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30.6.16

Cassi e BB buscam parceria para informações em saúde



Reunião Cassi e Banco do Brasil na Diref em 29jun16.
Somar esforços na comunicação sobre Cassi e Saúde.

Olá companheir@s, amig@s e colegas do Banco do Brasil,

Nesta semana, demos continuidade a um dos eixos do planejamento estratégico da Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi, área que somos responsáveis como gestor eleito pelos associados de nossa entidade de autogestão em saúde.

Uma das questões centrais para o fortalecimento do Espírito de Pertencimento de cada associado e associada da Caixa de Assistência é termos uma estratégia estruturada e periódica de comunicação e informações a respeito da Cassi, de nosso modelo assistencial, da melhor forma de acessar os direitos em saúde, de como promover saúde e prevenir doenças, dentre outras informações elementares sobre a maior autogestão do país, que pertence à comunidade do Banco do Brasil e cuida de mais de 700 mil vidas.

Para ampliar o conhecimento sobre a Cassi e o Modelo de Atenção Integral à Saúde, desde o início de nosso mandato como Diretor de Saúde (2014/18), temos agregado em nossa jornada mensal de trabalho, que envolve muito estudo e debates internos - técnicos e políticos -, a ida constante às bases sociais da Cassi em todo o país, porque gerir as Redes de Atendimento próprias da Cassi (65 CliniCassi e 27 Unidades Administrativas), pelas quais somos responsáveis, é estar nestas bases prestando contas e aproximando todos os atores da comunidade local atendida pela Cassi, além de gerir os recursos materiais e humanos de nossa entidade nacional.

Nesta quarta-feira, 29 de junho, tivemos uma importante reunião de trabalho e construção de parcerias com o nosso patrocinador Banco do Brasil, na sede da empresa em Brasília. Fomos recebidos pela Diref e pela área de comunicação do Banco.

A comunicação sobre a Cassi e as questões relacionadas à saúde dos trabalhadores e associados da Caixa de Assistência foram as principais ideias e proposições abordadas por ambas as partes, o BB e a Diretoria de Saúde da Cassi. Algumas propostas pensadas na reunião serão finalizadas em mais alguns encontros de trabalho. Exemplos:

- informativos disponibilizados pelo Banco em seus canais de comunicação sobre a própria Cassi, a Estratégia Saúde da Família (ESF), a promoção de saúde, autocuidado, funcionamento das CliniCassi etc

- disponibilização de alguns temas de saúde na grade de opções da Universidade Corporativa do Banco

- a Diretoria de Saúde entregou ao patrocinador BB contribuições a respeito de melhorias na área de comunicação e marketing da Cassi, no intuito de melhorar conteúdos e acessos a informações de saúde no site da entidade

As perspectivas de avanços para a Cassi e seus associados são diferenciais a serem valorizados, apesar de crise no setor de saúde e déficit no Plano de Associados 

Temos explicado ao conjunto das entidades representativas do funcionalismo e dos associados da Cassi, tanto da ativa quanto dos aposentados, e aos líderes e gestores do patrocinador Banco do Brasil, que temos uma perspectiva promissora para a sustentabilidade da Cassi no médio e longo prazo porque o modelo de saúde adotado por nós, de promoção de saúde e prevenção de doenças, a partir da Atenção Primária e do cuidado e controle dos agravos da população já adoecida, é o que há de melhor no mundo em resultados sanitários e no uso de recursos de planos coletivos de saúde.

Se, por um lado, há crises graves tanto políticas quanto econômicas, e também no setor saúde, tanto público quanto privado, e na autogestão da saúde suplementar mais ainda, porque sofre consequências de toda a crise no setor, por outro, a Cassi e o Banco do Brasil têm uma população cativa por décadas e pode cuidar desse conjunto de participantes tendo resultados muito melhores que qualquer setor na saúde. Isso foi pensado pelos patrocinadores desde a reforma estatutária de 1996.

Cientes das tarefas que temos a realizar na Cassi para completar o modelo assistencial e estendê-lo ao conjunto dos participantes, estamos atuando na construção da Cultura da Promoção de Saúde e empoderando todos os atores envolvidos na comunidade Banco do Brasil.

Sabemos que só após a solução para o custeio e déficit do plano de saúde dos funcionários é que poderemos superar gargalos na implantação do que falta do modelo de saúde da Cassi. 

Aliás, esperamos que os temas déficit, custeio e sustentabilidade sejam tratados com urgência na volta das mesas de negociação entre o BB e a Comissão Negociadora criada desde 2015 para isso.

Mais uma vez, nos colocamos à disposição para contribuir tanto com nossa opinião de eleito como também com os estudos e informações que temos como Diretor de Saúde.

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (eleito 2014/18)

29.6.16

Cassi terá oito novas Conferências de Saúde no 2º semestre






A Cassi e os Conselhos de Usuários realizarão oito Conferências de Saúde no segundo semestre de 2016. Os eventos acontecerão nos Estados AL, GO, MA, MT, PA, RS, RO e TO, além de quatro Pré-Conferências nas cidades de Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas e Santa Maria (RS).

No primeiro semestre foram realizadas as conferências no Piauí e na Paraíba, dias 12 e 13 de maio, respectivamente. O tema das palestras desses eventos em 2016 está sendo o mesmo de 2015: “Sustentabilidade da Cassi”. O diretor de Saúde e Rede de Atendimento, William Mendes, tem conduzido as apresentações nos eventos falando sobre a Cassi e o modelo assistencial adotado.

Os eventos reúnem representantes dos planos de saúde Cassi e das entidades ligadas ao funcionalismo do Banco do Brasil para discutirem saúde no contexto da Cassi. 

