmados aqui”, avalia. 

Além da intermediação eletrônica, a Agência vem desenvolvendo há alguns anos uma iniciativa de aproximação com os tribunais de Justiça, estabelecendo acordos de cooperação que façam chegar ao Judiciário o entendimento técnico das causas em julgamento. “A saúde é uma questão muito sensível para que juízes decidam sem apoio técnico”, afirma. 

Como exemplo, ela lembra que, se um advogado diz que uma pessoa pode morrer se não receber determinado tratamento, o juiz não tem como julgar se aquilo é verdade ou não, e acaba concedendo. Um acordo firmado com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) agora garante suporte técnico a juízes de todo o País. 

Para Simone, esse é um trabalho que deve começar a dar resultados em alguns anos. Ela explica que os acordos estão sendo firmados com bastante rapidez e, mais que isso, encontrado muito interesse por parte do Judiciário. 

Do lado dos clientes, a Agência vem procurando aprimorar a relação entre pacientes e operadoras. Um exemplo foi a resolução normativa que busca qualificar o atendimento do paciente, o que significa que operadoras de grande porte são obrigadas a ter atendimento presencial, a fornecer protocolos de atendimento na hora do contato e, em caso de negativa de atendimento, devem fazê-lo por escrito e em linguagem clara. “As pessoas precisam de tratamento humanizado quando cuidam de doenças e também precisam buscar o entendimento com suas operadoras, depois conosco, deixando o Judiciário realmente para o litígio e questões de urgência”, conclui. 

A grande maioria das pessoas que vai ao Judiciário teve negativa de atendimento em situações dramáticas após pagar 20 ou 30 anos de planos de saúde. (O Estado de São Paulo)

23.9.16

Prestando Contas: fechando agenda do Diretor de Saúde (DF)



Reunião com nossos trabalhadores da Cassi em Brasília.

Olá companheir@s, amig@s e colegas do Banco do Brasil,

Estamos encerrando a agenda de trabalho da semana. Após os dois primeiros dias, onde nosso foco central foi na pauta da reunião de Diretoria Executiva, tivemos boa agenda de gestão interna.

Nesta semana não tivemos compromissos em outros Estados e pudemos estudar muito nossa entidade e o setor de saúde, que vive grave crise e sem perspectivas de melhora no próximo período. Além desse fator externo à Cassi (mas a Caixa de assistência depende de rede credenciada em seu modelo assistencial), estamos no meio da campanha salarial dos bancários e o resultado das negociações de data base da categoria é fundamental para o Plano de Associados, que tem sua perna da receita vinculada à remuneração dos trabalhadores do BB.

Fiz artigo abordando os efeitos negativos para a Cassi da proposta de índice abaixo da inflação feita para os bancários, proposta rejeitada pela categoria que está em greve desde o dia 6 de setembro. Leia AQUI o artigo a respeito.

A crise no setor de saúde suplementar - os planos de saúde -, tem como uma de suas causas a relação difícil com o segmento de prestação de serviços de saúde - hospitais, empresas de diagnose, clínicas e profissionais de saúde em geral -, e isso tem causado impacto profundo nas despesas assistenciais dos planos de saúde, principalmente naqueles que não visam lucro como a Cassi, que é uma autogestão dos funcionários do Banco do Brasil. 

Nós não vendemos planos só onde temos interesse econômico como os planos de mercado, nós recebemos cotidianamente novos associados e participantes independente do perfil e da região do país porque atendemos e cuidamos do funcionalismo do patrocinador BB. Tenho explicado essa característica de nossa autogestão à comunidade de assistidos.

Fizemos reunião de gestão com nossa equipe gerencial. A Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento da nossa Caixa de Assistência, da qual sou responsável, está realizando estudos e preparando apontamentos e contribuições em relação à proposta que o patrocinador Banco do Brasil fez às entidades sindicais e associativas no último dia 5 de setembro. Estaremos prontos para apresentar a nossa contribuição assim que as entidades forem se reunir com o Banco para darem sua resposta à proposta. Como as entidades sindicais só terão condições de consultar suas bases quando a campanha salarial terminar, estaremos com nossas contribuições prontas assim que acabar a greve da categoria.

Conversa com os funcionários da CliniCassi Brasília Sul

Como gestor eleito pelos associados e que acredita bastante nos princípios da democracia e nos direitos coletivos e também na ética de envolver as pessoas nos processos que desenvolvemos, tenho muita necessidade de me reunir com os trabalhadores e conversar a respeito de nossa entidade de saúde, porque nas reuniões com associados, entidades e com os funcionários da própria Cassi, construímos conhecimento juntos e qualificamos o nível de informação que a comunidade tem sobre a Cassi, seu modelo assistencial e as estratégias que estamos adotando para chegar a nossos objetivos.

Na semana passada, estive reunido com duas grandes entidades de aposentados para debater os temas da Cassi e da saúde. Também conversei com muitos funcionários da Cassi. Nesta sexta, fechamos a semana de trabalho nos reunindo com os funcionários da CliniCassi Brasília Sul.

Falamos com nossa equipe de trabalhadores, verdadeiro patrimônio da Cassi e dos funcionários do Banco do Brasil, a respeito da gestão que estamos realizando, dos projetos que temos para fortalecer a Atenção Integral e a Estratégia Saúde da Família (ESF), as dificuldades que temos encontrado como gestores das unidades administrativas e de atendimento à saúde, porque estivemos sob orçamento contingenciado praticamente desde que chegamos à gestão. Também abordamos detalhes da proposta feita pelo patrocinador BB às entidades representativas e das contribuições e pontos centrais que vamos abordar para qualificar a proposta no sentido de garantir perspectivas de sustentabilidade durante os 3 anos de duração dos efeitos da proposta do Banco.

Enfim, fechamos com chave de ouro nossa semana por termos nos reunido com nossa equipe da CliniCassi e com nossas gerências para pensar Cassi, pensar soluções para a Cassi em face dos contextos que enfrentamos.

Abraços a tod@s os meus pares da classe trabalhadora. Preciso descansar neste fim de semana porque estou exausto e a semana que vem será de jornadas absurdas com reunião de Diretoria Executiva, Conselho Deliberativo e Conselho Fiscal.

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (mandato 2014/18)

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CliniCassi Brasília-Sul

(Fonte: site da Cassi - modificado em: 10 Maio 2016)


Endereço: SGAS 613 Conjunto E Bloco A L2 – Asa Sul, - Asa Sul - Brasília - DF - 70200-903
Telefone: (61) 3218-7400
E-mail: clinicassi.bsbsul.df@cassi.com.br
CNPJ: 33.719.485/0020-90


Horário de atendimento: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 18h 
Serviços:

Consulta com médico de demanda espontânea sem horário agendado
Consulta agendada com médico de família e enfermeiro
Perícia médica para autorização de procedimentos
Saúde ocupacional (Exame Periódico de Saúde, avaliação ocupacional, exame admissional, exame demissional, exame de retorno ao trabalho e homologação de licença saúde
Autorização de medicamentos de uso contínuo da Assistência Farmacêutica
Programa de Atenção Domiciliar
Autorização e gerenciamento de cuidados em saúde mental e para pessoas com deficiência
Programa de Controle do Tabagismo- TABAS
Gerenciamento de doenças crônicas

Gerente de CliniCassi - Larissa Picarelli de Arruda

20.9.16

Opinião do Diretor de Saúde: efeito para a Cassi do índice de 7% da Fenaban





Olá companheir@s, amig@s e colegas do Banco do Brasil,

Nossas semanas de trabalho são sempre intensas para cumprirmos nossa missão de gerir a maior autogestão em saúde do país, a Cassi, e para defender os interesses dos associados numa entidade que está em negociações entre os seus patrocinadores (BB e Associados) para alcançar o equilíbrio econômico-financeiro e a sustentabilidade no plano de saúde dos trabalhadores.

Como Diretor de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi estou, em conjunto com nossas equipes técnicas, estudando a proposta apresentada pelo patrocinador Banco do Brasil às entidades representativas, proposta feita no último dia 5 de setembro. 