Confira os eventos dos Conselhos de Usuários previstos para o segundo semestre de 2016. As conferências ocorrem sempre nas capitais. A programação completa, com local e horário, é publicada na página do Estado um mês antes do evento e também pode ser obtida junto à Unidade Cassi correspondente.

Conferências Estaduais de Saúde em 2016

05/08 – Goiás
26/08 – Rondônia
28/10 – Alagoas
03/11 – Pará
17/11 – Rio Grande do Sul
25/11 – Tocantins
01/12 – Mato Grosso
16/12 – Maranhão
Já realizadas:

Pré-Conferências de Saúde

Haverá Pré-Conferências em Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas e Santa Maria (RS), em datas ainda não confirmadas.

Fonte: Site Cassi

Comentário do Blog:

Caros companheir@s, amig@s e colegas do BB, assim como realizamos em 2015 as 17 Conferências de Saúde, mesmo sem termos recursos da Cassi para a realização, e fortalecemos a participação social, inclusive no mais profundo conceito de solidariedade e senso de coletividade, porque diversas entidades representativas nos apoiaram com recursos financeiros, humanos e materiais, neste ano não será diferente.
As duas Conferências de Saúde do 1º semestre, no Piauí e na Paraíba, ocorreram por termos recebido apoio das entidades sindicais e representativas, que completaram os recursos necessários para os eventos.
Para as próximas oito Conferências e pré-Conferências, esperamos contar novamente com o apoio de nossas entidades representativas e também do Banco do Brasil e, se faltar recursos, vamos nos empenhar para a realização de todas as Conferências.

William Mendes

Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (eleito 2014/18)

28.6.16

Estudos: Cassi 1997





Olá companheir@s, amig@s e colegas do Banco do Brasil,

Nesta segunda-feira 27, estamos chegando perto de meia-noite ainda trabalhando pela nossa Caixa de Assistência. Durante o dia foram horas de trabalho de leitura da pauta da reunião de Diretoria Executiva desta terça.

Além disso, no final da tarde, tivemos o evento de posse da nova gerência da Unidade Cassi DF, com a participação de funcionários e lideranças do Banco, das entidades representativas e Conselho de Usuários e funcionários da Cassi.

Agora ao final da noite, estou nos estudos da história da Cassi, lendo desta vez o Relatório Anual 1997 e destacando alguns dados que achei interessantes.

Quanto mais leio e vejo ao longo do tempo a Cassi planejando mudanças importantes no custeio, no modelo assistencial, na governança, mais me certifico que as intenções e as ideias eram de vanguarda e deveriam ser implementadas mesmo. No entanto, percebo que ao longo do tempo, etapas da implementação do modelo de Atenção Integral à Saúde não avançaram como deveriam, o que não quer dizer que não devemos trabalhar para completar o que falta ser feito, à luz da realidade atual.

Estou vivendo o momento presente como Diretor de Saúde eleito pelos associados e quase poderia dizer que a sorte não foi tão grande na minha vez, porque já entrei na Cassi em crise de déficit no Plano de Associados, sem contribuições novas ou extraordinárias como ocorreu entre 2007 e 2013, talvez sendo cobrado por etapas e ferramentas de um modelo de saúde não implantado pelos que me antecederam nestes anos todos. Mas isso faz parte e estamos buscando superar os gargalos.

(Mas tem umas senhoras ex-diretoras da Cassi e o líder delas que escrevem e pregam nos lugares que frequentam maledicências do tipo "o diretor de saúde não trabalha"... Parece mesmo que o mundo está vivendo uma época de canalhices e de inversão dos valores...)

Destaques de 1997

Criação do Plano Cassi Família (Saúde Família), criação da Central de Atendimento Cassi 0800 78 0080, o novo custeio da Cassi de 7,5% da remuneração dos associados (3% + 4,5%), a inauguração de 2 (duas) CliniCassi - Rio de Janeiro e Campinas -, e o BB congelou os salários dos bancários, já prejudicando o eixo das receitas da nossa Caixa de Assistência, fato que viria a contribuir decisivamente para os sucessivos déficits do Plano de Associados.

Bom, vamos destacar algumas questões daquele ano de 1997 na Cassi.

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (2014/18)


Relatório Anual 1997

BALANÇO PATRIMONIAL (reais)

Resultado do Exercício

1997 = 19.845.112,47.......... 1996 = 11.275.378,54

Só foi positivo porque o Plano Saúde Família foi superavitário em 24.922.182,13, já que o Plano de Associados deu déficit de 5.077.069,66.

DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

PLANO DE ASSOCIADOS

Receitas Básicas - Contribuições

1997 = 317.879.721,10.........1996 = 238.883.947,45

Despesas Básicas - Auxílios Concedidos

1997 = 289.278.613,27.........1996 = 248.844.409,45

Apesar do Plano de Associados ter obtido Resultado Financeiro Líquido de 22,9 milhões, teve uma perda terrível na alienação de investimentos, de 27,5 milhões de reais (página 11).

O resultado final acabou sendo déficit de 5 milhões de reais.


SAÚDE FAMÍLIA 1997

Receitas Básicas Mensalidades 1997 = 59.369.268,51

Despesas Básicas Aux. Conc. 1997 = 23.797.907,75


Comentário final do blog

Já é meia-noite e meia de terça 28/6, vamos dormir e fazer uma segunda postagem sobre o ano de 1997 para complementar essa com o resultado econômico-financeiro da Cassi.

William

27.6.16

Cassi é homenageada pelo combate ao tabagismo


Sandro Sedrez recebendo a moção de louvor.

A Cassi foi uma das instituições homenageadas pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, com moção de louvor pela atuação na luta contra o tabagismo por meio do programa Tabas.

O então gerente da Unidade DF, Sandro Sedrez, recebeu a homenagem pelo trabalho desenvolvido pelas CliniCassi Brasília Sul e Norte, no acompanhamento a participantes que desejam abandonar o cigarro, e pela eficiência do trabalho desenvolvido pelos profissionais da saúde na prevenção do tabagismo.