Minha obrigação de ofício e meu compromisso político com os associados é ser transparente na avaliação da proposta, dizer os pontos positivos e os negativos e apresentar sugestões técnicas e políticas para fortalecer e proteger a Cassi, os associados e a comunidade BB como um todo, porque uma Cassi forte é algo "Bom Pra Todos".

A Caixa de Assistência e as conquistas históricas na área da saúde por parte dos funcionários do Banco do Brasil são muito dependentes da campanha salarial da categoria bancária em sua data base, setembro. Principalmente o Plano de Associados, cuja receita operacional é baseada na remuneração da ativa e dos aposentados e pensionistas. Vejam vocês o dado que apresento abaixo.

Os bancários estão em greve desde o dia 6 de setembro lutando por aumento real de salário e um conjunto de direitos distribuídos por vários eixos temáticos. Passei parte importante de minha vida à frente desse processo de lutas, representando meus colegas bancários e uma centena de sindicatos. Os trabalhadores do setor que mais lucra no país, independente de crises políticas e econômicas, estão reivindicando dos bancos a reposição da inflação do período mais aumento real. A inflação da data base está projetada em 9,62%.

Pasmem vocês, mesmo com um lucro de cerca de 30 bilhões no primeiro semestre, os bancos não ofereceram sequer a inflação em sua proposta inicial (6% + abono). Após o início da greve, os banqueiros propuseram 7% + abono de 3.300 reais. Essa proposta e essa tentativa de voltar à famigerada política salarial dos anos noventa, sem reposição de inflação e ganho real e com "abonos", é uma tragédia para a nossa Caixa de Assistência, a Cassi, que tem sua perna de receita baseada na remuneração dos bancários.

Se a proposta dos banqueiros de 7% + abono de 3.300 fosse a proposta final desta data base, com uma inflação de 9,62%, a Cassi deixaria de receber em sua perna de receita operacional, para o resto da vida, um montante de mais ou menos 19 milhões de reais por ano. Já imaginaram o efeito disso num contexto em que estamos justamente discutindo o déficit no Plano de Associados?

Nem bem avançamos em uma proposta, que está sendo avaliada pelas entidades sindicais e associativas, proposta que traz uma perspectiva de nova receita extraordinária por 3 anos, e os bancos já tentam derrotar os bancários não repondo sequer a inflação do período.

Só para se ter uma ideia, a Cassi deixaria de arrecadar no Plano de Associados cerca de 55 milhões durante o prazo estipulado pela proposta do patrocinador Banco do Brasil, ou seja, até dezembro de 2019.

Aí fica difícil de se buscar qualquer tentativa de sustentabilidade e de avançar no Modelo de Atenção Integral e Estratégia Saúde da Família (ESF), que é a melhor perspectiva de manutenção dos direitos solidários em saúde e equilíbrio do Plano, porque cuida dos participantes com promoção de saúde e prevenção de doenças, monitora quem já tem algum problema de saúde e usa de forma mais racional os recursos arrecadados dos associados.

Como gestor eleito e representante dos trabalhadores, desejo muito que a campanha salarial dos bancários alcance êxito em conseguir aumento real de salário. Índice abaixo da inflação eu não quero nem pensar. Seria uma tragédia para a Cassi e consequentemente para os bancários e seus dependentes.

Em relação à nossa agenda de trabalho, nesta semana estaremos concentrados em Brasília. Só nesta segunda e terça, já trabalhamos as tradicionais 30 horas para leitura de pauta e deliberações da Diretoria Executiva. Estou produzindo os estudos necessários para nos posicionarmos em relação à proposta do Banco do Brasil para a Cassi.

Abraços aos meus colegas bancários e boa luta, desejo que a campanha salarial seja vitoriosa.

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (mandato 2014/18)

16.9.16

Cassi - Prestando contas e informando a base social



Participando de reunião da direção da Afabb SP, onde pudemos
 dar a nossa opinião a respeito das negociações sobre a Cassi.

Olá companheir@s, amig@s e colegas do Banco do Brasil,

Estamos fechando nossa semana de trabalho na gestão da Caixa de Assistência dos Funcionários do BB, a maior autogestão do país, entidade que cuida de mais de 700 mil participantes e que está presente com estrutura administrativa em todos os Estados brasileiros e no Distrito Federal e que conta com 65 unidades próprias de atendimento à saúde, as CliniCassi.

A base social que representamos como Diretor de Saúde e Rede de Atendimento é o país, nosso querido Brasil. Para cumprir um de meus compromissos com os associados e suas entidades representativas, a comunidade Banco do Brasil, nós pensamos estratégias desde o início de nosso mandato. 

Informar associados e representações sobre a Cassi e o modelo assistencial é estratégico para a sustentabilidade

Criamos um boletim mensal para falar da Cassi, do Modelo de Atenção Integral, da Estratégia Saúde da Família (ESF), dos Programas de Saúde da Cassi, de formas de organizar sistemas de serviços de saúde, para falar do modelo de custeio solidário do Plano de Associados, da importância das CliniCassi e da Atenção Primária à Saúde (APS), para falar dos Exames Periódicos de Saúde (EPS), enfim, nós já publicamos 26 boletins nesses 26 meses de mandato e qualquer associado, entidade representativa ou liderança da comunidade pode acessar todos os boletins na página da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, a Contraf-CUT, em sua página de "publicações".


Participando da reunião da direção da Aafbb, em Xerén RJ,
onde pudemos dar a nossa opinião sobre as negociações Cassi.

Gestão sempre presente nas bases sociais

Uma das questões mais estratégicas de nossa gestão na área de saúde e rede própria da Cassi é formar cidadãos conscientes de seus direitos e deveres em relação ao seu Plano de Saúde e informar o conjunto dos associados e participantes sobre a melhor forma de utilizar a Caixa de Assistência. Esta estratégia que adotamos no mandato tem relação direta com o tema "Sustentabilidade da Cassi".

Entramos o mês de setembro de 2016 num momento fundamental da luta coletiva e unitária que fizemos em busca de uma solução para o déficit do Plano de Associados da Cassi, luta iniciada desde o final de 2014, quando procuramos a Comissão de Empresa da Contraf-CUT para pedir apoio e calendário de mobilização e lutas em busca de mesa de negociações com o patrocinador BB, que logramos êxito, porque desde maio de 2015 estamos negociando soluções para a Cassi.


Plenário de lideranças paulistas debatendo sobre
a Cassi. Foto: da Afabb SP.

Tivemos a grata satisfação de nos reunirmos com duas das maiores entidades representativas que congregam colegas do funcionalismo do BB, principalmente de colegas aposentados. Estamos falando da Aafbb, cuja sede está no Rio de Janeiro e a Afabb SP, situada aqui na cidade de São Paulo.

Na quarta 14, estivemos no encontro nacional de representantes da Aafbb a convite e foi um dia de muito debate e construção de conhecimento coletivo em relação à Cassi. A entidade se posicionou favoravelmente à proposta apresentada pelo patrocinador Banco do Brasil, após debates em seus fóruns internos de governança. Sou grato a Aafbb por ter arcado com as nossas despesas de passagens aéreas e hospedagem.

Nesta sexta 16 tive a grata surpresa de coincidir minha agenda de trabalho, que havia definido por ser na Cassi SP, com a reunião da direção da Afabb SP. Agradeço muito ao convite feito para que eu pudesse participar e conversar com as lideranças a respeito da proposta do BB para a Cassi. Novamente, foram horas de debate construtivo, informativo e em benefício de nossa Caixa de Assistência.

As duas entidades representam milhares de colegas de nossa comunidade Banco do Brasil, principalmente do segmento de aposentados e pensionistas. Acredito que ganhamos todos nós com essa agenda da semana.


Reunião com funcionários da CliniCassi Centro, em São Paulo.

Diálogo permanente com os funcionários da Cassi

Outro momento que tem me dado uma alegria imensa é poder conversar com os trabalhadores da Cassi, que são patrimônio imprescindível da nossa entidade de saúde.

Dar informações a eles e ouvi-los é uma forma de dar pertencimento às pessoas que fazem a Cassi funcionar, e que cuidam e acolhem a tod@s nós associados e familiares.

Só nesta semana, conversei com os trabalhadores da Cassi no Rio de Janeiro, em nossa Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento e na CliniCassi Centro, SP.