Equipe da Gerência de Saúde e da CASSI DF
durante a homenagem no Legislativo.

A sessão foi realizada dia 1º de junho, em comemoração ao Dia Mundial Sem Tabaco (31/6), e atraiu ao plenário da Câmara dezenas de profissionais da saúde e representantes de entidades públicas e não-governamentais de combate ao tabagismo e também membros do Conselho de Usuários da Cassi DF e profissionais da Cassi.


Fonte: Cassi

Estudos: Cassi 1996 (Parte II)




Olá companheir@s, amig@s e colegas do Banco do Brasil,

Dando sequência à postagem anterior (ler AQUI), na qual apresentamos o texto introdutório da Direção da Cassi no Relatório Anual de 1996, abordando as mudanças ocorridas após a Reforma Estatutária, vamos agora mostrar alguns números que estamos observando ano a ano nos relatórios e balanços de nossa Caixa de Assistência.

Teremos neste segundo semestre de 2016 um período de busca de soluções para o equilíbrio econômico-financeiro de nossa Caixa de Assistência, debate que já vem ocorrendo entre os patrocinadores Banco do Brasil e Corpo Social desde maio de 2015 em mesas constituídas para esse fim.

Quando cheguei à Cassi como gestor eleito pelos associados em junho de 2014, me debrucei em estudar a nossa entidade de saúde e o setor em que ela está inserida. Agora refaço os estudos com muito mais conhecimento após dois anos como Diretor de Saúde e Rede de Atendimento, a área responsável pelo Modelo Assistencial de Atenção Integral à Saúde e pela estrutura própria de atendimento aos participantes, as Unidades Administrativas nos Estados e DF e as 65 unidades de atendimento básico, as CliniCassi.

Como tenho afirmado em cada postagem ou debate presencial desde que comecei o mandato na Cassi, todas as minhas ações e posições visam o fortalecimento da Cassi e a manutenção dos direitos dos associados, dentro de um modelo de serviços de saúde que preserve o princípio da solidariedade em nossa Caixa.

Em relação à leitura completa do Relatório Anual de 1996, me pareceu que os resultados econômico-financeiros não foram suficientes para fazer frente à mudança estatutária porque os números finais não expressam isso, não vi melhoria nas reservas financeiras, não percebi vigor nas receitas operacionais para enfrentar o constante aumento de despesas assistenciais maiores que a inflação oficial etc e, se entendi bem, a troca de ativos financeiros teve resultado ruim para a Cassi.

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (eleito 2014/2018)


Cassi - Relatório Anual e Demonstrações Contábeis 1996


BALANÇO PATRIMONIAL (reais)

RESULTADO DO EXERCÍCIO 1996 = 11.275.378,54

Resultado do exercício de 1995 = (53.624.112,22)


DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

Receitas Básicas / Contribuições 

1996 = 238.883.947,45    1995 = 113.724.011,32

Despesas Básicas / Auxílios Concedidos

1996 = 241.095.719,51     1995 = 200.634.303,01

Resultado Operacional Básico

1996 =    4.674.422,41       1995 =  74.258.208,09

Resultado Financeiro Líquido

1996 =   18.242.405,09      1995 =  21.801.479,55

Superávit/Déficit do Exercício

1996 =    11.275.378,54      1995 =  53.624.112,22


NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

(...)

NOTA 4: PATRIMÔNIO LÍQUIDO

"O superávit apurado ao final do exercício de 1996, R$ 11.275.378,54, será apropriado ao Patrimônio Líquido no início do próximo exercício."


QUADRO DE ASSISTIDOS

"Ao final do exercício de 1996, o Corpo Social está constituído por 427.656 usuários, distribuídos da forma abaixo:"

CONTRIBUINTES..............................137.124

Ativos................................................85.832
Aposentados......................................37.532
Pensionistas......................................13.760

DEPENDENTES ECONÔMICOS...........290.532

De funcionários em atividade...........211.799
De funcionários aposentados.............78.733

"Com a saída de 18.726 beneficiários durante o ano de 1996, o Quadro de Usuários apresentou uma redução de 4,10%, isto é, uma perda média mensal de 0,35%"


DESPESAS E RECEITAS

2.1. DESPESAS

"No exercício de 1996 os auxílios concedidos pela Cassi apresentaram um acréscimo de 21,14% em relação aos auxílios concedidos no exercício anterior, atualizados com base no IGP-M (FGV)"

2.2. RECEITAS

"No exercício de 1996, as receitas de contribuições comparadas ao exercício de 1995, atualizadas com base no IGP-M (FGV), apresentaram um acréscimo de 102,80%, em decorrência do reajuste da mensalidade a partir de junho/96 com a aprovação da reforma estatutária pelo Corpo Social da Cassi"

2.4. RECEITAS E DESPESAS NÃO-OPERACIONAIS

"No mês de outubro/96, foi assinado o contrato com a BB-DTVM, para a administração de recursos oriundos da reserva financeira da Cassi. A partir de então a Cassi disponibilizou as ações BB-ON e BB-PN, apropriadas no Ativo Permanente na medida em que eram alienadas, e tendo em vista o elevado valor histórico desses papéis, muito acima do valor de mercado, acumulou-se no exercício uma perda por alienação no valor total de R$ 5.796,3 mil, implicando diretamente na redução do resultado final dos meses de novembro e dezembro/96..."

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

(...)