Semana cheia, mas cheia de contato humano, num mundo cada vez com menos contato humano. Valeu a pena e vamos descansar um pouco para repor as energias para a próxima semana de luta em defesa da nossa Cassi, dos associados, do modelo de saúde que acreditamos ser o melhor para ambos, e consequentemente melhor também para o patrocinador Banco do Brasil.

Abraços a tod@s os meus pares da classe trabalhadora.

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (mandato 2014/18)


Post Scriptum: acredito que só tenho conseguido superar a tristeza em ver a destruição de meu país, dos direitos políticos, sociais e trabalhistas de meus pares da classe trabalhadora, e o ataque fascista à democracia por causa de mergulhar na luta pela Cassi e pelos associados como tenho feito nesses dois anos... mas dá uma tristeza imensa cada minuto em que me lembro do que está ocorrendo em nosso país.

15.9.16

Agenda Cassi - Diretor de Saúde debate proposta




Olá companheir@s, amig@s e colegas do Banco do Brasil,

Nesta semana, estamos cumprindo uma agenda de trabalho que conjuga nossas obrigações na governança da Cassi, na sede em Brasília, com visitas às entidades representativas e unidades da Cassi para conversar a respeito da proposta feita pelo patrocinador Banco do Brasil sobre o déficit do Plano de Associados e em busca de alternativas para a sustentabilidade da Caixa de Assistência.

Na quarta-feira, estivemos na reunião dos representantes da Associação dos Aposentados e Funcionários do Banco do Brasil (Aafbb), realizada em Xerén, RJ. Essa importante entidade do funcionalismo é uma das componentes da Comissão Negociadora que esteve nas lutas e debates unitários desde o início do processo negocial que trata do déficit do Plano de Associados.

A Aafbb se posicionou favorável à proposta apresentada pelo Banco do Brasil no último dia 5 de setembro.

Nosso debate com a direção e com os representantes da entidade durou toda a manhã e foi muito bom. Busquei dar informações importantes, e apresentei minhas preocupações a respeito da proposta.

Agradeço de coração a acolhida que tivemos, o alto nível dos debates e revi lideranças que tenho encontrado pelo Brasil afora na agenda de trabalho que definimos para nosso mandato e para nossa Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento.

Fizemos também no Rio de Janeiro, reunião com a equipe de funcionários da Cassi porque acho importante dar pertencimento a eles sobre os debates e rumos da nossa entidade e ouvir a opinião de quem faz a Cassi funcionar no dia a dia.

Hoje, na sede da Cassi, fizemos nova reunião com os funcionários de nossa Diretoria.

Nesta sexta, estaremos em São Paulo e vou conversar também com os funcionários da Cassi.

Terei uma nova oportunidade de conversar com os representantes da Afabb SP, pois fui convidado para participar de reunião desta importante entidade. Desde já agradeço o convite.

Vamos conversando com os associados, com suas entidades, com os funcionários da Cassi e avaliando a proposta porque as decisões que temos que tomar não são fáceis.

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (mandato 2014/18)

13.9.16

Opinião e agenda do Diretor de Saúde da Cassi (DF, RJ, SP)



Olá companheir@s, amig@s e colegas do Banco do Brasil,

Começamos nossa semana de trabalho com muitos estudos e leituras em nossa gestão na Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi. 

Na segunda, fizemos reunião com as nossas gerências na sede em Brasília e ficamos mais de 14 horas envolvidos com a pauta da reunião de Diretoria que acontece nesta terça 13.

Na quarta-feira 14 estaremos em Xerén, no Rio de Janeiro, onde participaremos de reunião da Associação dos Aposentados e Funcionários do Banco do Brasil - Aafbb. Estamos indo a convite e por conta da entidade para falar com os conselheiros e conselheiras a respeito da Cassi. Desde já agradeço a oportunidade de levar informações de nossa entidade de saúde a esta importante associação do funcionalismo.

Na quinta 15, nossa agenda de trabalho será em Brasília e na sexta-feira, trabalharemos na Cassi SP.

Sustentabilidade da Cassi e negociações com o patrocinador Banco do Brasil

Estamos avaliando a proposta feita pelo BB para a Cassi.

As entidades que compõem a Comissão Negociadora também estão avaliando a proposta. Contraf-CUT e Contec ficaram de dar retorno ao Banco após consultarem a posição de suas entidades afiliadas. Provavelmente isso ocorrerá após a Campanha Salarial porque os bancos e os bancários estão no período de data-base e no momento os bancários estão em greve por novas propostas da Fenaban e bancos. Anabb, Aafbb e Faabb também ficaram de consultar suas bases.

Creio que as lideranças e os Conselhos de Usuários também devem estar debatendo a proposta.

Estou preparando novo artigo com avaliação da proposta e com explicações sobre o que nós da Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento achamos relevante e fundamental para efetivamente buscarmos a sustentabilidade de nossa entidade de saúde dos trabalhadores, a Caixa de assistência.

Nosso trabalho pela Cassi se tornou um trabalho militante, além de dever de ofício, porque acreditamos que o Modelo de Atenção Integral à Saúde e Estratégia Saúde da Família (ESF) é a melhor perspectiva para cuidar de centenas de milhares de vidas, ainda mais num mundo adoecido e em crise e num setor de saúde com problemas maiores a cada semana.

Mas acontece que chegamos ao limite da capacidade instalada das unidades administrativas e das unidades de atendimento à saúde - CliniCassi -, e precisamos de investimentos para poder fazer o que deve ser feito. Nossas equipes atenderam aos nossos pedidos de gestor e incluíram quase 20 mil participantes a mais na ESF nos últimos dois anos, mas sem investimento na estrutura, nas pessoas e em tecnologia, fica difícil ampliar a Atenção Integral.

A Cassi, os associados e suas entidades representativas e o Banco do Brasil podem fazer a diferença se todos estivermos focados e em parceria no mesmo objetivo de promover saúde e prevenir doenças, cuidando e monitorando os participantes já com algum problema de saúde.

Abraços a tod@s os meus pares da classe trabalhadora.

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (mandato 2014/18)

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Post Scriptum (20:27h de quarta, 14/9, RJ):

Estamos no aeroporto do Galeão, aguardando para voltar à Brasília. Tivemos uma agenda de trabalho muito proveitosa no RJ.

Pela manhã, participamos do encontro dos representantes e lideranças da Aafbb em Xerén. Debatemos Cassi e as diversas questões inerentes à nossa entidade de saúde por mais de 4 horas.

Eu agradeço muito o convite, a recepção e acolhida que tivemos por parte de tod@s e estamos retornando com muita energia para seguir na luta pela nossa Cassi, pelos associados e suas entidades representativas e pelo modelo assistencial que defendemos, focado em cuidar das pessoas de forma integral.

Ainda fiz um esforço em ir até a nossa Unidade Cassi RJ, onde passamos o período da tarde. Fizemos reunião com os funcionários para darmos as informações mais recentes sobre a Cassi e conversamos um pouco com a gestão.

Vamos voltar pra sede da Cassi, onde vamos trabalhar amanhã.

William

9.9.16

Cassi acerta parcerias pela saúde em Sergipe


Reunião Cassi, Super, Gepes, Sesmt e Sindicato em Sergipe.

Olá companheir@s, amig@s e colegas do Banco do Brasil,

Estivemos nesta quinta e sexta em Aracaju, Sergipe, cumprindo uma importante agenda de planejamento da Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi, a maior autogestão em saúde do país.

A Cassi é a entidade de saúde dos funcionários do Banco do Brasil, tem mais de sete décadas de existência e, desde a Reforma Estatutária de 1996, está reorganizando seu sistema de serviços de saúde, baseado no Modelo de Atenção Integral à Saúde.

Nossa Caixa de Assistência cuida de mais de 400 mil participantes do Plano de Associados e ainda temos planos de saúde para familiares dos associados, funcionários da Cassi e convênios de reciprocidade com outras operadoras de autogestão. São mais de um milhão de participantes.