"7. Devido à relevância dos assuntos mencionados nos parágrafos 3 a 6, a extensão do nosso exame não foi suficiente para nos possibilitar emitir, e por isso não emitimos opinião sobre as demonstrações contábeis referidas no parágrafo 1"


Órgãos da Administração

Conselho Deliberativo

Deli Soares Pereira - Presidente

Euclides José de Souza - Membro Efetivo
Francisco Sérgio Rayol de Freitas - Membro Efetivo
Roberto Barroso - Membro Efetivo
Romildo Gouveia Pinto - Membro Efetivo

Hermano José Valdevino de Brito - Membro Suplente
José Antônio dos Santos - Membro Suplente
José Maria Rabelo - Membro Suplente
Maria Helena Possas Feitosa - Membro Suplente

Diretoria Executiva

Sebastião Fajardo Barbosa - Diretor Superintendente
Edilson Almeida da Silva - Diretor Executivo
Joilson Rodrigues Ferreira - Diretor Executivo
Milton Donato May - Diretor Executivo

Conselho Fiscal

Sérgio Nóbrega de Oliveira - Presidente

José Alexandre Grimmer Davis - Conselheiro Efetivo
José Francisco de Morais Santos - Conselheiro Efetivo

Fábio Alves Moreira - Conselheiro Suplente
José Doralvino Nunes de Sena - Conselheiro Suplente
Maristela Laforga - Conselheira Suplente

24.6.16

Estudos: Cassi 1996 - Grandes mudanças





Olá companheir@s, amig@s e colegas do Banco do Brasil,

Estamos relendo os Relatórios Anuais de nossa Caixa de Assistência e estudando a nossa história mais recente, os anos noventa e dois mil.

O ano de 1996 foi tão marcante que prefiro fazer mais de uma postagem. Nesta, vou digitar a apresentação do Relatório Anual com os fatos que marcaram as mudanças pelas quais a Cassi passou após debates entre os patrocinadores BB e Corpo Social e um conjunto de votações que praticamente definiram a Cassi que temos hoje, com algumas mudanças que ocorreram em 2007.

Vamos ao texto que nos mostra questões bem importantes que tenho me esforçado para resgatar como Diretor de Saúde eleito em 2014 e que baliza meu mandato, pois tenho uma estratégia clara de resgatar a Cultura da Saúde, da promoção de Saúde e da Atenção Integral ao levar o tema às bases, ou seja, ao Corpo Social e entidades representativas, bem como ao patrocinador BB e seus gestores, levar informações necessárias para envolver a todos os atores da comunidade Banco do Brasil nesta Caixa de Assistência.

Os sublinhados no texto são meus.

Abraços a tod@s os meus pares da classe trabalhadora!

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (eleito com mandato 2014/18)


"Cassi - Os fatos do ano de 1996

A REFORMA ESTATUTÁRIA

Criada há 52 anos, a Cassi tornou-se uma realidade e passou a fazer parte da vida dos funcionários do Banco do Brasil, especialmente quando há necessidade de cuidados com a saúde. Durante esse período, a Caixa enfrentou conjunturas adversas, felizmente superadas graças à consciência e ao interesse do Corpo Social.

O ano de 1996 foi marcado por profundas transformações, balizadas pelo novo Estatuto, que passou a vigorar em 31 de maio. Desde o mês de janeiro, porém, diretoria, funcionários e associados concentraram todo o esforço e energia para discutir intensamente o processo da reforma estatutária, calcada em três grandes pilares:

- novo modelo de gestão;

- novos planos de saúde; e

- nova forma de contribuição (equilíbrio financeiro)

Um amplo fórum de debates, em nível nacional, com as entidades dos associados e com eles próprios, marcou a reformulação do Estatuto. Nos meses de janeiro e fevereiro, a diretoria saiu a campo, viajando por todos os Estados explicando as novas propostas, para que o Corpo Social pudesse discutir e decidir, de forma consciente, os rumos da Cassi.

Tamanho foi o interesse de todos os envolvidos com a discussão do novo Estatuto, que a votação precisou ser alterada por duas vezes. Inicialmente marcada para o período de 14.02 a 1º.03.96, foi postergada para 25 a 29.03.96 e, por último, realizada entre 26.04 a 03.05.97 (primeiro turno) e 16 a 23.05.97 (segundo turno).

A incerteza que ameaçava a continuidade dos serviços da Cassi chegava ao fim. Foi expressivo o índice de aprovação do Estatuto - 84% dos associados que compareceram às urnas no primeiro turno, votaram SIM às alterações propostas. Ou seja, de um total de 96.216 votantes, 81.132 aderiram à reforma. Mas as alterações nos estatutos da Cassi exigiam a aprovação de pelo menos 2/3 de todo o Corpo Social. Esse quórum não foi atingido porque 30.000 associados deixaram de votar. Daí a necessidade da realização de um segundo turno.

Dessa vez, o resultado superou o quórum de 2/3 de votos SIM. Com a expressiva participação de 91,11% do quadro de associados, 90.692 votantes aderiram à nova Cassi que acabava de nascer. Veja o resultado final:

VOTOS...................QUANTIDADE................PERCENTUAL

Sim............................90.692...........................71,16
Não............................11.585............................9,09
Em branco......................649.............................0,50
Nulos..............................463.............................0,36
Ausentes....................24.063...........................18,89
TOTAL.......................127.452.........................100,00

Esse resultado vitorioso foi consequência da ampliação do debate no segundo turno, com a extensão das discussões sobre a Cassi em todas as instâncias do BB.

Em grandes linhas, o Estatuto possibilitou o aumento do percentual das contribuições dos associados e da participação do Banco (3% sobre os Proventos Gerais para o Corpo Social e 4,5% sobre essa mesma base para o BB). Com isso, equilibraram-se as finanças do Plano de Associados e a Cassi passou a ter autonomia de gestão em relação ao Banco do Brasil, assumindo ainda o ônus de suas despesas administrativas. Um novo modelo foi implantado com a posse da Diretoria Executiva e dos Conselhos Deliberativo e Fiscal. E, finalmente, a Caixa pôde abrir-se para o mercado, por meio de outros planos de saúde para participantes externos.

NOVO MODELO DE GESTÃO

No período de 17 a 22 de julho, o Corpo Social foi novamente chamado para definir, por voto, a chapa para compor a 1ª Assembleia de Representantes e o Conselho Fiscal. Tais instâncias foram consolidadas com o novo Estatuto. A chapa Saúde Cassi: renovar com competência foi a vencedora.

A Assembleia de Representantes - instituída com a missão de nomear os membros da Diretoria Executiva. Foi instalada em 30 de julho.

O Conselho Deliberativo - criado para acompanhar os negócios e as atividades da Cassi e para deliberar sobre assuntos estratégicos, incluindo aí a definição das políticas e programas de saúde e de prevenção de doenças. Foi empossado em 31 de julho, com cinco membros efetivos e respectivos suplentes, sendo dois titulares pelo Banco e três eleitos pelos associados. A presidência coube a um conselheiro eleito.

A Diretoria Executiva - órgão de administração geral, com a função de colocar em prática as diretrizes e as normas definidas pelo Conselho Deliberativo, substituindo a diretoria anterior à aprovação do Estatuto. No novo modelo de gestão, a nomenclatura foi alterada, surgindo o Diretor Superintendente no lugar do Presidente da Cassi. Enquanto isso, os cargos de Diretores de Auxílio, Deliberativo e Administrativo deram lugar aos de Diretores Executivos. O Banco indicou o nome do Diretor Superintendente e um Diretor Executivo, enquanto os associados elegeram dois Diretores Executivos. Seus membros tomaram posse em 31 de julho.

O Conselho Fiscal - órgão responsável pela fiscalização da gestão administrativa e econômico-financeira da Cassi. Formado por três titulares com respectivos suplentes, todos eleitos pelos associados, foi instalado também em 31 de julho.

NOVOS PLANOS DE SAÚDE

No mês de outubro, a Cassi concluiu os estudos para  a viabilização de novos planos de saúde, entre eles planos próprios para participantes externos (Saúde Família) e planos administrados para pessoas jurídicas.

As condições gerais desses planos foram submetidas à apreciação dos associados em plebiscito realizado nos dias 27 e 28 de novembro. Pelo resultado da votação, 90,4% dos votos válidos foram favoráveis à criação de planos próprios para participantes externos e 68,3% aprovaram os planos administrados para pessoas jurídicas.

Mais uma vez prevaleceu a confiança na Cassi e na capacidade de juntos - Corpo Social e Banco do Brasil - superarem obstáculos e conquistarem melhor qualidade de vida para os seus usuários do sistema.

Dezembro foi um mês integralmente dedicado à preparação do Saúde família. O Plano foi planejado com base em pesquisa realizada no mês de julho, que indicou alto interesse dos associados pela inclusão de familiares num plano VIP, com padrão único de atendimento, em todo o território nacional. Esses dados foram repassados a uma empresa especializada em cálculos atuariais, para definição das coberturas e dos valores das mensalidades.

Em linhas gerais, o Saúde Família ficou bastante parecido com o Plano de Associados: cobertura ampla, internação em apartamento privativo e atendimento garantido em todo o País, por meio de rede própria ou de credenciados. Algumas pequenas diferenças: não cobre enfermagem domiciliar, psicoterapia e tratamento especializado para portadores de deficiências. A livre escolha somente é permitida em casos de urgência comprovada ou em locais onde não há profissionais credenciados ou rede própria. Os medicamentos apenas são pagos quando utilizados dentro do hospital.

Ficou definido que o Plano entraria em linha no início de 1997, podendo dele participar todos os familiares dos associados e dos ex-associados da Cassi - consanguíneos ou afins -, independentemente de limite de idade.

NOVA FORMA DE CONTRIBUIÇÃO - EQUILÍBRIO ECONÔMICO

Com suas finanças saneadas pelo aumento da receita, a Cassi buscou desenvolver um modelo de administração das reservas financeiras adequado ás necessidades, de acordo com as recomendações do Conselho Deliberativo. A meta foi maximizar os rendimentos dentro de padrões aceitáveis de risco, mediante formação de portfólio diversificado de investimentos.

A estratégia consistiu em um trabalho conjunto com a BB-DTVM, instituição do conglomerado Banco do Brasil especializada em gestão de recursos de terceiros.

Para o desenvolvimento desse trabalho, a sede da Cassi vem sendo equipada com sistemas de informação específicos.

INFORMATIZAÇÃO DA CASSI

Num ano repleto de novidades, a informática não poderia ficar de lado. Com o pé no futuro, a Cassi buscou meios para enfrentar com profissionalismo, a concorrência, aperfeiçoando seus sistemas de controle.

Para acompanhar melhor as informações sobre saúde e adequar o quadro de recursos humanos, a Caixa iniciou no mês de julho, um processo de substituição do CSC. Buscou superar  algumas de suas restrições, como por exemplo o processamento operacional em relação ao Banco.

Dentro desse processo destacaram-se as seguintes atividades.

- a Sede recebeu uma rede de microcomputadores;

- iniciou-se a instalação da rede nas Unidades Cassi;

- disponibilizou-se às Unidades Cassi uma base de informações gerenciais para consultas, oriunda do CSC, em padrão impresso;

- criou-se o sistema Atend para servir de porta de entrada ao sistema Cassi.

O desenvolvimento do novo sistema de informação permitirá implantar, de forma gradual, rede interligada nacionalmente para processamento dos serviços da Cassi.

NOVO MODELO ASSISTENCIAL

Com o interesse de adicionar qualidade aos serviços prestados e reduzir perdas e desperdício de recursos, a Diretoria da Cassi optou por adotar nova filosofia em relação ao atendimento do usuário. A premissa básica desse modelo assistencial consiste na atenção integral à saúde, com alta resolutividade nos primeiros atendimentos e redução de procedimentos desnecessários.

O novo modelo pressupõe forte mudança de posição da Cassi em relação ao mercado: de mera espectadora, a Caixa passa a atuar cada vez mais como reguladora, participando ativamente da relação associado/fornecedor de serviços. Diversas ações foram executadas ao longo do ano:

- estruturação da Central Telefônica de Atendimento e Orientação, para ser o principal canal de comunicação do usuário com a Cassi, com inauguração prevista para o início de 97;

- instalação de Central de Negociação de Medicamentos na Cassi-DF, visando maior controle na aquisição de medicamentos de uso contínuo e de alto custo;

- instalação de Central de Compra de Órteses e Próteses na Cassi-RJ, visando reduzir custos, eliminar a figura do intermediador, incluídos os hospitais, que chegam a faturar até 40% a mais com a venda desses materiais;

- referenciamento da rede de prestadores de serviços, para qualificar a assistência à saúde e hierarquizar a assistência, classificando-a em rede básica (clínica médica, cirurgia geral, pediatria, ginecologia e obstetrícia), rede de suporte (laboratórios, centros de imagem, de alta tecnologia e hospitais) e rede de especialistas. Processo iniciado no Rio de Janeiro.

Para assessorar a Cassi na implantação desse novo paradigma, foram contratados os serviços de consultoria técnica da Unicamp, no mês de janeiro.

CONVÊNIO CASSI-BANCO DO BRASIL

Em 02.09.96, foi instalado Grupo de Trabalho com a finalidade de apresentar proposta de absorção das despesas administrativas da Cassi, bem como de pagamento, pelo Banco, das despesas pelos serviços a ele prestados pela Caixa.

Os trabalhos encerraram-se no final do mês de outubro. Em 30.12.96, foi assinado contrato entre a Cassi e o BB, onde foram definidos os serviços do Banco a serem absorvidos pela Caixa. Entre eles, os exames periódicos de saúde, os exames médico-periciais para concessão ou prorrogação de auxílios-doença, pareceres técnicos, aquisição de medicamentos no exterior; concessão de benefícios do Programa de Assistência Social (PAS), realização de palestras e conferências, assistência médica durante a jornada de trabalho, entre outros.

Essas ações combinadas permitirão a criação de condições efetivas para se administrar melhor Saúde, racionalizando gastos e melhorando a qualidade de vida dos usuários da Cassi.

Integram ainda o presente Relatório Anual 1996 as seguintes matérias, para as quais recomendamos leitura: Balanço Patrimonial Comparado ao Ano Anterior; Demonstrativo de Resultado do Exercício; Balancetes; Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras e Análise Econômico-Financeira."


Fonte: Relatório Anual Cassi 1996

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Post Scriptum:

Trabalho de leitura e digitação feito ao som de "As quatro estações" de Vivaldi e sinfonias nº 9 e nº 5 de Beethoven. 

Foi uma forma de concertar as ondas cerebrais enquanto fazia esse trabalho de compartilhar conhecimento da história da Cassi com vocês.

23.6.16

Estudos: Cassi 1995





Relatório Anual 1995 - Leitura e observações

Comentário do blog

Estou como Diretor eleito de Saúde e Rede de Atendimento da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil, em mandato desde junho de 2014. A Cassi é um dos maiores patrimônios dos trabalhadores deste banco bicentenário e cuida da saúde de mais de 700 mil participantes.

As pessoas que conhecem minha trajetória de representação dos bancários desde 2002, quando fui eleito diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo Osasco e região e depois fui ocupando outros espaços de representação eleito pelos trabalhadores, sabem que gosto de estudar a história das entidades e comunidades às quais pertenço para ter mais capacidade de representar os associados (ter lado) e propor soluções e inovações aos novos desafios que sempre surgem.

Quando cheguei à Cassi, enfrentei logo de cara uma dura realidade: a entidade já "represava" uma discussão de déficit operacional recorrente e histórico no plano de saúde dos funcionários. Ao se falar do assunto internamente e na comunidade BB, já se abordava a lógica pura e simples do "rever custeio", sem entrar numa discussão mais aprofundada de "Por que" ocorrem déficits. 

Como a nossa entidade de saúde recebeu algumas receitas extraordinárias ou novas receitas (ou redução de despesas via participações), entre 2007 e 2013, como por exemplo as contribuições advindas do BET do Plano 1 da Previ e a Reforma Estatutária de 2007, foi possível fechar exercício a exercício contábil absorvendo os déficits operacionais via consumo de resultados financeiros ou via consumo de reservas.

Li os relatórios anuais da Cassi naquela época da chegada à gestão e agora estou relendo com outros olhos, porque agora tenho mais experiência de gestor, conhecimento técnico e em breve vamos ter que efetivamente construir alguma solução consensada ou de maioria entre os dois patrocinadores, o Banco e os Associados, porque a Cassi é muito importante em nossas vidas e ela é maravilhosa quando sabemos o que a entidade já faz para cuidar de centenas de milhares de vidas todos os anos.

Deste relatório de 1995, que cito algumas questões interessantes, observa-se a manutenção pesada de déficit operacional como ocorreu em 1992, 1993 e 1994, consumo das reservas também de forma elevada, e uma decisão tomada pelos patrocinadores BB e associados, a partir de setembro de 1995, de gerar ingressos extraordinários a partir de rateio mensal do déficit operacional entre o Banco e os associados, enquanto se discutiria soluções que acabaram vindo meses depois com a nova Reforma Estatutária de 1996.

É isso, vamos seguir aprofundando os estudos e esperando a retomada das negociações atuais, e já reafirmando que estamos à disposição de todos para opinar, tanto ao Banco quanto às representações do funcionalismo e associados.

Minhas opiniões, sempre, são baseadas na minha visão do que é melhor para a Cassi e para os associados que representamos.

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (eleito 2014/18)


ADMINISTRAÇÃO DE 1995

DIRETORIA

Presidência - Sebastião Fajardo Barbosa
Diretoria Administrativa - Edilson Almeida da Silva
Diretoria de Auxílios - Milton Donato May
Diretoria Deliberativa - Joilson Rodrigues Ferreira
Diretoria Deliberativa (Suplente) - Dinália de Mesquita

CONSELHO FISCAL

Membros Efetivos

Edson Nilton Veiga
Pedro Carlos de Mello
Francisco de Paula Machado Monteiro

Membros Suplentes

Fernando Alberto de Lacerda
Paulo Rochadel Lima


BALANÇO PATRIMONIAL = DÉFICIT DE R$ 53.624.112,22

RECEITAS BÁSICAS

Contribuições = 113.724.011,23

DESPESAS BÁSICAS

Auxílios Concedidos = 200.634.303,01


Receitas e Despesas básicas
anos de 1994 e 1995.

NOTAS EXPLICATIVAS

NOTA 1: A CASSI E SUA FINALIDADE

"A Cassi - Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil, sociedade civil e pessoa jurídica de direito privado, é uma instituição de assistência social, sem fins lucrativos, que tem como missão, prestar assistência integral à saúde dos usuários, com ações de promoção, proteção, recuperação e reabilitação, visando a melhoria da qualidade de vida dos associados, dependentes e beneficiários do sistema, observadas as disposições do RGA - Regulamento Geral de Auxílios e da TGA - Tabela Geral de Auxílios."


NOTA 5: PATRIMÔNIO LÍQUIDO

"O déficit apurado ao final do exercício de 1995, R$ 53.624.112,22 será apropriado ao Patrimônio Líquido no início do próximo exercício."


ANÁLISE FINANCEIRA

QUADRO DE ASSISTIDOS

"O Corpo Social é constituído por 130.498 funcionários do Banco e da Previ, da ativa e aposentados. Acrescido de 13.227 pensionistas, totaliza 143.725 contribuintes. Cabe ressaltar que além desse contingente, a Cassi presta assistência médico-hospitalar a 302.207 dependentes econômicos inscritos no Banco. Desse modo, o total de usuários da Caixa alcança o número de 445.932."


RECEITAS X DESPESAS (AUXÍLIOS)

"Até o mês de abril/95, permanecia a tendência de equilíbrio entre a arrecadação de contribuições e a concessão de auxílios observada após a instituição do Plano Real. Todavia, no mês de maio, as despesas tiveram um acréscimo de 16%, sofrendo no mês seguinte uma elevação de 20%, alcançando uma variação acumulada de 39% em relação a abril. Esta variação foi decorrente do reajuste nos preços dos contratos de convênios ocorridos nesses meses, conforme determinava a Medida Provisória 542, de 30/6/94, que criou o Plano Real. Após esta elevação, a despesa média que era de R$ 12.927.955 até abril, saltou em maio para R$ 16.908.799, alcançando a partir daí a média anual de R$ 16.528.693.

Relativamente ao exercício anterior, o déficit operacional de 1995 apresentou evolução de 48,45%. Esse recrudescimento do resultado negativo, por sua vez, acarretou maiores perdas nas reservas financeiras da Caixa do que no ano de 1994."


RECEITAS FINANCEIRAS

"(...) Contribuíram também para este resultado, a entrada de novos recursos através da contribuição adicional para a Cassi aprovada pelo Corpo Social, cujos ingressos sensibilizaram as aplicações financeiras à partir de mês de setembro/95."


Reserva Financeira 1994 x 1995.

RESERVA FINANCEIRA

(...)

"As perdas da reserva financeira foram minimizadas a partir de setembro/95, com o ingresso das contribuições adicionais aprovada pelo Corpo Social e pelo Banco, originando o rateio mensal do déficit operacional entre os associados da Cassi e o Banco.

A preservação efetiva da reserva financeira será obtida mediante a aprovação do Estatuto, que introduzirá um novo modelo de custeio da Cassi."

Comentário final do blog

Esse ano retratado no Relatório em questão, foi o ano que o governo da época (FHC/PSDB) aplicou o primeiro programa de eliminação de postos de trabalho nas famigeradas reestruturações e privatizações das empresas públicas.

Em 1994, tínhamos 163.696 contribuintes à Cassi e, ao final de 1995, já eram 143.725 pessoas, ou seja, 19.971 colegas associados a menos.

Eram 506.215 assistidos em 1994 e, em 1995, reduziu-se a população assistida para 445.932 pessoas, ou seja, 60.283 participantes a menos em 1 (um) ano.


Fonte: Relatório Anual Cassi 1995

22.6.16

Estudos: Cassi 1994




Relatório Anual 1994 – Leitura e observações

Comentário do blog

Estamos em junho de 2016. Desde que cheguei eleito à Cassi como Diretor de Saúde e Rede de Atendimento, tenho estudado o histórico da Caixa de Assistência.

Ler os relatórios anuais é uma forma interessante de estudar a história e o percurso da Caixa de Assistência ao longo dos anos, porque vemos o que a direção da entidade (indicados pelo patrocinador BB e eleitos pelos Corpo Social) apresentou aos associados publicamente, atendendo inclusive à legislação ou regras próprias da Cassi e do Banco do Brasil.

Alguns dados que apartei abaixo são interessantes porque comprovam o que temos dito na comunidade Banco do Brasil: a questão do déficit no plano de saúde dos funcionários é muito antiga. 


GESTÃO

Ao observar fatores como relação despesas x receitas, déficit no Plano de Associados e consumo das reservas financeiras, percebemos já nesta época, estando a Cassi no RH do Banco, o mesmo resultado operacional deficitário e a tendência econômico-financeira atual no plano de saúde dos funcionários. Mas um detalhe é importante: a governança era compartilhada na deliberação (2x2), mas não paritária na governança, porque a Diretoria Deliberativa (Joilson) não tinha liberação do banco para dedicação integral (segundo fontes que pesquisei).

Eu faço um mandato e uma gestão totalmente focado em informações transparentes que me balizam para tomada de decisões e para definições de estratégias em defesa da Cassi e dos associados. É por isso que estudo tanto a entidade que administro em nome dos associados.



UM ELOGIO À CASSI, AO BANCO E ASSOCIADOS PELA VANGUARDA NA MUDANÇA DA MISSÃO DA CASSI ENTRE 1993 E 1994

Observem a missão da nossa Caixa de Assistência no Relatório de 1994, onde a missão já avançou para o conceito de Atenção Integral e atuar na promoção da saúde e vejam abaixo como era no ano anterior, 1993.

Seguir com a missão da Cassi tem sido o motivo de nossas ações e estudos desde o dia que chegamos à Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento. Convido a todos os atores envolvidos - BB, associados, entidades representativas e funcionários da Cassi - a somarmos esforços para completar a tarefa que gerações anteriores à nossa começaram a realizar nesta entidade de saúde dos trabalhadores.

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (eleito 2014/18)


Leitura do Relatório


ANÁLISE FINANCEIRA

QUADRO DE ASSISTIDOS

"Entre funcionários da ativa, aposentados e pensionistas integram o Corpo Social 163.696 associados. Cabe ressaltar que, além dos associados, a Cassi presta assistência médico-hospitalar a 342.519 dependentes econômicos inscritos no Banco. Desse modo, o total de beneficiários assistidos pela Caixa alcança o número de 506.215."

DÉFICIT OPERACIONAL

"Relativamente ao exercício anterior, o déficit operacional de 1994 apresentou evolução de 5,98%. Esse recrudescimento do resultado operacional negativo, por sua vez, acarretou maiores perdas nas reservas financeiras da Caixa, do que no ano de 1993.

Mantido o esgotamento do modelo de equilíbrio - as receitas de contribuição evoluem de acordo com os salários dos associados, enquanto que as despesas com auxílios acompanham os preços praticados no mercado de serviços médicos - configura-se a tendência de, no decorrer do próximo exercício, os déficits operacionais persistirem..."

RESERVA FINANCEIRA

"Em ambos os exercícios, os déficits operacionais mensais foram cobertos por rendimentos obtidos na aplicação da reserva financeira e também pela sua utilização parcial, de forma que o montante de recursos disponíveis, atualizados pelo IGP-M (dez/94), decresceu 11,26% em 1993 e 12,53% no exercício findo."


DEMOSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) - JÁ NA NOVA MOEDA (REAIS)

Receitas Básicas de contribuições em 1994 = 73.310.857,95

Despesas Básicas/auxílios concedidos 1994 = 122.216.994,90

Déficit Operacional de 1994 = 43.735.026,52

Déficit do exercício de 1994 = 17.781.442,86


No ano anterior (1993) o mesmo já havia ocorrido. Veja o valor atualizado em reais:

Déficit do exercício de 1993 =  7.438.908,19

Em planos e sistemas de saúde, a relação
entre despesas e receitas é historicamente
complicada. Vemos aqui algo que se repete
há mais de duas décadas.

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, exercício findo em 31/12/94

NOTA 1: A CASSI E SUA FINALIDADE

"A Cassi - Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil, sociedade civil e pessoa jurídica de direito privado, é uma instituição de assistência social, sem fins lucrativos, que tem como missão, prestar assistência integral à saúde dos usuários, com ações de promoção, proteção, recuperação e reabilitação, visando a melhoria da qualidade de vida dos associados, dependentes e beneficiários do sistema, observadas as disposições do RGA - Regulamento Geral de Auxílios e da TGA - Tabela Geral de Auxílios."

(...)

(COMO ERA NO ANO ANTERIOR 1993)

"FINALIDADE DA CASSI em 1993: A Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil – Cassi, sociedade civil e pessoa jurídica de direito privado, é uma instituição de assistência social, sem fins lucrativos, que tem como objetivos precípuos a concessão de auxílios destinados à cobertura de despesas com proteção à saúde e com funeral dos associados, dependentes e beneficiários do sistema, observadas as disposições do Regulamento Geral de Auxílios e da Tabela Geral de Auxílios.

NOTA 5: PATRIMÔNIO LÍQUIDO

"Apresenta uma diminuição de R$ 17.781.442,86, concernente ao déficit apurado ao final do exercício de 1994."


ADMINISTRAÇÃO

DIRETORIA:

Presidência - Romildo Gouveia Pinto
Diretoria Administrativa (e.e.) - Maria Angélica Fonseca de Mesquita
Diretoria de Auxílios - Milton Donato May (Alemão)
Diretoria Deliberativa - Joilson Rodrigues Ferreira
Diretoria Deliberativa (Suplente) - Dinália de Mesquita

CONSELHO FISCAL:

Membros Efetivos:

Gilberto Rodrigues Martins
Edson Nilton Veiga
Rivaldo Mello Barbosa

Membros Suplentes:

Fernando Alberto de Lacerda
Francisco de Paula Machado Monteiro
Paulo Rochadel Lima

Fonte: Relatório Anual Cassi 1994


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Post Scriptum: publiquei no Facebook.


Trabalhando até tarde na sede da Cassi.

Instantes...

Três dias trabalhando cerca de 40 horas... vamos pra casa nesta noite de quarta e amanhã a gente retoma...

Abraços aos meus pares da classe trabalhadora!