Nosso foco estratégico como gestor de saúde eleito pelos associados é formar uma comunidade de participantes que conheça o que é a Cassi, saiba seus direitos e deveres, compreenda o seu modelo assistencial, entenda causas e consequências do uso inadequado do seu plano de saúde e as melhores alternativas para ter atendidas as suas necessidades em saúde.

Este tem sido o nosso trabalho militante desde o dia 2 de junho de 2014, quando começamos nosso mandato como Diretor de Saúde e Rede de Atendimento.

Cassi acerta parceria com BB e entidades locais para fortalecer a comunicação e fornecer informação adequada aos bancários e associados sergipanos

Foi muito promissora a reunião entre a Cassi, Super, Gepes, Sesmt, Sindicato e Conselho de Usuários para definir uma agenda de trabalho focada em ampliar o nível de informações e conhecimento da comunidade assistida por nós em Sergipe. São mais de 14 mil participantes no Estado.

Dentre as possibilidades aventadas para serem programadas e executadas nos próximos meses, está a divulgação periódica de informações de saúde, do modelo de saúde, sobre a CliniCassi Aracaju, a Estratégia Saúde da Família (ESF), alternativas de atendimento de demandas em saúde evitando-se as judicializações e reclamações à ANS etc.

Também serão ampliadas as reuniões presenciais em locais de trabalho com palestras da Cassi para falar a respeito de saúde, tirar dúvidas e oferecer os serviços de Atenção Primária à Saúde (APS) e cadastrar participantes na ESF e atuar na promoção de saúde e prevenção de doenças a partir dos mapas de Exames Periódicos de Saúde (EPS) e checkups dos primeiros gestores.

Foram dadas várias sugestões de atuação conjunta entre Cassi, Banco do Brasil e entidades representativas, sempre com o foco na saúde dos participantes e no fortalecimento da Caixa de Assistência. Já haverá reunião organizativa das atividades e de planejamento na próxima semana.

Nós da Diretoria de Saúde acreditamos muito no aperfeiçoamento das parcerias em prol da Cassi, e consequentemente dos associados e seus familiares e do patrocinador Banco do Brasil. Com o agravamento das crises no setor de saúde suplementar e complementar, é necessário que a comunidade Cassi fortaleça o que tem de potencial para ampliar seu modelo de cuidar de pessoas, evitar doenças, monitorar participantes com doenças crônicas e usar de forma mais racional os recursos na Rede Credenciada.

Reunião com o Conselho de Usuário da Cassi Sergipe.

Reunião com o Conselho de Usuários da Cassi Sergipe

Na tarde de quinta-feira 8, estivemos reunidos com os conselheiros e conselheiras da Cassi em Sergipe. Foram quase 3 horas de debates, explanações, e construção de parcerias para fortalecer o Modelo de Atenção Integral e Estratégia Saúde da Família (ESF). Também falamos a respeito do histórico das negociações entre o patrocinador BB e as entidades representativas, do histórico do déficit do Plano de Associados, da proposta feita pelo BB nesta semana e várias outras questões abordadas.

Unidade Cassi Sergipe e
CliniCassi Aracajú. Temos
3 equipes de família em SE.
Reunião de gestão e com os funcionários da Cassi

Uma parte importante de nossa agenda de visita às Unidades Cassi e CliniCassi é a conversa com os nossos trabalhadores da Cassi, valioso patrimônio de nossa autogestão e de nós todos associados, que temos uma equipe dedicada de profissionais que cuidam de nossas vidas e de nossos entes queridos há décadas.

Além da reunião com o conjunto de funcionários, temos feito excelentes reuniões de gestão, trazendo informações e estudos que realizamos na sede e conhecendo também as experiências e ferramentas de gestão de nossas equipes nos Estados.

Recepção da CliniCassi Aracaju.

Unidade Cassi Sergipe (informações do site da Cassi)

Modificado em: 15 Dezembro 2015

Endereço: Av. Tancredo Neves, 242 - Grageru - Aracaju (SE) - CEP 49025-620
Telefone: (79) 2105-4600
Fax: (79) 2105-4630/4632
Contato: Fale com a CASSI
CNPJ: 33.719.485/0005-50 


Horário de atendimento: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 18h

Serviços: atendimento multidisciplinar em Saúde da Família (médico de família, enfermeiro, técnico de enfermagem, psicólogo e assistente social). Os serviços descritos necessitam de agendamento prévio. Realizamos também serviço de pronto atendimento para atendimento de consultas não agendadas, autorizações de procedimentos previstos nos planos (Associados e Cassi Família) e saúde do trabalhador, além de serviços de enfermagem (vacina, curativo, retirada de pontos, nebulização, aplicação de injeções entre outros).

Gerente de Unidade – Natalie Schindler Evangelista


Cheguei a Brasília a tempo de ver
o Por do Sol. Vamos descansar.

Seguimos cumprindo nossa agenda de gestor de saúde de forma militante


"Eu é que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dentes
Esperando a morte chegar" (Ouro de Tolo, Raul Seixas)


Estamos encerrando nossa agenda em Sergipe. Estamos felizes pelos resultados e pela recepção, acolhimento e doação de todos e todas nesta agenda. Agradeço emocionado por tudo.

Com todas as dificuldades que temos tido, completamos 17 Estados visitados nesta agenda de parcerias. E posso dizer que valeu e está valendo a pena o esforço de ir às bases da Cassi.

Já estivemos em São Paulo, Rondônia, Roraima, Rio de Janeiro, Paraná, Piauí, Minas Gerais, Maranhão, Goiás, Espírito Santo, Distrito Federal, Bahia, Amapá, Amazonas, Alagoas, Acre e agora em Sergipe.

Faltam 10 estados e vou conseguir cumprir toda a agenda de planejamento de nossa Diretoria até dezembro de 2016.

A maior parte desta agenda fiz com meus próprios recursos. Não acho adequado fazer isso, porque sou gestor da rede e do modelo assistencial e estou trabalhando. Mas não vou ficar sentado em minha mesa na sede por causa de incompreensão ou divergência interna no que é estratégico para a Cassi.

Na minha opinião, se uma reclamação e multa à ANS for evitada, UMA, já valeu a pena e já equivaleu a uma economia que daria para eu fazer minha agenda de trabalho por dois anos. Paciência, a gente segue fazendo o que entende que deve ser feito em defesa da Cassi, dos associados e dos funcionários da Cassi.

Se nós descobrirmos um participante em processo de adoecimento crônico ou com doença grave e evitarmos um infarto, um AVC, um aneurisma, uma falência de órgão, se evitarmos UM caso desses, já teremos economizado dezenas ou centenas de milhares de reais. Pequena porcentagem disso seria o equivalente necessário para fazer todas as Conferências de Saúde de um ano e ganhar aderência de mais participantes ao modelo assistencial preventivo.

Meu dispêndio nesta agenda de trabalho foi de 975 reais.

Vamos descansar um pouco. Abraços.

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (mandato 2014/18)

26º Boletim aborda Modelo de Atenção Integral à Saúde




O 26º boletim Prestando Contas Cassi traz explicações neste mês sobre como organizar e quali­ficar o sistema de saúde segundo a lógica do Modelo de Atenção Integral à Saúde.

O Sistema de Saúde da Cassi se caracteriza como um conjunto de pontos de atenção organizados para atender às premissas do Modelo de Atenção Integral à Saúde. Esse modelo se volta à oferta de uma abordagem global à saúde dos indivíduos, visando à satisfação das necessidades de saúde e à qualidade de vida.

Para organizar as ações assistenciais de modo a atender à integralidade da atenção, nos diferentes níveis de atenção, a Cassi optou por organizar os cuidados de saúde da população por meio de Programas de Saúde. 


Previsto como um modelo de organização de ações em saúde validado pela comunidade científica, os Programas de Saúde podem ser definidos como instrumentos para operacionalização de políticas de saúde por meio de planejamento, execução e avaliação de ações de promoção, prevenção, reabilitação e recuperação da saúde.

Leiam AQUI e divulguem para seus colegas bancários, amigos e associados da Cassi.

O 26º boletim Prestando Contas Cassi está disponível em PDF na seção "Publicações" do site da Contraf-CUT para que os sindicatos e federações possam imprimir e distribuir nas suas bases.

Fonte: Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi